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https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13379
Tipo: | Dissertação |
Data do documento: | 16-Abr-2016 |
Autor(es): | OLIVEIRA, Albaneide Cavalcante |
Afiliação do(s) Autor(es): | Secretaria Estadual de Educação do Amapá, Brasil |
Primeiro(a) Orientador(a): | CHAVES, Sílvia Nogueira |
Título: | O que é ambiente hoje? quando imagem é enunciado |
Citar como: | OLIVEIRA, Albaneide Cavalcante. O que é ambiente hoje? quando imagem é enunciado. Orientadora: Profa. Dra. Sílvia Nogueira Chaves. 2016. 201 f. Dissertação (Mestrado em Educação em Ciências e Matemáticas) - Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas, Universidade Federal do Pará, Instituto de Educação Matemática e Científica, Belém, 2016. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/13379. Acesso em:. |
Resumo: | Este trabalho se propõe a analisar os enunciados imagéticos sobre ambiente na mídia, mais precisamente nas campanhas de divulgação de cinco Instituições que Trabalham com Causas Ambientais (ITCA). Tratamos o ambiente como um produto de discursos e não como espaço/lugar perene em que os seres vivem, sempre em harmonia com tudo o que os cerca. Ambiente como objeto discursivo, muda de acordo com as condições históricas, culturais e sociais. Pois, no discurso econômico, o ambiente é sustentável; no discurso ambientalista, ele é intocado; já para a política militar do governo brasileiro na década de 1950, era ocupável; nos relatos bíblicos, era dominado; em culturas de povos da floresta, era sagrado. Mas e na atualidade, o que é ambiente? Para sinalizar respostas a esta pergunta, fizemos silenciar as velhas crenças biológicas na pureza da ciência e permitimos que essa coisa que chamamos ambiente vibre e se multiplique. Tomamos o conceito de discurso na perspectiva foucaultiana, que não o considera apenas como palavra dita, limitada a uma frase, mas como um conjunto de práticas que sempre estão produzindo múltiplas verdades sobre as coisas, e produzindo as próprias coisas de que falam. Se encaramos o ambiente como produção dos discursos, podemos considerar que os enunciados são as próprias imagens na qual nos debruçamos, e não que os enunciados estejam contidos no interior das imagens, como defenderia a teoria da representação. São as bio(eco)imagens que fabricam visibilidades e dizibilidades sobre o ambiente, se manifestando na dispersão em diferentes formações discursivas, e problematizando a regularidade com que o enunciado aparece no decorrer do tempo. A partir da seleção do material empírico, composto pelas bio(eco)imagens das ITCA, associamos os enunciados que produziam modos de ver e dizer o ambiente que sabe se defender sozinho, por isso não precisa ser conservado ou preservado; há aqueles ambientes em que se misturam discursos da economia, ecologia e sociedade; e aqueles outros que só tem condições de possibilidade se associados a enunciados específicos, pois sozinhos isso não é possível. São ambientes in/sustentáveis que também encontram condições de possibilidade. Outros enunciados foram associados por produzirem modos de ver o ambiente que deveria ser conservado, preservado ou sustentado por uma série de práticas discursivas e não discursivas, apoiadas em critérios estéticos, éticos e afetivos. Neste modelo de ambiente, os enunciados sobre pandas, tigres, e macacos fabricam um ambiente que precisa de proteção, e mesmo quando o atributo estético é afetado, como no caso dos “seres que evoluíram singularmente”, como lesmas, diabo-da-tasmânia, bobfish, ainda “merecem proteção”, por ITCA especializadas em proteger os feios. Os enunciados sobre ambiente produzem modos de dizer e ver as questões ambientais, ou dão lições de “como nos relacionar”, e “como cuidar do planeta”. Em todos os casos, os enunciados produzem modos de ver o ambiente como aquele que pedagogiza o homem, o que chamamos de (bio)pedagogização. A problematização dessas construções discursivas vai além do que aprendemos nos livros e aulas de biologia, e eleva as possibilidades de fabricação de ambientes im/pre/visíveis. E talvez sejam desses ambientes que carecemos na atualidade. |
Abstract: | This study attempts to examine the imagery statements about the environment in the media, more specifically the five institutions' awareness campaigns, which work on environmental causes (ITCA). We deal with the environment as a product of speeches and not as a perennial space/place where human beings live, always in harmony with everything that surrounds them. The environment as a discursive object, changes in accordance with the historical, cultural and social conditions. Because for the economic discourse the environment is sustainable; in the environmental discourse it is untouched; however to the military policy of the Brazilian government in the 1950s it was pervadable; in biblical stories it was dominated; ein cultures of forest people it was sacred, but and at present, what means environment ? In order to signal responses to this question, we silenced the old biological beliefs on the purity of science and we allow this thing that we call environment to vibrate and multiply. We took the concept of discourse in Foucault's perspective, which not only considers it as word said, but as a set of practices, which are always producing multiple truths on the things, and producing the very things of what they speak. If we regard to the environment as production of speeches, we may consider the utterances as the very images in which we look back, and not that the utterances are contained within the images, as would defend the theory of representation. They are the bio (eco) images producing visibility and what need to be told on the environment, manifesting itself in the dispersion on different discursive formations, and questioning the regularity with which the utterance appears in course of time. As from the selection of the empirical material, comprising the bio (eco) images of ITCA, we associate the utterances that produce ways of seeing and telling the environment that they know how to defend themselves, and therefore do need to be maintained and preserved; those who intermingle speeches of the economy, ecology and society; those who only have conditions of possibility in combination with other utterances, because on their own it would not be possible. They are un/sustainable. Other utterances have been associated because they produce ways of viewing the environment that must be preserved or supported by a number of discursive and non-discursive practices, supported in aesthetic, ethical and affective criteria. In this environment model, the statements about pandas, tigers, monkeys and produce an environment that needs protection, and even when the static attribute is affected, as in the case of "human beings who evolved uniquely" like snails, the Tasmanian Devil, blobfish also "deserve protection," by ITCA specialized in protecting the ugly. The statements about environment produce modes of uttering and a view on environmental issues or give lessons on "how to relate" and “how to take care of the planet”. In all cases, the utterances produce ways of viewing as the environment as one, which educate man that we call (bio) education. The problematics of these discursive constructions goes beyond what we have learned in books and biology classes, and raises the possibilities to produce un/pre/visable environments. And perhaps of these environments that we lack nowadays. |
Palavras-chave: | Enunciados imagéticos Ambiente na mídia Imagery statements Environment in the media |
Área de Concentração: | EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS |
Linha de Pesquisa: | PRÁTICAS DOCENTES E DIVERSIDADE |
CNPq: | CIÊNCIA - ESTUDO E ENSINO EDUCAÇÃO |
País: | Brasil |
Instituição: | Universidade Federal do Pará |
Sigla da Instituição: | UFPA |
Instituto: | Instituto de Educação Matemática e Científica |
Programa: | Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas |
Tipo de Acesso: | Acesso Aberto |
Fonte: | 1 CD-ROM |
Aparece nas coleções: | Dissertações em Educação em Ciências e Matemáticas (Mestrado) - PPGECM/IEMCI |
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