Programa de Pós-Graduação em Artes - PPGARTES/ICA
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/6805
O Programa de Pós-Graduação em Artes (PPGARTES) é um programa do Instituto de Ciências da Arte (ICA) da Universidade Federal do Pará (UFPA) e em nível de Mestrado acadêmico teve a sua primeira turma constituída no ano de 2009 e o primeiro Processo Seletivo para o Doutorado acadêmico se deu no primeiro semestre de 2016.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Artes - PPGARTES/ICA por Orientadores "ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Alma de papel: proposta conceitual para um curta-metragem de animação stop motion em devir(Universidade Federal do Pará, 2017) RIBEIRO, Brena Gomes; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414Nesta pesquisa, apresento um estudo sobre o processo de criação de uma proposta conceitual para a produção de curta-metragem de animação em stop motion, chamado Alma de Papel. As várias etapas do estudo incluem a vivência proporcionada pelo Laboratório de Animação das Oficinas Curro Velho, onde entrei em contato com as técnicas e materiais utilizados. Também há um histórico do Cinema de Animação, com a contribuição de conceitos proporcionados por autores cujas análises aproximam-se da esfera simbólica da história do cinema, como Arlindo Ribeiro Machado para quem o cinema materializa um movimento milenar de “representação do imaginário”, e Edgar Morin que expõe a realidade semi-imaginária do homem. A metodologia da pesquisa dialoga com a face “noturna” do filósofo francês Gaston Bachelard, ou seja, sua “metafísica da imaginação poética” e sua sistemática de investigação da gênese da imagem poética a partir dos arquétipos dos 4 (quatro) elementos da natureza (ar, água, terra e ar), ao qual acrescento mais um (elemento éter), além de incluir a influência do dispositivo Dilatador Elemental, criado na disciplina Movimento Criador no Ato Teórico e os valores atribuídos por Ítalo Calvino à poesia para a sistematização do estudo. Sônia Rangel e Cecília de Almeida Salles aparecem na investigação sobre o processo de criação e sua relação com a realidade vivida pelo autor. Para conduzir o presente trabalho, admito, como objetivo precípuo, demonstrar a ligação entre o modus operandi da criação da proposta conceitual de um filme, ou seja, os procedimentos metodológicos utilizados em sua feitura, e a sua faceta consequente do contexto histórico-social vivenciado e experienciado por seu (s) criador (es), contexto esse em plena influência amalgamada ao devir do imaginário destes.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Atos performativos de uma Bufonaria Matuta: Arte, cura e ancestralidade em Belém do Pará.(Universidade Federal do Pará, 2025-06-30) NUNES, Ana Carolina Marceliano; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414; https://orcid.org/0000-0001-8277-5210O presente trabalho é fruto da pesquisa “Atos performativos de uma bufonaria matuta - Arte, Cura e Ancestralidade em Belém do Pará”, dissertação de mestrado do Programa de Pós-graduação em Artes da UFPA, 2023. A pesquisa investigou o processo de criação voltado à bufonaria e ao teatro de rua, que vem sendo desenvolvido desde 2015, com o foco no cruzamento de saberes que esta criação cênica tem articulado ao longo dos anos, propondo a reflexão teórico-poética a partir de atos performativos de cura da bufonaria matuta. A escrita traz à tona as seguintes questões: É possível por meio da arte reconectar saberes apagados pelo tempo? De que forma saberes característicos da Amazônia paraense podem resistir ao projeto colonial? Poderá a arte ser um canal de reconexão com a ancestralidade e resgate de memórias? Como atos performativos de cura através do humor podem fazer frente às estruturas hegemônicas de poder, que causam o adoecimento das populações e sua marginalização? Norteada pela cosmovisão contracolonial (Santos, Krenak) a pesquisa trabalha com a encruzilhada epistemológica (Martins) que converge três caminhos principais: arte, cura e ancestralidade; por meio da bufonaria (Bosque; Brondani; Freire; Marques;) e dos atos de cura (Almeida e Lima; Jung; Miranda; Souza), a oralitura de um corpo-encruzilhada-fêmea faz emergir subjetivações de origem cabocla da Amazônia paraense.Tese Acesso aberto (Open Access) A caminhada como modo de existir na Festa de São Marçal: poéticas moventes, espetacularidades e geração de outros mundos possíveis em São Luís/MA(Universidade Federal do Pará, 2022-01-31) FONSÊCA, Danielle de Jesus de Souza; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414Esta escritura incursiona a respeito dos modos de existência experimentados pelos corpos brincantes que caminham na Festa de São Marçal, em São Luís, capital maranhense. A festa, também conhecida como Encontro de Bois de Matraca, acontece anualmente no dia 30 de junho, dia de São Marçal, no bairro do João Paulo. Com base nesse contexto festivo e caminhante, a pesquisa mira por outros modos de fazer e dizer epistêmicos, atentos às sapiências das ruas (SIMAS, 2019) em meio às invenções produzidas pelos grupos de Bumba meu boi. Nisso, elaborei giros, redemoinhos, cruzos e ruminações, gerando a proposição metodológica da etnocaminhada, noção que tem proximidade epistêmica e afetiva com a motriz de pensamento da etnocenologia (SANTA BRÍGIDA, 2016, 2015; BIÃO, 2009, 2007). É pela etnocaminhada que percebo a força dos processos estéticos, devotivos, ritualísticos, poéticos e políticos nutridos na Festa de São Marçal, sobretudo do corpo brincante em seus movimentos e gestualidades assentadas no tempo espiralar (MARTINS, 2021). Além disso, a etnocaminhada fez emergir, como acontecimento metodológico, meu estado de caminhante etno-pesquisadora, que é quando caminho na imersão festiva com o desejo intenso pelas encruzilhadas, dobras, frestas e bordas do fenômeno espetacular e pelos encontros gerados a partir do estar-junto coletivamente (MAFFESOLI, 2014; 1998). O estudo busca ainda conhecer as táticas elaboradas (DE CERTEAU, 1994) pelos homens lentos (SANTOS, 1996) e suas corpografias geradas (JACQUES E BRITTO, 2006) na ambiência urbana e caminhante de São Marçal, como experiência festiva geradora de microrresistências. O contexto pandêmico e as novas configurações do festejar também movimentaram esta investigação, que versa acerca da inventividade empregada e do alargamento no modelo festivo, profundamente afetando pela pandemia. Portanto, a pesquisa objetiva compreender como a caminhada ativa modos inventivos de existir, transformando a paisagem festiva de São Marçal num espaço – físico e virtual – de trocas afetivas, criação nômade e geração de outros mundos possíveis (KRENAK, 2019; ROLNIK, 2019).Tese Acesso aberto (Open Access) COM QUANTOS NARIZES SE FAZ UMA PALHAÇA BEIJA FLOR? O desvelar dos modos de ser e de existir de Aurora Augusta.(Universidade Federal do Pará, 2024-09-17) CORRÊA, Suani Trindade; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414Esta pesquisa de doutoramento em Artes se insere no campo epistemológico da Comicidade, especialmente da Palhaçaria, esgarçando os modos de ser e de existir de minha persona palhacesca – Aurora Augusta, no intuito de desvelar sua ânima palhacesca, isto é, seus estados, temperaturas, características. Ao esgarçar o olhar sobre Aurora Augusta, lanço-me em um escarafunchamento da dualidade existente entre mim, a atriz, e ela, palhaça. Ao mergulhar nessa pesquisa, sou lançada em um campo de investigação que me faz pensar na seguinte questão: que persona é essa que eu trago comigo, que é o próprio espelho de mim, mas que reflete diferente? Hipoteticamente inquieta, vislumbro que nas fricções existentes neste emaranhado atriz-palhaça, Aurora Augusta mantém seus próprios traços, uma ânima própria, seja em cena ou fora dela. Mas Aurora é um ente, uma persona que já nasceu comigo, herança familiar ou foi/vem sendo construída ao longo dos meus processos artísticos? No desfiar da pesquisa que se apresenta movente e afetiva, clownverso com vários estudos teóricos, artísticos e literários, numa bricolagem de saberes epistêmicos, mas principalmente da Palhaçaria: Marton Maués (20212; 2004), Romana Melo (2016), Alessandra Nogueira (2009), Alana Lima (2019), Marcelo Colavitto (2016), Alice Viveiros de Castro (2005), Andréa Flores (2020; 2019), Ana Elvira Wuo (2016), Rodrigo Robleño (2015), Ricardo Puccetti (2009), Renato Ferracini (2003) Wládia Correia (2020); da atuação cênica do Ator: Eugenio Barba (1994); da Ontologia do ser: David Lapoujade (2017), Jung (2002; 1984), Greganich (2010), Pedro Cesarino (2008); e da criação poética: Manoel de Barros (2018, 2022, 2023). Em termos metodológicos, lanço-me a trabalhar na dimensão da Bricolagem, procedimento cujo produto gerado mostra, de alguma forma, um pouco do que é o artista, a maneira como se comunica com o mundo, expondo seu universo, seu imaginário e sua capacidade de articular discursos distintos (Denzin e Lincoln, 2006). E ainda no desfiar da pesquisa, ancoro-me nas discussões de Sylvie Fortin (2009) ao tratar das contribuições da Autoetnografia para a pesquisa na prática artística. Aciono essa metodologia por enveredar pelo processo de composição e criação de Aurora Augusta, que vai incidir na minha prática artística. Logo, irei bricolar e autoetnografar meus procedimentos artísticos (junto com os Palhaços Trovadores), os escritos de poetas e literatos que fazem parte de minhas leituras e prazeres, as conversas com os parceiros de cena e de palhaçaria da cidade, além de escarafunchar os diários (impressos e virtuais) com as discussões de e sobre a minha palhaça, os álbuns de fotografias e relatos de família, amigos. Ao desvelar os modos de existência dessa palhaça chamada Aurora Augusta, que atua na Amazônia Paraense, deixo e comungo a contribuição que minha pesquisa de doutoramento trará para o campo das Artes, principalmente da Palhaçaria, principalmente no movimento da Palhaçaria e Comicidade feitas por mulheres palhaças que estão cada vez mais intenso. Portanto, esgarçar e desfiar as pesquisas sobre nossas palhaças é de extrema importância, política e historicamente falando.Tese Acesso aberto (Open Access) Cosmogonias amorosas: aberturas do caderno de encenadora n’A casa da atriz(Universidade Federal do Pará, 2021-05-31) PORTO, Luciana de Andrade Moreira; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414Cosmogonias Amorosas: aberturas do caderno de encenadora n’A Casa da Atriz é uma cartografia afetiva e luminosa sobre o processo de descoberta de uma encenadora na casa-teatro. Pensada como um desmanche, como nominou Rosane Preciosa em Rumores discretos da Subjetividade, são composições que arriscam a se desarticular completamente. Tentativas de construções do processo criativo através de imagens e exercícios induzidos com Eugênio Barba em Queimar a Casa: Origens de um diretor são vozes múltiplas que se compõem e se esgotam. Há mudanças de tempos verbais, confusões, histórias e sonhos. Assumindo a fala de Barba quando diz que no meio do processo criativo há uma ferida e somando à voz de Jorge Dubatti em O teatro dos mortos quando diz que precisamos reconhecer nossas falhas para falhar melhor, nos coloca (no sentido de ciência e construção de sentido) em posição mais humana e verdadeira com o objeto da matéria do que escrevo: a humanidade da carne, do pensamento, do errôneo afastamento das falhas que por vezes me tornaram apenas um autômato da cena. A tese é um acordo de humanidade que faltava, de doutorar-se em época pandêmica, dos riscos que corremos e do privilégio de continuar pensando. Mesmo que de outras formas. Eliana Bertolucci em Psicologia do Sagrado e Zulma Reyo em Alquimia interior são faíscas na escuridão, para tomar consciência do processo criativo, há que dar luz, iluminar lugares ainda não conhecidos, se aproximar daquilo que não se sabe falar ao certo. Um risco concebido em três fases: Mistérios Gozosos que cria através do prazer o método de captura da escrita; Cosmos devém dos outros que habitam comigo, trocas de presença, ensaios sobre o universo da encenadora no momento de criação e Conjunções Lunares são as formas de constelar na essência como diz Hilda Hilst em Sete cantos do poeta para o anjo, implica a presença e afetação do outro na sua poética, no pensamento. Assombros.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Dinamites dissidentes : construção (re)performática de uma autoetnografia(Universidade Federal do Pará, 2023-07-07) ROCHA, Raphael Andrade; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414; https://orcid.org/0000-0001-8277-5210Esta dissertação busca compreender o processo criativo de uma autoetnografia performática dissidente, denominada ¿Flores para Pietá¿, a partir de análise de esquemas simbólicos/reais, de modo a friccionar os territórios que o corpo gay vivencia. Para tanto, dada abordagem parte de dois vieses de análise, quais sejam: sexualidade e religião, ainda que o estudo perpasse por outros territórios, como o território intrafamiliar (casa), o território subjetivo (corpo) e o território (urbano). Tal discussão surge a partir da seguinte questão problema: a quais territórios pertencem os corpos homossexuais? No sentido de alcançar o objetivo geral, lanço mão das (os) seguintes autoras/autores para validar as proposições deste estudo: para o debate autoetnográfico utilizo os preceitos de RAIMONDI; MOREIRA; BRILHANTE; BARROS, (2020) e DENZIN (2015), quanto às discussões sobre Identidade, recorro à ALMEIDA (2010) e CASTELLS (2001), referente às discussões dos estudos gays, analiso os conceitos de PRECIADO (2000, 2011, 2018), FOUCAULT (1999, 2012, 2013, 2018) e BUTLER (1997, 2000, 2011). No que tange ao Corpo devoto, aproprio-me da visão de JANSEN (2004), quanto à história da sexualidade e do conceito de biopoder, analiso os estudos de FOUCAULT (1985), de forma associada ao conceito de necropolítica, de MBEMBE (2018). No que se refere ao conceito de (re)performance Arte, considero as discussões de ABRAMOVIC (2010, 2018) e PHELAN (2013). E sobre o conceito de território reporto-me à CAIAFA (2020), ROSENDAHL (2002), dentre outras (os). Elejo como procedimento metodológico a autoetnografia (re)performática, ao partir das minhas memórias, do meu devir, enquanto artistapesquisador-professor, a orientar um percurso reflexivo sobre e a partir de corporeidades, para compreender o corpo e suas (re)performances como um território potente para a produção de epistemologia. Para a construção desse trabalho foi estratégico explorar as abordagens dissidentes relacionadas às questões de sexualidade e de religiosidade. Dessa forma, esta escrita sinaliza que o discurso religioso tem grande influência na trama das relações sociais, além disso o Estado e a sociedade tomam o que é dito e feito dentro dos domínios das Igrejas como parâmetro para justificar atitudes e decisões preconceituosas contra os corpos homossexuais. Logo, o processo reflexivo provocado nesta escrita sinaliza que a reprovação e coerção ao corpo 13 LGBTQIAP+ é recorrente entre e nos territórios religiosos e que o corpo marginalizado gay, nessa perspectiva, intenta encontrar um território que seja possível (re)significar essas mazelas impostas historicamente.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Doular a voz que conta : uma experiência fenomenológica davoz como performance(Universidade Federal do Pará, 2022-03-31) SILVA, Marluce Cristina Araújo; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414Reconhece-se que a arte de contar histórias e da doulagem são processos ritualísticos, em que se cultiva um caminho próprio, intuitivo, que me guia como pessoa e profissional. Fenomenologicamente, tais processos se constituem na experiência vivida de modo subjetivo. Portanto, contar e doular compõem a fenomenologia da minha redondeza. E é na minha experiência com a voz que estabeleço a conexão com e entre os dois processos. A problemática de investigação desta dissertação, assim, se estrutura a partir da seguinte indagação: “de que maneira a minha voz se revela, como performance, na minha arte de contar histórias e no meu ofício como doula?” revelando como objeto de estudo a minha voz, como performance. O objetivo, portanto, deste trabalho de dissertação é elucidar sobre o meu percurso de ser doula e contadora de histórias, a partir da discussão da voz como performance. Entre os fundamentos teóricos que darão sustentação para a discussão, lançarei mão da produção de Paul Zumthor (1915-1995), para o campo conceitual entre voz e performance, entrelaçando este campo ao da fenomenologia do redondo, de Bachelard (1884-1962). Transversalmente, oriento-me pela concepção do Sagrado Feminino e do Arquétipo da Grande Mãe, fundamentados nos escritos de Clarissa Pinkola Éstes (1945) sobre a intuição e sabedoria da mulher e da psicologia analítica de Carl Gustav Jung (1875-1961), e a escritora e psicanalista Maria Inez do Espirito Santo (1950) que me auxiliaram a entender e desenvolver o real conceito de Sagrado Feminino, assim como as imagens arquetípicas, animus e anima. Com efeito, tomo como forma o memorial para tecer a colcha dessa trajetória nesses dois campos de experiência fenomenológica, onde a voz será o grande fio condutor. Trata-se de um trabalho que se constitui em narrativa autobiográfica, ao mesmo tempo, reflexiva e poética.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A personagem-subjétil: um estudo da (des)construção de personagens femininas em quadrinhos máquinas de guerra(Universidade Federal do Pará, 2017-06-30) MONTEIRO, Samantha Ranny do Nascimento; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414Esta pesquisa é um estudo/desmonte teórico e poético que visa problematizar a construção de personagens femininas de histórias em quadrinhos pensando-a como potência de agenciamento transgressor do quadrinho máquina de guerra cujas estratégias contribuem não apenas para o fortalecimento de mudanças políticas e teóricas nas questões em que a máquina dispara seu projétil, mas sobretudo na ruptura da estrutura dicotômica do pensamento metafísico através de estratégias subversivas tais como o feminino como différance, a experimentação do risco a partir do uso temperado do diagrama deleuziano e a subversão do leitmotiv da personagem.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A poética do contar: percursos criativos de atrizes contadoras de histórias(Universidade Federal do Pará, 2020-12-17) PESSOA, Karla Campelo; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414Minha dissertação apresenta uma perspectiva sobre os percursos poéticos de três atrizes contadoras de histórias na cidade de Belém com as quais possuo uma relação de afetividade, Adriana Cruz, Ester Sá e Marluce Araújo, e que tangenciam a minha prática artística enquanto também atriz contadora de histórias. Ao longo da pesquisa foi utilizado o método autoetnográfico referenciado por Versiane, Cano e Opazo, que me possibilitou buscar o diálogo entre subjetividades, a partir da ênfase nas singularidades de cada artista, e ao mesmo tempo a identificação de elementos comuns entre nossas poéticas. No que se refere aos pressupostos teóricos, os trabalhos norteadores são os de João de Jesus Paes Loureiro no que trata de artistas amazônidas imersas no universo das encantarias; os de Cecília Salles para referenciar aspectos relacionados aos processos criativos; os de Paul Zumthor que me auxilia na compreensão da performance e da poética da voz; e também os trabalhos de Clarissa Pinkola Estés no que se refere ao universo feminino e a psique das histórias que permeiam as nossas criações. A pesquisa foi estruturada após a coleta de depoimentos das atrizes em encontros individuais e coletivos, bem como após a observação e análise de apresentações de contação de histórias em espaços culturais da cidade de Belém no ano de 2019. Toda a estrutura da dissertação está simbolicamente relacionada com a construção da imagem de um tapete de fuxicos sobre o qual bonecas matrioskas se movimentam e podem ser vistas, sobretudo, como símbolo da eternidade, da maternidade, do amor e da amizade — elementos moventes deste trabalhoTese Acesso aberto (Open Access) Teatro Dadivoso: ritos e atos poéticos como práticas de cuidado de si e de outres(Universidade Federal do Pará, 2023-02-06) BAYMA, Roberta Bentes Flores; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414Esta trama-tese é obra de criação artística composta por pesquisa performativa trançada por entre fios, linhas e fibras de fragmentos de ensaios dramatúrgicos que encenam atos e ritos poéticos, ofertados em favor de cura ancestral e existencial por entre testemunhos de vida e de residência artística. Tessitura escrita advinda de afetações e de memórias, vividas ou inventadas especialmente para esta composição, decorrentes de experimentações e de processos de criação da artista-terapeuta com o Teatro Dadivoso. Urdidura que partiu da metáfora transformadora do ciclo de vida de mariposas, transmutada em devaneios poéticos e devires corpos, que produziram sentidos sobre o ato de pesquisar e criar artisticamente, tramada em espaços casulares e cruzada por outras vozes, dos que vieram antes e produziram outros enredos, bem como de narrativas testemunhais de artistas e espectadores que atuaram em poéticas dadivosas. Pesquisa em arte que se propôs a tecer uma cartografia performativa por entre dobras, esquinas e encruzilhadas fêmeas, por onde transitou o objeto de pesquisa em confluência de caminhos com os movimentos metodológicos experimentados por meio de dispositivos poéticos. Revela escritura testemunhal com o propósito de afirmar na diferença atos de cuidar singulares, diversos dos produzidos em determinados campos-poder de conhecimento, ritualizados nas produções cênicas Ô, de casa! Posso entrar para cuidar? e Divinas Cabeças. Para tanto, estabeleceu linhas de diálogo com outras áreas do conhecimento, científicas e não científicas, e poéticas cênicas, trilha para compreender aproximações e distanciamentos dos sentidos produzidos nos ritos e atos poéticos do Teatro Dadivoso, como práticas de cuidado de si e de outres que acionam dimensões políticas, éticas-poéticas e espirituais.Tese Acesso aberto (Open Access) O teatro precisa de teatro? territorialização, (des)territorialização e (re)territorialização do movimento teatral em Belém do Pará nas conexões e trânsitos periferia-centro-periferia (1980 a 2000)(Universidade Federal do Pará, 2023-06-29) FURTADO, Paulo Roberto Santana; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414; https://orcid.org/0000-0001-8277-5210Esta tese investiga processos de (des)territorialização e (re)territorialização do movimento teatral contemporâneo de Belém do Pará, a partir da conexão e trânsitos periferia-centroperiferia de artistas e grupos. A reflexão crítica sobre o espaço-tempo e o movimento teatral na cidade de Belém – o teatro precisa do teatro? – pelo viés da geografia, utilizando como referências os teóricos que norteiam o entendimento do fazer teatral, Milton Santos, Marcos Aurélio Saquet, Valdir Roque Dallabrida, Rogério Haesbaert, Yi-Fu Tuan. O tema foi investigado a partir da problemática de que a natureza do lugar teatral é importante para se refletir o fazer teatral. Por ser artista e fundador do Grupo de Teatro PALHA, me metamorfoseei em cobra anfíbia, entre a água e a terra, trocando de pele e submergindo para tratar da trajetória dos artistas e grupos, suas experimentações cênicas e sua relação com o lugar da ação, periferiacentro-periferia e subjetividade do fazer, tempo e lugar. Todavia, precisei retornar à superfície e permanecer bastante tempo iriado para compreender o preço da profundidade e tentar especificar certos princípios de coesão que unificaram as imagens superficiais dessa trajetória. Vivida pelo tempo de fazer teatro e de seu reordenamento, a partir do amadurecimento de um fenômeno ainda definido de forma “tateante”, como globalização. Cujo objetivo maior, ao fazer a comparação, é o de procurar compreender um fenômeno contemporâneo que capturou a todos: o da aceleração do tempo histórico, pois falar das questões do tempo e da modernidade seria então refletir sobre como este processo influenciou e influencia o fazer artístico desses artistas e grupos, resistentes e sobreviventes. Dialogando com a filosofia teatral, a história do teatro e dos estudos teatrais, na linha das teorias e interfaces epistêmicas, em conexões Inter e transdisciplinares com outras áreas de conhecimento.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Travessia poética: memórias das paisagens amazônicas como potência no processo autoetnográfico de criação/reflexão artística(Universidade Federal do Pará, 2019-09-10) CAMORIM, Germana de Alencar; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414Esta dissertação busca compreender o meu processo criativo, por meio da minha percepção como participante desta cultura, utilizo as paisagens amazônicas, humanas e emocionais como esquema motor da pesquisa, além da análise de seus esquemas simbólicos como o barco, o rio/água e a floresta e da influência da cultura popular na produção artística em sua relação com a matéria miriti e em trocas simbólicas por intermédio de narrativas autoetnográficas e estas como instrumentos culturais. Por fim, exponho o processo produtivo em etapas. Travessia Etnopoética tem como base a compreensão dos processos particulares desta cultura, e tem como método de reflexão a autoetnografia, que busca compreender o meu percurso, por meio das minhas experiências com o meio em que vivo, ou melhor, busco compreender como as paisagens amazônicas, humanas e emocionais norteiam o meu processo criativo, que se desenvolve por meio da utilização de algumas técnicas artísticas como a fotografia e a serigrafia, tendo o miriti como matéria e/ou suporte que identifica o meu espaço territorial, assim como a paisagem como referência identitária e de consciência socioespacial de pertencimento. Em uma composição íntima, como uma estrutura de um ser, onde as imagens trabalhadas (fotografias) seriam uma espécie de fisionomia, em paralelo com o humano – pele, aquilo que dá rosto, que vai sobre o corpo (miriti), ou em uma relação dualística de geografias, paisagem humana dentro da paisagem geográfica, uma geografia íntima que carrega a subjetividade de uma relação mnemônica que constitui e me construiu como artista, como um fôlego que dá vida a esses seres, a essas geografias que despertam a minha memória afetiva como artista-pesquisadora e resultam na produção artística de objetos autorais desenvolvidos em diversas linguagens e técnicas, tendo como suporte o miriti. A condução da pesquisa tem sido guiada a partir de aportes teóricos estabelecidos e norteada pela metodologia autoetnográfica. O arcabouço teórico utilizado encontra amparo em Bastos et al. (2016), Pizarro (2012), Loureiro (2000) e Benjamin (2012).Dissertação Acesso aberto (Open Access) Travessias e atravessamentos: devir autopoiético de uma produtora cultural imbricada no trajeto criador do Grupo de Teatro Palha-PA(Universidade Federal do Pará, 2018-06-26) SANTANA, Tânia Cristina dos Santos; ALMEIDA, Ivone Maria Xavier de Amorim; http://lattes.cnpq.br/5012937201849414Fundamentada em uma escrita poética a partir de uma narrativa de si, levando-se em consideração o processo de conhecer, de me conhecer, colocando-me na condição de observadora observando e o observar, implicando-me na produção de sentidos nessa investigação. O trabalho é realizado sob duas óticas de transformação, a primeira diz respeito à transformação pessoal, o Eu/Ser, acionando minhas memórias afetivas, de forma que possa refletir sobre as mudanças efetivas pelas quais passei, como movimento permanente por meio do qual fui capaz de me recriar, transformando-me e modificando-me. A segunda diz respeito a minha participação no Grupo de Teatro Palha, como uma produtora que faz o elo do Grupo com o mercado. Como uma “persona” integrante do grupo e participante de todo o processo criativo, contribuindo com as ações de estratégias de realização da poética do mesmo, ultrapassando a lógica da arte de mercadoria para a arte com significação. A pesquisa traz à luz do conhecimento a importância transformadora das Artes nos sujeitos. Analisa as contribuições sobre as interfaces de áreas de conhecimento e saberes profissionais, do âmbito da Arte e de outras formações, como a economia e a produção cultural. Este profissional como parte integrante do Grupo, que desenvolve com seus membros atividades coletivizadas para concretização das realizações artísticas do Grupo, contextualizando os desdobramentos como produtora cultural imbricada na poética criativa do Grupo de Teatro Palha, mapeando sua produção poética no período de 2002 a 2016. O percurso adotado nesta escrita coloca o Grupo de Teatro Palha como o pano de fundo de minha pesquisa, ao mesmo tempo em que dialoga com meu percurso de maturação de fazer-me ou forjar-me uma produtora cultural, considerando como pergunta investigativa neste processo a seguinte questão: é possível reivindicar uma mais-valia de vida inventiva a partir do meu devir autopoiético como produtora cultural? Em que medida esse percurso de ressignificação, enquanto eu sujeito-pesquisadora, pode ser dimensionado pelos atravessamentos e estados afetivos neste devir autopoiético? Para acompanhar minha escrita na busca por respostas à estas questões aciono: Humberto Maturana (1997, 2014) a partir do conceito de Autopoieses, ou a capacidade que os seres vivos possuem em se auto(re)construir, a partir das condições externas que são submetidos, colocando-me na condição de “ser vivo” em um processo contínuo de acoplamento estrutural; Maurice Merleau-Ponty e a fenomenologia da percepção para entender minha história, minha essência, consciente de que todos os problemas resumem-se em definir essências: a essência da percepção, a essência da consciência; e Gaston Bachelard (1988, 1989, 1994, 1997), para dialogar sobre minha experiência com o mundo sensível que me levou ao mundo dos devaneios. Trazendo como escrita propositiva desta dissertação o conceito de “mais-valia de vida inventiva” de uma produtora cultural imbricada no processo criativo do Grupo de Teatro Palha.
