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Tipo: Dissertação
Data do documento: 18-Mai-2018
Autor(es): SANTOS, Elizier Junior Araujo dos
Afiliação do(s) Autor(es): EAUFPA - Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará
Primeiro(a) Orientador(a): GUIMARÃES, Mayara Ribeiro
Título: Eu era dois, diversos?: o diálogo poético de Max Martins e Age de Carvalho
Citar como: SANTOS, Elizier Junior Araujo dos. Eu era dois, diversos?: (...diálogo poético de Max Martins e Age de Carvalho. Orientadora: Mayara Ribeiro Guimarães. 2018. 188 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Programa de Pós-Graduação em Letras, Instituto de Letras e Comunicação, Universidade Federal do Pará, Belém, 2018. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/11611. Acesso em:.
Resumo: A presente pesquisa tem por finalidade perscrutar o diálogo poético entre os poetas paraenses Max Martins e Age de Carvalho, encetado na obra que escreveram juntos, A fala entre parêntesis (1982), e, a partir de então, vislumbrado em seus trabalhos individuais: Max com Caminho de Marahu (1983) e Colmando a Lacuna (2001); e Age com Arena, Areia (1986), Pedra-um (1990) e Caveira 41 (2003). Como mola propulsora desta leitura, buscam-se caminhos de respostas à epígrafe da primeira obra, com a qual articulo o estudo todo, que marca, de forma atemporal, a relação dos pares literários: “Eu era dois, diversos?”. A investigação, primeiramente, apoia-se na correlação poética entre erotismo e melancolia para situar a existência de uma multiplicidade do sujeito lírico, proveniente do jogo verbal de A fala entre parêntesis, considerando o pressuposto de Nunes (1982) que atribui à obra uma “passagem do subjetivo ao inter-subjetivo”. Para tanto, toma-se o pensamento de Bataille (1987; 2015), Barthes (1984), Paz (1994; 2009) e Siscar (2016) a fim de delinear o caráter erótico da poesia como transgressão e tensão, vistas por uma ótica metapoética. Depois, discute-se a melancolia como atividade filosófico-literária, de acordo, sobretudo, com as acepções oferecidas por Lages (2007) a respeito do silêncio e da perda que envolve a escrita. Em seguida, a investigação se volta à relação estreita da poesia com a fotografia, tendo como corpus o ensaio fotográfico de A fala, momento no qual me aproprio dos estudos de Sontag (2007), Didi-Huberman (2010) e Flusser (2011) com o propósito de pensar a imagem enquanto duplicidade e testemunho da irmandade. Por fim, reservo-me a investigar a aventura afetiva do diálogo dos poetas Max Martins e Age de Carvalho, com base nos entrelaçamentos biográficos e nas identificações líricas de poemas publicados até o ano de 2003, utilizando ainda as reflexões de Agamben (2009) e a filosofia do Zen-budismo para traçar os sentidos de ‘amizade’ e os elos estabelecidos entre os companheiros de ofício.
Abstract: This research aims at the poetic dialogue established between Max Martins and Age de Carvalho, both born in Pará, in the northern part of Brazil, through the study of the book A fala entre parêntesis (1982), written in two hands, by both of them. Also, by the dialogue present in the following books, by Max Martins: Caminho de Marahu (1983) and Colmando a Lacuna (2001), and by Age de Carvalho, Arena, Areia (1986), Pedra-um (1990) and Caveira 41 (2003). From then on, the aim is to search answers to the question proposed by the epigraphy of their book: “Eu era dois, diversos?” [Was I two, diverse?]. This question articulates the whole study and highlights the poetic relationship between the two writers, beyond any time. Initially, the reserach discusses the poetic correlation between the concepts of eroticism and melancholy in connection to the existence of a multiple poetic subject, present in A fala entre parêntesis. To discuss that, we take the position of Nunes (1982) which considers the book “a path from subjectiviy through intersubjectivity”. We also consider the thoughts of Georges Bataille (1987; 2015), Barthes (1984), Paz (1994; 2009) and Siscar (2016) in order to examine the erotic character of poetry as a bridge to transgression and tension, in the perspective of metapoetics. From then on, I discuss melancholy as a literary and philosophical activity according to the concepts proposed by Lages (2007), involving the experience of loss and silence in the process of writing. Furthermore, the research turns to the examination of the close connection between poetry and photography, taking the photograph study that accompanies the book A fala entre parêntesis, in the light of Sontag (2007), Didi-Huberman (2010) e Flusser (2011), considering this field of study, with the idea of image as a mirror and testimony of this brotherhood. At last, this research investigates the poetic adventure involving the friendship of the two poets, based on their biography and lyric identities and identifications, in poems published until 2003. I also use Agamben (2009) to debate the concept of contemporary, and the philosophy of Zen-budhism to track the meanings of this friendship and the links established between them
Palavras-chave: Martins, Max - Crítica e interpretação
Carvalho, Age de, 1958- Crítica e interpretação
Erotismo na literatura
Melancolia na literatura
Área de Concentração: ESTUDOS LITERÁRIOS
Linha de Pesquisa: LITERATURA, INTERPRETAÇÃO, CIRCULAÇÃO E RECEPÇÃO
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::TEORIA LITERARIA
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Pará
Sigla da Instituição: UFPA
Instituto: Instituto de Letras e Comunicação
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Fonte: 1 CD-ROM
Aparece nas coleções:Dissertações em Letras (Mestrado) - PPGL/ILC

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