Programa de Pós-Graduação em Antropologia - PPGA/IFCH
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/4031
O Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) é um programa do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA) e teve início das suas atividades, em agosto de 2010. O PPGA contempla a formação de cientistas antropólogos em nível de Mestrado e Doutorado.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Antropologia - PPGA/IFCH por Orientadores "GONTIJO, Fabiano de Souza"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Pelos caminhos da cidade: experiência e percepção de paisagens em videoclipes na Amazônia contemporânea(Universidade Federal do Pará, 2019-03-22) COSTA, Victória Ester Tavares da; GONTIJO, Fabiano de Souza; http://lattes.cnpq.br/7539767705260462A Amazônia tem um histórico de imagetizações estrangeiras diversas, o que a estigmatizou em referências de simplificação e exotismo. Aqui, procuro percorrer outras paisagens desta região, aquelas cuja construção imagética perpassa pelas vivências e interações cotidianas que nela ocorrem. O espaço citadino vem a ser essa imagem pouco explorada de uma área conhecida por sua fauna e flora. Expressões artísticas, por sua vez, são uma forma de demonstrar as percepções e vivências dos espaços, o videoclipe faz isto através da visualidade e da sonoridade, conferindo mais elementos que tornam possível também (re)criar imaginários. A partir das particularidades deste gênero audiovisual e o recorte de seis videoclipes filmados em ruas da cidade de Belém do Pará, cheguei a três grupos-base de interlocutores locais, com quem pude dialogar sobre o cotidiano, a experiência e as imagens destes espaços diante do que se cria e o que se mostra hoje sobre a cidade.Tese Acesso aberto (Open Access) "Póngase las plumas" - A decolonialidade no sistema das artes visuais contemporâneas pelas perspectivas de gênero e corpos dissidentes: complexidades e contradições entre Brasil, Colômbia e Peru(Universidade Federal do Pará, 2024-08-30) VIVIANI, Maria Cristina Simões; GONTIJO, Fabiano de Souza; http://lattes.cnpq.br/7539767705260462O conceito de decolonialidade tem sido agenciado com frequência pelo sistema das artes visuais contemporâneas. O termo proposto pelo Grupo Modernidade/Colonialidade é utilizado principalmente para apontar curadorias com a presença de artistas dissidentes - indígenas, negras, queer e periféricas. Contudo, o campo realizado entre Brasil, Colômbia e Peru indicou que a “decolonialidade” foi apropriada pelo campo das artes, tornando-se um termo nativo das instituições do circuito artístico. A capitalização do conceito pelo mercado das artes resultou em uma abordagem exclusivamente a partir das identidades que apenas se refere à presença de produções de artistas não hegemônicas, sem as devidas transformações que a decolonialidade deveria acarretar a nível estrutural. Sendo assim, agentes das artes acusam de terem suas identidades, antes marginalizadas, agora instrumentalizadas pelo sistema das artes. Diante de tal problemática, a pesquisa investigou o circuito das artes dos três países a partir de entrevistas com artistas, curadoras e galeristas mulheres (cis e transgênero), não bináries e homens transgênero. Considerando o sistema das artes uma estrutura porosa, formado por uma rede de relações de poder entre agentes, instituições e obras de arte, buscou-se evidenciar as complexidades e contradições inerentes a tal campo pela perspectiva de gênero e corpos dissidentes. A conexão territorial, demarcada pela tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Peru, marca também a perspectiva hegemônica do Norte Global sobre suas produções artísticas. Dinâmicas de hierarquizações de poder se repetem em um modelo colonial replicado nas instituições de artes dos três países. Os conflitos e disputas de quem decide o que é arte, quem vende arte e quem consome arte, revelam que a perspectiva decolonial está mais voltada ao discurso do que à prática no circuito artístico. O avanço da decolonialidade propiciada pela pressão social por aumento da representatividade de grupos minoritários em espaços de poder, juntamente com produção acadêmica de alto impacto sobre decolonialidade e a demanda mercadológica, gerou a busca pelas identidades dissidentes que vive hoje o sistema das artes do Sul Global. As limitações sobre as produções das artistas demarcadas pela alteridade a partir da perspectiva hegemônica expõem a necessidade de novas estratégias para, de fato, decolonizar o sistema artístico. A essencialização das identidades e a leitura reducionista como esses corpos e produções são absorvidos pelo sistema das artes indicam que há uma percepção simplista sobre vivências complexas. O questionamento e a resistência das agentes das artes apontam para a necessidade de uma reparação histórica em que as produções sejam localizadas e o sujeito “universal” seja contestado. Assim, as produções dessas agentes determinam por uma descentralização da rigidez imposta sobre as identidades dissidentes, permitindo um esgarçamento do imaginário sobre seus corpos e experiências.
