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Experiência mística como narrativa e poesia (sincretismos e traduções) na cultura: a cura pela linguagem na cabala e no reiki em Belém e Marituba- PA

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25-04-2016

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Universidade Federal do Pará

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SILVA, André Luiz Martins da. Experiência mística como narrativa e poesia (sincretismos e traduções) na cultura: a cura pela linguagem na cabala e no reiki em Belém e Marituba- PA. 2016. 351 f. Tese (Doutorado). – Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2016. Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia.

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A tese que aqui apresento trata da questão da mística como fenômeno antropológico, pensando o fenômeno da mística na cultura como na linguagem, observando também a cura mística, ou seja, a compreensão de um processo de experiência mística na narrativa da doença ou da cura em praticantes da Cabala e do Reiki em Belém e Marituba. Busca-se uma compreensão da relação entre mística e a vida, no sentido de uma análise antropológica das narrativas e poesias contidas no modo de contar a experiência mística dos diferentes agentes místicos. Faz-se tambem uma discussão para compreender de que maneira a etnografia feita pelo antropólogo pode ser afetada pela experiência narrativa, isto é, pela etnografia nativa em forma de narrativa mística. Trava-se a discussão sobre as injunções entre a etnografia e a literatura. Também se discute o modo como mística e tratada na experiência literária de escritores como os poetas e ensaistas Fernando Pessoa e Jorge Luis Borges, significando que a experiência mística desses escritores se transfigura em suas obras literarias e poéticas. A mística como metalinguagem nos possibilita pensarmos a etnografia como metalinguagem a semelhança da literatura, mostrando-se a noção de etnografia como metalinguagem em consonância com literatura. O trabalho mostra que o campo antropológico da mística não pode ser visto como uma manifestação derivada do campo da religião, ou seja, um epifenômeno da religião. Ainda que tenha relações com a religião, a mística, observada na Cabala e no Reiki, praticados em Belém e Marituba se distância do campo da religião e mantém íntimas relações com o campo da arte, significa dizermos que o domínio da experiência mística se da na transfiguração da vida dos místicos em obra de arte, uma obra vivida na linguagem e na oralidade. Os místicos observados tanto Cabala como no Reiki são narradores de suas vidas, obras literárias inscritas na linguagem, na fala, bricolagens de múltiplas referências, sincretismo entre mística, vida e mundo. Em alguns casos se observou a distância e uma contraposição da experiência mística a experiência religiosa, pois mesmo aqueles místicos que se dizem religiosos são na verdade contrapostos a religião no sentido de mostrarem em suas narrativas que deve haver um retorno do indivíduo a si-mesmo. Uma compreensão de que o Sagrado não está vinculado a instituição religiosa, mas, esta referida a experiência de busca interior do indivíduo, nesse sentido a religiosidade se transforma em ser-místico, que difere de uma identidade religiosa. O místico em sua narrativa assume diferentes peles, diferentes pessoas, a narrativa mística nos apresenta um ethos místico que não se enquadra na visão de um ethos religioso, pois o ethos da mística e flexivel e performático.

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SILVA, André Luiz Martins da. Experiência mística como narrativa e poesia (sincretismos e traduções) na cultura: a cura pela linguagem na cabala e no reiki em Belém e Marituba- PA. 2016. 351 f. Tese (Doutorado). – Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Belém, 2016. Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia.