Aspectos epidemiológicos, clínicos e evolutivos da tuberculose em idosos de um hospital universitário de Belém - Pará

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29-02-2016

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CHAVES, Emanuele Cordeiro. Aspectos epidemiológicos, clínicos e evolutivos da tuberculose em idosos de um hospital universitário de Belém - Pará. 2016. 112 f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Pará, Núcleo de Medicina Tropical, Belém, 2016. Programa de Pós-Graduação em Doenças Tropicais.

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As alterações fisiológicas, principalmente as imunológicas, tornam o idoso mais vulnerável a infecções, como a tuberculose, doença que nesse grupo apresenta especificidade tanto em sua apresentação clínica quanto no seu manejo terapêutico. O objetivo consistiu em avaliar os aspectos epidemiológicos, clínicos e evolutivos da tuberculose em idosos em um Hospital Universitário de Belém – Pará. Trata-se de um estudo do tipo coorte retrospectivo, realizado no Hospital Universitário João de Barros Barreto, onde foram analisados 82 prontuários de casos de tuberculose em idosos diagnosticados no período de 2009 a 2013, e como forma complementar de obtenção de informações foi consultado o banco de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação da Secretaria de Estado de Saúde Pública. Para a análise estatística utilizou-se o programa eletrônico Statistical Package for the Social Sciences(SPSS) versão 22.0, e aplicou-se oTeste G, admitindo-se nível α=0,05 (5%) e valor de P≤0,05. O estudo foiaprovado peloComitê de Ética e Pesquisa do Núcleo de Medicina Tropical sob Parecer nº 1.081.347.A maioria dos idosos era do sexo masculino (n=53; 64,6%), com faixa etária de 60-69 anos, tanto entre os homens (n=34; 64,2%) quanto entre as mulheres (n=13; 44,8%), sendo essa diferença estatisticamente significativa (p=0,009), casos novos de tuberculose (n=78; 95,1%), apresentando forma clínica pulmonar (n=62; 75,6%), agravos associados (n=57; 69,5%) e tempo de internação superior a 21 dias (n=38; 46,3%). A febre (n=55; 67,1%), dispneia (n=53; 64,6%), emagrecimento (n=50; 61,0%), tosse produtiva (n=49; 59,8%) e dor torácica (n=42; 51,2%) foram os principais sinais e sintomas evidenciados. Em relação ao tratamento, houve elevado percentual de reações adversas (n=41; 50%), destacando-se as manifestações gastrointestinais (n=29; 70,7%). A maioria dos idosos evoluiu com cura (n=49; 59,8%), contudo ressalta-se que o óbito por tuberculose foi considerável no grupo estudado (n=13; 15,9%), ocorrendo principalmente no período de internação até 7 dias. Quanto às variáveis de exposição e o desfecho por cura e óbito por tuberculose, houve diferença estatisticamente significativa na relação das variáveis faixa de idade (p=0,017), tempo de internação (p=0,000) e reação adversa (p=0,018). Conclui-se que a apresentação clínica e manejo terapêutico da tuberculose no idoso é diferenciado, por isso, faz-se necessário o fortalecimento de estratégias que propiciem a identificação precoce dos idosos suspeitos de tuberculose na comunidade, o que deve ocorrer principalmente através da Atenção Básica.

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Universidade Federal do Pará

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