Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas - PPGECM/IEMCI
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2290
O Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas (PPGECM) faz parte das atividades do Instituto de Educação Matemática e Científica (IEMCI), antigo Núcleo de Pesquisa e Desenvolvimento da Educação Matemática e Científica (NPADC) da Universidade Federal do Pará (UFPA). O PPGECM visa oferecer aos graduados e formadores de professores das áreas de Ciências (Física, Química e Biologia), Matemática, Educação Ambiental e áreas afins, oportunidade de estudos e pesquisas sobre os fundamentos atuais do ensino e pesquisa na área de Ensino de Ciências e Matemáticas (Área 46 da CAPES).
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas - PPGECM/IEMCI por Orientadores "ALVES, José Moysés"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) 1993: formação inicial e subjetividade docente no Centro de Ciências e Planetário do Pará(Universidade Federal do Pará, 2017-05-05) YANO, Victtor Takeshi Barreiros; CUNHA, André Luiz Rodrigues dos Santos; http://lattes.cnpq.br/9887034270931058; ALVES, José Moysés; http://lattes.cnpq.br/6500775506186127; https://orcid.org/0000-0003-1307-1249A formação inicial de professores de física, em espaços de educação não-formal, é pouco conhecida, especialmente, quando se procura saber como o estágio, nesses contextos educativos, afeta a subjetividade dos licenciandos, contribuindo para o seu desenvolvimento profissional. Na presente pesquisa, objetivei interpretar os sentidos subjetivos sobre o estágio, que realizavam graduandos do curso de Licenciatura em Ciências Naturais com habilitação em Física, no Centro de Ciências e Planetário do Pará. Fundamentei a investigação na Teoria da Subjetividade e na Epistemologia Qualitativa proposta por González Rey. Participaram da pesquisa sete licenciandos de uma universidade pública estadual, com idades variando de 19 a 22 anos. Realizei a pesquisa qualitativa, a partir do diálogo com os sujeitos e compreendendo o estudo de casos singulares como instância legítima de produção de conhecimentos científicos. Utilizei como instrumentos o questionário, complemento de frases, redação e entrevista semiestruturada. A partir das informações obtidas, construí indicadores, que me possibilitaram interpretar os sentidos subjetivos relacionados ao estágio no CCPP. Embora apresentem diferentes configurações de sentidos subjetivos, os futuros professores pensam que o estágio no CCPP, ao propiciar a interação com o orientador, colegas e diferentes tipos de público, favorece seus planos para o futuro, motiva para a prática docente e para a criação de metodologias alternativas, que articulam teoria e prática. Também entendem que o estágio contribui para a construção de suas identidades profissionais e prepara o futuro professor para estabelecer uma relação colaborativa entre espaços de educação formal e não-formal. Assim, considero que o Centro de Ciências e Planetário do Pará contribui para a formação inicial de professores de Física, proporcionando experiências que facilitam a produção de novos sentidos subjetivos sobre os saberes e a motivação necessários ao exercício da profissão e o tipo de profissional que desejam ser.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aprendizagem criativa e suas condições favorecedoras em um espaço de educação não formal: uma pesquisa com monitores de biologia no Centro de Ciências e Planetário do Pará(Universidade Federal do Pará, 2019-10-17) SILVA, Kharem Cristine dos Santos; ALVES, José Moysés; http://lattes.cnpq.br/6500775506186127; https://orcid.org/0000-0003-1307-1249O presente estudo analisou momentos de aprendizagem criativa de dois monitores de Biologia do Centro de Ciências e Planetário do Pará - CCPP e as condições favorecedoras de tais aprendizagens. O estudo inspirou-se na Teoria da Subjetividade e na Epistemologia Qualitativa propostas por González Rey. Nesta perspectiva, uma das formas desejáveis de aprendizagem é a aprendizagem criativa, caracterizada pela personalização da informação, o confronto com o dado e a produção de ideias novas. Para a análise construtivo interpretativa dos resultados desta pesquisa utilizou-se entrevistas, questionários, complementos de frases, conversas informais e observações dos momentos de apresentação para o público dos espaços de biologia, no CCPP. Motivados a se comunicar eficientemente com o público, os monitores aprenderam criativamente sobre os conteúdos científicos que precisavam comunicar (acessando várias fontes e interagindo com os colegas) e a contextualizar o conteúdo de várias formas (com filmes, temáticas do cotidiano dos visitantes, histórias da ciência, objetos disponíveis nos espaços, assuntos de outras áreas da ciência). As condições favorecedoras da aprendizagem criativa dos monitores incluíram produções subjetivas constituídas nos espaços sociais dos quais participaram, ao longo de suas trajetórias de vida e outras produzidas no espaço social do CCPP, a partir dos valores institucionais e da interação com os visitantes, que participaram da (re)configuração subjetiva de suas ações docentes.Tese Acesso aberto (Open Access) Ciranda lúdica: subjetividade, docência e ludicidade(Universidade Federal do Pará, 2018-04-05) CUNHA, André Luiz Rodrigues dos Santos; ALVES, José Moysés; http://lattes.cnpq.br/6500775506186127; https://orcid.org/ 0000-0003-1307-1249; ALMEIDA, Ana Cristina Pimentel Carneiro de; http://lattes.cnpq.br/1265908866509687; https://orcid.org/0000-0002-9432-2646A ludicidade é uma característica desejável do processo de ensino e aprendizagem, fazendo-se presente, em distintas regularidades e em diferentes cenários educativos. Há uma polissemia do termo ludicidade e das variadas práticas pedagógicas que ele orienta. Defendo a tese que a multiplicidade dos sentidos subjetivos de ludicidade e as maneiras como orientam as práticas pedagógicas, são produzidas pelo professor, em diferentes momentos de sua vida, como parte de suas experiências intra e extra escolares. A presente pesquisa teve como objetivo interpretar a configuração de sentidos subjetivos sobre ludicidade, produzidos por professores no ensino de ciências biológicas, na Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará. Orientado pela Teoria da Subjetividade e Epistemologia Qualitativa, propostas por González Rey, realizei um estudo construtivo-interpretativo com três docentes dessa escola. As informações foram produzidas por meio de complementos de frases, redação e uma dinâmica conversacional composta por entrevistas individuais e coletivas, além de diálogos informais. Organizei as produções subjetivas dos professores, construindo indicadores de sentidos subjetivos e interpretando como o lúdico se configurava na subjetividade de cada docente. Este estudo possibilitou compreender que a forma como cada professor subjetiva o lúdico implica em distintas práticas de ensino. Os sentidos subjetivos de ludicidade são promotores de motivação, tanto para alunos quanto para professores. O feedback discente é importante para a ludicidade na ação docente. A subjetividade social da escola é fundamental para a produção de novos sentidos lúdicos, que são construídos na interação com os alunos e outras pessoas. Além de sustentarem a tese que formulei, os resultados da pesquisa indicam as seguintes implicações educacionais: subjetivar a ludicidade com ênfase no sujeito (aluno) e não no conteúdo disciplinar; compreender o lúdico como uma forma comunicativa entre professor e alunos e de expressão criativa desses sujeitos; ressignificar o lúdico como experiência promotora de motivação, de forma recursiva e indissociável, tanto para quem aprende quanto para quem ensina; usufruir do lúdico, nos diversos contextos de vida como recurso instrumental, mas também sócio relacional.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Condições favorecedoras da criatividade no ensino e aprendizagem de professores estagiários no Clube de Ciências da UFPA(Universidade Federal do Pará, 2018-08-03) SILVA, Denise Souza da; ALVES, José Moysés; http://lattes.cnpq.br/6500775506186127; https://orcid.org/0000-0003-1307-1249Entre os diferentes tipos de aprendizagem destaco a aprendizagem criativa, como processo desejável no campo educacional, mas ainda pouco compreendido. São raras as pesquisas sobre a aprendizagem criativa de professores em formação inicial, sobre a contribuição dos aspectos subjetivos individuais e/ou institucionais, bem como de situações em que a aprendizagem criativa emerge no trabalho coletivo, sendo investigações que aconteçam em espaços de educação não formal. Neste sentido, objetivei no presente estudo contribuir com a compreensão das condições em que a criatividade emerge no processo de aprendizagem da e para a docência, de professores estagiários do Clube de Ciências da UFPA, no contexto de suas práticas pedagógicas. Assumo, neste estudo, a definição de criatividade como processo complexo da subjetividade humana em suas dimensões individual e social, tendo em vista a produção de algo considerado original e relevante, ancorada na Teoria da Subjetividade de González Rey, Mitjáns Martínez e colaboradores, em uma perspectiva histórico-cultural. A pesquisa foi fundamentada na Epistemologia Qualitativa, que caracteriza a produção do conhecimento como um processo construtivo-interpretativo, dialógico e de valorização do singular na produção de conhecimento. Participaram desta pesquisa qualitativa quatro professores estagiários, que atuavam em uma turma de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental, no Clube de Ciências da UFPA. Para a construção das informações, utilizei diferentes instrumentos, incluindo complemento de frases, redação, entrevistas, conversas informais e observação. Como resultado da análise, apresento indicadores dos sentidos subjetivos que os professores estagiários produziram ao narrarem e refletirem a respeito de uma experiência que tiveram, ao realizar uma atividade de ensino específica. Suas expressões indicaram recursos subjetivos que desenvolveram no Clube de Ciências e em outros contextos, orientando suas ações individuais e coletivas, favorecendo assim, condições para emergência da criatividade no processo de aprendizagem da e para a docência, em sua formação inicial. Apontam também que a subjetividade social do Clube de Ciências da UFPA constituiu a subjetividade individual de cada participante e da própria equipe, de maneira a integrar configurações subjetivas da ação dos professores estagiários, compreendendo que foram condições favorecedoras para a emergência da criatividade no decorrer do processo do planejamento, realização e avaliação da referida atividade de ensino.Tese Acesso aberto (Open Access) Configurações subjetivas da ação pedagógica de professores, em formação CTSA, na horta escolar.(Universidade Federal do Pará, 2024-02-27) GOMES, Jeedir Rodrigues de Jesus; ALVES, José MoysésA horta escolar, além de prover alimentos saudáveis, pode se tornar um excelente laboratório de ensino e aprendizagem. Pesquisas têm mostrado que a horta escolar é um contexto de aprendizagens importantes para professores e estudantes. Nesta tese objetivei compreender as configurações subjetivas das ações pedagógicas de professores, em formação continuada com enfoque CTSA, no contexto de uma HE. A pesquisa fundamentou-se na Teoria da Subjetividade, na Epistemologia Qualitativa e na Metodologia Construtivo-interpretativa. Participaram da investigação dois professores de uma escola pública em regime de tempo integral de ensino médio, da periferia da cidade de Belém do Pará. Eles foram acompanhados, na escola, desde a formação de um grupo de estudos sobre o novo ENEM, em 2017, que também estudou sobre a educação Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente e propôs a implantação de uma horta na escola. A presente pesquisa focou nas aprendizagens dos professores durante o planejamento, realização e avaliação de atividades de ensino, no contexto da horta escolar, entre os anos de 2019 e 2023. Com base na interpretação de informações obtidas em conversas informais, observações participantes, complementos de frases, redações e outras produções escritas dos professores, foram construídos dois estudos de caso, a partir dos indicadores e hipóteses sobre os sentidos subjetivos relacionados à história de vida, à subjetividade social e os produzidos durante a ação pedagógica dos professores. Nos dois estudos de caso, compreendi que os professores enfrentaram demandas geradas em diferentes níveis da subjetividade social: o novo ENEM, o grupo de estudos dos professores sobre educação CTSA, além das interações com turmas de estudantes na horta escolar ou na sala de aula. Fizeram isso, inicialmente, com recursos subjetivos, relacionais e operacionais que dispunham, mas sentiram-se tensionados a produzirem novos sentidos subjetivos e a realizarem novas aprendizagens. Essas aprendizagens e novas produções de sentidos subjetivos ampliaram as possibilidades de ação e relação dos professores, geraram um maior envolvimento deles com a docência e organizaram-se em uma configuração do desenvolvimento subjetivo, que motivou a produção de novos sentidos subjetivos e novas ações pedagógicas, inclusive na sala de aula. O projeto da horta escolar, inspirado pelas ideias da educação Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente e pela Teoria da Subjetividade, tem contribuído com a alimentação saudável da comunidade escolar e com a aprendizagem de estudantes e professores. Consolidou-se como um projeto permanente da instituição, que almeja tornar-se uma escola autossustentável.Tese Acesso aberto (Open Access) As configurações subjetivas de docência e suas transformações no decorrer da trajetória profissional de professores de ciências e biologia(Universidade Federal do Pará, 2017-10-17) SERRÃO RESQUE, Marciléa; ALVES, José Moysés; http://lattes.cnpq.br/6500775506186127; https://orcid.org/0000-0003-1307-1249A trajetória profissional docente é um campo de estudo que corresponde a uma das principais temáticas de análise sobre os profissionais da educação, em virtude das preocupações com os processos de formação docente em meio aos desafios do cenário educativo contemporâneo. De forma geral, tal temática vem sendo estudada no âmbito das pesquisas sobre ciclos de vida, que muitas vezes ressaltam as similaridades e regularidades presentes no percurso profissional dos professores. Esta pesquisa, de modo diferente, busca compreender a trajetória profissional como processo singular e subjetivo. Para esta leitura, trago como referência teórica principal a Teoria da Subjetividade de Fernando González Rey (2003; 2017). Utilizo as categorias de sentido subjetivo, configurações subjetivas, subjetividade individual e social para compreender as transformações que ocorrem nas configurações de sentidos subjetivos de docência em diferentes momentos da carreira profissional de três professores de ciências e biologia. Defendo a Tese que, analisar a trajetória profissional docente a partir deste referencial teórico, possibilita a compreensão dos movimentos de transformação dos sentidos subjetivos sobre a docência em ciências e biologia, que são produzidos nos diferentes contextos da vida pessoal e profissional. Para dar suporte ao estudo, a pesquisa alinha-se à abordagem qualitativa, assume como enfoque metodológico a Epistemologia Qualitativa de González Rey, que defende a condição eminentemente construtiva e interpretativa das pesquisas. As informações foram construídas por meio de complemento de frases, questionário aberto, entrevistas individuais e conversas informais. Apresento a análise construtiva- interpretativa da trajetória de três professores de ciências e biologia, na forma de estudos de casos. Para estes estudos, optei pelo método de análise transversal, que organizou o percurso profissional dos professores em três momentos principais: 1) As opções pela docência; 2) A entrada na carreira docente e os anos iniciais e 3) O momento atual. Os sentidos subjetivos referentes a cada momento foram interpretados por meio de indicadores construídos a partir das expressões dos sujeitos. Os resultados apontam que diferentes configurações subjetivas de docência são construídas em momentos distintos da trajetória profissional dos professores e elas constituem a base da motivação para a docência em ciências e biologia. As transformações nas configurações foram resultantes das rupturas e criações de novos sentidos subjetivos engendrados a partir das histórias pessoais dos sujeitos em diálogo permanente com seu contexto de ação atual. A pesquisa também apontou que o exercício partilhado e colaborativo da docência, a construção de formas de resistência às representações dominantes da profissão e vivências emocionalmente positivas no decorrer da trajetória, são importantes para a configuração de sentidos subjetivos de valorização da docência em ciências e biologia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Contextualização, dialogia e parceria no estudo da ligação iônica: uma abordagem microgenética(Universidade Federal do Pará, 2005-09-29) COSTA, Adalcindo Rodrigues da; ALVES, José Moysés; http://lattes.cnpq.br/6500775506186127Acredito que um ensino contextualizado e dialógico valoriza a experiência cultural dos alunos e pode contribuir para a formação de cidadãos críticos, agentes de transformações, visando à construção de um mundo mais justo, solidário e fraterno. Este ensino vai além da transmissão de informações, propicia o desenvolvimento intelectual e moral dos alunos, num clima afetivo e motivacional favorável. Neste sentido, na presente investigação, objetivei criar condições para um ensino contextualizado e dialógico, na introdução à linguagem da química. Além disso, pretendi analisar a evolução do desempenho individual de alguns alunos, considerando as contribuições de suas interações com os colegas e comigo, ao longo de uma seqüência didática. Participaram da pesquisa vinte e nove alunos de uma de minhas turmas de 8a.série do ensino fundamental, do Núcleo Pedagógico Integrado, Escola de Aplicação da Universidade Federal do Pará. A turma era constituída por doze meninos e dezessete meninas, com idades variando de treze a quinze anos. A partir de uma demonstração da condução da corrente elétrica na água com sal e da não condutividade elétrica no sal sólido, desafiei os alunos a explicarem tal fato, tendo em vista a construção do conceito de ligação iônica. Primeiro, cada aluno formulou uma resposta escrita. Depois, eles se reuniram em grupos formados espontaneamente, discutiram suas respostas e formularam uma resposta escrita consensual. Em seguida, com base nas respostas escritas individuais e nas formuladas pelos grupos espontâneos, considerando também a participação dos alunos nestes grupos, formei outros grupos, recombinando os alunos. Estes grupos recombinados também discutiram e apresentaram uma resposta escrita consensual. Posteriormente, os grupos apresentaram e discutiram suas respostas com toda a turma. Por último, cada aluno formulou, por escrito a sua explicação para o fato observado. Participei das discussões dos grupos, fomentando a discussão entre os alunos e só acrescentando informações novas quando considerei que eles tinham debatido suficientemente o assunto entre eles. Gravei as aulas em vídeo e em áudio e, posteriormente, transcrevi as fitas. Escolhi sete alunos que participaram de um dos grupos recombinados para comparar suas respostas escritas individuais e a contribuição das interações com os colegas e comigo para a transformação de tais respostas. Os resultados mostraram que todos os alunos chegaram, ao final, a uma explicação teórica aceitável para o fenômeno observado, partindo de descrições ou explicações fundamentadas em generalizações empíricas ou explicações que incorporavam termos teóricos, mas sem domínio conceitual. Estas transformações ocorreram durante as interações, com os colegas e comigo, nas quais predominou uma abordagem comunicativa interativa dialógica. Os alunos que participaram ativamente das discussões tiveram oportunidade de argumentar e ser contestados, de reformular suas hipóteses ou adotar outras. Discuto a necessidade de buscar outras maneiras de contextualizar o ensino; de envolver todos os alunos nas discussões dos grupos; de construir a generalização da explicação teórica e aplica-la a novos contextos; de fomentar e avaliar o clima afetivo e motivacional e o desenvolvimento de uma sociedade de parceiros na sala de aula. Além disso, reflito sobre a importância desta pesquisa para a minha formação.Tese Acesso aberto (Open Access) A Dimensão subjetiva da aprendizagem de professores de física nas ações pedagógicas(Universidade Federal do Pará, 2023-09-26) YANO, Victtor Takeshi Barreiros; ALVES, José MoysésA presente pesquisa, realizada com o referencial da Teoria da Subjetividade, da Epistemologia Qualitativa e da Metodologia Construtivo-Interpretativa, objetivou compreender a configuração subjetiva da ação de aprender de dois professores de física, nos anos iniciais de sua atuação profissional. Sustenta a tese que os professores, nos primeiros anos de atuação profissional, mobilizam recursos subjetivos, relacionais e operacionais desenvolvidos em momentos anteriores e desenvolvem outros recursos, ao aprenderem a enfrentar os desafios do momento. A investigação aconteceu em uma escola da rede privada de ensino de Belém/PA e os instrumentos destinados a promover o diálogo com os dois professores foram observações, questionário, complementos de frases, redação e conversas informais. A partir das informações obtidas, foram construídos indicadores e hipóteses sobre os sentidos subjetivos produzidos na história de vida dos professores, aqueles associados à subjetividade social da escola e de outros contextos de formação e os sentidos subjetivos produzidos durante a ação pedagógica. As hipóteses permitiram construir um modelo teórico, que inclui o tensionamento provocado pelo começo da atuação profissional e pela pandemia; a necessidade de desenvolver recursos subjetivos, relacionais e operacionais, para lidar com as novas exigências do ensino remoto; a ocorrência de aprendizagens necessárias para produzir um ensino que motivasse os alunos e favorecesse suas aprendizagens, para as quais foram mobilizados recursos subjetivos, relacionais e operacionais, desenvolvidos durante os anos de formação inicial, especialmente nos estágios; bem como a emergência de configuração subjetiva do desenvolvimento, decorrente de produções subjetivas relacionadas ao mestrado e à atuação profissional, que resultaram em diferentes decisões profissionais para os dois professores.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Interações sociais e o discurso sobre o visível e o invisível em aulas de química(Universidade Federal do Pará, 2004-05-07) PARENTE, Andrela Garibaldi Loureiro; ALVES, José Moysés; http://lattes.cnpq.br/6500775506186127Estuda, a partir da interação e do diálogo, a elaboração de explicações em aulas de química, tendo em vista aspectos teóricos e empíricos deste conhecimento. Participaram da pesquisa uma professora e sua turma de 26 alunos, do primeiro ano do ensino médio, de uma escola pública do município de Belém-Pa. Foi planejada uma aula envolvendo a realização de um experimento sobre a formação da ferrugem. Foram formados quatro grupos de alunos para realizar o experimento. Após observarem o experimento, os quatro grupos de alunos discutiram entre si, em seguida, em conjunto com a professora e, posteriormente, a professora discutiu com a turma toda. Os diálogos ocorridos nos grupos e na turma toda foram filmados e transcritos integralmente. Recorremos à análise microgenética para analisarmos o diálogo de um dos grupos sem a presença da professora, do mesmo grupo com a presença da professora e da turma toda. Identificamos nos diálogos as seqüências das quais emergiram as explicações. Nestas sequências utilizamos as categorias propostas por Mortimer e Scott (2002) para analisar as intenções, o conteúdo, a abordagem comunicativa, os padrões de interação e as intervenções da professora. As análises nos possibilitaram compreender e discutir como os alunos elaboram explicações em aulas e, em cada uma delas a participação dos aspectos teóricos e empíricos do conhecimento químico. Assim, observamos que as explicações elaboradas pelos alunos levaram em conta conhecimentos de diferentes origens: a observação empírica do experimento, as aprendizagens escolares prévias, conceitos cotidianos e os conhecimentos teóricos compartilhados pela professora. Predominou uma abordagem comunicativa dialógica, mas quando foi necessário para a elaboração da explicação relacionar o conhecimento empírico com o teórico, a abordagem comunicativa foi, predominantemente, de autoridade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Interações sociais em aulas de química: a conservação de alimentos como tema de estudos(Universidade Federal do Pará, 2005-10-28) PESSOA, Wilton Rabelo; ALVES, José Moysés; http://lattes.cnpq.br/6500775506186127Apesar do crescente interesse sobre as práticas discursivas em aulas de ciências, considero que ainda conhecemos pouco sobre o processo de significação em aulas de química. Nesse sentido, meu objetivo na presente dissertação foi analisar, a partir de um enfoque histórico-cultural, o papel de diferentes vozes na construção de significados em aulas de química. Durante as aulas abordei os processos de conservação de alimentos como tema de estudos. Participaram das aulas 28 alunos de uma turma do 1 ano do nível médio de uma escola pública estadual, localizada na periferia de Belém. As aulas foram gravadas em vídeo, transcritas e analisadas microgeneticamente. Busquei evidenciar como as diferentes vozes mobilizadas nas minhas interações com os alunos contribuíram para a elaboração conceitual. Analisei as respostas escritas individuais de três alunos, em diferentes momentos da atividade e a participação deles nas interações ocorridas nos grupos. Tal análise mostrou que nas respostas escritas iniciais dos alunos predominaram explicações empíricas dos sistemas. Após a atividade, os alunos incorporaram elementos do discurso científico escolar em suas respostas e conseguiram elaborar explicações teóricas para os sistemas observados. Diferentes vozes participaram do processo de elaboração das explicações nas aulas: a) a voz da observação empírica do fenômeno, que contribuiu para que os alunos compartilhassem observações semelhantes e estabelecessem comparações entre os sistemas e; b) a voz de experiências prévias cotidianas dos alunos, que contribuiu para que eles compartilhassem a idéia de que sal e óleo podiam ser utilizados como conservantes de alimentos; c) a voz de conhecimentos escolares anteriores dos alunos, que contribuíram para a introdução de elementos novos no discurso, como fungos e bactérias; d) a voz do discurso científico escolar, introduzida por mim durante as interações, que também contribuiu para a elaboração das explicações teóricas dos fenômenos observados. A consideração ou não dos diferentes pontos de vista apresentados pelos alunos constituiu limites e possibilidades para a elaboração dos sentidos dos conceitos desenvolvidos durante as aulas. Estes resultados chamam a atenção para a importância do professor adotar uma abordagem comunicativa interativa dialógica, valorizando a explicitação e o confronto de diferentes perspectivas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Interdisciplinaridade e subjetividade: experiências de ensino vivenciadas por professores egressos do Clube de Ciências da UFPA(Universidade Federal do Pará, 2017-05-10) RIBEIRO, Rosineide Almeida; ALVES, José Moysés; http://lattes.cnpq.br/6500775506186127; https://orcid.org/0000-0003-1307-1249O ensino de ciências interdisciplinar ainda é incomum em nossas escolas e também não são frequentes as oportunidades de formação do professor com esta perspectiva. No Clube de Ciências da UFPA, estagiários de diferentes licenciaturas trabalham em equipes multidisciplinares e tem oportunidades de realizar um ensino interdisciplinar. Me interessei por conhecer a contribuição desse estágio para o trabalho pedagógico posterior do egresso, na escola. Inspirada na Teoria da Subjetividade de González Rey, investiguei como as práticas pedagógicas interdisciplinares se configuram subjetivamente para professores de ciências, egressos do CCIUFPA e como eles avaliam a contribuição do referido estágio para suas concepções e práticas interdisciplinares atuais. Realizei uma pesquisa qualitativa, fundamentada na Epistemologia Qualitativa, que concebe a construção do conhecimento como um processo construtivo-interpretativo, valoriza o diálogo entre o pesquisador e os sujeitos participantes e considera legitima a produção de conhecimentos a partir de casos singulares. Apresento quatro estudos de caso de professores estagiários, cujas informações foram obtidas por meio de complementos de frases, redação e entrevistas individuais. Apesar da singularidade das experiências de cada estagiário, egresso do CCIUFPA, os resultados mostraram que os professores consideraram que o estágio no Clube de Ciências ampliou seus conhecimentos sobre interdisciplinaridade, ensinou-os a enfrentar e superar dificuldades para realizar projetos interdisciplinares, favoreceu o planejamento e a valorização das atividades em equipe, a motivação dos sócios mirins, a contextualização dos conteúdos e o diálogo em sala de aula. Avaliaram que a experiência no CCIUFPA contribuiu para diversas características de sua prática atual, sendo que três dos professores relataram realizar, com dificuldades, um ensino interdisciplinar na escola. Estes resultados indicam que, apesar das diferenças marcantes entre os contextos educativos, a experiência de estágio no CCIUFPA ajuda os professores a produzirem sentidos subjetivos, que lhes permitem realizar, em algumas circunstâncias, um ensino interdisciplinar na escola.Tese Acesso aberto (Open Access) A motivação como produção de sentidos subjetivos: pedagogia de projetos no ensino e aprendizagem de ciências(Universidade Federal do Pará, 2017-04-25) CASANOVA, Marcello Paul; ALVES, José Moysés; http://lattes.cnpq.br/6500775506186127; https://orcid.org/ 0000-0003-1307-1249A motivação para aprender é uma preocupação permanente de educadores e pesquisadores. Entre as abordagens de ensino pensadas para motivar os alunos destaca-se a Pedagogia de Projetos, que valoriza o estudante como protagonista de sua aprendizagem. Apesar da importância atribuída à motivação, nem sempre as pesquisas realizadas explicitam um referencial teórico-metodológico para tratar do assunto. Muitas vezes, a motivação é pensada como resultante direta das atividades planejadas pelo professor e os fatores cognitivos e afetivos, envolvidos no processo, são compreendidos de forma dicotômica. Defendo a tese de que a Teoria da Subjetividade de González Rey amplia nossa compreensão sobre a motivação para ensinar e aprender Ciências no contexto da Pedagogia de Projetos, ao possibilitar a interpretação de configurações de sentidos subjetivos complexos, singulares e que emergem em diferentes contextos. Para dar suporte a esta afirmação, realizei dois estudos sobre a motivação para ensinar e aprender, a partir desse enfoque teórico-metodológico, com o objetivo de compreender as configurações de sentidos subjetivos dos sujeitos em relação ao ensino ou a aprendizagem com projetos. No primeiro, analisei os sentidos subjetivos de uma professora de Ciências para trabalhar com projetos. No segundo, analisei os sentidos subjetivos de um grupo de estudantes, envolvidos em um projeto de com teatro na escola. As informações foram construídas por meio de complementos de frases, redações, observações e conversas informais. Os sentidos subjetivos foram interpretados a partir de indicadores construídos na pesquisa, constituindo estudos de caso dos participantes. Tanto no estudo com a professora, quanto no estudo com os estudantes, compreendi a motivação dos sujeitos como resultante de configurações de sentidos subjetivos complexos e singulares, que não dependem apenas da situação atual, mas levam em conta suas experiências passadas e interações com outras pessoas, em outros contextos. Estes resultados sustentam a tese de que a Teoria da Subjetividade traz uma contribuição importante sobre a compreensão da motivação para ensinar e aprender Ciências no contexto da Pedagogia de Projetos, com implicações importantes para a pesquisa na área, para o ensino e para a formação de professores.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O papel das interações professor-aluno na construção da solução lógico-aritmética otimizada de um jogo com regras(Universidade Federal do Pará, 2004-02-20) CABRAL, Natanael Freitas; ALVES, José Moysés; http://lattes.cnpq.br/6500775506186127Na presente dissertação relato minhas inquietações profissionais intrinsecamente ligadas ao desconforto que eu percebia estar produzindo em meus alunos, a partir de uma prática docente, que, em muitos aspectos, necessitava de reformulações e adequações aos novos tempos. Era uma prática docente fundada nos pressupostos da ciência moderna, que pretendia descrever a realidade por leis deterministas, exatas, hierarquizadas e compartimentalizadas. Buscando transformar minha prática, (re)construí, na interação com meus pares, a proposta de um laboratório de Educação Matemática. As atividades desse laboratório deviam proporcionar uma fértil ambiência de interações verbais, despertando uma participação ativa dos alunos na construção de conhecimento. Com a certeza de que precisava ampliar a reflexão sobre meu trabalho docente, (re)construí uma nova visão pessoal de ciência, me apoiando nas idéias de alguns filósofos que se aproximam de um olhar transdisciplinar e do que tem sido chamado de ciência pós-moderna. Com esta nova concepção, procurei articular a Educação Matemática com os postulados da Psicologia Histórico-Cultural, a fim de me apropriar de ferramentas teórico-metodológicas para investigar minha prática docente. Na presente dissertação, relato uma análise microgenética de minha interação com dois alunos em uma atividade típica do laboratório de Educação Matemática: a aprendizagem da solução lógico-aritimética otimizada de um jogo com regras, o Nim. Filmei as 36 partidas que joguei com os alunos até que eles descobrissem a estratégia otimizada do jogo e depois as transcrevi, integralmente. A análise mostrou três momentos da construção da estratégia otimizada: a formulação e (re)formulação de hipóteses; a seleção, aplicação e teste de hipóteses e a transferência do raciocínio construído para a formulação de novas hipóteses. Observei transições genéticas em todos os momentos e mudanças nos padrões interativos que ora refletiam uma abordagem comunicativa predominantemente dialógica (no primeiro e terceiro momento), ora de autoridade (no segundo momento). Percebi como os alunos, interagindo comigo, desenvolveram a capacidade de regular suas próprias ações para resolver o problema que os desafiavam.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Oportunidades de aprender sobre pesquisa na iniciação científica júnior de uma bolsista no Clube de Ciências da UFPA(Universidade Federal do Pará, 2011-09-19) SANTOS, Janes Kened Rodrigues dos; ALVES, José Moysés; http://lattes.cnpq.br/6500775506186127Após constatar o sucesso da iniciação científica na graduação, recentemente, as agências de fomento estenderam o financiamento de bolsas para a Iniciação Científica Junior (ICJ). Ainda são pouco conhecidas as especificidades do processo de ensino e aprendizagem neste contexto. Neste sentido, o objetivo da presente dissertação foi realizar um estudo de caso, acompanhando uma díade orientadora-bolsista de ICJ ao longo de um ano, caracterizando as principais oportunidades de aprender e produzir sentidos subjetivos sobre a pesquisa e sobre a natureza da atividade científica. A professora-orientadora e a estudante do ensino fundamental, participavam do Clube de Ciências da Universidade Federal do Pará e tinham um projeto de pesquisa aprovado e subsidiado financeiramente pela Fundação de Amparo a Pesquisa no Estado do Pará (FAPESPA). O objetivo do projeto era estudar o uso de inseticidas naturais para o controle da proliferação de gorgulhos no milho. Constituí meus dados através de entrevistas com as participantes, filmagens dos encontros de orientação e eventos científicos, relatórios técnicos que enviaram à FAPESPA e diário mantido pela bolsista. Triangulando as informações obtidas, descrevi as principais atividades da ICJ, levando em conta os sentidos que elas tiveram para a bolsista. Com base nessa descrição, caracterizei as principais oportunidades que a estudante teve de aprender ou produzir sentido subjetivo sobre pesquisa e ciência. Identifiquei traços de crescimento pessoal e de relacionamento interpessoal; desenvolvimento das capacidades de ler, discutir, argumentar, relatar e falar em público, além da ampliação do conhecimento sobre a prática experimental. Nesta experiência, a bolsista teve a oportunidade de significar o conhecimento científico como uma construção coletiva, contextualizada e em processo, que implica em problematizações de conhecimentos anteriores e cujas decisões precisam ser justificadas. Entretanto, como o conhecimento produzido em sua pesquisa não foi derivado nem suficientemente interpretado a partir de modelos teóricos, a experiência oportunizou a bolsista conceber a produção do conhecimento científico em uma perspectiva empírico-indutivista.Tese Acesso aberto (Open Access) Processos subjetivos na superação das dificuldades de aprendizagem de biologia(Universidade Federal do Pará, 2023-04-27) BEZERRA, Hanna Patricia da Silva; ALVES, José Moysés; http://lattes.cnpq.br/6500775506186127; https://orcid.org/0000-0003-1307-1249O presente trabalho apresenta os resultados de uma investigação sobre a superação das dificuldades de aprendizagem de Biologia, fundamentada na Teoria da Subjetividade de González Rey, numa perspectiva cultural-histórica. Objetivamos compreender as dimensões subjetiva e operacional das dificuldades de aprendizagem de Biologia, bem como os processos de mudança na configuração subjetiva da ação de aprender Biologia que favorecem a superação das dificuldades de aprendizagem do componente curricular. A metodologia da pesquisa fundamentou-se na Epistemologia Qualitativa e no Método Construtivo-Interpretativo. As participantes da investigação foram três estudantes, identificadas com dificuldades de aprendizagem de Biologia e que cursavam o ensino médio. Realizamos uma pesquisa de campo, na qual utilizamos, para construção das informações, a autoavaliação, o complemento de frases, a dinâmica conversacional, as conversas informais, as observações e a análise documental. Também foram realizadas, com as participantes, práticas educativas no formato de oficinas, visando contribuir para a superação das dificuldades de aprendizagem, por meio de estratégias que reconhecessem a sua singularidade, incentivando a autonomia e o protagonismo, a explicitação e o contraste de modelos e a integração hierárquica da teoria implícita das estudantes ao conhecimento científico da Biologia. Construímos três estudos de caso e, com base nas informações interpretadas, elaboramos uma produção teórica sobre a dimensão operacional das dificuldades de aprendizagem de Biologia, evidenciando as incompatibilidades epistemológicas, ontológicas e conceituais entre as teorias implícitas das aprendizes e a teoria científica, reverberando, principalmente, em problemas para contextualizar e generalizar os conteúdos e compreendê-los numa perspectiva sistêmica. A partir do estudo da configuração subjetiva da ação de aprender Biologia das participantes, elaboramos reflexões teóricas acerca da dimensão subjetiva das suas dificuldades de aprendizagem, considerando: 1) As dificuldades de aprendizagem constituídas pela mobilização de sentidos subjetivos oriundos da história de vida escolar, que inviabilizavam a produção de recursos operacionais e subjetivos para aprender Biologia; 2) As dificuldades de aprendizagem constituídas pela negação da expressão da condição de agente ou de sujeito e das aprendizagens compreensiva e/ou criativa. Nos três casos, interpretamos mudanças na configuração subjetiva da ação de aprender Biologia, tendo em vista a produção e/ou a mobilização de sentidos subjetivos favorecedores da aprendizagem. Nessa perspectiva, os resultados fundamentaram a tese de que as dificuldades de aprendizagem para aprender Biologia decorrem da produção de sentidos desfavoráveis à aprendizagem ou ao desenvolvimento de recursos relacionais e operacionais que a possibilitem. A superação de tais dificuldades demanda processos de mudança e/ou desenvolvimento subjetivo, diante da mobilização e/ou da produção recíproca de recursos operacionais, relacionais e subjetivos, favorecedores da aprendizagem dos conteúdos deste componente curricularTese Acesso aberto (Open Access) Sentidos subjetivos de estudantes do ensino médio: o uso das tecnologias digitais para estudar biologia(Universidade Federal do Pará, 2017-04-26) POSSAS, Iris Maria de Moura; ALVES, José Moysés; http://lattes.cnpq.br/6500775506186127; https://orcid.org/0000-0003-1307-1249Tecnologias Digitais (TD) tem sido usadas, cada vez mais, na socidade e na escola. Em geral, as pesquisas focalizam as TD como ferramentas que privilegiam processos cognitivos. Neste trabalho, sustento a tese de que estudantes do Ensino Médio, enquanto nativos digitais, produzem sentidos subjetivos para o uso das TD em vários contextos, inclusive para estudar Biologia, favorecendo a motivação e a aprendizagem desta disciplina. Inspirada na Teoria da Subjetividade proposta por González Rey, objetivei compreender os sentidos subjetivos de estudantes do Ensino Médio, relacionados aos usos das TD para estudar Biologia. Realizei o estudo com quatro estudantes do terceiro ano do Ensino Médio, de uma escola federal, em Belém do Pará. Segui a orientação da Epistemologia Qualitativa, que valoriza a construção e interpretação das informações pelo pesquisador, a interação dialógica com os sujeitos da pesquisa e o reconhecimento da singularidade como instância de produção de conhecimento científico. Os alunos forneceram informações por meio de uma redação, complementos de frases e conversas informais. A partir das informações obtidas nesses instrumentos, organizei os estudos de caso dos quatro sujeitos, construindo indicadores de sentidos subjetivos e buscando compreender como se configuravam para cada sujeito. Os resultados indicam que jovens alunos produzem configurações de sentidos subjetivos singulares para o uso das TD. Em seguida, construi categorias e subcategorias, aproximando os sentidos dos quatro sujeitos. Obtive que as TD satisfazem necessidades importantes dos adolescentes. Usam as TD fora da escola para interagir, divertir-se ou satisfazer a curiosidade e para fugir da solidão. Na escola, também usam para interagir, divertir-se ou satisfazer curiosidade e para acessar informações de forma rápida. Especificamente para estudar Biologia, os estudantes usam as TD para interagir, fixar ou memorizar conteúdos, entender ou satisfazer curiosidade, complementar ou aprofundar conteúdos e para extrapolar determinado tema para outro contexto. Tais sentidos incluem desde os que enfatizam a reprodução dos conteúdos até os que facilitam a aprendizagem. Além disso, os estudantes utilizam as TD com alguns cuidados, conscientes de que elas podem auxiliar os estudos e as interações, mas também prejudicá-los. Portanto, os resultados apoiam a afirmação de que os sentidos subjetivos do uso das TD para estudar Biologia favorecem a motivação e a aprendizagem desta disciplina, apesar de outros resultados recomendarem cautela em relação aos tipos de motivação e aprendizagem que estes usos podem proporcionar.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Sentidos subjetivos relacionados à motivação de alunos surdos para participarem do clube do pesquisador mirim do Museu Paraense Emílio Goeldi(Universidade Federal do Pará, 2014-08-20) RESQUE, Deusa Priscila da Silva; CASANOVA, Marcello Paul; http://lattes.cnpq.br/1747581773154776; ALVES, José Moysés; http://lattes.cnpq.br/6500775506186127Inspirada na Teoria da Subjetividade de González Rey, meu objetivo no presente estudo foi investigar a motivação de dois Surdos para participarem de uma turma do Clube do Pesquisador Mirim (CPM), do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG). Nesta perspectiva teórica, a motivação é concebida como produção subjetiva. A subjetividade, simultaneamente social e individual, é estudada de uma abordagem qualitativa, valorizando-se os casos singulares e o caráter dialógico e construtivo-interpretativo da construção das informações. Realizei a pesquisa em um contexto de iniciação científica infantil, com uma turma de 12 crianças ouvintes e duas surdas, em um espaço de educação não formal, onde todos aprendiam Libras. Durante o ano letivo de 2012, observei e registrei os 31 encontros da turma. Ao final do ano, realizei entrevistas com os responsáveis dos alunos surdos e com os pesquisadores mirins ouvintes, utilizando um gravador de áudio. Também realizei entrevistas com os alunos surdos, em Língua de Sinais. Estas foram filmadas e, posteriormente, transcritas e analisadas. Para a construção dos indicadores da motivação dos surdos considerei as perspectivas de familiares, colegas e dos próprios surdos. A partir desses indicadores, pude concluir que os alunos surdos estão motivados a participar do CPM. Ambos apresentaram indicadores de interesse semelhantes. Eles não querem faltar nem se atrasar para os encontros do clube; querem aprender/ensinar Libras, fazer amigos, aprender e continuar no CPM enquanto puderem; gostam das atividades e do espaço físico. Porém suas configurações de sentidos subjetivos são diferentes em relação ao aprendizado de Libras e de ciências, seus relacionamentos com colegas e planos para o futuro. Participar da turma inclusiva do CPM contribui para a formação de amizades e também para a aprendizagem dos surdos, de maneira diferente daquela que acontece na escola.
