Teses em Educação (Doutorado) - PPGED/ICED
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2736
O Doutorado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) do Instituto de Ciências da Educação (ICED) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Teses em Educação (Doutorado) - PPGED/ICED por Orientadores "ARAÚJO, Sônia Maria da Silva"
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Tese Acesso aberto (Open Access) A colonização de corpos, corações e mentes: educação e higienismo em escritos de periódicos pedagógicos no Pará (1891-1912)(Universidade Federal do Pará, 2015-02-27) VIANA, Luana Costa; ARAÚJO, Sônia Maria da Silva; http://lattes.cnpq.br/5826372225106245O estudo aborda o tema Educação e Higienismo. O objetivo é analisar a relação entre educação e higienismo e sua materialização nos discursos de homens de ciência, veiculados em periódicos pedagógicos produzidos no Estado do Pará, Brasil, publicados entre os anos 1891- 1912, para entender o sentido epistêmico que assumiram no contexto da colonialidade latino-americana. Neste sentido, esta tese partiu da seguinte questão: no contexto da colonialidade latino-americana, que sentidos assumiram os discursos que relacionam educação e higienismo, produzidos por homens de ciência do Pará, entre os anos 1891-1912, materializados em periódicos educacionais? Para tanto, adotou-se a pesquisa documental e bibliográfica. Epistemologicamente, nos pautamos na Nova História Cultural e na Teoria Decolonial. As fontes exploradas são artigos sobre educação e higienismo publicados nos periódicos: “Revista Educação e Ensino”, “A Escola”, “Revista do Ensino”. Para sua análise foram articuladas ao corpus das fontes documentos oficias como: Legislação educacional (regimentos escolares, decretos e pareceres); Relatórios de órgãos governamentais responsáveis pela instrução e pela saúde no Brasil, particularmente no Pará. Os resultados revelam que ao tratar de educação em associação com o ideário médico-higienista, as publicações constantes nos periódicos produziram representações que negavam os saberes das populações originárias do continente e de outras consideradas inferiores, como negros e brancos empobrecidos. Nestas produções os alunos dessas populações são comparados à cera e às plantas por serem frágeis e influenciáveis pela ação de adultos considerados incivilizados. Desta forma, os discursos em defesa da higienização do espaço, do tempo e das atividades escolares indicados nos periódicos acabaram por tentar moldar corpos, corações e mentes de crianças e adolescentes num processo onde a colonialidade do poder se manifesta em seus âmbitos epistemológico (colonialidade do saber) e ontológico (colonialidade do ser). Portanto, a tese defendida neste estudo é que a racionalidade médico-higiênica materializada nos discursos de homens de ciência presentes nos periódicos pedagógicos produzidos no Estado do Pará, Brasil, publicados entre os anos 1891-1912 corroborou a Colonialidade que se instaurou na América Latina.Tese Acesso aberto (Open Access) Educação para mulheres e processos de descolonização da América latina no século XIX: Nísia Floresta e Soledad Acosta de Samper(Universidade Federal do Pará, 2016-05-20) LIMA, Adriane Raquel Santana de; ARAÚJO, Sônia Maria da Silva; http://lattes.cnpq.br/5826372225106245Este estudo analisa a concepção de educação para mulheres em escritos das autoras Nísia Floresta e Soledad Acosta de Samper, relacionando esta concepção de educação com o processo de descolonização da América Latina. A pesquisa parte da questão investigativa: qual a concepção de educação para as mulheres presente nos escritos da brasileira Nísia Floresta (1810-1885) e da colombiana Soledad Acosta de Samper (1833-1913), e como esta concepção se articula ao contexto histórico de descolonização do continente latino-americano? Apresenta como objetivo central analisar a concepção de educação para mulheres presente nos escritos de Nísia Floresta e Soledad Acosta de Samper, compreendendo como este pensamento se articula ao contexto histórico de descolonização da América Latina. Trata-se, metodologicamente, de uma tese teórica, baseada nos pressupostos analíticos da história cultural e da história comparada do pensamento social latino-americano. As fontes são constituídas pelos escritos de Nísia Floresta e Soledad Acosta de Samper, especialmente aqueles que possuem relação direta e indireta com o tema educacional. Os resultados confirmam a hipótese de pesquisa inicialmente levantada, qual seja, a de que os escritos sobre educação de Nísia Floresta, no Brasil, e Soledad Acosta de Samper, na Colômbia, são dois modelos de produção intelectual latino-americana que colocam em debate a formação educacional da mulher em estreita relação com os movimentos políticos de descolonização do continente sul-americano. Os escritos destas autoras constituem um pensamento fronteiriço que emerge na densa e secular trama da decolonialidade na América Latina. Nísia e Soledad são indiscutivelmente escritoras que desafiaram o seu tempo, pois refletiram sobre as condições de opressão a que estavam submetidas as mulheres latino-americanas, bem como os negros e os índios, produzindo fissuras na história. Além disso, ambas propuseram uma educação pautada nas necessidades reais de independência de seus países, destacando uma educação para as mulheres como um direito, o que refutava o discurso hegemônico da incapacidade intelectual das mulheres para aprender e construir conhecimento científico.Tese Acesso aberto (Open Access) “A educação para ser boa deve ser religiosa”: romanização e civilização no projeto educativo do Bispo Dom Antônio de Macedo Costa para a Amazônia (1861 - 1890)(Universidade Federal do Pará, 2019-02-22) COSTA, Benedito Gonçalves; ARAÚJO, Sônia Maria da Silva; http://lattes.cnpq.br/5826372225106245O objeto de pesquisa desta tese é o projeto educativo do Bispo D. Antônio de Macedo Costa, que atuou no Pará no período de transição do Brasil imperial para o republicano. Buscou-se, como objetivo geral do estudo, analisar, com base na história cultural e na história intelectual, o projeto educativo de D. Antônio de Macedo Costa a fim de entender o sentido social e político de seu programa para a Amazônia. O problema que norteou a investigação resumiu-se na seguinte questão: que projeto educativo tinha o Bispo D. Antônio de Macedo Costa para civilizar a Amazônia? Teoricamente, trata-se de uma tese no campo da história da educação, inscrita nos domínios da história cultural e da história intelectual. Metodologicamente, trabalhou-se com uma variedade de fontes, que abrange: textos de autoria do próprio Bispo D. Antônio de Macedo Costa, textos de jornais, relatórios dos Presidentes da Províncias do Pará e Amazonas, iconografias, entre outros. Desenvolveu-se a tese, basicamente, em cinco grandes tópicos: 1) Biografia do Bispo; 2) O posicionamento do Bispo frente às condições sóciohistóricasda região amazônica; 3) Os enfrentamentos políticos e ideológicos que o Bispo encampou contra grupos sociais para defender seu projeto de educação; 4) As bases teóricas do projeto educacional do Bispo; 5) As ações que realizou e instituições que criou no âmbito da educação. Os resultados confirmam a hipótese inicial da tese de que o Bispo D. Antônio de Macedo Costa pensou e desenvolveu um projeto educativo para a Amazônia oitocentista, fundamentado na Reforma Católica Romanizadora em processo no seio da Igreja desde o Concílio de Trento, encampada no século XIX pelo Papa Pio IX. Mas, demonstro ainda que tal projeto fazia parte de uma estratégia política mais ampla do Bispo de tentar manter sob o domínio da Igreja católica os corpos e as mentes dos amazônidas. Para tanto, precisou rever sua estratégia e associar as bases da pedagogia jesuítica, que fundamentavam a Pedagogia Romanizadora, às ideias consoantes à pedagogia moderna. Num entrelugar, construído a partir de uma formação religiosa sólida e a confrontação com uma realidade que lhe ‘escapava das mãos’, mobilizada pelas ideias da pedagogia moderna, as ações do Bispo D. Antônio de Macedo Costa marcaram a história da educação no Norte do Brasil.Tese Acesso aberto (Open Access) Educação popular e pensamento decolonial latino-americano em Paulo Freire e Orlando Fals Borda(Universidade Federal do Pará, 2015-11-27) MOTA NETO, João Colares da; ARAÚJO, Sônia Maria da Silva; http://lattes.cnpq.br/5826372225106245Este estudo objetiva analisar a constituição de uma concepção decolonial no pensamento social e pedagógico de Paulo Freire e de Orlando Fals Borda, identificando seus aportes para a formulação de uma pedagogia da decolonialidade como expressão da educação popular latino-americana. Parte do seguinte problema de investigação: que concepção decolonial se apresenta no pensamento social e pedagógico de Paulo Freire e Orlando Fals Borda, e quais as contribuições destes autores para a constituição de uma pedagogia da decolonialidade como expressão da educação popular latino-americana? Caracteriza-se, metodologicamente, como uma tese teórica, inscrita nos domínios da história cultural e da história comparada do pensamento social. As fontes primárias da investigação são as obras de Paulo Freire e Orlando Fals Borda, escritas em distintos e significativos momentos de suas produções intelectuais. Nos dois autores, a concepção decolonial é buscada a partir de quatro aspectos: biográfico, epistemológico, metodológico e ético-político. Resultados do estudo convergiram para a confirmação da hipótese, logo, para a afirmação da tese, de que as obras de Paulo Freire e Orlando Fals Borda são um antecedente do debate da decolonialidade na América Latina e que a constituição de uma pedagogia decolonial em nosso continente se fortalece com as contribuições pedagógicas, políticas, epistemológicas e sociológicas que estes autores forneceram para a educação popular. Sustenta-se este argumento com base em suas trajetórias praxiológicas como intelectuais sentipensantes e educadores terceiro-mundistas; em suas críticas contundentes à natureza colonialista da sociedade, da pedagogia e da ciência dominante; em suas apostas rumo a uma educação popular dialógica, intercultural, conscientizadora e pesquisadora; bem como em suas utopias rebeldes, subversoras e insurgentes.Tese Acesso aberto (Open Access) Para além da aldeia e da escola: um estudo decolonial de aquisição da Língua Portuguesa pelos indígenas Wai-wai da Aldeia Mapuera, Amazônia brasileira(Universidade Federal do Pará, 2017-04-26) CÂNCIO, Raimundo Nonato de Pádua; ARAÚJO, Sônia Maria da Silva; http://lattes.cnpq.br/5826372225106245O objetivo deste estudo que investigou a aquisição da Língua Portuguesa entre os Wai-wai (Karib) é analisar, com base na teoria decolonial, os sentidos que assume a aquisição da Língua Portuguesa pelos indígenas Wai-wai da Aldeia Mapuera, Amazônia brasileira. Para tanto, parte da seguinte questão: no contexto da realidade dos indígenas Wai-wai da Aldeia Mapuera, Amazônia brasileira, que sentidos assume a aquisição de Língua Portuguesa? Metodologicamente, caracteriza-se como um Estudo de Caso do Tipo Etnográfico, cuja abordagem é qualitativa, realizado na escola e na aldeia, junto à professores e a sujeitos indígenas, utilizando-se como recurso de pesquisa a observação, a entrevista e o diário de campo. O estudo apresenta como base teórica crítica de reflexão a Teoria Decolonial e o Póscolonialismo, tendo em vista a relação entre os sujeitos Wai-wai, a aquisição da Língua Portuguesa e o lugar que esta língua passa a ocupar na cultura indígena. Os resultados do estudo convergiram para a confirmação da hipótese, logo, para a afirmação da tese, de que a aquisição da Língua Portuguesa, historicamente reivindicada pelos indígenas Wai-wai da Aldeia Mapuera, embora ocorra de forma a tentar negar suas culturas e submetê-los política e epistemologicamente, produziu e ainda produz práticas de resistência e enfrentamentos. Sustenta-se este argumento no fato de que a aquisição da Língua Portuguesa, inicialmente, só foi possível pelo enfrentamento dos missionários que tentaram embargar esse processo na aldeia. E no fato de que, hoje, para além da escola e da aldeia, essa aquisição ocorre tanto na cidade como nos espaços de circulação com os não indígenas, na convivência, na interlocução, e nas circunstâncias de comunicação mobilizadas pelas necessidades comunicativas.Tese Acesso aberto (Open Access) Raymundo Nogueira de Faria e a “Ilha da Redenção”: um projeto de vida intelectual dedicada aos “deserdados da sorte” em Belém do Pará, Brasil, na primeira metade do século 20(Universidade Federal do Pará, 2017-06-19) BARBOSA, Andreson Carlos Elias; ARAÚJO, Sônia Maria da Silva; http://lattes.cnpq.br/5826372225106245Esta tese tem como objeto de investigação a relação entre a vida e a obra do intelectual paraense Raymundo Nogueira de Faria e o atendimento aos jovens “deserdados da sorte”, considerados potencialmente perigosos à sociedade. Ela trata do intelectual Nogueira de Faria, sua vida e obra, em articulação com o projeto pensado e instituído por ele de atendimento educacional a crianças e jovens “deserdados da sorte”, submetidos à criminalidade, e teve como questão problema: Que relações há entre a vida e obra de Raymundo Nogueira de Faria e o atendimento aos “deserdados da sorte” no Estado do Pará, Brasil, América do Sul, na primeira metade do século 20? O objetivo geral foi Analisar, por meio da História Cultural e da História Intelectual, a relação entre vida e obra de Raymundo Nogueira de Faria e o fenômeno da delinquência juvenil com vistas à compreensão histórica do atendimento aos “deserdados da sorte” no Estado do Pará na primeira metade do século 20. Metodologicamente trata-se de uma tese baseada nos pressupostos analíticos da História Cultural e da História Intelectual, sendo, portanto, uma pesquisa histórica, documental, de abordagem qualitativa. As fontes primárias pesquisadas foram os livros, diários pessoais e cadernetas de notas de Nogueira de Faria e os jornais da época que compõem o acervo da “Seção de Obras Raras” e do “Setor de Microfilmagem” da Fundação Cultural do Pará, respectivamente. Os dados coletados apontam que este intelectual, ao implantar uma colônia reformatória na Ilha de Cotijuba, parte insular do município de Belém, estado do Pará, Brasil, América do Sul, estava em sintonia com um pensamento mundial que via na criação de estabelecimentos de internação compulsória, afastados dos centros urbanos e altamente vigiados, a solução ideal para lidar com o fenômeno da delinquência juvenil, mas se diferencia ao pensar num projeto a ser demandado pela justiça, pautado na ideia de que haveria de se diferenciar jovens “deserdados da sorte”, isto é, destituídos de condições econômicas e morais satisfatórias, dos delinquentes por livre arbítrio. Em sendo assim, o Estado deveria dar a eles um atendimento educacional centrado na moral, no civismo e no trabalho. A tese que defendemos é de que esta proposta, organicamente vinculada à historia de vida e à história intelectual de Raymundo Nogueira de Faria, decorre de uma formação doutrinária fundada no Espiritismo que fazia com que ele acreditasse que tinha como missão materializar o seu projeto do “Homem de Bem”, transformando os “deserdados da sorte”, por ele encaminhados à Colônia Reformatória de Cotijuba, considerada por ele a Ilha da Redenção, em homens dignos, patrióticos, trabalhadores e úteis à Pátria.
