Impactos das mudanças do nível do mar nos manguezais do sudeste do brasil durante o holoceno e antropoceno usando uma abordagem multi-proxy

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2020-12-28

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Universidade Federal do Pará

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BOZI, Bettina Silva. Impactos das mudanças do nível do mar nos manguezais do sudeste do brasil durante o holoceno e antropoceno usando uma abordagem multi-proxy. Orientador: Marcelo Cancela Lisboa Cohen. 2020. 76 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) - Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2020. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13510. Acesso em:.

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Os manguezais são florestas intermarés, suscetíveis a mudanças na frequência de inundação das marés. Dessa forma, sua dinâmica ao longo dos gradientes topográficos de uma planície costeira pode ser usada como um indicador das mudanças no nível do mar. Este trabalho tem como objetivo identificar a dinâmica dos manguezais durante o Holoceno e Antropoceno e inferir mudanças relativas no nível do mar (NRM) com base em imagens de satélite/drones e pólen, dados de isótopos (δ13C, δ15N), elementares (C\N), fluorescência de raios-X (XRF), e dados sedimentares, bem como datação de C-14 ao longo de três testemunhos amostrados ao longo de um manguezal e uma zona de transição manguezal/zona herbácea seguindo um gradiente topográfico de uma planície costeira na costa sudeste brasileira. Esses dados multiproxy indicaram uma mudança de uma planície ocupada por ervas, palmeiras, árvores/ arbustos para uma lagoa cercada por manguezais com um aumento de matéria orgânica sedimentar proveniente de águas estuarinas entre ~6300 e ~4650 cal ano AP. O aumento do NRM causou uma migração de manguezais em direção à terra durante o Holoceno médioinicial, amplamente registrado ao longo da costa brasileira. A queda do NRM converteu aquela lagoa com manguezais em uma planície ocupada por ervas, palmeiras e árvores/arbustos durante o Holoceno médio-tardio. Os últimos mil anos foram caracterizados por uma diminuição significativa na ocorrência de pólen de manguezal nas planícies de maré mais altas ocupadas por manguezais modernos entre 390 anos cal AP (1560 DC) e 77 anos cal AP (1873 DC), provavelmente causado por uma queda no NRM associada a Pequena Idade do Gelo (LIA). O testemunho G-4, amostrado nas planícies de maré mais baixas e ocupada principalmente por Rhizophora, revelou uma tendência de aumento na porcentagem de pólen de Rhizophora desde 77 anos cal AP (1873 DC). No entanto, os testemunhos amostrados de planícies de maré mais altas, no ecótono de manguezal/vegetação herbácea, indicaram um aumento das porcentagens de pólen de Rhizophora, Avicennia e Laguncularia, sugerindo uma migração de manguezal para as planícies de maré mais altas anteriormente ocupadas por ervas, palmeiras e árvores/arbustos desde 1958 (testemunho G-3) e 1955 AD (testemunho RBN-2). Essas tendências devem estar relacionadas ao aumento da influência estuarina por um aumento do NRM desde o final da Pequena Idade do Gelo e intensificado nas últimas décadas.

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BOZI, Bettina Silva. Impactos das mudanças do nível do mar nos manguezais do sudeste do brasil durante o holoceno e antropoceno usando uma abordagem multi-proxy. Orientador: Marcelo Cancela Lisboa Cohen. 2020. 76 f. Dissertação (Mestrado em Geologia e Geoquímica) - Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2020. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13510. Acesso em:.