Teses em Educação em Ciências e Matemáticas (Doutorado) - PPGECM/IEMCI
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/3775
O Doutorado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-Graduação em Educação e Ciências e Matemáticas (PPGECM) do Instituto de Educação Matemática e Ciêntífica (IEMCI) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Teses em Educação em Ciências e Matemáticas (Doutorado) - PPGECM/IEMCI por Orientadores "CHAVES, Silvia Nogueira"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Retrato falado do professor de biologia: ciência e docência em discurso(Universidade Federal do Pará, 2014-12-15) BASTOS, Sandra Nazaré Dias; CHAVES, Silvia Nogueira; http://lattes.cnpq.br/9353964127402937Como é pensada a docência em um curso de Licenciatura em Ciências Biológicas imerso em um contexto que prioriza atividades de pesquisa? Que discursos capturam os alunos desse curso? Que interdições são impostas a eles? Que regimes de verdade validam (e silenciam) os discursos que atravessam essa formação? Como discursos sobre docência se articulam a outros discursos forjando professores de Ciências e Biologia? São essas perguntas que direcionam os caminhos desta investigação no sentido de defender a tese de que a subjetividade docente é montada e regulada por meio de processos discursivos e não discursivos que definem o professor de biologia como biólogo, prescrevendo formas de moralidade e experiências de si que incitam o sujeito a justapor/colar o biólogo como sujeito da docência. Nesse caminho foi tomado como corpus de pesquisa práticas discursivas e não discursivas materializadas na forma de documentos legais sobre a formação de professores, projeto pedagógico de curso, arquitetura dos espaços, eventos acadêmicos, produção científica de professores com intuito de capturar processos de subjetivação presentes nesse contexto. As análises estão entrelaçadas às ferramentas teóricas pensadas por Michel Foucault para mapear enunciados que, relacionadas a prescrições, determinações, qualificações do sujeito docente, determinam verdades sobre seu corpo e sua conduta. Enunciados que ao falar sobre o indivíduo ao mesmo tempo lhes propõe uma ação moral – uma forma de viver, uma forma de ser, uma forma de se ver – criando ou determinando sujeitos como lugares de verdade. “Nascem” assim professores de Biologia que tem um olhar diferente sobre a natureza, que sabem decifrar o corpo e suas patologias, que reconhecem, identificam, que sistematizam o ambiente e os organismos que ali se estabelecem, que sabem falar palavras difíceis e que tem o laboratório como local de seu fazer docente. Um profissional que reiteradamente reivindica espaços e materiais específicos para que o exercício da docência se concretize de maneira eficiente. Ao problematizar essas questões é possível pensar o professor de Biologia como sujeito histórico, que é tramado em sistemas de verdade postos em operação por complexos mecanismos de saber-poder.Tese Acesso aberto (Open Access) Ser vivo, ser espécie, ser classificado: epistemes, dispositivos e subjetivações no ensino de ciências e biologia(Universidade Federal do Pará, 2013-12-16) VIEIRA, Eduardo Paiva de Pontes; CHAVES, Silvia Nogueira; http://lattes.cnpq.br/9353964127402937Em linhas gerais o objetivo deste trajeto investigativo emerge da discussão dos efeitos da racionalidade científica e das suas verdades na formação e no exercício docente dos professores de ciências e biologia. O percurso analítico se dirige aos espaços de constituição dos saberes, de suas formas e de suas relações de forças, problematizando o pensamento hegemônico e contingente da biologia no século XX, lido em seus enunciados evolutivos e moleculares. As ciências biológicas objetificadas como produto acabado de um contínuo de superações e aprimoramentos teóricos, mantenedora de determinados conceitos ou ideias estruturantes é questionada na medida em que se defende a tese de que o presente da biologia multiplica as produções de falso e verdadeiro, resultando em diferentes modos de formar docentes e de se ensinar ciências biológicas em territórios nos quais se acredita ter/manter certa homogeneidade. Nesta perspectiva, a pesquisa torna visíveis os enunciados que corroboram a tese, utilizando documentos que narram o cotidiano da educação em ciências e biologia, tais como livros e periódicos da formação de professores e materiais didáticos utilizados na educação básica, dentre outros. Os documentos são definidos pelo aparecimento dos objetos, lançando-se mão de recursos enunciativos como conceitos e imagens relacionadas ao ensino de ciências e biologia. A análise utiliza ferramentas dispostas nas teorizações de Michel Foucault, sobretudo, conceitos como episteme e dispositivo relacionados às investigações dos regimes de constituição dos saberes. As perspectivas de episteme e dispositivo neste trabalho vinculam-se com a produção dos objetos Vida, Espécie e Sistema Classificatório, que possibilitam pensar em demarcação de conteúdos, além disso, o dispositivo é pensado como algo constituído em uma rede, estabelecida predominantemente entre discurso e prática, não de forma dual, posto que são indissociáveis, mas no campo do que é visível e do que não é visível. Com efeito, o corpo deste trabalho traz de forma propositadamente imbricada, a análise de determinados enunciados que se referem às formas de pensar o que é ser vivo, ser espécie e ser classificado, predominantemente no período compreendido entre o início do século XX e o início do século XXI. A biologia, nesta perspectiva analítica aparece como um saber não unificado, sendo, portanto, campo em movimento, em disputa pelo poder de significar a ideia de vida. Disputa que se expressa no âmbito do ensino da biologia produzindo múltiplas, cambiantes e concorrentes formas de dizer sobre o vivo.
