Variabilidade espacial e temporal do manguezal em um estuário subtropical, baía da Babitonga, sul do Brasil

Carregando...
Imagem de Miniatura

Data

2022-12-31

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

item.page.theme

Editora(s)

Universidade Federal do Pará

Tipo de acesso

Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilaccess-logo

Contido em

Citação

TORRES, Angela Esmeralda Cely. Variabilidade espacial e temporal do manguezal em um estuário subtropical, baía da Babitonga, sul do Brasil. Orientador: Marlon Carlos França. 2023. 60 f. Dissertação (Mestrado em Geologia) - Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2023. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15282. Acesso em:.

DOI

Os manguezais são ecossistemas indicadores que respondem às mudanças globais nas regiões tropicais e subtropicais em todo o mundo. Mudanças climáticas e variações no nível do mar influenciaram significativamente os manguezais durante o Holoceno ao longo da costa brasileira. Aqui estudamos os manguezais estabelecidos próximo ao limite mais ao sul da América do Sul (28°S). Nosso estudo é baseado em um testemunho obtido na região do canal Palmital – Baía da Babitonga, Estado de Santa Catarina (SC), Brasil. Análises sedimentares, polínica, análises geomorfológicas e de vegetação permitiram a reconstituição paleoambiental durante o Holoceno tardio. As três associações de fácies encontradas indicaram uma sucessão progradacional onde uma planície de maré foi desenvolvida na margem do estuário. Durante a primeira fase, desde pelo menos 1440 a ±1286 anos cal AP, havia uma planície de inframaré arenosa na área de estudo. Inicialmente sem nenhum registro de manguezal, mas grãos de pólen de Laguncularia foram identificados à partir de ±1390 anos cal AP, indicando que na região circundante ao ponto de coleta as condições tornaram-se favoráveis para o desenvolvimento do manguezal. Após ±1286 anos cal AP, a planície de maré desenvolveu-se atingindo a linha de costa atual, favorecido pela estabilização do nível relativo do mar. Árvores de Avicennia foram estabelecidas na planície de maré a partir de ±1273 anos cal AP. Finalmente, árvores de Rhizophora foram estabelecidas durante as últimas décadas. Provavelmente, a sucessão de manguezal encontrada, foi favorecida por condições climáticas relacionadas ao aumento da temperatura durante o Holoceno tardio que tem causado uma migração do limite austral do manguezal para o sul da zona subtropical. A análise espaço-temporal moderna, revelou uma diminuição recente na área de manguezal de ±107 ha entre 1986 (4115 Ha) e 2021 (4008 ha). A maior perda localiza-se na zona costeira próxima da cidade de Joinville (SC), principalmente relacionada à expansão urbana. Observou-se uma leve expansão do manguezal à montante dos canais que pode estar relacionada com mudanças do nível relativo do mar moderno e com o aumento gradual das temperaturas mínimas na região sul do Brasil.

Agência de Fomento

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

browse.metadata.ispartofseries

item.page.isbn

Fonte

1 CD-ROM

item.page.dc.location.country

Citação

TORRES, Angela Esmeralda Cely. Variabilidade espacial e temporal do manguezal em um estuário subtropical, baía da Babitonga, sul do Brasil. Orientador: Marlon Carlos França. 2023. 60 f. Dissertação (Mestrado em Geologia) - Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2023. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/15282. Acesso em:.