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https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/2809
metadata.dc.type: | Dissertação |
Issue Date: | 20-Jan-2011 |
metadata.dc.creator: | AZEVEDO, Ildilene Leal de |
metadata.dc.description.affiliation: | Tribunal de Justiça do Estado do Pará |
metadata.dc.contributor.advisor1: | MOREIRA, Wagner Wey |
Title: | Acolhendo corporeidades: o sentido do corpo para crianças de um abrigo institucional do município de Belém |
metadata.dc.description.sponsorship: | FUNPAPA - Fundação Papa João XXIII |
Citation: | AZEVEDO, Ildilene Leal de. Acolhendo corporeidades: o sentido do corpo para crianças de um abrigo institucional do município de Belém. 2010. 266 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências da Educação, Belém, 2011. Programa de Pós-Graduação em Educação. |
metadata.dc.description.resumo: | A dissertação trata do sentido de corpo para crianças acolhidas em um abrigo. Primeiramente, apresentamos a fundamentação conceitual de corporeidade focada no existencialismo, desvelando sua dimensão educativa. A seguir, apresentamos a medida de acolhimento em abrigo institucional para crianças numa perspectiva historicizada, abordando-a como espaço-tempo-vivido de cuidado e educação. Isto possibilita perspectivar a criança abrigada vivendo as dimensões de ser-corpo em um contexto de cuidado e educação institucional, pautado em normas e costumes diferentes daqueles familiares e que na atualidade tem se caracterizado como modelo disciplinar flexível. Este trabalho é uma pesquisa de campo com enfoque qualitativo, realizada com autorização da FUNPAPA e da instituição locus da pesquisa. O universo investigado foram quatro crianças do sexo masculino, com idades entre oito e onze anos, acolhidas institucionalmente a mais de três meses. Aplicamos formulários para caracterização dos sujeitos e da instituição; e para contemplar o fenômeno utilizamos a observação sistemática, registrada em filmagens e diário de campo. Os dados foram analisados com base no método de interpretação fenomenológico na perspectiva do Fenômeno Situado, que usa as Unidades de Significado para alcançar generalizações sobre o fenômeno pesquisado. Nossos resultados indicaram que a instituição pesquisada embora nasça sob o sopro das mudanças vindas com o ECA, mantém elementos da pedagogia das antigas instituições, pois embora os infantes tenham certa flexibilidade para escolher “o que”, “onde” e “com quem” fazer atividades no tempo livre, isto não significa ausência de controle sobre seus comportamentos e condutas. Falta liberdade de “como fazer”, que acaba afetando às demais possibilidades de escolhas (corpo-opção). O tempo livre é tido como ocioso e ocorre dentro da instituição (corpo-recluso). A imaginação é a fórmula encontrada pelos infantes para escapar da monotonia (corpo-imaginação). O corpo é experimentado como instrumento de poder (entre os coetâneos e com os adultos); e também para demarcar propriedade (corpo-domínio). Todavia é elo com o outro, pois possibilita ver e ser visto como existência (corpo-presença), sendo experimentado como maneira de ser consigo e com o outro (corpo-identidade). Mas os infantes continuamente experimentam o corpo limitado pela coletividade (corpo-disciplina) e na busca por interações afetuosas ou ante situações frustrantes, o corpo extravasa sentimentos (corpo-aconchego). O corpo-criança é objetivado pelo adulto (corpo-disciplina); e por isso é destituído de intencionalidade pelo último (corpo-translúcido). Mas não significa que o sujeito é subjugado, já que se insurge de maneira velada ou explicita contra este controle (corpo-resistência). O sentido de educação do abrigo não estimula a individualidade e a autonomia, é incapaz de satisfazer demandas afetivas, emocionais e sociais. Esta pedagogia separa os sujeitos em corpo e mente e igualmente busca o controle do corpo para submissão da vontade. Então, o corpo vivido no acolhimento é subjetividade aprisionada no corpo-objeto, mas insurgente contra este modelo. |
Abstract: | The dissertation deals with the sense of body for children in a shelter. Firstly, we present the conceptual basis of the embodiment focused on existentialism, unveiling its educative dimension. Following, we present the measure of institutional care for children in shelter in a historicized perspective, addressing it as space-timelived care and education. This makes it possible to put in perspective a sheltered child living these dimensions of being-body in a context of institutional care and education, based on different rules and customs from those familiar and today has been characterized now as a flexible model disciplinary. This work is a field research with a qualitative approach, carried out with authorization from the institution and FUNPAPA locus of research. The subjects studied were four male children, aged between eight and eleven, institutionally accepted more than three months. We applied forms to haracterize the subjects and the institution, and to contemplate the phenomenon we used systematic observation, registered in film version in the field diary. Data were analyzed using the method of phenomenological interpretation in a view of the phenomenon, which uses the units of meaning to achieve generalizations about the researched phenomenon. Our results indicated that although the research institution born in the wind of change coming to the ECA, it retains elements of the pedagogy of the old institutions, as though infants have some flexibility to choose "what" "where" and "whom" doing activities in their free time, it does not mean lack of control over their behavior and conduct. The lack of free “how-to-do”, which ultimately affects the other possible choices (body-option). The free time is considered idle and occurs within the institution (body-con). Imagination is the formula found by infants to escape the monotony (body-imagination). The body is experienced as an instrument of power (among the contemporaries and with adults) and also to demarcate property (bodyfield). But it is the link with the other, for it allows seeing and being seen as existence (body-presence), being tried as a way to be with you and the other (bodyidentity). But the infants continuously experience limited body by the collectivity (body-discipline) and in the search for affectionate interactions or before frustrating situations, the body extravasates feelings (body-cuddle). The body-child is objectified by the adult (body-discipline), and that’s why it is devoid of purpose by the last (body-translucent). But it does not mean that the subject is subdued, as if in a veiled way or explicit against this control (body-resistance). The meaning of the education the shelter does not encourage the individuality and autonomy, unable to satisfy affective, emotional and social demands. This pedagogy still separates them in body and mind and also seeks the control of the body to submission of the will. Then the body lived in the refuge is subjectivity arrested in the body-object, but rebelled against this model. |
Keywords: | Corporeidade Abrigo institucional Crianças Belém - PA Pará - Estado Amazônia brasileira |
metadata.dc.subject.cnpq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO::FUNDAMENTOS DA EDUCACAO::FILOSOFIA DA EDUCACAO |
metadata.dc.publisher.country: | Brasil |
Publisher: | Universidade Federal do Pará |
metadata.dc.publisher.initials: | UFPA |
metadata.dc.publisher.department: | Instituto de Ciências da Educação |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Educação |
metadata.dc.rights: | Acesso Aberto |
Appears in Collections: | Dissertações em Educação (Mestrado) - PPGED/ICED |
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