Evolução da costa nordeste do Brasil na região de Parnaíba durante o Pleistoceno Superior e Holoceno

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2020-04-09

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Universidade Federal do Pará

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Acesso Aberto
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GOMEZ NEITA, Juan Sebastian. Evolução da costa nordeste do Brasil na região de Parnaíba durante o Pleistoceno Superior e Holoceno. Orientador: José Bandeira Cavalcante da Silva Júnior. 2020. 49 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2020. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13486. Acesso em:.

DOI

Estudos prévios na região de Parnaíba estiveram focados no lineamento Pirapemas, na estabilização de um campo de dunas, na evolução do Delta do Parnaíba e em mudanças da linha de costa. No entanto, estudos adicionais ainda são necessários para desenvolver um modelo evolutivo no Pleistoceno Superior e Holoceno. A área de estudo está localizada na Bacia do Ceará, os depósitos quaternários estão sobrepostos a rochas do embasamento. Esses depósitos correspondem a areias eólicas, depósitos fluviais e depósitos de maré. Este estudo tem como objetivo propor um modelo evolutivo, com base nas seguintes técnicas: a) descrição de fácies; b) datação por luminescência oticamente estimulada (LOE); e c) sensoriamento remoto. Amostras foram coletadas para LOE, análise granulométrica e textural, catodoluminescência de quartzo (CL) e minerais pesados. Os depósitos quaternários mais antigos estão relacionados a campos de dunas cortados por rios entrelaçados. O cenário atual apresenta uma nova fase de formação de dunas com direção do vento NE-SW, as áreas interdunas são desenvolvidas próximas ao lençol freático, enquanto os manguezais estão presentes no Noroeste. O Rio Parnaíba é uma das feições mais importantes devido ao suprimento de sedimentos. Foram descritas 17 fácies, organizadas em 9 associações de fácies auxiliadas pelas unidades morfoestratigráficas. A AF1- rios entrelaçados é caracterizada por material grosso com alto conteúdo de clastos de quartzo e cimentação por ferro; AF2 - campo de dunas - ocupa a área sul e está associada às formas estabilizadas pela vegetação e aos depósitos eólicos atuais no Norte. A AF3 - área de deflação interduna - está associada à AF2, formada em áreas de depressão e com subsequente crescimento da vegetação. AF4 - canais de maré, AF5 - manguezais e AF6 - planície de maré, estão nos principais canais de maré com direção preferencial NW-SE. AF7 - shoreline - corresponde aos depósitos relacionados à ação das ondas. O rio meandrante AF8 está cortando todos os depósitos e é caracterizado por uma grande planície de inundação, o lacustre AF9 está associado a depósitos de sedimentos finos formados em canais represados. As amostras coletadas contêm quartzo com alta sensibilidade à luminescência. A taxa de dose varia de 0,585 ± 0,06 a 1,55 ± 0,07 Gy / ka. As idades obtidas variam de 2,1 ± 0,41 a 86,1 ± 6,4 ka e representam a evolução de um sistema eólico. Os sedimentos apresentaram formas subangulosas a subarredondadas com esfericidade média; a catodoluminescência do quartzo indicou uma fonte associada com rochas metamórficas e ígneas intrusivas o que é concordante com a assembleia de minerais pesados onde predominam os minerais ZTR e a cianita. Foi feito um modelo evolutivo para os últimos 86 ka, começando com a coalescência de processos fluviais e eólicos (>86 ka), represamento dos principais canais pela sedimentação eólica (86-20 ka), a estabilização das dunas por mudanças climáticas associadas à migração da Zona de Convergência Intertropical (20 a 10 ka), e a implementação de extensas áreas de manguezais desde os 10 ka até o presente. Essa configuração revela um modelo completo para o desenvolvimento de dunas transgressivas.

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GOMEZ NEITA, Juan Sebastian. Evolução da costa nordeste do Brasil na região de Parnaíba durante o Pleistoceno Superior e Holoceno. Orientador: José Bandeira Cavalcante da Silva Júnior. 2020. 49 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2020. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13486. Acesso em:.