Teses em Educação em Ciências e Matemáticas (Doutorado) - PPGECM/IEMCI
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/3775
O Doutorado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-Graduação em Educação e Ciências e Matemáticas (PPGECM) do Instituto de Educação Matemática e Ciêntífica (IEMCI) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Teses em Educação em Ciências e Matemáticas (Doutorado) - PPGECM/IEMCI por Orientadores "BRITO, Maria dos Remédios de"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Aprender embriológico e ensino de ciencias: composições de um bestiário dos seres impossíveis.(Universidade Federal do Pará, 2024-01-19) COSTA, Dhemersson Warly Santos; BRITO, Maria dos Remédios deNada é perene. Tudo é embriológico, a vida é um estado de nascimento. Se o aprender ciências trata das questões que permeiam a vida, como não falar dos fluxos embriológicos em que o próprio aprender está inserido? É nesse sentido que a tese argumenta que o aprender ciências passa por um estado de embriologia, em condições germinativas, em ato de criação, propondo uma radicalidade nos processos de ensinar e aprender ciências, fazendo fluir uma outra coisa, mais profunda que a derme, o aprender ciências embriológico. Inspirados nas vicissitudes que atravessam o embrião e o pensamento da filosofia da diferença de Gilles Deleuze e Félix Guattari propomos que o aprender ciências embriológico possui três características: i) a ciência como maquinação; ii) o devir dos processos e iii) o encontro com os signos. Para compor essa paisagem conceitual agenciamos, além da literatura, o processo poético “O bestiário dos seres impossíveis” e seus desdobramentos nas aulas de ciências de uma escola da rede municipal de Altamira/PA. Nestas linhas de escrita, o aprender se conecta com a embriologia, em um gesto de elogio ao embrião, uma forma de abraçar as vitalidades dos seus modos de existir que podem trazer um sopro de vida para o Ensino de Ciências.Tese Acesso aberto (Open Access) A aprendizagem inventiva no ensino de ciências: composições, traçados nômades e outros encontros(Universidade Federal do Pará, 2017-08-24) RAMOS, Maria Neide Carneiro; BRITO, Maria dos Remédios de; http://lattes.cnpq.br/6896268801860211; https://orcid.org/0000-0002-0478-5285O ensino de ciências, quando influenciado pelo cientificismo Moderno leva para suas práticas educativas e escolares uma modelagem dogmática, tomada por uma ciência régia/ciência de Estado. A ideia é problematizar uma aprendizagem que acontece em um campo heterogêneo, marcado pelas multiplicidades, que colocam aluno e o professor em uma aula de ciências em encontros experimentativos com aquilo que é problemático no ensino de ciências. Diante disso, indaga-se: que encontros se pode estar propenso em uma aula de ciências? Como aluno e professor movimentam uma aula de ciências pela contingência dos acontecimentos e dos signos no ensino de ciências? O que leva o ensino e a aprendizagem para um campo problemático que dispare modos inventivos nas aulas de ciências? Como esses acontecimentos, encontros, signos marcam fissuras nas padronizações, nos métodos, nas normas, teorias que tendem a dizer o como ensinar e o como aprender no ensino de ciências? A pesquisa tem como objetivos: Mapear as linhas sobre as quais o ensino de ciências se movimenta em aula de ciências por meios de variações e composições heterogêneas; Cartografar os afectos, os jogos de forças, as fissuras, os cortes, as aberturas, que percorrem aulas de ciências e colocam a aprendizagem como um processo inventivo; Problematizar em que circunstancias uma experimentação com um campo problemático pode produzir elementos para uma aprendizagem inventiva em ciências. O estudo é mobilizado pelo referencial bibliográfico da Filosofia da Diferença de Gilles Deleuze e Félix Guattari, assim como conexão e agenciamento com comentadores, autores da área do ensino de ciências e da educação. Nas vias do conceito de Acontecimento se arrisca em um jogo inventivo-experimentativo de uma pesquisa-tese, tomando algumas reflexões filosóficas como ferramentas interpretativas para compor uma espécie de cenário, descolando conceitos filosóficos dos autores citados acima, para pensar a educação em ciências. A pesquisa apresenta ainda um trabalho empírico, realizado no Clube de Ciências, no Instituto de Educação Científica e Matemática da Universidade Federal do Pará, apresentado em forma de recortes temáticos. Diante do trabalho teórico e empírico, pode-se dizer que a aprendizagem no ensino de ciências é percorrida por formas aberrantes, que fomentam uma estranha variação no ensinar e no aprender, que não sendo modelar percorre um campo problemático produzido pelos signos em que o aluno está propenso, sinais de uma aprendizagem disparadora de sensações, produtora de afectos no ensino de ciências – Aqui chamada de aprendizagem inventiva, sobre a qual o corpo, o pensamento encontra suas próprias linhas quando mobilizado pelos encontros, arranja suas próprias (de) composições de aprender, embora nem sempre sejam harmônicas ou pelo menos em concordância com o modo como o conhecimento é instituído.Tese Acesso aberto (Open Access) Currículo menor de ciências: atravessamentos por uma escola ribeirinha da Amazônia Tocantina Paraense(Universidade Federal do Pará, 2019-04-30) CORRÊA, Edilena Maria; BRITO, Maria dos Remédios de; http://lattes.cnpq.br/6896268801860211; https://orcid.org/0000-0002-0478-5285Um currículo é um modo de vida, de existência, um espaço de experimentar, de fazer e de produzir. Um currículo é uma discursividade, é um processo de produção. Um currículo é vida. Nas práticas educativas habitam vidas, fazeres em movimentos, um currículo de ciências assim como um currículo em outras áreas de saberes sempre é um processo de inventividade. Para esse processo de pesquisa-criação a ideia advém pelo argumento de que o currículo de ciências é vida, embora esteja oficialmente nas malhas duras e sedentárias. A ciência é um saber também produzido na inventividade como qualquer outro. Dessa forma, o currículo de ciências que se pontua nessa pesquisa vem pelas linhas menores, agenciado por potências vivas das vidas comunitárias, dos modos de produção alimentares e processos singulares dessas vidas que cruzam o ambiente escolar ribeirinho. Entendendo o currículo de ciências atravessado pelo saber escolar e os saberes habituais de uma comunidade ribeirinha da Amazônia Tocantina Paraense. A pesquisa invenção se deu entre moradores da Ilha de Pacuí de Cima, município de Cametá-Pa, na Escola Professor Fulgêncio Wanzeler e teve como questões disparadoras: que potências um currículo menor de ciências oferece para o alargamento das práticas educativas? O que podem as práticas menores de um currículo de ciências? Como o currículo de ciências menor se produz pelas singularidades? A pesquisa invenção tem como objetivo criar, singularmente, um currículo de ciências menor atravessado por n’composições de saberes que arrastam a ciência para outras visibilidades no espaço da escola da Ilha de Pacuí. A ideia é pensar um programa de experimentação que ofereça vozes às heterotopias. Dessa forma, a pesquisa vem cruzada pelo pensamento teórico da Filosofia da diferença deleuziana por modos de variações e deslocamentos conceituais, também promove um esforço de criação poética de um caderno de professora/estudantes atravessado pelas potências curriculares de ciências em variação de uma escola ribeirinha da Amazônia Tocantina Paraense. O processo poético do caderno é atravessado pela criação de um currículo menor de ciências no envolvimento de práticas escolares no ambiente amazônico. Além disso, a Tese agencia, poeticamente, imagens diversas, desenhos, colagens, digressões entre atravessamentos das águas e fotografias. A Tese também produz, amadoramente, um caderno de imagens fotográficas, registros diários dos meus atravessamentos entre a escola e a comunidade que dar a pensar o currículo de ciências. Como aposta de passagem-conclusão, a tese criação entende que um currículo menor não é um modelo a ser seguido, nem um pacote engradado se saberes acabados. O currículo menor de ciências que atravessa a tese criação atenta para as linhas da singularidade, como um programa de experimentação que atravessa a vitalidade de cada escola, professor, estudante. Uma aposta nas aberturas das práticas curriculares de ciências.Tese Acesso aberto (Open Access) A escrita de si na docência de matemática: inquietações éticas da figura do professor em formação(Universidade Federal do Pará, 2021-04-22) CASTILLO, Ana Del Valle Duarte; BRITO, Maria dos Remédios de; http://lattes.cnpq.br/6896268801860211; https://orcid.org/0000-0002-0478-5285A ética, assumida como uma forma de relação com nós mesmos e com o outro, não tem sido o foco de atenção dos Educadores Matemáticos, isto se mostra nas poucas pesquisas sobre esta temática. A grande maioria das pesquisas neste campo de estudo, apresenta o conhecimento matemático como algo do qual o estudante se apropria de forma individual, sendo o saber concebido como uma mercadoria que os professores vendem aos estudantes. Ademais, as reflexões sobre o ensino-aprendizagem da matemática tem sido, em geral, direcionadas à busca de mecanismos que facilitem a aprendizagem desta disciplina. As primeiras reflexões em torno do final do século XIX e início do século XX, em que emerge o nosso campo de estudo, situam-se ao redor do currículo que a escola necessita para responder às necessidades cada vez mais urgentes das sociedades que embarcam no caminho da industrialização. Por meio do qual, correntes educativas se caracterizam pelo interesse no desenvolvimento de processos de aprendizagem de conceitos matemáticos e não é levado em conta a formação de valores éticos. Por um lado, os saberes da escola e as estruturas das instituições educativas são utilitarista e individualista. Por outro, temos verdades reducionistas que apresentam algumas matemáticas escolares através de currículos dirigidos ao desenvolvimento de técnicas, uma aprendizagem impessoal, um ensino baseado em livros e por vezes em suposições falsas. Uma dimensão ética no ensino da matemática torna-se fundamental para efetivar uma melhor relação entre estudante e professor e para explicitar algumas escolhas que faz o professor no momento do ensino da matemática, como, por exemplo, estudar contextos relacionados ao preço do quilowatt na periferia das principais cidades. A tese parte do seguinte argumento: a ética na docência do professor de matemática em formação possibilita uma abertura para o cuidado de si, cuidado das práticas educativas (aluno, professor, espaço educativo). O ensino da matemática se torna sensível ao outro, ao mundo. O objetivo desta pesquisa é apresentar a ética na docência do professor em formação que irá ensinar matemática por meio da prática da “escrita de si”, no que se refere ao “cuidado de si” e ao cuidado do outro. O estudo dialoga teoricamente com Michel Foucault (2005, 2006, 2007, 2010), sem necessariamente permanecer nele, mas fazê-lo indica abertura para o pensamento. Com isso, a tese dialogará, de modo geral, com autores do campo da matemática e da educação. A parte prática, por sua vez, consistiu em realizara exercícios filosóficos de escrita de si na sala de aula, feitos com professores em formação continuada pertencentes ao curso da Licenciatura Integrada em Ciências, Matemática e Linguagens da Universidade Federal do Pará, ano de 2018-2019, em particular, exercícios de escrita com preocupação relacionada à docência de matemática. Estes exercícios ocorrerem em forma de narrativas orais e escritas, destacando-se o último deles para esta tese. Como resultados, foi possível expor como, na educação matemática, são praticáveis e possíveis (as) aberturas aos espaços de escuta, de narrativas, de escritas de si, que permitem olhar a si mesmo, suas práticas e condutas, construindo uma prática educativa que percorre uma estética da existência, na medida em que as verdades dogmáticas do campo formativo podem ser colocadas em reflexão e por tanto, em estágios de conhecimentos para que os professores em formação passem, a seguir, para um fazer ético além dos fazeres mecânicos.Tese Acesso aberto (Open Access) O que pode um geocorpo? saúde, doença e morte atravessados nas linhas vitais de pacientes terminais(Universidade Federal do Pará, 2016-02-25) NASCIMENTO, Lucineide Soares do; BRITO, Maria dos Remédios de; http://lattes.cnpq.br/6896268801860211A pesquisa surgiu do interesse em compreender como os pacientes terminais criam forças para viver mesmo com as inúmeras dificuldades e com as limitações ocasionadas pela doença e pelos efeitos colaterais dos tratamentos radicais. Com uma metodologia meio movediça que se constituiu ao longo do trabalho, a pesquisa contou com o acompanhamento de dois pacientes terminais e seus familiares e com o relato de duas pessoas que cuidaram de seus genitores, também diagnosticados como pacientes terminais, até o óbito. Dentre os procedimentos, houve o uso de entrevistas, de diários de familiares, de observações durante as visitas aos pacientes em suas residências e em suas várias idas aos hospitais em busca de tratamento médico. A imersão e produção do pensamento se deram nas confluências e conexões entre as experiências dos pacientes terminais, acumuladas durante os encontros com esses pacientes, com familiares e com a leitura atenta às teoriazações de Deleuze, de Guattari e de Nietzsche, dentre outros. As questões a seguir ajudaram a dar algum norteamento para o trabalho de pesquisa: como os pacientes em estado terminal experienciam o seu corpo no intermezzo vida e morte? Que acontecimentos são suscitados entre desacreditar de tudo e acreditar em momentos possíveis de saúde, ou seja, o que emerge entre a impotência e a potência do corpo? Que subjetivações/individuações nebulosas são criadas ou inventadas nesse entre vida e morte na superfície do corpo? Como esses corpos provocam/problematizam ou impactam as nossas noções tradicionais de corpo saudável e de corpo doente? E, o que mais importa para esses pacientes, quando experimentam o adoecimento de seu corpo? Tais questões foram desdobradas nos objetivos de detectar os modos como os pacientes em estado terminal experienciam possíveis momentos de velocidades lentas e/ou frenéticas de saúde para seus corpos, mesmo no estado de doença no qual se encontram; discutir os processos de subjetivação que se inscrevem nos corpos desses pacientes que são atravessados pelos estados de saúde, de adoecimento, de vida e de proximidade com a morte e problematizar os modos de reinvenção do corpo saudável criados por esses pacientes com os conceitos tradicionais de corpo, de saúde e de doença oriundos principalmente da biomedicina. Como principais resultados a experimentação do pensamento levou a criação do conceito de geocorpo e outros que o compõem como saúde possível, solidão rodeada, solidão miserável e corpo apaziguado corroborando a tese de que os pacientes em estado terminal inventam e reinventam suas subjetividades e percorrem um nebuloso movimento entre vida e morte, entre saúde e doença, que os forçam o repensar de outros modos de entendimento do corpo, da vida e da saúde. O corpo nesse intermezzo fomenta um movimento de dobras e de redobramentos percorrido por experiências de momentos de velocidades lentas e/ou frenéticas de saúde, (mesmo no estado de doença no qual se encontram, através da eliminação ou exclusão mental dos órgãos comprometidos) e tendem a providenciar uma saúde provisória para a sua própria existência. Um geocorpo que experiencia transmutar ou ver e dizer de si outros modos. O que possibilita comunicar com o desmanchamento do idêntico para dobrar o “outramento” (um outro de si, um outro de outro). A tese fomenta outras perspectivas de corpo humano para além do modelo orgânico, o que pode vir a ser uma contribuição para o Ensino de Ciências e para a com-vivência com/dos pacientes terminais.
