A guerrilha do Araguaia: meios de comunicação contra-hegemônicos da Amazônia para a Europa

Imagem de Miniatura

Data

22-03-2017

Afiliação

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

item.page.theme

Tipo de acesso

Acesso AbertoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilaccess-logo

Contido em

Citar como

RODRIGUEZ, Lorena de Meira. A guerrilha do Araguaia: meios de comunicação contra-hegemônicos da Amazônia para a Europa. Orientadora: Célia Regina Trindade das Chagas Amorim. 2017. 156 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação, Cultura e Amazônia) - Instituto de Letras e Comunicação, Universidade Federal do Pará, Belém, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17075. Acesso em:.

DOI

O presente estudo busca refletir acerca do papel das mídias contra-hegemônicas na divulgação de notícias sobre a Guerrilha do Araguaia nas dimensões internacionais, nacionais e regionais e tem como objetos empíricos de análise os seguintes meios de comunicação alternativos: rádio Tirana (Albânia), jornais Frente Brasileño de Informaciones (1968-1973) (Chile), Politique Hebdo (1970-1978/1982) e Liberatión (1973) (França), A Classe Operária (1925), O Araguaia (1974-1975), Coojornal (1976-1983) e Resistência (1978-1983) (Brasil). Para este fim foram selecionadas veiculações que abordassem a Guerrilha, uma de cada meio, dando-se prioridade à primeira identificada seguindo a ordem cronológica. Estes veículos de comunicação alternativos referiram-se à Guerrilha do Araguaia, movimento de resistência armada à ditadura militar brasileira (1964-1985) que aconteceu entre as décadas de 1960 e 1970, no sudeste do Pará, enquanto esta ainda se encontrava em curso e sob a mordaça do Estado brasileiro. A hipótese apreciada é a de que, mesmo essas mídias tendo sido produzidas em âmbitos e locais distintos, eram alimentadas por uma ou mais redes de informações, preocupadas em divulgar o conflito. A questão que originou esta pesquisa foi: como as notícias da Guerrilha chegavam à mídia contra-hegemônica internacional se o conflito era negado pelo Regime Militar Brasileiro e pouco foi divulgado na imprensa chamada “oficial”, à época de sua ocorrência? De modo a poder desvelar o objeto de estudo preterido buscamos como referências conceitos fundamentais ao tema tais como o de hegemonia proposto por Antonio Gramsci (1999), que aborda o domínio de um grupo detentor de capital financeiro e/ou intelectual sobre outro o qual detém a condição de oprimido, este logo alude à contra-hegemonia, aqui ancorada por Denis de Moraes (2011). Outros preceitos foram fundamentais como a censura à imprensa debatida por Karl Marx (2006), em âmbito internacional, e por Beatriz Kushnir (2015) e Anne-Marie Smith (2000), no plano nacional. Nos debruçamos ainda sobre a mídia tida como radical e alternativa, contestadora do status quo, através de John Downing (2002) e Cecília Peruzzo (2006) dentre outros. Logo, para a Guerrilha, estudamos as obras de Fernando Portela (1986), Élio Gáspari (2002) e Paulo Fonteles Filho (2013). A pesquisa mostrou-se relevante uma vez que levantou meios de comunicação alternativos que abordaram a temática da Guerrilha e, todavia, não haviam sido trabalhados anteriormente. Para além do ineditismo, o estudo fez-nos perceber que, mesmo estando a imprensa nacional censurada sobre o assunto, o tema alcançou inclusive veículos internacionais, sendo estes fundamentais para que o conflito fosse registrado e legitimado. Inferiu-se que as notícias eram partilhadas por redes de informações. A pesquisa foi feita a partir do viés qualitativo proposto por Ortez e Gonzáles e das técnicas de análise de conteúdo propostas por Laurece Bardin (1979).

browse.metadata.ispartofseries

Área de concentração

País

Brasil

Instituição(ões)

Universidade Federal do Pará

Sigla(s) da(s) Instituição(ões)

UFPA

item.page.isbn

Fonte

item.page.dc.location.country

Fonte URI

Disponível na internet via correio eletrônico: bibltras@ufpa.br