Programa de Pós-Graduação em Antropologia - PPGA/IFCH
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/4031
O Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) é um programa do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA) e teve início das suas atividades, em agosto de 2010. O PPGA contempla a formação de cientistas antropólogos em nível de Mestrado e Doutorado.
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação em Antropologia - PPGA/IFCH por Orientadores "BELTRÃO, Jane Felipe"
Agora exibindo 1 - 6 de 6
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Tese Acesso aberto (Open Access) Caminhos de gênero nas feras de Bissau: resiliência e desafios de mulheres guineenses em contextos de vulnerabilidade diante dos impactos sociais e econômicos da COVID-19(Universidade Federal do Pará, 2024-04-24) GOMES, Peti Mama; BELTRÃO, Jane Felipe; http://lattes.cnpq.br/6647582671406048; https://orcid.org/0000-0003-2113-043XNa Guiné-Bissau, as feras - palavra do Crioulo para “feiras” - exercem um significativo papel na vida econômica, social e cultural do país. São locais de intensas atividades de compra e venda de mercadorias, e também englobam questões de emancipação feminina, pontos de encontro e reencontros, narrativas históricas, vivências e experiências compartilhadas. Sendo assim, configuram-se como espaços públicos plurais e privilegiados desde um ponto de vista etnográfico, onde uma série de relações socioculturais complexas se desenvolvem. Nesse contexto, a presente tese tem como objetivo compreender, por meio de uma perspectiva antropológica-feminina, a dinâmica socioeconômica de mulheres guineenses, que ora como bideras (vendedoras de feira oficiais), fassiduris di bida (mulheres que fazem a vida vendendo), ora como sumiaduris (vendedoras que têm hortas) e bindiduris (vendedoras no geral), estão em movimento com mercadorias desempenhando papéis ativos nas três principais feras locais: Bande, Caracol e Bairro Militar, todas na cidade de Bissau, capital da Guiné-Bissau, antes, durante e após a pandemia. O estudo é resultado de uma pesquisa de natureza etnográfica, cujo processo metodológico combinou pesquisa etnográfica online e trabalho de campo presencial. Para isso, utilizaram-se narrativas orais provenientes de plataformas digitais, como redes sociais, através de mensagens e áudios compartilhados com mindjeris di fera (mulheres de feira). Durante o período de pesquisa, os principais métodos de trabalho etnográfico incluíram conversas informais, transcrição e análise posterior dos dados. Essas últimas etapas ocorreram na cidade de Bissau, com o foco nas bideras e fassiduris di bida. A análise centrou-se na problematização das relações de gênero e trabalho e como elas foram afetadas pela pandemia. Os resultados indicam que as minhas interlocutoras de pesquisa são responsáveis pela organização de uma grande parte da subsistência material e simbólica no país, coisa que foi evidenciada e acentuada durante a emergência da pandemia de COVID-19.Tese Acesso aberto (Open Access) De colonialismos e memórias sitiadas: história, antropofagia e tecnologia bélica nas guerras guianenses(Universidade Federal do Pará, 2023-05-09) BATISTA, Ramiro Esdras Carneiro; BELTRÃO, Jane Felipe; http://lattes.cnpq.br/6647582671406048; https://orcid.org/0000-0003-2113-043XEste estudo constitui-se no exercício de documentação, tradução e interpretação das narrativas de guerra de quatro povos habitantes do Baixo rio Oiapoque. Por meio de métodos etnográficos, mnemônicos e narrativos o texto discorre sobre o tema da colonização que sulca a história da invasão de um Caribe periférico, situado à região do Oiapoque. Considerando que a produção de uma história Afro e Indígena apresenta-se, em muitos casos, como uma história de impossibilidades, dada a dificuldade teórica e metodológica das Ciências Sociais em lidar com um passado caracterizado pela ausência de registros escritos, pressupõe-se que as possibilidades de produção da História Étnica, narrada nos próprios termos, estão diretamente relacionadas ao conhecimento e tradução da memória originária. Na produção acadêmica é comum o exercício de reinterpretação e/ou correção da memória coletiva a partir da produção historiográfica, mas os dados desta pesquisa propõe uma pergunta invertida: as memórias afro e indígenas podem auxiliar na correção e/ou complementação dos cânones historiográficos? Perseguindo a questão, este estudo procura identificar e traduzir aspectos constantes das memórias de pessoas etnicamente diferenciadas marcadas pelo advento da Colônia, em que guerra, exercício de alteridade, aliança Inter étnica e violação/recomposição de direitos territoriais parecem fazer parte de uma mesma dinâmica. A tradução das narrativas de guerra desses quatro povos converge no sentido de propor a invasão colonial como um dos marcos fundantes da historicidade afro e indígena. Neste sentido, constata que a colonização perpetrada por diferentes povos e agências europeias à região das guianas – colonialismos que prevalecem de distintas maneiras no presente – constitui-se como o fio enredador que permite não só recompor, como entrecruzar as Memórias e Histórias recentes e remotas dos povos e narradores alcançados, desvelando, finalmente, como cada grupo étnico representa e compreende as hierarquias, alianças e dissonâncias constantes do mundo neocolonial.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Desvendando significados: contextualizando a Coleção Etnográfica Xikrín do Cateté(Universidade Federal do Pará, 2002-02-15) DOMINGUES-LOPES, Rita de Cássia; BELTRÃO, Jane Felipe; http://lattes.cnpq.br/6647582671406048A dissertação tem como objeto estudar a Coleção Etnográfica Xikrín do Cateté que está sob a guarda da Reserva Técnica do Laboratório de Antropologia Arthur Napoleão Figueiredo do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Pará. A Coleção Xikrín do Cateté é formada por 144 artefatos, coletados pelo antropólogo Protásio Frikel (1912-1974) no início da década de 60, ao realizar trabalho de campo entre os Xikrín. O grupo indígena é considerado na literatura antropológica como um sub-grupo Kayapó, falante de dialeto da língua Kayapó, da família Jê, pertencente ao tronco lingüístico macro-Jê. Vivem às margens do rio Cateté, no município de Parauapebas, na região sudeste do estado do Pará. Atualmente, habitam duas aldeias: a aldeia Cateté, com 600 pessoas e a aldeia Djudjê-kô, com 240 pessoas, distante uma da outra cerca de 18 km. A Coleção é estudada com o propósito de contextualizar os artefatos que a constituem na busca de desvendar significados e sentidos e de reconhecer potencialidades atuais de uso dos objetos. Na trilha da contextualização, utilizo a Antropologia Interpretativa e a Análise de Discurso associadas aos dados obtidos durante o trabalho de campo realizado junto ao grupo, em julho de 2000 e no período de fevereiro a abril de 2001, indo da Coleção Etnográfica às aldeias Xikrín. A Coleção foi classificada a partir de Berta Ribeiro (1988), compreendendo adornos plumários e adornos de materiais ecléticos que ornamentam o corpo Xikrín no dia-a-dia e em momentos rituais, como o Merêrêméi; há também, armas; instrumentos musicais; objetos rituais, mágicos e lúdicos; trançados e objetos utilizados na preparação de alimentos, para o conforto doméstico e o trabalho manual, observado na Reserva e nas aldeias. A produção e o uso de 60% dos artefatos observados na Coleção Etnográfica Xikrín do Cateté refletem aspectos da realidade e da identidade Xikrín apreendidas de geração a geração considerando valores e concepções que os aproximam e os distinguem dos demais grupos indígenas.Tese Acesso aberto (Open Access) Exá raú mboguatá guassú mohekauka yvy marãe‟y(Universidade Federal do Pará, 2015) MACHADO, Almires Martins; BELTRÃO, Jane Felipe; http://lattes.cnpq.br/6647582671406048O presente estudo procura analisar sob as lentes da antropologia, a forma como as lideranças religiosas Mbya, cumprem os sonhos recebidos de Nhanderú Ete, iniciando a caminhada em direção a terra sem mal, a yvy marãe‟y; retornam ao local de ocupação antiga ou a indicada por Nhanderú, terra com a qual mantém laços históricos de luta. Os conflitos se intensificam com a demarcação/ampliação dos territórios ou de terra para o Guarani Mbya, como no caso do Pará, que andaram por cerca de cem anos até encontrar a terra onde exercitar o modo correto de se viver; o dissenso potencializa o etnocentrismo, a discriminação, o racismo, o estigma de ser índio, bugre, preguiçoso, alcoólatra, “raça inferior”. A pesquisa versa sobre o modo como "escolhem”, “adotam,” “retomam,” ressignificam, reterritorializam, guaranizam a terra onde pausaram a caminhada.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Keka Imawri: narrativas e códigos de Guerra entre os Palikur-Arukwayene(Universidade Federal do Pará, 2019-03-15) BATISTA, Ramiro Esdras Carneiro; BELTRÃO, Jane Felipe; http://lattes.cnpq.br/6647582671406048; https://orcid.org/0000-0003-2113-043XA dissertação é um estudo histórico-antropológico sobre a Keka entre o povo PalikurArukwayene do rio Urukauá que demonstra a constituição da pessoa autônoma entre os povos que compõem o mosaico interétnico na fronteira do Oiapoque a partir de evento considerado belicoso, ao tempo em que busca trazer a lume a versão indígena relativa ao histórico de ocupação da região guianense que se constituiu ao longo de séculos como a Amazônia caribenha. Não obstante a Keka ser traduzida como Guerra por distintos interlocutores indígenas, o cotidiano etnográfico demonstra que a mesma encontra melhor tradução em português como festa ou competição guerreira, abordando princípios e motivações para a belicosidade indígena ritual que precedem a invasão europeia e prevalecem de distintas maneiras, ao arrepio da atuação e dos impactos causados pelo indigenismo dos estados nacionais limítrofes.Tese Acesso aberto (Open Access) Riquezas da Terra: paisagens e ocupaçõesn Serra Leste de Carajás(Universidade Federal do Pará, 2021-04-05) SILVA, Tallyta Suenny Araujo da; BELTRÃO, Jane Felipe; http://lattes.cnpq.br/6647582671406048; https://orcid.org/0000-0003-2113-043XO trabalho investigou as ocupações humanas e as transformações na paisagem por elas provocadas considerando a longa duração desse processo de habitar. Para realização da tese, ora apresentada, três momentos foram escolhidos: (1) a ocupação em cavidades, especificamente as realizadas na CECAV-047: Tyto Alba e CECAV-079: Samambaia do Inferno; (2) a ocupação do sítio a céu aberto Serra Leste 1; e (3) a ocupação recente do garimpo de Serra Pelada iniciada no ano de 1980, do século XX, no atual município de Curionópolis. A ocupação recente ligada à exploração de minérios ocasionou grandes transformações na paisagem, produzindo novas marcas e afetando as deixadas em outros momentos. Uma análise integrada dos diferentes momentos do habitar na Serra Leste de Carajás visou destacar a importância de cada uma das ocupações como instituidoras de novas paisagem local, modificada conforme as relações sociais mantidas pelas pessoas com os espaços que habitaram e habitam a partir da exploração e do uso das “riquezas da terra”.
