Please use this identifier to cite or link to this item:
https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17287
metadata.dc.type: | Dissertação |
Issue Date: | 13-Sep-2024 |
metadata.dc.creator: | SATO, Yukimi Mori Mesquita |
metadata.dc.contributor.advisor1: | SOUZA, Mauricio Rodrigues de |
metadata.dc.contributor.advisor-co1: | CORRÊA, Hevellyn Ciely da Silva |
Title: | Crise do masculino e ascenção de discursos autoritários: possíveis afinidades entre o ideal viril e a personalidade autoritária |
metadata.dc.description.sponsorship: | CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior |
Citation: | SATO, Yukimi Mori Mesquita. Crise do masculino e ascenção de discursos autoritários: possíveis afinidades entre o ideal viril e a personalidade autoritária. 2024. 154 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2024. Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17287. Acesso em:. |
metadata.dc.description.resumo: | Na tentativa de definir a masculinidade, geralmente nos deparamos com um conjunto inflexível de atributos necessários à identificação do sujeito como homem e que, ao menos aparentemente, confirmariam certa universalidade, sendo amparados especialmente na oposição e distanciamento de identificadores considerados femininos. Levando em conta que tais características das quais se busca distanciamento não sejam exclusivas à subjetividade feminina, mas compreendem parte da experiência humana, a tentativa de supressão de certas emoções pelo homem pode estar na origem de um mal-estar resultante desse conflito interno que, ao ser projetado para o exterior, tem a violência como uma de suas possíveis expressões. Nesse ponto, evidenciamos a existência de um vínculo entre características conferidas ao masculino e o ideal constantemente reencenado por sujeitos autoritários. Assim, buscamos colocar em questão a masculinidade sustentada pelo exercício da virilidade e estabelecida enquanto um padrão invariável e, com isso, almejamos compreender: de que forma a construção da subjetividade masculina alicerçada em ideais específicos como virilidade, força e racionalidade se relaciona com a crescente naturalização de manifestações autoritárias direcionadas a grupos externos – ou out-groups? O exercício de uma masculinidade amparada em ideais viris necessariamente culmina no caráter autoritário? Como as mudanças sociais relativas ao gênero ocorridas nas últimas décadas podem ter impactado a posição masculina na sociedade e sua tentativa de garantir a segurança do identitário, a partir do retorno a uma virilidade que permanece? Diante dos questionamentos mencionados, empreendemos uma pesquisa teórico-bibliográfica, aproximando-nos das teorias de Sigmund Freud, Jacques Lacan e Theodor Adorno, das quais foi possível depreender que tanto as tentativas de homogeneização da masculinidade quanto os objetivos massificadores do autoritário seguem as mesmas trajetórias inconscientes: partem da presunção da possibilidade de alcançar um gozo total, uma completude imaginária, mesmo que tenha que ser conquistada e mantida à força. É nessa direção que os ideais regentes de ambas as esferas se amparam na ênfase ao semblante, no caráter ritualístico, já que o simbólico constituiria o único âmbito capaz de sustentar uma aparência de completude. Desse modo, a busca por uma hegemonia, uma totalidade inquestionável, resulta da predominância do significante fálico enquanto ordenador dos laços sociais, resultando na categorização e hierarquização de sujeitos tomados enquanto objetos da satisfação de alguns outros que se alocam nas posições de dominância. |
Abstract: | In an attempt to define masculinity, we are generally faced with an inflexible set of attributes necessary for the identification of the subject as a man and which, at least apparently, would confirm a certain universality, being supported especially in the opposition and distancing of identifiers considered feminine. Considering that the characteristics from which men seek to distance themselves are not exclusive to feminine subjectivity, but comprise part of the human experience, the attempt by men to suppress certain emotions may be at the origin of a malaise resulting from this internal conflict which, when projected outwards, has violence as one of its possible expressions. At this point, we evidence the existence of a link between characteristics attributed to the masculine and the ideal constantly reenacted by authoritarian subjects. Thus, we seek to question masculinity sustained by the exercise of virility and established as an invariable standard and, with this, we aim to understand: how does the construction of male subjectivity based on specific ideals such as virility, strength and rationality relate to the growing naturalization of authoritarian manifestations directed at external groups – or out-groups? Does the exercise of a masculinity supported by virile ideals necessarily culminate in an authoritarian character? How may the social changes related to gender that have occurred in recent decades have impacted the male position in society and its attempt to guarantee the security of identity by returning to a virility that remains through time? In view of the aforementioned questions, we undertook a theoretical and bibliographical research, approaching the theories of Sigmund Freud, Jacques Lacan and Theodor Adorno, from which it was possible to infer that both the attempts to homogenize masculinity and the authoritarian massification objectives follow the same unconscious trajectories: they start from the presumption of the possibility of achieving total enjoyment, an imaginary completeness, even if it has to be conquered and maintained by force. It is in this direction that the governing ideals of both spheres are supported by the emphasis on the semblance, on the ritualistic character, since the symbolic would constitute the only sphere capable of sustaining an appearance of completeness. In this way, the search for hegemony, an unquestionable totality, results from the predominance of the phallic signifier as the organizer of social ties, resulting in the categorization and hierarchization of subjects taken as objects of satisfaction of some others who are allocated in positions of dominance. |
Keywords: | Masculinidades Ideal viril Personalidade autoritária Masculinity Virile ideal Authoritarian personality |
metadata.dc.subject.areadeconcentracao: | PSICOLOGIA SOCIAL |
metadata.dc.subject.linhadepesquisa: | PSICANÁLISE: TEORIA E CLÍNICA |
metadata.dc.subject.cnpq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::PSICOLOGIA |
metadata.dc.publisher.country: | Brasil |
Publisher: | Universidade Federal do Pará |
metadata.dc.publisher.initials: | UFPA |
metadata.dc.publisher.department: | Instituto de Filosofia e Ciências Humanas |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Psicologia |
metadata.dc.rights: | Acesso Aberto Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil |
metadata.dc.source.uri: | Disponível na internet via correio eletrônico: bibhumanas@ufpa.br |
Appears in Collections: | Dissertações em Psicologia (Mestrado) - PPGP/IFCH |
Files in This Item:
File | Description | Size | Format | |
---|---|---|---|---|
Dissertacao_CriseMasculinoAscencao.pdf | 1,48 MB | Adobe PDF | View/Open |
This item is licensed under a Creative Commons License