Programa de Pós-Graduação em Antropologia - PPGA/IFCH
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/4031
O Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) é um programa do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA) e teve início das suas atividades, em agosto de 2010. O PPGA contempla a formação de cientistas antropólogos em nível de Mestrado e Doutorado.
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Desvendando significados: contextualizando a Coleção Etnográfica Xikrín do Cateté(Universidade Federal do Pará, 2002-02-15) DOMINGUES-LOPES, Rita de Cássia; BELTRÃO, Jane Felipe; http://lattes.cnpq.br/6647582671406048A dissertação tem como objeto estudar a Coleção Etnográfica Xikrín do Cateté que está sob a guarda da Reserva Técnica do Laboratório de Antropologia Arthur Napoleão Figueiredo do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Pará. A Coleção Xikrín do Cateté é formada por 144 artefatos, coletados pelo antropólogo Protásio Frikel (1912-1974) no início da década de 60, ao realizar trabalho de campo entre os Xikrín. O grupo indígena é considerado na literatura antropológica como um sub-grupo Kayapó, falante de dialeto da língua Kayapó, da família Jê, pertencente ao tronco lingüístico macro-Jê. Vivem às margens do rio Cateté, no município de Parauapebas, na região sudeste do estado do Pará. Atualmente, habitam duas aldeias: a aldeia Cateté, com 600 pessoas e a aldeia Djudjê-kô, com 240 pessoas, distante uma da outra cerca de 18 km. A Coleção é estudada com o propósito de contextualizar os artefatos que a constituem na busca de desvendar significados e sentidos e de reconhecer potencialidades atuais de uso dos objetos. Na trilha da contextualização, utilizo a Antropologia Interpretativa e a Análise de Discurso associadas aos dados obtidos durante o trabalho de campo realizado junto ao grupo, em julho de 2000 e no período de fevereiro a abril de 2001, indo da Coleção Etnográfica às aldeias Xikrín. A Coleção foi classificada a partir de Berta Ribeiro (1988), compreendendo adornos plumários e adornos de materiais ecléticos que ornamentam o corpo Xikrín no dia-a-dia e em momentos rituais, como o Merêrêméi; há também, armas; instrumentos musicais; objetos rituais, mágicos e lúdicos; trançados e objetos utilizados na preparação de alimentos, para o conforto doméstico e o trabalho manual, observado na Reserva e nas aldeias. A produção e o uso de 60% dos artefatos observados na Coleção Etnográfica Xikrín do Cateté refletem aspectos da realidade e da identidade Xikrín apreendidas de geração a geração considerando valores e concepções que os aproximam e os distinguem dos demais grupos indígenas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Uma vida, duas vidas, muitas vidas: diferenciações de gênero no cotidiano familiar e profissional de camadas médias urbanas(Universidade Federal do Pará, 2003-02-17) ESTUMANO, Evanildo Moraes; MOTTA-MAUÉS, Maria Angélica; http://lattes.cnpq.br/7861116876230464Aborda as diferenciações de gênero entre frações de camadas médias urbanas em Belém-PA, a partir de aspectos do cotidiano familiar e profissional de pessoas que trabalham com a temática gênero no campo dos estudos acadêmicos (ensino e pesquisa). O trabalho procura demonstrar as atualizações, modificações, por vezes, fugas dos modelos sociais de referência, isto é, as conjunções e as disjunções nos discursos do sujeitos quando estes se direcionam para os contextos performativos onde são desenvolvidas práticas sociais informadas pelo gênero. Discute-se, também, como as representações sociais são atualizadas e/ou modificadas a partir da referência que fazem a elementos dos seus cotidianos pessoal e profissional. Para tanto, as histórias de vida do grupo investigado são tomadas em análise evidenciando suas experiências nos diferentes e, por vezes, imbricados cenários em que constroem/atualizam suas vidas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O general e os Tapuios: linguagem, raça e mestiçagem em Couto de Magalhães (1864-1876)(Universidade Federal do Pará, 2003-12-01) HENRIQUE, Márcio Couto; MAUÉS, Raymundo Heraldo; http://lattes.cnpq.br/0915136632611666O século XIX, mais do que qualquer outra época, experimentou a gestação da maioria de nossos projetos de nação, estruturados a partir da emancipação política da nova pátria. Diversos intelectuais militaram nessa árdua tarefa de desenhar uma nova face de um Brasil com identidade própria, embora calçada sob um viso europeu. Entre esses gestores da nova identidade brasileira, um dos mais importantes foi o General José Vieira Couto de Magalhães (1837-1898), homem de Estado, político do Império e folclorista. Nesta dissertação, busco circunscrever a principal obra de Couto de Magalhães, O Selvagem (1876), nos cânones romântico e evolucionista de sua época, dentro de um projeto de "civilização" dos índios da Amazônia e o conseqüente momento de integração cultural desses povos e seus descendentes à população brasileira. Por mais que a principal justificativa da obra fosse um estudo sobre a incorporação do indígena às atividades rentáveis da economia nacional, o autor acabou por enfatizar a compreensão da língua como estratégia fundamental para atração pacífica das populações tidas então com "selvagens". Transitando entre o inventário racial e a tradução cultural dos grupos indígenas brasileiro, Couto de Magalhães buscava valorizar esse arsenal lingüístico como o mais verdadeiro e autêntico representante da nacionalidade brasileira. A análise é feita no sentido de entender quais os limites da tentativa de tradução que o autor se propôs a fazer das lendas indígenas para o mundo dos brancos, no intuito de legitimar sua escolha do índio como símbolo de nossa identidade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Doença como experiência: as relações entre vulnerabilidade social e corpo doente enquanto fenômeno biocultural no estado do Pará(Universidade Federal do Pará, 2012-06-11) SILVA, Ariana Kelly Leandra Silva da; SILVA, Hilton Pereira da; http://lattes.cnpq.br/3917171307194821O estudo ora apresentado analisa a representação biossocial de pessoas com Anemia Falciforme (AF) no Estado do Pará, agravo entendido como um fenômeno biocultural por envolver aspectos evolutivos, genéticos, ambientais, socioeconômicos e culturais da vivência cotidiana dos indivíduos acometidos pela síndrome. A investigação aborda as sociabilidades de quarenta (40) interlocutores com AF, representando cerca de 10% dos pacientes em tratamento na Fundação Hemopa (Belém), centro de referência em doenças hematológicas do Estado, englobando a sua situação de vulnerabilidade social, suas percepções de Saúde e Doença, os tratamentos complementares (folk medicine), diagnóstico, estigmas, preconceitos, tabus e dificuldades de acesso e acessibilidade aos serviços do SUS com os quais eles convivem rotineiramente. A metodologia compreensiva e a análise de conteúdo revelam as experiências próximas dos sujeitos que diariamente convivem com as instabilidades da enfermidade. A vivência da doença, elaborada através das relações sociais, conversas, percepções e enredamentos familiares e extrafamiliares do grupo em questão, que em seu conjunto organiza sua vida social de modo sui gêneris, foram os principais dados revelados, considerando a dor física e psicológica representada pelo corpo adoecido. O habitus em relação ao estilo de vida dos sujeitos é um recorte que engloba a natureza étnico-racial da AF, ainda entendida como “doença que vem do negro” e que necessita ser desmistificada pelos profissionais de saúde que os assistem no dia-a-dia em ambulatórios de todo o Estado. Concluo sugerindo que a AF é uma doença que está atrelada aos Determinantes Sociais em Saúde, incorporando as diversas suscetibilidades dos interlocutores, que necessitam de maior sensibilidade política e dos setores de atenção básica à saúde para que as pessoas que compartilham as vicissitudes da AF possam ser incluídas socialmente.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Do tempo dos pretos d’antes aos povos do Aproaga: patrimônio arqueológico e territorialidade quilombola no vale do rio Capim (PA)(Universidade Federal do Pará, 2012-10-01) MORAES, Irislane Pereira de; MARQUES, Fernando Luiz Tavares; ALMEIDA, Marcia Bezerra de; http://lattes.cnpq.br/1085631337892211; http://lattes.cnpq.br/0365104813041022Esta dissertação se construiu a partir do diálogo entre a Antropologia e a Arqueologia, na busca de compreender os usos e significados que o patrimônio arqueológico assume no âmbito das relações sociais contemporâneas, em específico, aqueles construídos segundo a lógica de povos e comunidades tradicionais. Entendido como categoria etnográfica, o patrimônio permite vislumbrar significados que os quilombolas pertencentes às comunidades Taperinha, Nova Ipixuna, Sauá- Mirim, Benevides e Alegre Vamos, no município de São Domingos do Capim (PA), elaboram em torno do sítio arqueológico Aproaga. Na luta pela titulação definitiva do seu território os quilombolas se autodefinem Povos do Aproaga, nesse contexto, a consciência cultural possibilita a construção da identidade coletiva. Em torno das ruínas históricas do engenho colonial, a memória social quando os Pretos d’antes foram escravos restitui e fortalece no presente as referências culturais e fronteiras étnicas em consonância ao sentimento de pertencimento ao Aproaga. Assim, a arqueologia pública e etnográfica possibilita compreender as dinâmicas e relações sociais do presente e suas fruições com o passado, os significados da cultura material, bem como, as dimensões étnicas que o patrimônio pode vir a assumir no contexto de direitos territoriais de comunidades descendentes e/ou de origem. Porquanto, a territorialidade quilombola construída pelos Povos do Aproaga implica pensar de maneira crítica sobre as políticas do patrimônio na Amazônia, e mais amplamente a reflexividade da pesquisa tendo em vista uma práxis descolonial da ciência.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Arqueologia do baixo Tapajós: ocupação humana na periferia do domínio tapajônico(Universidade Federal do Pará, 2012-10-17) MARTINS, Cristiane Maria Pires; SCHAAN, Denise Pahl; http://lattes.cnpq.br/9087840228167206Essa pesquisa investiga um sítio arqueológico localizado em área que seria o limite sul da dispersão da Tradição Inciso-Ponteada no baixo curso do rio Tapajós, e discute os resultados dessa pesquisa à luz dos demais dados e hipóteses que vêm sendo formulados sobre a ocupação indígena pré-colonial da região. Investigações arqueológicas realizadas na região nos últimos anos vêm revelando que a área de dispersão de sítios arqueológicos ligados a essa tradição cerâmica é maior do que se supunha anteriormente. As características estilísticas da cultura material e o modo de ocupação das paisagens parecem indicar contatos culturais entre habitantes do baixo rio Tapajós e os povos que habitavam as bacias dos rios Nhamundá e Trombetas ao final do primeiro milênio da Era Cristã. Sendo assim, esta pesquisa compreende dois exercícios: (1) o primeiro de escala local, com foco no sítio arqueológico Serraria Trombetas, e no estudo detalhado do espaço intra-sítio, entendido como um microcosmo de uma história regional; e (2) o segundo de escala regional, de comparação dos resultados locais com a cronologia e as características dos demais sítios arqueológico da região. Através da caracterização estilística da cerâmica, do estudo do material lítico, da distribuição espacial dos vestígios no sítio e em nível regional, além do exame da cronologia regional, buscou-se investigar a diversidade cultural dos grupos pré-coloniais no segundo milênio da Era Cristã.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Masculinidades em cena: o modo de ser e de pensar o metrossexual a partir das telenovelas(Universidade Federal do Pará, 2012-10-31) OLIVEIRA JÚNIOR, Edyr Batista de; CANCELA, Cristina Donza; http://lattes.cnpq.br/8393402118322730Procurei analisar as percepções dos sujeitos sobre o modo de ser e de pensar o metrossexual a partir das telenovelas. O uso de personagens desse programa para a investigação foi importante, pois as telenovelas são produções que contribuem para a visualização de comportamentos e divulgação do “novo”, além de possuir grande entrada nos lares brasileiros. Por conta disso, realizei dezesseis entrevistas com cinco mulheres e onze homens, todos residentes em Belém do Pará, universitários ou formados em diferentes cursos, com a finalidade de mostrar como essas pessoas veem os personagens masculinos que são veiculados nos folhetins eletrônicos e se elas percebem personagens metrossexuais ou com características metrossexuais nas telenovelas. Investiguei, ainda, o que pensam alguns operadores da comunicação – escritores, autores, atores e acadêmicos que estudam o tema telenovelas – sobre a relação do público masculino com esse tipo de programação, por meio de entrevistas que eles concederam a algum meio de comunicação e/ou trabalhos acadêmicos dos mesmos. Além disso, discuti a construção do corpo do metrossexual e a corrente associação que se faz desse tipo masculino com a homossexualidade. Destarte, abordei as compreensões dos/as meus/minhas interlocutores/as sobre três personagens que utilizei em minhas entrevistas: Narciso (Vladimir Brichta), de Belíssima (2005), Tomás (Leonardo Miggiorin), de Cobras e Lagartos (2006) e Carlos (Carlos Casagrande), de Viver a Vida (2009), verificando as características que fazem os homens representados nesses papéis serem ou não reconhecidos como vaidosos. Ver-se-á que a ideia de um masculino despreocupado com o que veste, que passa sabonete nos cabelos para não gastar muito tempo na hora do banho com xampus e condicionadores, por exemplo, tem perdido espaço na cena contemporânea, pois os homens, a cada dia, externalizam, mais e mais, sua vaidade, contribuindo para a “fabricação” de corpos belos e desejados.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ocupação indígena na foz do rio Tapajós (3260-960 AP): estudo do sítio Porto de Santarém, baixo Amazonas(Universidade Federal do Pará, 2012-11-21) ALVES, Daiana Travassos; SCHAAN, Denise Pahl; http://lattes.cnpq.br/9087840228167206Na arqueologia Amazônica, o período Formativo (4.000-2.000 AP) é definido pela existência de assentamentos sedentários de povos cuja subsistência baseava-se na agricultura, complementada pela caça, pesca e coleta. Esse período é importante, entre outras razões, porque precede o desenvolvimento de sociedades regionais a partir do início da Era Cristã. Entretanto, é pouco conhecido, seja pela pouca quantidade de sítios identificados, seja pela falta de pesquisas. Esta dissertação apresenta os resultados da investigação de contextos Formativos no sítio Porto de Santarém, no baixo Amazonas, uma região onde a longa sequência de ocupação se inicia no período Paleoíndio. A investigação visou observar essa ocupação no sítio Porto e questionando seu papel na dinâmica de ocupação regional de longo termo. As escavações revelaram evidências de ocupação humana no período pré-histórico tardio (cal. AD 1020 a 1160) conhecido como fase Santarém da Tradição Inciso-Ponteada, possibilitaram o estudo de uma ocupação anterior, localizada na base da camada cultural, que corresponderia cronologicamente ao período Formativo (cal. 3160 a 3090 AP).Dissertação Acesso aberto (Open Access) “O melhor sítio da terra”: colégio e igreja dos jesuítas e a paisagem da Belém do GRÃO-PARÁ: um estudo de arqueologia da arquitetura(Universidade Federal do Pará, 2013-04-29) LOPES, Rhuan Carlos dos Santos; MARQUES, Fernando Luiz Tavares; http://lattes.cnpq.br/0365104813041022Nesta pesquisa investigo a inserção do Colégio e Igreja dos jesuítas na Belém colonial. Analiso, a partir da perspectiva da arqueologia da arquitetura, a forma como essa edificação se constituiu elemento na paisagem de poder da área mais antiga da cidade. Além disso, estabeleço uma relação analítica desse processo com a criação do Projeto Feliz Lusitânia, no Centro Histórico da capital do Pará. Pautei a investigação na documentação relativa ao período colonial e ao Projeto Feliz Lusitânia. Efetuei a análise dos discursos impressos nessas fontes, no que diz respeito às intenções dos agentes em questão na conformação da paisagem de poder da parte mais antiga de Belém. Utilizei também mapas e imagens que evidenciam a disposição espacial de Belém e a presença do prédio aqui pesquisado. Desse modo, observei as camadas diferenciadas na paisagem local, tendo em vista as manifestações ideológicas impressas na arquitetura.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Um buraco no meio da praça: múltiplas percepções sobre um sítio arqueológico em contexto urbano amazônico – o caso de Belém, Pará(Universidade Federal do Pará, 2014-05-16) FERNANDES, Glenda Consuelo Bittencourt; SILVEIRA, Flávio Leonel Abreu da; http://lattes.cnpq.br/1972975269922101; ALMEIDA, Marcia Bezerra de; http://lattes.cnpq.br/1085631337892211Esta pesquisa trata das múltiplas leituras atribuídas pelas pessoas sobre o sítio arqueológico histórico Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos, situado no contexto urbano amazônico da cidade de Belém, Pará, mais especificamente na Praça do Carmo. O sítio foi objeto de uma pesquisa arqueológica cujo objetivo foi, principalmente, expor as estruturas da Igreja ao público, por meio de janelas arqueológicas. Portanto, nesta investigação parto da perspectiva da Arqueologia Pública para demonstrar outras visões sobre o referido sítio que se realizam, principalmente, na dinâmica do cotidiano. Para ter acesso às narrativas, realizei trabalho de campo durante os anos de 2012 e 2013, tempo em que convivi e fiz entrevistas com moradores, trabalhadores e frequentadores do lugar. Além disso, apresento o contexto histórico da Igreja do Rosário, desde informações que atestam sua presença na cidade de Belém até a sua derrubada e arruinamento. Por fim, considero discussões referentes ao potencial de pesquisa no âmbito da Arqueologia História e reflexões sobre políticas patrimoniais em contextos urbanos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Iluminando os mortos: um estudo sobre o ritual de homenagem aos mortos no dia de finados em Salinópolis – Pará(Universidade Federal do Pará, 2014-05-26) NEGRÃO, Marcus Vinícius Nascimento; ALENCAR, Edna Ferreira; http://lattes.cnpq.br/7555559649274791A Iluminação dos Mortos, realizado no município de Salinópolis (PA) – e em alguns municípios do nordeste do Pará –, consiste em um ritual de homenagens aos mortos, que ocorre anualmente por ocasião do Dia de Finados, no dia 02 de Novembro. Neste município, há uma maneira muito particular de prestar tributo aos mortos, na qual seus túmulos, no período da noite, são iluminados com o acendimento de velas para, em sequência, ocorrer um momento de confraternização entre os familiares dos falecidos. Dessa maneira, os principais aspectos que problematizo neste trabalho dizem respeito às questões simbólicas subjacentes a este ritual de homenagens aos mortos. Assim, a iluminação dos mortos funciona como um dispositivo que aciona sociabilidades em torno da morte, reintegrando, simbolicamente, os mortos à vida social e os vivos à vida espiritual.Dissertação Acesso aberto (Open Access) “Égua”, é a hora do intervalo na tv: marcadores sociais da diferença, consumidores/as e publicidade produzida em Belém do Pará(Universidade Federal do Pará, 2014-06-18) OLIVEIRA, Robson Cardoso de; CANCELA, Cristina Donza; http://lattes.cnpq.br/8393402118322730Esta dissertação “nasce” com uma missão: investigar sobre a recepção de marcadores sociais da diferença entre consumidores/as da publicidade produzida na cidade de Belém do Pará, no intuito de observar como são recebidos e (re) significados as categorias de Gênero e Sexualidade no momento em que assistíamos ao horário comercial. Contudo, outros marcadores sociais da diferença como Classe, Cor/Raça e Geração foram acionados pelos/as interlocutores/as, nas conversas, e, consequentemente, problematizados nesta pesquisa. Além disso, discussões em torno de publicidade e consumo também ganharam o devido destaque como uma consequência da própria força dos discursos dos/as consumidores/as. Como resultado, percebi que os marcadores sociais da diferença estavam sendo operados, nas narrativas, de modo interseccionado (ou articulados), dentre essas, as mais ativadas nesse tangenciamento foram às categorias de Gênero, Cor/Raça e Classe, compreendidas por discursos como: homem, negro e pobre; e mulher, branca e rica. O “jogo” entre o real e o “mágico” mundo dos anúncios (Rocha 1990), também fora comentado pelos/as interlocutores/as, visualizando a publicidade muito mais próxima de idealizações do real, ao invés de mostrar realidades na hora do intervalo na TV.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise espacial dos sítios monumentais do leste da Amazônia ocidental(Universidade Federal do Pará, 2014-08-19) BARBOSA, Antonia Damasceno; SCHAAN, Denise Pahl; http://lattes.cnpq.br/9087840228167206Esse trabalho teve por objetivo analisar os recintos geométricos localizados no leste do estado do Acre, utilizando ferramentas de geoprocessamento e considerando fatores ambientais e culturais que poderiam ter influenciado nas decisões de grupos sociais quanto ao local de construção e forma desses sítios arqueológicos. Foi utilizada a abordagem da arqueologia da paisagem e o geoprocessamento como ferramenta analítica. A partir do levantamento de dados de 419 recintos geométrico no Leste do Estado do Acre, a pesquisa investigou padrões culturais relativos à morfologia e configuração, localização e orientação dos sítios, utilizando métodos estatísticos e de análise espacial. Concluiu-se que técnicas construtivas padronizadas foram utilizadas na construção dos recintos e que sua localização levava em conta proximidade de fontes de água, tipos de solo e altitude. Além disso, características morfológicas estavam associadas à tamanho e localização. A pesquisa também descobriu que a maioria dos recintos foi construída de forma a marcar os solstícios de inverno ou verão. Foram ainda feitas considerações sobre o estado de preservação dos sítios e os desafios à gestão desse patrimônio.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A memória coletiva e o ofício de sapateiro em Belém-Pa: as narrativas de mestres e aprendizes da arte dos calçados(Universidade Federal do Pará, 2014-09-04) ROCHA, Manoel Cláudio Mendes Gonçalves da; SILVEIRA, Flávio Leonel Abreu da; http://lattes.cnpq.br/1972975269922101O trabalho em questão tem por objetivo refletir a respeito do ofício de sapateiro em Belém, Pará. O estudo parte da apreciação das narrativas de trabalhadores que exercem atividades ligadas aos calçados na porção central da capital paraense – precisamente nos bairros de Batista Campos e Campina. Por meio das memórias destes sapateiros acerca de suas trajetórias sociais, busco compreender o modo como esta ocupação se transformou ao longo dos anos e de que forma esses sujeitos percebem as mudanças na própria vida urbana, considerando as modificações no espaço ao longo do tempo, logo, a conformação e reconfiguração das paisagens no mundo urbano belemense. As proposições aqui elencadas apontam para o fato de que através do saber-fazer característico do ofício de sapateiro e por meio de um “saber viver” que reflete a experiência cotidiana destes indivíduos, as oficinas de calçados constituem espaços prenhes de sociabilidades, onde além da fabricação e conserto de sapatos e artigos de couro, em geral, são também produzidas formas sociais outras túrgidas de uma dimensão simbólica e sensível que traduz seus conteúdos a partir das interações/relações ali engendradas e da intermediação dos próprios gestos técnicos característicos do ofício.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Pedaços de pote, bonecos de barro e encantados em Laranjal do Maracá, Mazagão-Amapá: perspectivas para uma arqueologia pública na Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2014-09-04) LEITE, Lúcio Flávio Siqueira Costa; SILVEIRA, Flávio Leonel Abreu da; http://lattes.cnpq.br/1972975269922101; ALMEIDA, Marcia Bezerra de; http://lattes.cnpq.br/1085631337892211A região de Maracá, Município de Mazagão, no Amapá, reúne em seu território um enorme potencial arqueológico, no qual se destacam contextos com urnas funerárias de características antropomorfas e zoomorfas em sítios de áreas fechadas, em ambientes de caverna. Essa dissertação é uma etnografia sobre as representações que moradores da vila de Laranjal de Maracá, localizada no entorno de vários desses sítios, possuem sobre esses vestígios, bem como sobre as pesquisas desses materiais. Além disso, aborda questões sobre práticas de encantaria e também imaginários sobre os lugares praticados pelos moradores dessa vila. Para tanto, utilizou como técnicas a observação participante, entrevistas e análises bibliográficas, buscando refletir a partir da Arqueologia Pública sobre as diferentes formas de impacto da cultura material.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Pombo, pato, galinha, bode: bichos em trânsito! Estudo etnográfico sobre as apropriações de animais no Ilé asé Iyá Ogunté - um templo de candomblé na Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2014-09-16) SANTOS, Cléver Sena dos; BARROS, Flávio Bezerra; http://lattes.cnpq.br/4706140805254262O presente trabalho objetiva investigar as diversas formas de apropriação social, cultural e mágico-religiosa da biodiversidade faunística no contexto do templo de candomblé Ilé asé Iyá Ogunté, se utilizando, para tanto, de abordagens contempladas em estudos de Etnoecologia, bem como a realização de etnografia do centro religioso. Apesar da relação entre religião e natureza estar na base fundante e na concepção organizadora do candomblé, há um número muito reduzido de estudos sobre a apropriação de animais nos centros religiosos, e, normalmente, os que existem, se concentram na produção de inventários quase sempre desprovidos de contextualização. De modo geral, estudos envolvendo apropriações da natureza se concentram em áreas rurais e pouca atenção vem sendo dirigida às populações urbanas. Assim, contornando este quadro, o presente trabalho se propõe a investigar as formas como grupos humanos se apropriam da diversidade biológica no contexto do candomblé e quais suas contribuições para o enriquecimento cultural.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Pelas trilhas dos filhos do sol e da lua: memórias das pinturas rupestres de Monte Alegre, Pará, Amazônia, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2014-10-14) SILVA, Arenildo dos Santos; PACHECO, Agenor Sarraf; http://lattes.cnpq.br/5839293025434267; SCHAAN, Denise Pahl; http://lattes.cnpq.br/9087840228167206O presente trabalho tem por objetivo refletir sobre o conjunto de narrativas a cerca das pinturas rupestres da região das serras de Monte Alegre, Pará, na busca de compreender os significados que o patrimônio arqueológico assume no âmbito das relações sociais contemporâneas, em específico, aquelas construídas segundo a lógica de populações tradicionais. O estudo inicia com um diálogo histórico através das primeiras narrativas sobre estas imagens registradas por viajantes e naturalistas desde o século XIX, depois traz para discussão os trabalhos e conhecimentos produzidos pela ciência arqueológica nas últimas décadas, e por último, adiciona também as vozes de moradores da Vila do Ererê e arredores sobre estas iconografias. A dissertação se construiu a partir do interstício entre a Antropologia, Arqueologia e História, pois, as informações que subsidiaram a pesquisa foram obtidas através de relatos de viajantes, dos trabalhos de pesquisa arqueológica, de entrevistas, observação e do convívio com moradores da vila. O resultado é um emaranhado de vozes distintas que se tecem, cruzam e ecoam na formação de um caleidoscópio de narrativas compostas por fragmentos de mundos, pautados nas experiências, na relação com a vida social e o presente vivido. As trilhas percorridas apontam reflexões acerca da política do patrimônio na Amazônia, e mais amplamente ponderações da pesquisa tendo em vista uma práxis descolonial da ciência.Tese Acesso aberto (Open Access) Exá raú mboguatá guassú mohekauka yvy marãe‟y(Universidade Federal do Pará, 2015) MACHADO, Almires Martins; BELTRÃO, Jane Felipe; http://lattes.cnpq.br/6647582671406048O presente estudo procura analisar sob as lentes da antropologia, a forma como as lideranças religiosas Mbya, cumprem os sonhos recebidos de Nhanderú Ete, iniciando a caminhada em direção a terra sem mal, a yvy marãe‟y; retornam ao local de ocupação antiga ou a indicada por Nhanderú, terra com a qual mantém laços históricos de luta. Os conflitos se intensificam com a demarcação/ampliação dos territórios ou de terra para o Guarani Mbya, como no caso do Pará, que andaram por cerca de cem anos até encontrar a terra onde exercitar o modo correto de se viver; o dissenso potencializa o etnocentrismo, a discriminação, o racismo, o estigma de ser índio, bugre, preguiçoso, alcoólatra, “raça inferior”. A pesquisa versa sobre o modo como "escolhem”, “adotam,” “retomam,” ressignificam, reterritorializam, guaranizam a terra onde pausaram a caminhada.Tese Acesso aberto (Open Access) Crianças ribeirinhas e quilombolas da Amazônia: crescimento, determinantes sociais de saúde e políticas públicas(Universidade Federal do Pará, 2016-09-29) FILGUEIRAS, Ligia Amaral; SILVA, Hilton Pereira da; http://lattes.cnpq.br/3917171307194821A Amazônia representa mais da metade das florestas tropicais do planeta e tem a maior biodiversidade do mundo, porém continua sofrendo graves problemas ambientais devido à exploração ilegal de seus recursos. As populações humanas que vivem nessas áreas são grupos indígenas e não-indígenas, em grande parte camponesas, com intensa miscigenação entre brancos colonizadores, a população nativa indígena e os africanos que vieram como escravizados. São pequenos produtores, que dependem e conhecem profundamente a natureza e seus ciclos e utilizam tecnologia relativamente simples, impactando pouco o ambiente. Essas populações que vivem nas áreas rurais são consideradas vulnerabilizadas, especialmente as crianças. Este estudo teve como objetivo conhecer a situação da saúde das crianças de três grupos populacionais da Amazônia: residentes na Floresta Nacional de Caxiuanã (PA), na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (AM) e de sete comunidades Quilombolas (África/Laranjituba, Santo Antônio, Mangueiras, Mola, Oriximiná, Trombetas e Abacatal - PA). Foram analisadas 990 crianças de 0 a 9 anos de idade em comparação com os parâmetros da OMS de 2008 a 2015. Constatou-se que as crianças de Caxiuanã estão em déficit de altura/idade (26,15%), bem como as crianças de Mamirauá (17,9%), enquanto entre as quilombolas a situação mais grave foi na comunidade do Mola (35,72%). A diferença entre elas foi significativa (p = 0,018) e o Teste de Tukey indica que as crianças de Caxiuanã estão em pior situação com relação a peso/idade. Em geral, todas as comunidades carecem de saneamento ambiental, água encanada, apresentam habitações precárias, inclusive sem banheiro ou sanitário interno, o que influencia nos altos níveis de parasitismo intestinal, infecções de pele e outras doenças. O acesso à serviços de saúde geralmente é difícil devido às distâncias entre as casas e os centros de saúde, já que na maioria das vezes o transporte é precário. A região Amazônica é vasta e de difícil gerenciamento, porém se não houver sérias melhorias em políticas públicas, em todos os setores, as crianças das áreas rurais ainda permanecerão distantes dos parâmetros de crescimento internacionais em pleno século 21. Portanto, torna-se necessário que sejam desenvolvidos melhores programas de saúde pública para a região Amazônia, que se reflitam em melhor qualidade de crescimento e saúde da população.Tese Acesso aberto (Open Access) Antropologia linguística & etnografia toponímica: vivências e narrativas em linguagens socioculturais de Murinin-Benevides-Pará(Universidade Federal do Pará, 2016-10-06) FARIAS, Maria Adelina Rodrigues de; PACHECO, Agenor Sarraf; http://lattes.cnpq.br/5839293025434267A presente experiência trata da problematização acerca do significado dos nomes de lugares de circulação de pessoas, os topônimos, no município de Benevides, mais precisamente no bairro de Murinin. Os estudos toponímicos têm por escopo a depreensão do léxico de determinados territórios, tendo em vista a formação histórica e sociocultural do povo que aí habita, especificamente por intermédio dos nomes dados aos locais de circulação social, tais como ruas, hidrovias, bairros, cidades, etc., evidenciando tanto aspectos sincrônicos quanto diacrônicos dos falares. O estudo trava uma discussão sobre a construção da memória e da identidade toponímica desta localidade, demonstrando os valores atribuídos pelos interlocutores aos seus locais de nascimento e/ou moradia. A problematização está baseada na seguinte questão norteadora: Que relações de poder estão presentes na constituição dessa nominalização? Por esse motivo, considerei, para esta pesquisa, trabalhar com os pressupostos teóricos da Antropologia Pós-Colonial e dos estudos sobre Narrativas Orais. Assim, faço, em princípio, um levantamento formal, não fugindo em demasia da metodologia tradicional da pesquisa toponímica, mas considerando, nas entrevistas, também a toponímia alternativa, isto é, não oficial, vernacular, tentando motivar o interlocutor a buscar, em sua memória, a identidade de tal nome e sua relação com a vida dos que ali habitam/habitavam, bem como que categorias sociais foram silenciadas (e por quê?), seja do ponto de vista social, político, econômico, seja do religioso e familiar. Observou-se, a partir desta pesquisa, que a toponímia possui uma força ideológica decisiva para a representatividade do povo que habita o lugar, assim como, paradoxalmente, pode ser utilizada como fator de silenciamento e apagamento de identidades consideradas subalternas.
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