Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica - PPGG/IG
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2603
O Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG) do Instituto de Geociências (IG) da Universidade Federal do Pará (UFPA) surgiu em 1976 como uma necessidade de desmembramento do então já em pleno desenvolvimento Curso de Pós-Graduação em Ciências Geofísicas e Geológicas (CPGG), instalado ainda em 1973 nesta mesma Universidade. Foi o primeiro programa stricto sensu de Pós-Graduação (mestrado e doutorado) em Geociências em toda Amazônia Legal. Ao longo de sua existência, o PPGG tem pautado sua atuação na formação na qualificação de profissionais nos níveis de Mestrado e Doutorado, a base para formação de pesquisadores e profissionais de alto nível. Neste seu curto período de existência promoveu a formação de 499 mestres e 124 doutores, no total de 623 dissertações e teses.
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica - PPGG/IG por CNPq "CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOLOGIA::HIDROGEOLOGIA"
Agora exibindo 1 - 11 de 11
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise comparativa hidroambiental das bacias do Una e da Estrada Nova, em Belém-PA, e suas implicações socioeconômicas(Universidade Federal do Pará, 2015-03-26) LEÃO, Eduardo Araujo de Souza; ABREU, Francisco de Assis Matos de; http://lattes.cnpq.br/9626349043103626Para se avaliar a efetividade das intervenções públicas no que se refere a alterar a dinâmica social e a melhorar a qualidade de vida de uma população é necessário a construção e aplicação de indicadores sociais no monitoramento da gestão pública, principalmente quando se tratam de grandes intervenções ambientais. Por mais que tais indicadores sejam mapeados, na grande maioria dos estudos ambientais onde ocorrem essas intervenções, observa-se que o poder público não tem se dedicado ou não consegue realizar e monitorar, de forma eficiente o comportamento destes indicadores ao longo do tempo. Em Belém, as inundações em áreas urbanas representam um sério problema para grande parte do município, principalmente quando atingem áreas densamente ocupadas, ocasião em que geram prejuízos consideráveis e muitas vezes irreparáveis, com perdas inclusive de vidas humanas. A inundação tem sido um problema frequente nos períodos de chuvas, tanto nas áreas mais antigas e consolidadas da cidade, como nas áreas de expansão urbana, fato esse agravado em função das características geológicas e geomorfológicas das áreas bem como do seu alto índice pluviométrico, pela impermeabilização do solo, ocupação das várzeas e retirada das matas ciliares, o que dificulta a infiltração das águas das chuvas. Em decorrência desses fatores ambientais e da desatenção do poder público em prover equipamentos sociais e intervenções físicas na área da metrópole, as populações que ocupam as partes mais vulneráveis da cidade de Belém, têm no geral, uma baixa qualidade de vida, no que se refere à questão do ambiente em que vivem. Com vistas a avaliar comparativamente duas realidades distintas e analisar se realmente a intervenção pública foi efetiva e eficiente e a partir da mesma incluir, como prática a aplicação de indicadores de qualidade hidro ambientais no monitoramento da gestão pública, utilizou-se como “case” para essa pesquisa a intervenção realizada pelo governo estadual na bacia do Una, onde foi executado a implantação da Macro Drenagem da Bacia Hidrográfica do Una que contemplou os serviços de abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem de águas pluviais e sistema viário, comparativamente com a intervenção do governo municipal para a bacia hidrográfica da Estrada Nova, em execução, com a implantação dos mesmos serviços. Para desenvolver a pesquisa, o estudo levantou dados e informações obtidas na bacia do Una e projetou cenários futuros para a bacia da Estrada Nova, utilizando os mesmos indicadores. Estes indicadores socioambientais, nesse estudo, ainda foram contemplados e fortalecidos com uma avaliação hidrogeologica das duas bacias, a análise de qualidade das águas superficiais e subterrâneas, a consideração sobre a incidência de doenças de veiculação hídrica, a vulnerabilidade dos aquíferos, com o objetivo de avaliar a espacialização de criticidade das bacias e identificar quais regiões precisam de mais atenção ou apresentam os melhores resultados. O estudo demonstrou que as características físicas e socioeconômicas das duas bacias de estudo são similares e que após a intervenção na bacia do Una, nenhum tipo de indicador foi monitorado, com vistas a comprovar a eficiência da intervenção. O estudo ainda apresentou que os indicadores de saúde, ligados a veiculação hídrica (motivo pelo qual também foi feito a intervenção) escolhidos para monitoramento antes e após a intervenção, têm, parcialmente, conexões diretas com a qualidade ambiental da bacia, porém muitos indicadores não puderam ser escolhidos pela inexistência de dados do poder público. A vulnerabilidade do aquífero superior também é preocupante em alguns bairros, na medida em que grande parte da população se abastece deste aquífero, o qual tem sua recarga provida, em boa parte, pelos canais drenantes de Belém, sabidamente detentores de índices de qualidade muito ruins de suas águas, podendo mesmo serem caracterizados como verdadeiros esgotos a céu aberto. Os canais drenantes e igarapés de Belém, são responsáveis assim pelo direcionamento deste excesso de esgoto, para a Baia do Guajará e para o rio Guamá por meio da interligação que têm com esses elementos fisiográficos. Em virtude do município ter grande parte da sua área situada em cotas de até 4 metros, que é também a amplitude média anual das marés regionais, essas áreas estão sujeitas à inundações. Por via de consequência todo o aquífero superior fica vulnerável a infiltração das águas contaminadas dos canais, as quais nos momentos de cheias ficam represadas, aumentando o tempo de residência nos mesmos. A pesquisa ora em apresentação avaliou cenários e indicadores, dessa realidade, deixando em aberto a necessidade de serem construídos e monitorados outros indicadores para que o ato de avaliar a efetividade da intervenção pública possa ser mais consistente. Por fim o estudo também constata que vários indicadores não puderam ser considerados no estudo devido à insuficiência e a qualidade de dados existentes disponibilizados pelo poder público.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aplicação do modelo hidrodinâmico no estuário do rio Caeté (NE do Pará)(Universidade Federal do Pará, 2007-10-17) ABREU, Marcelo Wanderley Matos de; EL-ROBRINI, Maâmar; http://lattes.cnpq.br/5707365981163429A costa norte do Brasil é recortada por uma grande e complexa rede hidrográfica, onde o principal rio é o Amazonas. Este rio, assim como outros menores, desembocam no Oceano Atlântico formando os estuários, que são freqüentemente definidos como um trecho do rio, onde ocorre a interação das águas fluviais e oceânicas (zona de transição). No NE do Pará está inserido o estuário do rio Caeté (00º43’18” – 00º04’17” S e 46º32’16” – 46º55’11” W) que sofre influência de macro-marés semi-diurnas com amplitude média de 5,6 m, correntes costeiras (aproximadamente 0,75 m/s de velocidade média), ondas de 0,7 m e ventos alísios, que possuem direção preferencialmente NE com velocidade média de 6 m/s. Esse estuário situa-se numa região tropical de clima úmido, com temperatura média anual de 27ºC e elevada pluviosidade com média anual de 2500 mm/ano. Na região, observa-se também, a existência de épocas com características distintas: chuvosa (dezembro a maio), seca (junho a novembro) e intermediária. O estuário do rio Caeté se enquadra num estuário dominado por marés (quanto aos processos físicos), do tipo formado em planície costeira (quanto à geomorfologia) e do tipo bem misturado (quanto à circulação das águas). A circulação hidrodinâmica em estuários é considerada como um importante processo que vem sendo continuamente estudado, porém na região Norte do Brasil, ainda são poucos os estudos de modelagem estuarina. Sendo assim, adotou-se para este trabalho o uso do modelo hidrodinâmico do programa de Modelagem SisBAHIA (Sistema Base de Hidrodinâmica Ambiental), visando observar os aspectos gerais da circulação hidrodinâmica em diferentes fases de maré (preamar, baixamar, enchente e vazante) no estuário do rio Caeté (PA) e assim validar, através da modelagem, os dados (correntes, marés e amplitude de maré) coletados no estuário do rio Caeté. A metodologia foi executada em duas etapas (campo e laboratório). A etapa de campo consistiu em: (1) levantamento ecobatimétrico, vinculado ao Projeto de Pesquisa do PROGRAMA SET/CT-Hidro que utilizou uma base cartográfica georeferenciada previamente digitalizada, tendo como base uma imagem de radar LANDSAT-ETM+7, além de uma sonda ecobatimétrica analógico-digital/ODEC e um DGPS (Differential Global Positionning System); (2) registros de elevação do mar, através da fixação de dois marégrafos digitais Orphimedes da marca OTT-Hidrometrie, localizados na vila de Bacuriteua e na ponte sobre o Furo do Maguary, onde se obtiveram valores diários a cada 20 minutos durante 7 dias consecutivos com resultados variando de um mínimo de 0,01 m a um máximo de 5,08 m e de 0,42 a 5,18 no ponto situado na ponte sobre o furo do Maguary e na vila de Bacuriteua, respectivamente; e (3) medir a velocidade das correntes utilizando um correntógrafo Falmouth 2D ACM em um ponto do estuário dentro do domínio do modelo, que ficou acoplado ao barco durante sete dias consecutivos e que apresentou valores para as correntes variando de um mínimo de 2,95 cm/s a um máximo de 154,59 cm/s. Na etapa de laboratório, foi realizado o processo de calibração entre os dados do modelo e os medidos no campo. Foram geradas simulações das condições hidrodinâmicas durante a enchente, vazante, meia maré enchente, meia maré vazante, estofas de preamar e baixamar, para marés de quadratura e sizígia. Através dessas simulações foram gerados mapas superficiais de correntes para observar os diferentes padrões de circulação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização hidrogeológica em área de agricultura intensiva, na microbacia do iguarapé Cumaru, nordeste do Pará(Universidade Federal do Pará, 2003-06-30) CHAVES, Luciene Mota de Leão; TANCREDI, Antonio Carlos Felice Nicola Saverio; http://lattes.cnpq.br/3080055631075788Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização hidroquímica dos aquíferos freáticos costeiros na cidade de Salinópolis-PA.(Universidade Federal do Pará, 2016-06-08) RODRIGUES, Érika do Socorro Ferreira; CORRÊA, José Augusto Martins; http://lattes.cnpq.br/6527800269860568A cidade de Salinópolis está localizada no nordeste paraense, região Bragantina do Estado do Pará. A geologia da área é caracterizada por uma cobertura sedimentar terciário representada pela Formação Pirabas, Grupo Barreiras e recobrindo essas rochas podem ocorrer sedimentos areno-argilosos a argilo-arenosos do Quaternário atual denominados sedimentos Pós-Barreiras. Os principais sistemas hidrogeológicos de Salinópolis, de forma geral, são: a) sistema aquífero superior desenvolvido no Pós-Barreiras, aquíferos livres; b) sistema aquífero Barreiras, aquíferos livres e semi-confinados; c) sistema aquífero Pirabas, mais profundo, aquíferos confinados, sendo este um aquífero aflorante na região. Para o estudo foram cadastrados 22 poços sendo 17 poços tubulares rasos com profundidade de até 30 m (PT), 2 poços amazonas (AM) e 3 fontes (FT). A coleta das amostras foi realizada em intervalos de 2 meses durante um ciclo hidrológico completo de maio de 2014 a março de 2015. Os principais parâmetros de qualidade da água investigados foram: temperatura, pH, condutividade elétrica, alcalinidade, sólidos totais dissolvidos e os íons principais: cátions (Na+, K+, NH4+, Ca2+, Mg2+) e ânions (F-, Cl-, NO3- e SO42-). Foram identificados quatro grupos hidroquímicos no diagrama de Piper: grupo 1 (SO4 -, Cl- e Na+) que assemelha-se ao aquífero Barreiras, grupo 3 ricas em (HCO3- e Ca2+) cálcio e bicarbonato identifica-se com as águas do aquífero Pirabas e grupos 2 e 4 apresentaram características dos grupos 1 e 3. A partir dos diagramas de Piper, observou-se que com o aumento da recarga hídrica as águas do grupo 2 e 4 tiveram um comportamento de conexão hídrica, migrando para outro grupo hidroquímico. No diagrama de Schöller mesmo identificando os íons dominantes foi possível visualizar que há misturas em águas de um mesmo grupo hidroquímico, visualizado pela disposição em leque. No Diagrama de Van Wirdum foi identificado a ação do clima e das rochas na hidroquímica dos aquíferos. Na variação temporal de cada íon, observou-se que com início do déficit hídrico os poços localizados em lava-jatos e próximos a postos de combustíveis assim como próximos a praia e a rios estuarinos apresentaram o aumento de íons dissolvidos nas águas; bem como nas fontes naturais ou nascentes houve um grande aumento de vários íons, principalmente do sulfato. A Influência do clima, rocha, águas oceânicas, rios estuarinos, como também a contribuição do aquífero Barreiras e Pirabas mostraram uma composição hidroquímica bastante peculiar nas águas dos aquíferos costeiros rasos na cidade de Salinópolis.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Contribuição ao conhecimento das formações Barreiras Pirabas utilizando-se ferramentas da análise estrutural com vistas à aplicação em hidrogeologia(Universidade Federal do Pará, 2016-10-17) SILVA, Larissa Silva e; ABREU, Francisco de Assis Matos de; http://lattes.cnpq.br/9626349043103626A existência de conexão hidráulica entre os sistemas aquíferos Barreiras e Pirabas na área Nordeste do Estado do Pará e mais especificamente na Região Metropolitana de Belém – RMB vem sendo levantada, há alguns anos, por diferentes autores a partir da aplicação de técnicas analíticas variadas. Este trabalho apresenta mais uma contribuição à essa temática, dessa feita agregando-se dados e informações obtidos a partir da utilização das ferramentas da análise estrutural, no sentido de procurar entender o mecanismo de fluxo subterrâneo e as condições de recarga, que tem lugar na área em consideração. O trabalho foi realizado a partir dos bancos de dados sobre poços existentes em órgãos públicos e privados. A análise estrutural realizada teve em conta os elementos geométrico-cinemáticos presentes nos sistemas aquíferos mencionados e avançou na consideração dos processos geotectônicos que teriam levado à conformação do arranjo geométrico presente na área, tido como essencialmente neotectônico. Verificou-se que o desenvolvimento das estruturas tectônicas rúpteis, principalmente de falhas, impressas sobre as rochas regionais que encerram os sistemas aquíferos, levaram à composição espacial de blocos morfoestruturais em arranjos de horsts e grábens, limitados preferencialmente por descontinuidades NE e SW resultantes da interação das falhas normais com falhas transcorrentes. As fronteiras desses blocos, sempre marcados por falhas permitem interconectar a circulação de águas dos sistemas aquíferos de diferentes posições espaciais, sustentada pelo princípio de vasos comunicantes, do que decorre a mistura das águas contidas, em cada um deles individualmente. Assim é impossível manter o modelo defendido por vários autores na literatura regional do confinamento de aquíferos. Por outro lado, a elaboração de mapas potenciométricos e de fluxo em regiões de rochas sedimentares, aonde se tem os chamados meios homogêneos, como é o caso da RMB não pode ser realizada sem considerar a análise estrutural, geométrica e cinemática, sob pena de serem cometidos erros na elaboração dos mesmos e assim de se chegar à interpretações hidrogeológicas equivocadas. Desse modo, é necessário rever as metodologias para a elaboração desses importantes instrumentos, com o intuito de se obter resultados mais precisos em relação aos mecanismos de circulação, recarga e descarga de sistemas aquíferos, no que esse trabalho também avança.Tese Acesso aberto (Open Access) Fatores controladores do quimismo de águas subterrâneas da região nordeste do Pará(Universidade Federal do Pará, 1996-11-10) SOUZA, Eliene Lopes de; LIMA, Waterloo Napoleão de; http://lattes.cnpq.br/1229104235556506Neste trabalho, desenvolvido na região nordeste do Pará, foram determinados os fatores controladores do quimismo de águas de nascentes e de poços, a maioria das quais abastece moradores de pequenas localizadades do interior. São águas de aquíferos constituídos pelos produtos de alteração de granitos (Tracuateua), metassedimentos (Santa Luzia), metavulcanossedimentos (serra do Piriá) e apatita-hornblendito (ilha de Itacupim). Àguas em contato com calcários (Tauarí e Salinópolis) também foram estudadas. As coletas foram realizadas em zonas restritas com vegetação do tipo Hiléia Amazônica, e em zonas de capoeira ou desmatadas, nos anos 1992 ( estação seca), 1993 ( estações chuvosa e seca), 1994 (estação chuvosa) e 1995 (estações chuvosa e seca). O estudo petrográfico e mineralógico dos produtos de alteração e, em alguns casos, das rochas matrizes, mostrou a possível influência desses materiais sobre o quimismo das águas. Permitiu ainda caracterizar os processos pedogenéticos atuantes nos diferentes domínios e avaliar a potencialidade destes para fins de ocupação. Nas áreas de Tracuateua, Santa Luzia e na zona saprolítica da serra do Piriá, os aquíferos são formados por produtos de alteração bastante evoluídos, constituídos essencialmente por quartzo, caolinita e oxi-hidróxidos de ferro. Na interface vulcanossedimentos/saprólito (serra do Piriá) ou apatita-hornblendito/ saprólito (ilha de Itacupim), ocorrem minerais primários como biotita, clorita ou apatita. A camada superior (profundamente ? 20 cm) dos solos dessas áreas mostra-se pobres em bases, com pH próximo de alteração do calcário são saturados em bases, com pH 8,0, sendo constituídos por quartzo, caolinita e calcita em menor proporção. A natureza da cobertura vegetal reflete-se no teor de matéria orgânica nos solos, chegando a 12% nas áreas preservadas e a menos de 3% nas mais degradadas. As águas associadas com os produtos mais intemperizados, são cloretadas-sódicas, ácidas (pH médio 4,4), pobres em solutos ( STD<30ppm), sendo os íons maiores principalmente de origem pluvial. O contato com produtos menos alterados, derivados dos metavulcanossedimentos e do apatita-hornblendito, eleva os teores de bases, de sílica ou de fosfato, que provêm, sobretudo da hidrólise de minerais primários como albita, biotita, clorita ou apatita. Nas águas das áreas calcarias a relação Ca+Mg: HCO3 1 reflete a dissolução dos carbonatos. São águas bicarbonatadas-cálcicas, ricas em solutos (STD médio 230 ppm), com pH próximo de 7,0, as quais apresentam uma sensível diluição nos períodos chuvosos. Quando em contato com níveis argilosos contendo pirita, tornam-se sulfatadas-sódicas e ácidas (pH 5,0). Aerossóis marinhos, detritos vegetais e águas domesticas são fontes localizadas de solutos, enquanto que ácidos orgânicos, alem da pobreza em bases, são responsáveis pelo caráter acido das águas. Na camada superior do solo das áreas mais degradadas ocorre um enriquecimento relativo em quartzo em decorrência da desestabilização da caolinita e/ou do seu transporte em suspensão. A montmorilonita se forma em área granítica, com vegetação primaria, onde as bases e a sílica sofrem uma lixiviação menos intensa. O aproveitamento das áreas degradadas para agricultura exige a reposição de nutrientes. Onde sedimentos areno-argilosos recobrem o calcário, o pH é 5, fato que possibilita um melhor aproveitamento, pelas plantas, dos nutrientes de origem marinha, abundantes no calcário.Tese Acesso aberto (Open Access) Fundamentos hidrogeológicos para gestão integrada dos recursos hídricos da região de Belém/Ananindeua - Pará, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2002-12-20) MATTA, Milton Antonio da Silva; REBOUÇAS, Aldo da Cunha; http://lattes.cnpq.br/7322958772719317A essência do presente estudo é a apresentação de uma síntese sobre a hidrogeologia da região dos münicípios de Belém e Ananindeua, envolvendo um conjunto de dados georeferenciados sobre poços tubulares, dados hidrogeoquímicos e bacteriológicos e parâmetros hidrogeológicos básicos, objetivando determinar as potencialidades e as características dos recursos hídricos subterrâneos da área. Isso possibilitou que fossem estabelecidos os fundamentos hidrogeológicos básicos para um modelo de uso e proteção das águas subterrâneas, que atuem na gestão integrada dos recursos hídricos da região, de forma sustentável, contribuindo de forma significativa para o planejamento urbano municipal e estadual. A metodologia e as atividades desenvolvidas permitiram um conjunto de resultados significativos que incluem a caracterização do meio físico, através do clima, geomorfologia, pedologia, geologia, socioeconomia e rede de drenagem; a caracterização dos sistemas hidrogeológicos, através da identificação de 5 (cinco) conjuntos aqüíferos principais; o estabelecimento dos aspectos geométricos desses sistemas aqüíferos; a análise dos seus principais parâmetros hidrogeológicos; o estabelecimento das direções e sentidos dos fluxos subterrâneos do aqüífero livre; a caracterização das qualidades físico-químicas e bacteriológicas das águas produzidas pelos sistemas aqüíferos; a classificação dessas águas e seus principais usos na área. Outros resultados incluem um estudo sobre as obras de captação das águas subterrâneas na área de estudo; o cálculo das reservas e disponibilidades hídricas subterrâneas; o estabelecimento das principais fontes de poluição das águas subterrâneas na área; uma análise da vulnerabilidade natural e risco dos sistemas aqüíferos à poluição, com o estabelecimento de 4 (quatro) classes de vulnerabilidade para os aqüíferos estudados; uma discussão sobre os principais aspectos de legislação sobre os recursos hídricos a nível municipal, estadual e federal; uma análise dos preceitos fundamentais para a gestão integrada dos recursos hídricos de Belém e Ananindeua, baseados na legislação vigente e alicerçados pelas características da área em questão: e a formulação de um conjunto de 17 (dezessete) proposições técnico-sócio-políticas para a gestão integrada dos recursos hídricos Os principais produtos do estudo incluem o balanço hídrico e a classificação climática da região; um banco de dados georefenciados e inseridos em um Sistema de Informação Geográfica (SIG), com base no programa SPR1NG 3.5.1; um conjunto de mapas temáticos, incluindo o mapa geológico, o geomorfológico, o hidrogeológico, de rede de drenagem, de bacias urbanas, de solos, de ocupação urbana, de distribuição areal de cada parâmetro físico-químico analisado em duas áreas escolhidas para investigação; e um conjunto de tabelas e gráficos que mostram as caracterizações físico-químicas e bacteriológicas das águas estudadas. Ao final, foi estabelecido um conjunto de proposições técnico-sócio-políticas para a gestão integradas dos recursos hídricos da região estudada, que incluem desde propostas de educação hidroambiental, projetos institucionais de combate à pobreza, fiscalização sobre os recursos hídricos, campanha de economia obrigatória de água, parcerias na gestão dos recursos hídricos, entre outras. As principais conclusões do estudo permitem demonstrar que os principais objetivos foram alcançados e que se conseguiu dar uma contribuição significativa para a hidrogeologia da região de Belém e Ananindeua e para o estabelecimento de futuros projetos de gestão integrada dos recursos hídricos da região.Tese Acesso aberto (Open Access) Impacto da urbanização na qualidade das águas subterrâneas nos bairros do Reduto, Nazaré e Umarizal - Belém/PA(Universidade Federal do Pará, 2004-01-29) CABRAL, Natalina Maria Tinôco; MANOEL FILHO, JoãoFO trabalho avalia os impactos urbanos na qualidade das águas do aquífero Barreiras ocasionados, por componentes nitrogenados (nitrato e amônio) oriundos de esgotos domésticos e por compostos aromáticos (benzeno, tolueno, etilbenzeno e xilenos — BTEX) provenientes de vazamentos em tanques subterrâneos postos de combustível. O estudo foi desenvolvido numa área aproximada de 15 Km2, cobrindo os bairros do Reduto, Nazaré e Umarizal, na cidade de Belém/PA. Os métodos utilizados consistiram em cadastramento de poços, análises e correlações de perfis litológicos, execução de 9 períodos de amostragem, análise de águas de poços para os diferentes parâmetros químicos e físico-químicos, além das interpretações dos resultados físico-químicos e químicos. Na área de estudo, a zona não-saturada, tem espessura variando de 1 a 9 m, estando condicionada a variações sazonais. Estudos mineralógicos de sedimentos coletados em poços de trado definiram um domínio de quartzo e, de forma mais subordinada, de caulinita. A análise granulométrica mostra que existe uma predominância das frações areia siltosa, silte arenosa e argila siltosa. Teste de infiltração indicou valor correspondendo a um material silte a silte arenoso. Sedimentos com essas características texturais, associados à capacidade de infiltração variada, composição mineralógica, nível estático raso e elevada carga de contaminantes, principalmente de fossas sépticas e ou rudimentares podem levar à contaminação dos aqüíferos da área. Os aqüíferos identificados são correlacionados aos aquíferos do Grupo Barreiras, sendo definidos dois aqüíferos principais. O primeiro, mais superficial, classificado como semilivre, e o segundo semiconfinado. Os níveis estáticos, por diversos motivos, não foram medidos durante a execução desse trabalho. Dessa forma, as medidas apresentadas correspondem àquelas feitas durante a época de perfurações dos poços, as quais variaram de menos de 1 m, nas áreas de cotas topográficos mais baixas, até 11m nos poços localizados nas partes mais elevadas. Os dados da vulnerabilidade indicam que, em grande parte da área, o aquífero Barreiras apresenta risco de contaminação, na medida que sobre ele se concentram várias atividades potencialmente poluidoras. A interpretação dos sentidos de fluxos, da área estudada, mostra que as principais linhas de fluxo estão preferencialmente orientadas para o centro da área, compreendida pelo bairro do Reduto e parte do bairro de Nazaré. O comportamento global das variáveis mostrou que as características hidrogeoquímicas das águas estudadas estão diferenciadas se comparadas ao padrão regional. Os principais parâmetros que marcaram essa diferenciação foram a condutividade elétrica, cloreto, sódio, pH, amônio e nitrato. Ressalta-se que os teores de amônio e nitrato estão acima ou próximos ao limite de potabilidade vigente e que tais parâmetros são os principais indicadores da contaminação das águas por efluentes domésticos. Na análise global, as correlações entre as variáveis, apresentou para o nitrato, uma correlação positiva com a condutividade elétrica e, de forma mais discreta com o cloreto, sódio, cálcio, sulfato e dureza. Para o amônio, observa-se uma correlação positiva com o cloreto e correlação negativa com o cálcio, sulfato, pH e dureza. Esse estudo permitiu indicar a condutividade elétrica, cloreto e cálcio como bons indicadores das contaminações. As análises fatoriais efetuadas vieram confirmar as principais observações obtidas no estudo de correlações. O estudo estatístico por período de amostragem indicou que a sazonalidade regional está influenciando apenas de maneira secundária no comportamento químico das águas estudadas. O ligeiro enriquecimento de alguns componentes no período chuvoso pode ser explicado porque, nesse período, o nível freático eleva-se até próximo à superfície do solo, ficando mais próximo das fontes de contaminação. No estudo de correlação por período de amostragem, os resultados podem ser considerados, sem exceção, similares aos obtidos na análise de correlação feita com os dados globais. A análise estatística para uma série de poços indicou que os poços, quando analisados individualmente, mostraram um comportamento relativamente homogêneo ao longo dos períodos. Mas quando comparados entre si, foi possível distinguir poços com valores sempre mais elevados daqueles com os valores menos elevados. No estudo dos comportamentos para nitrato e amônio, observou-se que os poços, quando analisados individualmente, tiveram comportamentos homogêneos. Por outro lado, o estudo conjunto dos poços permitiu a classificação de 4 estilos principais de comportamento para nitrato e amônio. O estilo 1 corresponderia a poços com valores altos de nitrato e baixos de amônio; o estilo 2 seria caracterizado por teores elevados tanto de amônio quanto de nitrato; o estilo 3 corresponderia a poços com concentrações baixas a intermediárias de nitrato e teores altos a relativamente altos de amônio e, finalmente, o estilo 4 seria traduzido por teores mais baixos para o amônio, acompanhado por teores intermediários de nitrato. Esses estilos podem significar maior ou menor distância de fontes ativas de contaminação que seriam, portanto, os fatores preponderantes na caracterização hidrogeoquímica dos poços numa área urbana como a estudada. A amostragem de água realizada em dois poços com menor espaçamento temporal constataram, mais uma vez, a pouca influência da sazonalidade na caracterização hidroquímica dos poços estudados. Para identificar os principais tipos de água, amostras representativas dos poços cadastrados foram plotadas nos diagramas de Piper. Os resultados mostraram uma tendência para que as amostras, independente do período de amostragem, ficassem concentradas nos tipos de fácies hidroquímicas sulfatadas cloretas cálcicas, cloretadas sódicas e nitradas cloretadas sódicas. Esses comportamentos refletem que as águas estão sendo fortemente afetadas por fatores antropogênicos em detrimento dos processes naturais. A análise da distribuição espacial dos principais parâmetros mostrou que, para o nitrato, os teores mais elevados estão localizados na porção central e sul da área. O amônio apresentou uma relação inversa ao do nitrato, com teores mais elevados a noroeste e nordeste da área, diminuindo para o centro da área. O mapa de condutividade elétrica coincide, em boa parte, com o de nitrato, enquanto que o mapa de iso-teores de cloreto é, de uma maneira geral, semelhante ao do amônio. O mapa de iso-teores de pH não mostrou qualquer tendência de correlação com o nitrato. Essas correspondências espaciais coincidiram com as observações dos estudos de correlações. No estudo sobre a contaminação das águas estudadas por gasolina/diesel, foi possível definir 3 áreas críticas. Nas águas dos poços com identificação qualitativa de diesel e/ou gasolina, o principal processo de biodegradação atuante, depois do aeróbio, parece ser o via nitrato.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Influência da sazonalidade sobre as águas estuarinas dos furos da ilha de Colares (baía do Marajó)(Universidade Federal do Pará, 2014-12-17) GUIMARÃES, Robledo Hideki Ebata; EL-ROBRINI, Maâmar; http://lattes.cnpq.br/5707365981163429A caracterização das águas superficiais e intersticiais nos estuários é fundamental para desvendar as condições ambientais, qualidade ambiental e mudanças sazonais, que podem ocorrer em espaço menor como é o caso do furo da ilha de Colares. Este trabalho tem como objetivo mostrar a influência da sazonalidade nas águas estuarinas na foz Norte e Sul do furo da ilha de Colares e da contribuição das águas intersticiais para as águas superficiais. Os parâmetros físicos e químicos, e nutrientes contemplados são: índice pluviométrico (IP), temperatura, salinidade, pH, condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos, material particulado em suspensão, oxigênio dissolvido, profundidade de Secchi, nitrato, nitrito, N-amoniacal, fosfato, silicato e sulfato. A determinação destes parâmetros ocorreu de forma simultânea em cada foz do furo de Colares durante um ciclo de maré (13 horas) nos periodos chuvoso (10/04/2013) e menos chuvoso (05/10/2013). Os resultados revelam que a sazonalidade interfere nas condições abióticas das águas estuarinas do furo da ilha de Colares e deduz que o IP é o fator de maior efeito das mudanças dos parâmetros físicos e químicos e, sobretudo o maior responsável na mobilidade, disponibilidade e distribuição dos nutrientes dissolvidos, que foram encontrados em concentrações maiores no período chuvoso. Ainda os nutrientes nitrato e N-amoniacal foram considerados muito elevados na foz Norte, possivelmente relacionados com a influência de atividades antropogênica. Contudo foram considerados dentro dos limites estabelecidos pela Resolução 357 da CONAMA/05. Na foz Sul ocorreu níveis de pH fora do padrão estipulado pela Resolução da CONAMA, porém o fenômeno foi considerado natural visto que este em especifico se encontra distante de atividades antropogênicas. No período menos chuvoso o N-amoniacal foi considerado ausente na foz Norte e Sul. O manguezal foi considerado como fonte de salinidade, silicato e sulfato para as águas superficiais.Tese Acesso aberto (Open Access) Recursos hídricos subterrâneos de Santarém: fundamentos para uso e proteção(Universidade Federal do Pará, 1996-10-10) TANCREDI, Antonio Carlos Felice Nicola Savério; REBOUÇAS, Aldo da Cunha; http://lattes.cnpq.br/7322958772719317As pesquisas de recursos hídricos subterrâneos na região de Santarém, em uma área de 900 km2, delinearam as condições hidrogeológicas e os aspectos técnicos e econômicos para a utilização racional da água subterrânea. A região situa-se no domínio de clima equatorial úmido, com precipitação pluviométrica anual média de 1.911,2 mm. A descarga líquida anual média, determinada no igarapé São Brás, em uma área de drenagem de 147,78 km2 apresentou 2,17 m3/seg e o componente do fluxo de base, o volume anual de 37,0 x 106 m3. Os aqüíferos são constituídos por areias aluviais quaternárias de pequena representatividade espacial e por areias, arenitos e cascalhos cretácicos da Formação Alter do Chão, com ampla distribuição espacial. O sistema hidrogeológico da Formação Alter do Chão, nessa área, possui espessuras de 600 m. Em sua parte superior, o aqüífero é livre, com 50 m de espessura média e subjacente a este ocorrem aqüíferos confinados com espessuras que perfazem 430 m, os quais estão intercalados a aqüicludes e/ou aqüítardes. As características hidráulicas foram determinadas a partir de ensaios de bombeamento. Os parâmetros hidrodinâmicos evidenciam que a transmissividade apresenta valores compreendidos entre 130 m2/dia e 790 m2/dia, indicando grande capacidade de produção da água subterrânea. A qualidade da água subterrânea mostra concentração muito baixa dos constituintes em solução, consistente com os padrões de potabilidade. Em termos de caracterização hidrogeoquímica as águas são dos tipos sódio-cloretadas e mistas, tanto para os cátions como para os ânions. A predominância dos principais constituintes jônicos possui a seguinte relação: rNa>rCa>rMg e rCL>rHCO3>rSO4. A vulnerabilidade da água subterrânea é de maneira geral, de moderada a baixa e sua distribuição espacial apresenta valores menores, na parte sul da área, nos platôs. As reservas da água subterrânea são expressivas, com volumes de 226 x 106 m3 para a reserva reguladora e 86 550 x 106 m3 para a reserva permanente. Além da magnitude das reservas, os recursos explotáveis têm grande potencial de recarga induzida. Os custos unitários de explotação da água subterrânea decrescem com o aumento da profundidade dos poços nos aqüíferos livre e confinados; variando de R$ 0,0657 / m3 a R$ 0,0727 / m3, para poços de até 300 m de profundidade. Os estudos comparativos mostram que os custos de explotação unitário da água subterrânea de Santarém estão compreendidos entre 38,4 % a 42,5 % do custo de explotação unitário da água superficial de Manaus e entre 64,5 % a 71,3 % do custo unitário de explotação da água superficial de Oriximiná. Os aqüíferos confinados encontram-se naturalmente bem protegidos, com excelentes condições para abastecimento público, podendo ser os poços locados no perímetro urbano, sem restrição e não necessitando de grandes áreas de proteção; devem ser esses poços, adequadamente isolados com cimentação do espaço anular na parte superior até a profundidade da camada confinante. Mesmo considerando as condições favoráveis de captação da água superficial, os custos de captação da água subterrânea são inferiores, com menores investimentos iniciais e com a vantagem de poderem ser escalonados, se ajustando melhor ao aumento da demanda.Tese Acesso aberto (Open Access) O valor econômico e estratégico das águas da Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2006-03-22) DUARTE, André Augusto Azevedo Montenegro; RIBEIRO, Mário Ramos; http://lattes.cnpq.br/4314158355862373; ABREU, Francisco de Assis Matos de; http://lattes.cnpq.br/9626349043103626A água propriamente dita é um recurso natural imprescindível para a vida, importantíssimo para os metabolismos e processos sócio-econômicos e fundamental para o equilíbrio e manutenção das condições climáticas e do meio ambiente em geral. O bem “água” em seu aspecto ontológico, isto é, como substância em si, bem como entidade sócio-econômica, e as águas da Amazônia, em particular podem ter medido ou calculado, o seu VALOR ECONÔMICO, a ser expresso em unidades monetárias, pautando-se no princípio de que estas águas são um BEM ESTRATÉGICO. Não se restringindo a condição da existência apenas no estado físico líquido da matéria, nem aos princípios de que o valor deste bem se origina ou deriva dos custos econômicos/financeiros para sua obtenção, tratamento, armazenagem e distribuição e nem àquele obtido sob o enfoque da escassez. “O Valor de Não Uso” ou “de Existência” do objeto de estudo é o foco principal desta tese. A Amazônia possui as maiores reservas de água doce, floresta tropical e biodiversidade do planeta. O complexo sistema decorrente desta interação, nos aspectos dinâmico e funcional, bem como estático (estoque) é gerado e a sua manutenção só será possível se não se alterarem de forma expressiva o ciclo hidrológico na região, o qual é de suma importância para o equilíbrio climático da Terra, quando realiza o transporte de calor e umidade, e, mais especificamente, quando se expressa como suporte à existência de atividades produtivas no território brasileiro de grande relevância econômica. Logo é importante que se identifiquem estratégias, se criem mecanismos e se estabeleçam parâmetros para gestão deste imenso recurso natural, apresentando-se também mecanismo e políticas compensatórias, inclusive com a transferência de recursos financeiros que possam promover o desenvolvimento sócio-econômico da região. A pesquisa que sustentou o desenvolvimento dessa tese tem caráter teórico, conceitual e multidisciplinar, envolve conhecimentos de geociências (geologia, meteorologia, hidrologia), economia, engenharias, políticas públicas, ecologia e sociologia, tendo duas vertentes principais: a hidrológica e a econômica.
