Dissertações em Geologia e Geoquímica (Mestrado) - PPGG/IG
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2604
O Mestrado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-Graduação em Geologia e Geoquímica (PPGG) do Instituto de Geociências (IG) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adequação de método para avaliação de risco de contaminação ambiental em áreas de estocagem de combustíveis(Universidade Federal do Pará, 2002-02-28) CHAVES, Cláudio Cezar Cunha de Vasconcelos; CORRÊA, José Augusto Martins; http://lattes.cnpq.br/6527800269860568Dissertação Acesso aberto (Open Access) Afinidades petrológicas e geocronologia U-Pb em zircão de ortognaisses do Complexo Gnáissico-Migmatítico Água Azul, Terreno Sapucaia, Província Carajás.(Universidade Federal do Pará, 2024-10-09) PINTO, Eliziane de Souza; OLIVEIRA, Davis Carvalho de; http://lattes.cnpq.br/0294264745783506; https://orcid.org/0000-0001-7976-0472A área de Água Azul do Norte está inserida no contexto geológico da Província Carajás, precisamente no Terreno Sapucaia conforme as recentes propostas de compartimentação tectônica apresentadas pelo Grupo de Pesquisa Petrologia de Granitoides (GPPG/UFPA). Esta região é formada por um embasamento ortognáissico mesoarqueano de afinidade TTG (Complexo Gnáissico-Migmatítico Água Azul; 2,93 Ga) associado a intrusões mesoarqueanas tardias e de assinaturas sanukitoide (Granodioritos Água Azul e Água Limpa; 2,88-2,87 Ga), sódica de alto Ba-Sr (Granodiorito Nova Canadá; 2,89-2,87 Ga) e cálcico-alcalina de alto-K (Granito Boa Sorte; 2,89-2,85 Ga). A revisão dos dados geológicos e petrográficos apontaram que a crosta TTG de Água Azul do Norte é composicionalmente heterogênea e registram fortes evidências de metamorfismo progressivo e migmatização. Sendo assim, este trabalho reclassifica este embasamento TTG como sendo formado por ortognaisses, que eventualmente apresentam variações para composições tonalíticas a quartzo dioríticas que lembram fragmentos de uma crosta mais primitiva, intensamente deformada e gnaissificada. Tais variedades apresentam bandamento composicional de direção E-W frequentemente perturbado por bandas de cisalhamento e dobras de arrasto. Considerando a classificação de migmatitos, apresentam paleossoma ortognáissico e leucossomas ricos em Qz+Pl±Bt paralelos ao bandamento (metatexito estromático) e frequentemente contornados por agregados máficos (melanossoma rico em biotita e hornblenda). Além disso, formam quatrovariedades composicionais: i) hornblenda±biotita ortognaisse tonalítico (HBTnl), ii) clinopiroxênio-hornblenda ortognaisse tonalítico (CHTnl), iii) epídoto-biotita ortognaisse quartzo diorito (EBQzD) e iv) hornblenda-biotita ortognaisse quartzo diorito (HBQzD). Apresentam uma grande proporção de minerais máficos (M’> 15%), especialmente a biotita e a hornblenda que podem ocorrer ligeiramente estiradas segundo o plano de foliação. O plagioclásio e o quartzo secundário são abundantes e ocorrem na matriz ou, no caso apenas do plagioclásio, como fenocristais, enquanto que o álcali-feldspato e o quartzo primário são praticamente insignificantes. As análises geoquímicas em rocha total apontaram que as amostras MED-120A (EBQzD) e MEP-53B (HBQzD) apresentam caráter moderadamente magnesiano, assinatura cálcico-alcalina de médio-K, relativo empobrecimento em K2O, MgO, Ba, Ni e Cr e enriquecimento em Na2O, Al2O3, TiO2, Fe2O3 e Zr, refletindo certa afinidade com associações tonalíticas-trondhjemíticas tradicionais. A presença de muitos cristais de zircão com feições ígneas preservadas nessas amostras marca a idade de cristalização do protólito em 3,06 Ga, sugerindo tratarem-se de fragmentos crustais cerca de 100 Ma mais antigos que a crosta encaixante (Complexo Ortognáissico de Água Azul). Já a MED-144 (HBTnl) exibiu caráter fortemente magnesiano, assinatura cálcico-alcalina de alto-K, alta razão K2O/Na2O e enriquecimento em MgO, Ba, Ni e Cr, muito semelhante à composição observada em sanukitoides. Os dados U-Pb obtidos para esta amostra indicaram uma idade de cristalização em 2,92 Ga, similar ao observado nos sanukitoides descritos na região de Ourilândia do Norte (Granodiorito Arraias). As demais amostras apresentaram conteúdos significativos de elementos compatíveis (e.g. Fe, Mg, Ni, Cr) e moderados de incompatíveis (e.g. K, Rb, Ba, Sr, Zr, Ti) e revelaram um comportamento intermediário entre TTGs e granitoides enriquecidos em Mg, além de forte afinidade com o Ortognaisse São Carlos (2,93 Ga) descrito no mesmo terreno. Idades U-Pb concordantes obtidas para as amostras MED-95A (HBTnl) e EDC-28B (CHTnl) apontaram para uma cristalização em 2,95-2,93 Ga contemporânea à colocação dos TTGs de Água Azul e ao Ortognaisse São Carlos. O comportamento textural do quartzo e dos minerais máficos indicam mecanismos de recristalização dinâmica de temperaturas intermediárias à altas (~500-650ºC), enquanto que a morfologia observada nos migmatitos (metatexítica estromática e leucossomas portadores de minerais hidratados) sugerem que houve baixa quantidade de melt produzido e participação de fluidos no processo de fusão parcial. Aliado a paragênese mineral (Pl+Qz+Bt±Hbl±Ep), estes fatores apontam para um protólito de composição granítica metamorfizado em condições de fácies anfibolito, sendo a migmatização fortemente contemporânea à deformação e ao pico de metamorfismo regional descrito na região de Carajás (2,89 Ga; MED-95A).Dissertação Acesso aberto (Open Access) Alteração supergênica dos basaltos do Porto Franco-Grajaú-MA(Universidade Federal do Pará, 1985-10-04) VAQUERA VARGAS, Antônio; OLIVEIRA, Nilson Pinto deO presente trabalho trata das modificações morfológicas, mineralógicas e geoquímicas ocorrentes durante o desenvolvimento de seis perfis de intemperismo de basaltos da região de Porto Franco - Grajaú, estado do Maranhão. A principal característica dos perfis estudados é a grande espessura do seu horizonte C. o horizonte B, inexiste nos perfis de pequena espessura e é muito delgado nos perfis mais desenvolvidos. A alteração de basalto inicia-se com a decomposição da magnetita. A seguir, decompõem-se labradorita, pigeonita e augita, nesta ordem. O processo de alteração como um todo pode ser dividido em três estágios. O estágio inicial consiste na ruptura e desagregação das estruturas cristalinas dos minerais primários do basalto e na formação dos primeiros argilo-minerais, principalmente da smectita e da halloysita. O estágio pré-caolinítico, subsequente, é caracterizado pelo extensivo desenvolvimento de smectita e halloysita. Finalmente, no estágio caolinítico predominam caolinita e/ou hematita. Todas essas transformações são graduais. A variação da umidade na região estudada tem consequências bem definidas sobre o desenvolvimento da alteração. Na área de menor umidade, as características texturais do basalto são preservadas por mais tempo durante o processo de alteração, a velocidade de alteração do piroxênio, plagioclásio e smectita é menor, necessita-se de mais tempo para o equilíbrio mineral, a oxidação da magnetita ocorre mais lentamente e a hematita passa a ser um mineral comum no perfil, já nos primeiros estágios do intemperismo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Alterações hidrotermais associadas às rochas máfico-carbonatíticas do depósito de fosfato Serra da Capivara, região de Vila Mandi (PA), extremo sul do Cráton Amazônico.(Universidade Federal do Pará, 2019-07-14) VIEIRA, Danilo Amaral Strauss; FERNANDES, Carlos Marcello Dias; http://lattes.cnpq.br/9442875601862372Próximo ao limite dos estados do Pará e Mato Grosso, contexto do Cráton Amazônico, distante aproximadamente 90 km a oeste do distrito de Vila Mandi, município de Santana do Araguaia (PA), ocorre o inédito vulcano–plutonismo denominado Complexo máfico-carbonatítico Santana. É formado por um membro inferior máfico-ultramáfico com litofácies plutono–vulcânica e outra vulcanoclástica; bem como por um membro superior carbonatítico com litofácies plutônica, efusiva e outra vulcanoclástico originadas em ambiente de caldeira vulcânica com amplas zonas de alterações hidrotermais e estruturas circulares geneticamente relacionadas. Esse conjunto foi parcialmente afetado pelo severo intemperismo Amazônico, produzindo supergenicamente o depósito de fosfato Serra da Capivara. Apesar de especulativo, o Complexo máfico-carbonatítico Santana é do Paleoproterozoico, já que invade as sequências vulcano–plutônicas paleoproterozoicas formações Cinco Estrelas e Vila Mandi (1980–1880 Ma) e é capeado por rochas sedimentares também da mesma Era. O membro inferior máficoultramáfico contém litofácies com piroxenito e subordinados ijolito e apatitito que afloram em amplos lajedos. No geral o piroxenito possui granulação média com augita (~ 90% vol.), ceilonita (MgAl2O4), magnesio-riebeckita e olivina substituída por argilominerais (saponita). O ijolito é formado por fenocristais de clinopiroxênio e nefelina imersos em matriz fina com nefelina, calcita e magnetita intersticiais. Blocos de apatitito são compostos de apatita de granulação média (~ 98% vol.) e calcita. As rochas vulcânicas dessa litofácies são blocos isolados métricos de basalto alcalino e apatitito fino. Esse basalto apresenta granulação fina com mineralogia essencial composta por plagioclásio e augita. Além disso, ocorre uma intensa cimentação de calcita na forma de esférulos com calcita e quartzo, além de intersticiais pirita, óxidos de ferro, apatita, barita, rutilo, celestina e monazita. Essa textura mostra uma relação de imiscibilidade entre o magma silicático e o carbonatítico. Vulcanismo autoclástico a explosivo é materializado por litofácies com depósitos mal selecionados de brecha polimítica maciça, lapilli-tufo, tufo de cristais e tufo de cinzas. As rochas autoclásticas revelam textura vulcanoclástica formada por clastos angulosos originados da autofragmentação da litofácies plutono–vulcânica máfica-ultramáfica. Depósitos epiclásticos vulcanogênicos cobrem todas as litofácies anteriores. O membro superior carbonatítico contém litofácies com calcitacarbonatito grosso (sövito) amarelo-avermelhado com calcita (85–90%) subédrica a euédrica e variações para calcita magnesiana ferrífera e dolomita, além de acessórios como magnetita, hematita, feldspato potássico e pirita. Esse litotipo é seccionado por veios de carbonatito fino intensamente hidrotermalizado. Ocorre raro apatitito grosso que representa o protominério do depósito. Litofácies vulcânica efusiva revela calcita-carbonatito fino (alviquito) rico em calcita (80–85% vol.) com texturas variando de porfirítica equigranular fina, além de hematita, magnetita, feldspato potássico e pirita. Litofácies mal selecionada de vulcanismo explosivo carbonatítico contém tufo de cristais, lapilli-tufo e brecha polimítica maciça formados por clastos angulosos provenientes das encaixantes e do próprio complexo. Stocks e diques sieníticos invadem o conjunto. A principal alteração magmática hidrotermal do complexo é representada por rochas carbonatíticas hidrotermalizadas de colorações avermelhadas, vermelho amarronzado e amarelado. A paragênese mineral encontrada foi barita + fluorapatita + dolomita ± quartzo ± rutilo ± calcopirita ± pirita ± monazita ± magnetita ± hematita. Essa alteração ocorre de três maneiras distintas; 1) nas zonas mais profundas, onde os minerais encontrados foram barita, fluorapatita e dolomita em alterações pervasivas a fissurais associadas a carbonatitos finos profundos. 2) No sövito, de estilo intersticial fraco com mineralogia semelhante às alterações profundas. 3) no alviquito com alterações intersticiais intensas e formação de quartzo hidrotermal associado a barita, fluorapatita, dolomita, monazita, celestina e rutilo. A assembleia mineral das alterações mais profundas aponta para fluídos inicialmente ricos em sulfato, magnésio, fósforo e CO2 com origem na transição entre as fases tardi-magmática a hidrotermal. Ao passar para fases mais superficiais do vulcanismo, houve assimilação de SiO2 das rochas encaixantes evidenciados pela formação de quartzo intersticial no alviquito. O ambiente interpretado de caldeira vulcânica ocorre na interceptação de falhas regionais NE–SW e NW–SE com até 40 km de extensão e que serviram como conduto profundo do magma percursor do complexo. A raiz do sistema é representada por rochas máficoultramáficas e carbonatitos plutônicos. A fase pré-caldeira envolveu intensa degaseificação e atividades hidrotermais em função da evolução magmática, bem como ascensão por falhas lístricas e colocação em superfície de grande volume de lavas carbonatíticas (alviquitos) que construíram o extinto edifício vulcânico. O colapso dessa estrutura e o abatimento topográfico coincidiu com vulcanismo explosivo e formação dos litotipos vulcanoclásticos, representando a cobertura intra-caldeira. Os sienitos tardios podem representar a fase pós-caldeira e selagem das estruturas. A paragênese hidrotermal identificada no Complexo máfico-carbonatítico Santana mostra importante potencial metalogenético para elementos terras raras e fosfato e representa um guia prospectivo em terrenos proterozoicos do Cráton Amazônico, a exemplo de outras áreas do planeta.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Alvo Borrachudo, Serra dos Carajás (PA): rochas ígneas ricas em magnetita e apatita com mineralizações de sulfetos associada(Universidade Federal do Pará, 1996-05-25) FARIAS, Edielma dos Santos; VILLAS, Raimundo Netuno Nobre; http://lattes.cnpq.br/1406458719432983Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ambiente deposicional, composição mineralógica e estudo isotópico Pb-Pb das zonas sulfetadas do Alvo São Martim, Cinturão Araguaia, sul do Pará(Universidade Federal do Pará, 2004-07-07) LIMA, Aderson David Pires de; VILLAS, Raimundo Netuno Nobre; http://lattes.cnpq.br/1406458719432983O Alvo São Martim (ASM) situa-se a cerca de 35 km a SE de Redenção (PA), na borda oeste do Cinturão Araguaia (CA). Testemunhos de furos de sondagem revelam zonas ricas em sulfetos, que foram estudadas com ênfase nas rochas hospedeiras, modo de ocorrência, constituição e feições texturais, bem como na composição isotópica do Pb e fluidos hidrotermais à época da diagênese. O pacote sedimentar hospedeiro, pertencente à Formação Couto Magalhães, foi depositado sobre um embasamento arqueano com abundantes formações ferríferas bandadas. Tem pelo menos 800 m de espessura e revela metamorfismo nulo a incipiente. Siltitos, com intercalações centimétricas a decamétricas de arenitos finos, calcários, diamictitos e rochas rudáceas constituem os membros intermediário e superior do pacote, o qual também hospeda soleiras decimétricas a métricas de diabásio. Os siltitos são compostos por quartzo, argilo-minerais e calcita, ocorrendo comumente tipos laminados e maciços, que contêm localmente finos cristais de sulfetos disseminados acompanhando o acamamento (mineralização estratiforme). Arenitos finos com matriz argilosa e cimento carbonático são compostos essencialmente por quartzo, calcita, plagiocásio e sílex, tendo pirita, calcopirita, hematita e titanita como principais acessórios. Os calcários, formados por micritos e esparitos, possuem intervalos com expressivas contribuições de sedimento detrítico (clastos de quartzo, sílex e rocha quartzo-carbonática) e material carbonoso, com restritas ocorrências de pirita. Os diamictitos negros e verdes consistem de clastos de quartzo, silexito, calcário, rocha quartzo-carbonática e siltito suportados por matriz fina. Na variedade negra destacam-se sulfetos disseminados e imersos em matriz formada por material carbonoso (querogênio a grafita) e caulinita, onde também ocorrem grãos finos de Fapatita, barita, plagioclásio, e menos comumente de muscovita, anidrita, titanita e um aluminossilicato de Na (albita?). A gipsita também ocorre nestas rochas tanto como veio/leito ou substituindo a pirita. Já os ruditos têm cor cinza e são constituídas por fragmentos de pirita, silexito e cal cita em meio a faixas ricas em estilpnomelano, clorita e argilo-minerais, além de calcita que ocorre em vênulas e em interstícios minerais. O ambiente deposicional é de zonas de talude, tendo sido os sedimentos transportados tanto por correntes de turbidez quanto por fluxo de detritos (debris fIows). Sismos foram considerados os agentes deflagradores desses fluxos gravitacionais. Nos diamictitos negros os sulfetos consistem de pirita e, subordinadamente, calcopirita e esfalerita, ocorrendo barita, quartzo, gipsita, calcita, F-apatita, aluminossilicato de Na (?) e titanita como principais minerais de ganga. A pirita e calcopirita ocorrem como clastos e em cristais neoformados dentro da matriz carbonosa, e também em fragmentos líticos e em vênulas. A pirita ainda apresenta-se com habitus framboidal de dimensões ubmicroscópicas, enquanto a esfalerita forma grãos anédricos associados às outras ariedades de pirita. Nas rochas rudáceas destacam-se pirita (dominante), esfalerita, calcopirita e galena, além de bornita/digenita como produto de alteração supergênica. A pirita ocorre como clastos, cristais isolados e agregados, alguns frambroidais, em microfraturas e em planos de clivagem da calcita. Os clastos apresentam textura esqueletal e fraturas preenchidas por calcita, a partir das quais se dá a substituição do sulfeto pelo carbonato. O modo de ocorrência dos cristais é semelhante àquele nos diamictitos negros. A calcopirita está sempre associada à pirita, da mesma maneira que a esfalerita e a galena, as quais mostram formas irregulares e também ocorrem isoladamente. Minerais de ganga como F-apatita e barita são comuns, juntos a quantidades menores de alanita, monazita, xenotima, sericita, titanita e albita.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A ametista de Pau d' Arco e Alto Bonito no Pará e a do Alto Uruguai no Rio Grande do Sul(Universidade Federal do Pará, 1998-03-23) CASSINI, Carlos Tadeu; COSTA, Marcondes Lima da; http://lattes.cnpq.br/1639498384851302Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise do padrão espectro-temporal de ambientes costeiros com imagens Landsat, Ilha de Marajó/PA.(Universidade Federal do Pará, 2010-10-06) CARDOSO, Gustavo Freitas; SOUZA JUNIOR, Carlos Moreira de; http://lattes.cnpq.br/2090802631407077; SOUZA FILHO, Pedro Walfir Martins e; http://lattes.cnpq.br/3282736820907252O conhecimento da distribuição espacial e temporal e o acompanhamento da sua evolução dinâmica são os fatores mais importantes para o estudo e da gestão de zonas úmidas. O objetivo deste trabalho foi caracterizar, mapear, comparar a resposta espectral de zonas úmidas costeiras, assim como detectar suas mudanças na margem leste da Ilha de Marajó, no Estado do Pará, através de imagens reflectância do TM Landsat-5. Para tanto, as imagens foram corrigidas geométrica e radiometricamente. Coletaram-se na imagem de referência (2008), no mínimo, 20 amostras poligonais (5x5 pixels) para cada tipo de cobertura do solo. A análise de variância (ANOVA), o Teste de Tukey HSD e um índice de separabilidade espectral de pares de regiões de interesse (ROIs) foram calculados. O mapeamento foi gerado a partir do classificador supervisionado Spectral Angle Mapper, e a validação dos dados, delineados pela Matriz de Confusão. Desta forma foram reconhecidos as seguintes unidades: MAN - manguezal, MAD - manguezal degradado, PRD - praias e dunas, VSI – vegetação secundária inicial, VSA - vegetação secundária avançada, ACS - água com sedimento, ASS - água sem sedimento, OCH - ocupação humana e CAM – campos. O resultado da ANOVA mostrou que há diferenças significativas entre as reflectâncias médias em todas as classes, em no mínimo um par de médias, para todas as bandas (1-5 e 7) da imagem. O Teste de Tukey HSD verificou que a menor diferença entre duas médias nas bandas 1 e 2 ocorre no par VSAMAN, na banda 3, VSI-MAN, na banda 4, OCH-MAN, na banda 5, OCH–PRD, e na banda 7, ACS–ASS. A função de separabilidade espectral de pares de ROIs destacou um baixo valor para o par de classes OCH-CAM. O cálculo da exatidão do mapeamento apresentou valores aceitáveis. Foi aplicada também a técnica do modelo de mistura espectral para determinar as frações – vegetação, água e/ou sombra, solo e vegetação não fotossinteticamente ativa – nas imagens reflectância dos anos de 1988, 1994, 1998, 2004, 2006 e 2008. A detecção de mudanças ao longo destes anos foi feita com o auxílio do diagrama tri linear de Thompson, usado para analisar a evolução dos ambientes Manguezal, Campos Salinos com predomínio de solos, Campos Salinos com vegetação campestre, Praias e Dunas, Sedimentos Úmidos, Água com Sedimento e Água sem Sedimento. Os resultados mostraram que 80% das amostras do ambiente Manguezal, mantiveram suas características espectrais, ou seja, o ambiente não sofreu alterações ao longo do tempo, e que 15% das trajetórias possíveis indicaram uma mudança gradativa para formação de Manguezal até o ano de 2008. Do total dos pixels analisados para este ambiente, 93% corresponderam ao próprio Manguezal, confirmando uma relativa estabilidade deste ambiente na área de estudo. Os Campos Salinos indicaram uma condição atípica nas análises da imagem do ano de referência (2008), com comportamento espectral similar ao do solo, característica esta não verificada nos anos pretéritos. Nestes anos, houve o predomínio de Campos Salinos com Vegetação Campestre. Já para o ambiente Praias e Dunas detectou-se um considerável aumento de sua superfície (66,7%) no período de 20 anos (1988-2008). De modo geral, os resultados alcançados sugerem que a área em estudo, vem sofrendo o processo de progradação de sedimentos ao longo da linha de costa e uma estabilização no aumento da superfície de Manguezal desde 2006. Para os Campos Salinos detectaram-se as variações nos valores de abundância entre as três frações (Vegetação Verde, Sombra/Água e Vegetação não fotossinteticamente ativa/solo) geradas pelo modelo de mistura espectral, devido principalmente a sazonalidade climática da região. O método de detecção de mudanças propiciou o desenvolvimento de um modelo de diagrama de dispersão espectral para ambientes úmidos costeiros. Este modelo deve auxiliar em futuras pesquisas acerca do monitoramento dos impactos dos ambientes úmidos costeiros oriundos do aumento do nível do mar, da localização e caracterização espectral, assim como detecção das mudanças no tempo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise espaço-temporal dos manguezais degradados de Bragança, com base em imagens de satélite e modelos de elevação digital(Universidade Federal do Pará, 2022-02-22) MOLANO CÁRDENAS, Sergio Mauricio; COHEN, Marcelo Cancela Lisboa; http://lattes.cnpq.br/8809787145146228A Península de Bragança, localizada no litoral norte do Brasil-Pa, é parte da maior zona contínua de florestas de manguezal no mundo. A construção da rodovia PA-458 na década de 70, alterou as características hidrodinâmicas da península, provocando a degradação de uma porção considerável dos manguezais na região central da península. Nas últimas décadas as áreas degradadas têm sido recolonizadas por manguezais, principalmente pela espécie Avicennia germinans. Esse estudo pretende identificar mudanças dos manguezais degradados das planícies de maré de setores topograficamente mais elevados durante os últimos 35 anos, com base nas seguintes técnicas: a) mapeamento manual das áreas degradadas com imagens de satélite de resolução espacial moderada; b) classificação orientada a objetos das áreas degradadas e de manguezal, utilizando imagens de satélite de alta resolução espacial; c) fotogrametria de imagens de drone; d) modelos digitais de elevação; e e) validação topográfica com teodolito e “Antenna Catalyst”. Entre 1986 e 2019 houve uma redução da área degradada de 247,96 ha, conforme as quantificações dos dados de moderada resolução espacial. Os dados de alta resolução espacial mostraram também uma redução da área degradada de 211,65 ha entre os anos de 2003 e 2019. Existem flutuações na tendência de regeneração das florestas de manguezal na área degradada, as quais tem relação com grandes fenômenos climáticos como “El Niño” e “La Niña”, que vem acompanhados com épocas de estiagem e alta precipitação, respectivamente. Os valores de acurácia global e índice Kappa para os dados de alta resolução exibiram valores acima de 0,9. Os valores da acurácia do produtor, usuário e Kappa por classe evidenciaram dificuldades na separação de espécies de manguezal Avicennia germinans e Rhizophora mangle, devido à falta de resolução radiométrica das imagens analisadas. O modelo digital do terreno que representa a planície de maré, mostrou duas regiões topograficamente diferenciadas na área degradada, separadas pela rodovia PA-458, e influenciadas principalmente pelas características dos estuários Caeté e Taperaçú. Essa mesma diferença foi encontrada no modelo de altura da vegetação, onde as árvores, localizadas a SE da rodovia e sob influência do estuário do rio Caeté, alcançam até os 25 m, enquanto a NW da rodovia sob influência do Taperaçú, oscilaram entre 5 e 15 m. As taxas de regeneração estão controladas principalmente pelo aumento no nível médio do mar, o qual mobilizou a zona de intermaré para áreas topograficamente mais elevadas, favorecendo a lixiviação salina, essencial para o desenvolvimento de florestas de manguezal.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise faciológica das formações Poti e Piauí (carbonífero da Bacia do Parnaíba) na Região de Floriano-PI(Universidade Federal do Pará, 2000-07-20) RIBEIRO, Cleive Maria Monteiro; GÓES, Ana Maria; http://lattes.cnpq.br/2220793632946285Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise faciológica e aspectos estruturais da formação Águas Claras, região central da Serra dos Carajás-PA(Universidade Federal do Pará, 1995-01-31) NOGUEIRA, Afonso César Rodrigues; TRUCKENBRODT, Werner Hermann Walter; http://lattes.cnpq.br/5463384509941553Análises faciológica e estrutural das rochas siliciclásticas da Formação Águas Claras, Pré-Cambriano da Serra dos Carajás, foram realizadas em excelentes exposições na estrada de acesso à Mina do Igarapé Bahia. A Formação Águas Claras, constituída principalmente por quartzo-arenitos e pelitos, representa uma sucessão progradante de depósitos plataformais (parte inferior) e litorâneos e fluviais (parte superior). Os depósitos plataformais são constituídos por pelitos laminados, interpretados como lamas de offshore, e siltitos e arenitos finos com estratificação cruzada hummocky, laminação cruzada microhummocky, laminação plano-paralela e marcas onduladas relacionados a depósitos de tempestades. As fácies litorâneas consistem em arenitos finos a médios com estratificação cruzada swaley, considerados como tempestitos de shoreface; arenitos finos a grossos com seqüências de tidal bundles, estratificação cruzada de baixo ângulo e estratificação plano-paralela interpretados como depósitos de submaré; e, subordinadamente, arenitos finos laminados com truncamentos de baixo-ângulo e arenitos finos a grossos com tidal bundles intercalados a ritmitos com acamamentos flaser, wavy e linsen relacionados, respectivamente, a depósitos de foreshore e planície de maré. Os depósitos fluviais consistem em arenitos grossos e conglomerados, com estratificações cruzadas tabular e acanalada e estratificação plano-paralela, relacionados a depósitos de barras e dunas subaquosas em planície aluvial braided. Subordinadamente, ocorrem arenitos finos sílticos com laminação plano-paralela interpretados como depósitos de inundação. A Formação Águas Claras permite interpretar, pelo menos, três fases deposicionais. No início da deposição, predominaram processos de tempestades retrabalhando sedimentos finos de mar raso e acumulando areias na forma de barras e lençóis nas zonas de offshore e shoreface. Na fase seguinte, prevaleceram processos de maré, provavelmente responsáveis pelo retrabalhamento dos tempestitos de shoreface, e teria se desenvolvido um complexo de braid delta como resultado da progradação de uma planície aluvial sobre um ambiente litorâneo. O abandono de áreas deltaicas durante período de baixo influxo detrítico permitiria o retrabalhamento destas zonas por ondas gerando praias restritas. A fase final na evolução da Formação Águas Claras foi marcada por uma progradação para SW da planície aluvial, estimulada provavelmente por soerguimentos tectônicos das áreas fontes situadas a NE, o que levou à instalação definitiva de um sistema fluvial braided. A caracterização geométrica-estrutural da área estudada permitiu a individualização de dois domínios estruturais. O domínio I, localizado entre os igarapés São Paulo e Águas Claras, é marcado por zonas de cisalhamento verticalizadas, dobras e cavalgamentos oblíquos; em porções menos deformadas, estas estruturas rúpteis-dúcteis são recorrentes e o acamamento mostra-se rotacionado por falhas, às vezes, afetado por dobras desarmônicas e em caixa. O domínio II, a oeste do Igarapé Águas Claras, é caracterizado pela disposição regular do acamamento com mergulho médio de 200 para NE. As estruturas rúpteis-dúcteis marcam pelo menos um evento transpressivo localizado, ligado provavelmente à movimentação sinistral da Falha Carajás. A orientação e natureza das estruturas sugerem que este evento rúptil-dúctil esteve relacionado a uma transpressão NE-SW com transporte tectônico para SW. Posteriormente, as rochas foram afetadas por falhas transcorrentes e normais, orientadas nas direções NE-SW e NW-SE, às quais se associam diques básicos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise integrada da morfologia e sedimentologia do baixo curso do rio Xingu(Universidade Federal do Pará, 2019-01-28) SILVA, Ariane Maria Marques da; ASP NETO, Nils Edvin; http://lattes.cnpq.br/7113886150130994O rio Xingu é um importante afluente do rio Amazonas contribuindo com 5% de sua vazão líquida, embora não contribua significativamente com sedimentos. O baixo rio Xingu é definido como uma ria, em função do afogamento de seu vale como resultado da Última Grande Transgressão marinha. Em função de uma influência substancial de maré, com alturas de maré de mais de 1 m na confluência, este setor fluvial corresponde ainda a um tidal river. O presente estudo visa analisar a morfologia e sedimentologia de fundo do baixo rio Xingu, estabelecendo correlação com os dados hidrodinâmicos, visando o entendimento dos processos de preenchimento sedimentar da ria, ainda em andamento. A área amostrada vai desde a confluência com o Amazonas (proximidades da cidade de Porto de Mós) até o estreitamento do lago de ria a montante, nas proximidades da cidade de Vitória do Xingu. Foram efetuados levantamentos sedimentológicos durante períodos de alta (fev/2016) e baixa (nov/2016) descarga de sedimentos. Para o período de alta descarga foram coletadas 109 amostras de sedimentos de fundo. Durante o período de baixa descarga, a amostragem foi repetida em 11 destas estações. No período de máxima descarga liquida do rio Amazonas (jun/2018), foram também monitorados os níveis d’água em diversos pontos ao longo do rio Xingu, assim como ocorreu nos períodos de coleta anteriores. Os dados morfológicos referem-se aos levantamentos batimétricos realizados pela Marinha do Brasil (CLSAOR/DHN). Os resultados demonstram forte correlação da sedimentologia com a morfologia, revelando um preenchimento do lago de ria tanto a partir do próprio rio Xingu, formando um proeminente delta de cabeceira, como a partir do rio Amazonas, onde as variações de maré têm transportado sedimentos a montante no rio Xingu. Por outro lado, grandes áreas de seção transversal na parte central da ria demonstram que volumes relativamente pequenos de sedimento alcançam aquela área, com dinâmica reduzida e sedimentação lamosa. Transversalmente, as areias estão mais associadas às margens e sua erosão por ação de ondas. Longitudinalmente, as areias são substancialmente mais frequentes na região de delta de cabeceira, e na região da confluência com o Amazonas, onde as áreas de seção transversal são notadamente menores. Os resultados sugerem ainda que a sedimentação nas proximidades da confluência com o rio Amazonas tem se reduzido ao longo do tempo, onde a combinação de variação da área da seção transversal com a vazão do próprio rio Xingu reduz o fluxo a montante a partir do rio Amazonas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise morfoestratigráfica do estuário do Rio Marapanim - NE do Pará(Universidade Federal do Pará, 1998-12-20) SILVA, Cléa Araújo da; EL-ROBRINI, Maâmar; http://lattes.cnpq.br/5707365981163429O Estuário do Rio Marapanim está estabelecido sobre os sedimentos terciário-quaternários da Formação Barreiras e Pós-Barreiras, inserido no litoral de "rias" do nordeste do Estado do Pará, o qual foi submetido à transgressão marinha, a partir do Pleistoceno Superior, que afogou paleolinhas de costa e no máximo da Trangressão Holocênica atingiu o Planalto Costeiro. Este setor da costa sofre influência da maré dinâmica que atinge amplitude máxima de 5,3m (macromarés) e da maré salina que apresenta salinidade média entre a enchente e vazante, para os períodos de baixa e alta descarga fluvial com valores de 896o e 0%0 (Marudazinho), 24%o e 3%o (Marapanim), respectivamente. Entretanto, na parte externa do funil estuarino (Marudá), a salinidade apresenta valor constante de 35%0, não ocorrendo influência significativa da descarga fluvial na foz do estuário. A geomorfologia da área está compartimentada • em 3 domínios geomorfológicos: (1) Planície Costeira com as unidades de Planície de Cristas de Praia, Paleoduna, Duna costeira Atual (Fixa e Móvel), Pântano Salino (Interno e Externo), Planície de Maré (Arenosa e Lamosa), Praia Flecha-Barreira, Lago e Palco-Córrego de Maré; (2) Planície Estuarina com as unidades de Canal Estuarino (compartimentado em Funil Estuarino, Segmento Meandrante Sinuoso, Segmento Meandrante em Cúspide e Canal de Curso Superior), Canal de Maré e Planície de Inundação (Pântano Salino e Pântano de Água Doce) e; (3) Planície Aluvial com as unidades de Canal Meandrante (Meandro Abandonado), Depósito de Canal (Depósito de Fundo de Canal), Depósito de Margem de Canal (Dique Marginal, Depósito de Recobrimento e Planície de Inundação) e Depósito de Preenchimento de Canal. Com base na estratigrafia subsuperficial aliada às características sedimentológicas e geometria superficial foram identificadas 14 unidades morfoestratigráficas: Planície de Inundação, Dique Marginal, Meandro Abandonado, Pântano de Água Doce, Planície de Maré Lamosa, Barra de Maré Arenosa e Lamosa (Vegetada), Barra em Pontal Lamosa, Planície de Cristas de Praia, Paleoduna, Dunas Atuais, Praia Flecha-Barreira, Planície Arenosa e Pântano Salino. E, através de análise subsuperficial (testemunhagem à vibração), associada à análise sedimentológica identificou-se 6 fácies estratigráficos: areia e lama de barra em pontal, areia marinha, areia e lama estuarina, lama estuarina, areia fluvial e areia mosqueada. A partir de dados levantados, á respeito da morfologia e estratigrafia dos depósitos encontrados na área, foi possível identificar 3 seqüências estratigráficas: Seqüência Marinha Transgressiva Basal (S1) com ambiente Fuvial, Parálico e de Face Praial; Seqüência Marinha Regressiva (S2) com canal meandrante influenciado por maré (ambiente fluvial), Pântano de Água Doce, Planície de Maré, Pântano Salino e Planície de Crista de Praia e; Seqüência Marinha Transgressiva Atual (S3) com Ambiente Estuarino (Barra de Maré e Barra em Pontal) e Litorâneo (Praia Flecha-Barreira, Planície de Cristas de Praia e Duna Atual). A evolução do Estuário do Rio Marapanim foi controlada pelas oscilações do nível do mar, durante o Holoceno, que se manifestaram em ciclos progradacionais e retrogradacionais, o qual no máximo da Transgressão Holocênica provocou erosão do Planalto costeiro. Em condições de nível de mar estável houve regressão do mar o que propiciou a progradação lamosa sobre depósitos arenosos marinhos. Atualmente, observa-se a transgressão de depósitos arenosos sobre a planície lamosa, propiciando o preenchimento. parcial da foz do estuário por barras arenosas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise tafonômica da ostracofauna do testemunho 1AS-5-AM: contribuição para a interpretação paleoambiental dos depósitos neógenos da Formação Solimões, AM, Brasil.(Universidade Federal do Pará, 2019-11-01) SANTOS, Katiane Silva dos; RAMOS, Maria Inês Feijó; http://lattes.cnpq.br/4546620118003936A Formação Solimões corresponde a sucessão sedimentar miocênica da bacia do Solimões, e é constituída por argilitos, siltitos e arenitos finos, pouco consolidados, intercalados por níveis linhíticos e carbonáticos, cuja deposição se deu predominantemente em ambiente fluvial e fluvio-lacustre. Dentre os invertebrados da Formação Solimões, os ostracodes se destacam pela grande abundância e diversidade. Inicialmente, os estudos sobre esses microcrustáceos estiveram voltados principalmente à taxonomia. Posteriormente, contribuições no âmbito da bioestratigrafia, sugerem idade Mioceno Inferior - Mioceno Superior para essa unidade; enquanto que análises geoquímicas e paleontológicas apontam para condições ambientais predominantemente dulcícolas, embora com esporádicas incursões marinhas. Entretanto estudos tafonômicos com ênfase nos ostracodes da Formação Solimões ainda não foram realizados. A análise tafonômica das concentrações fossilíferas pode fornecer dados importantes sobre a hidrodinâmica paleoambiental, a geoquímica dos sedimentos, taxas de sedimentação e processos diagenéticos. Este trabalho aborda a biostratinomia e fossildiagênese de ostracodes da Formação Solimões, bem como a composição mineralógica e aspectos sedimentológicos. O material analisado é proveniente da sondagem 1AS-5-AM, perfurado no vilarejo Cachoeira, próximo ao rio Itacuaí, estado do Amazonas. De acordo com as características litológicas, tipos de preservação e ocorrência dos ostracodes foi possível individualizar três intervalos ao longo do testemunho analisado. O intervalo I (284,50-119,30 metros) corresponde a porção mais basal do testemunho. Neste, a ostracofauna é menos abundante e pobremente preservada, ocorrendo apenas poucos juvenis (estágios A-2, A-3) e adultos, com acentuado processo de dissolução. A litologia desse intervalo compreende argilitos maciços, cinza escuro esverdeado a preto, com rico conteúdo de matéria orgânica. O intervalo II (116,70-107,10 metros) apresenta maior abundância de ostracodes em excelente estado de preservação e vários estágios ontogenéticos, maior ocorrência de carapaças fechadas e baixo grau de dissolução (ocorre de forma parcial e pontual), sugerindo evento de soterramento rápido e pouca influência da metanogênese devido ao menor conteúdo de matéria orgânica das amostras. A litologia corresponde a mesma do intervalo I, porém o conteúdo de matéria orgânica é menor. O intervalo III (106,90-41,00 metros) apresenta estágio moderado de preservação, onde o maior índice de dissolução associa-se à oxidação de monossulfetos e sulfetos de ferro que ocorrem aderidos na superfície dos espécimes, os quais foram expostos por ação de organismos bioturbadores dos sedimentos. A predominância de ostracodes juvenis nesse intervalo indica alta mortalidade na ontogenia provavelmente por um estresse ambiental. A litologia desse intervalo é constituída por argilitos maciços cinza esverdeado claro a médio, localmente siltíticos e linhíticos. Bioturbações (Skolitos) foram registradas apenas neste intervalo. O conteúdo de matéria orgânica varia de baixo a moderado. Em relação a alteração de cor dos espécimes, valvas brancas opacas foram registradas no intervalo I com maior frequência, no II predominam exemplares de cor preta, cinza escura, branca e em menor quantidade, valvas de cor âmbar e hialinas; enquanto no III predominam espécimes de cor marrom avermelhados, seguida de cinza claro e branca opaca. A análise tafonômica dos ostracodes da Formação Solimões permitiu verificar carapaças/valvas com composição química original preservada, no entanto, contaminadas por elementos químicos provenientes dos sedimentos siliciclásticos e das películas minerais aderidas em sua superfície. Foram identificados os seguintes tipos de preservação: 1) valvas e carapaças de ostracodes recobertas por películas de monossulfetos, de fosfato de ferro e sulfetos de ferro e de tálio; 2) preservadas em óxidos de ferro, 3) recristalizadas e 4) moldes de carapaças piritizados. Os tipos de preservação identificados refletem condições predominantemente de diagênese precoce (mineralizações das películas e formação de moldes), e tardia (recristalização, formação de óxidos). As alterações fossildiagenéticas correspondem a preenchimento mineral das carapaças por pirita, dissolução, alteração de cor e recristalização. A primeira está relacionada com o fosfato de ferro presente nos sedimentos e à eventos de soterramento rápido. A dissolução decorreu da oxidação das películas de minerais aderentes nas valvas e do conteúdo de matéria orgânica; enquanto que carapaças/valvas de cor marrom avermelhado, cinza escura, pretas e âmbar refletem a deposição de delgadas películas de minerais na superfície dos espécimes, valvas brancas opacas decorrem da dissolução parcial. A recristalização pontual de poucas valvas reflete a estabilidade mineral da calcita baixa magnesiana, constituinte principal da carapaça dos ostracodes. As alterações bioestratinômicas identificadas equivalem a fragmentação, desarticulação (proveniente da morte, ecdise e transporte dos ostracodes), bioerosão (por ação de bactérias quitinolíticas) e transporte. No intervalo I os ostracodes alóctones juvenis sugerem transporte post-mortem. No intervalo II o predomínio da fauna autóctone evidencia ambiente de baixa energia. Ostracodes alóctones e autóctones (predominantes) do intervalo III refletem variação de energia em cenário próximo a zona litorânea de lago. Com base nos tipos de preservação e características litológicas, o ambiente foi interpretado como lacustre, de energia baixa a moderada. A ausência de minerais evaporíticos e pirita dispersa nos sedimentos atestam a baixa salinidade do ambiente.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise tafonômica de Eremotherim laurillardi (Lund, 1842) dos depósitos pleistocenos, município de Itaituba, Pará(Universidade Federal do Pará, 2008-08-18) FERREIRA, Denys José Xavier; RAMOS, Maria Inês Feijó; http://lattes.cnpq.br/4546620118003936O presente trabalho trata do estudo tafonômico da preguiça Eremotherium laurillardi (Lund, 1842) encontrada em um sítio deposicional pleistoceno no município de Itaituba, Pará. O material estudado compreende, aproximadamente, oitocentas peças ósseas fragmentadas e não fragmentadas (sin-crânio e pós-crânio) da preguiça terrícola depositadas no acervo paleontológico do Museu Paraense Emílio Goeldi. A tafonomia é o ramo da paleontologia que se devota, primariamente, ao estudo das condições e dos processos que propiciam a preservação de restos de organismos, no registro litológico, incluindo processos diagenéticos, e como eles afetam a informação no registro fossilífero. Resumindo, a tafonomia é o estudo da história post mortem dos fósseis e compreende duas fases distintas: a bioestratinomia e a diagênese. Na fase de bioestratinomia foram analisadas tanto as feições sedimentológicas e estratigráficas quanto as bioestratinômicas. As primeiras revelaram que a forma e o tamanho desses bioclastos estavam fracamente empacotados, apresentando várias classes de tamanhos, indicando assim, deposição in situ. As feições bioestratinômicas revelaram que a composição taxonômica da concentração fossilífera é monotípica e monoespecífica, com morte catastrófica (não-seletiva) por soterramento brusco. O soterramento ocorreu antes da necrólise e os vestígios de fragmentação, abrasão e desgaste por transportes dos restos esqueléticos são ínfimos e/ou inexistentes. Feições de bioerosão, também, não foram identificadas. A não preservação de partes moles nas carcaças revela que a necrólise ocorreu em meio aeróbio. Entretanto, a presença de pirita, de forma parcial e pontuada nos forâmens e canais da costela e dente analisado, revelam que possivelmente tenha se estabelecido um micro ambiente redutor (anaeróbio) ao redor das carcaças. Os restos ósseos mostram suas estruturas morfológicas tanto externas quanto internas conservados, sugerindo assim, a não exposição destes bioclastos ao ciclo exógeno, devido ao rápido soterramento. No estudo fossildiagenético, as análises realizadas em amostras unitárias de costela, dente e vértebra, as quais foram realizadas sob microscopias óptica e eletrônica de varredura, revelaram que as estruturas ósseas e dentárias, como canais de Havers e túbulos dentinários, respectivamente, mantiveram-se bem preservadas. Análises através de detector de espectrometria por energia dispersiva (EDS - Energy Dispersive Spectroscopy) nessas amostras permitiram verificar que a composição química original dos mesmos permanece inalterada, mantendo-se com os compostos originais principais, como o Ca, P, além de Mg, K e Na.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Argilominerais da Formação Codó (Aptiano Superior) – Bacia de Grajaú: implicações ambientais e climáticas.(Universidade Federal do Pará, 2004-06) GONÇALVES, Daniele Freitas; ROSSETTI, Dilce de Fátima; http://lattes.cnpq.br/0307721738107549A Formação Codó, exposta na região de Codó (MA), consiste em um sistema lacustre dominantemente fechado e hipersalino. Este sistema caracteriza-se por apresentar depósitos arranjados em ciclos de arrasamento ascendente de, em média, 1 m de espessura. Os ciclos são formados, da base para o topo, por fácies de lago central (evaporitos e folhelhos betuminosos), lago transicional (argilito laminado verde; mudstone calcífero; mudstone a packstone peloidal; e calcário mesocristalino) e lago marginal (pelito maciço; gipsarenito/calcarenito com fenestras e feições cársticas; grainstone/packstone oolítico, pisolítico ou ostracodal; ritmito; e chert nodular). Neste trabalho foram realizadas análises de difração de raios-X, microscopia eletrônica de varredura e microscopia óptica em rochas predominantemente argilosas da Formação Codó, objetivando a caracterização da assembléia de argilominerais, a definição de sua origem, bem como a avaliação de sua aplicação como indicador paleoclimático e paleoambiental. As fácies utilizadas neste estudo incluíram: folhelho negro, argilito laminado, mudstone calcífero, pelito maciço e ritmito de carbonato e folhelho. Nestas fácies a assembléia de argilominerais consiste dominantemente em esmectita, seguida de menores quantidades de ilita, caulinita e interestratificados ilita-esmectita. A esmectita é, em sua maioria, detrítica sendo caracterizada por palhetas crenuladas e/ou esgarçadas dispostas em arranjo paralelo ou caótico. Esta, quando pura, mostra grau de cristalinidade elevado e tem sido classificada como dioctaédrica, e pertencente à espécie montmorillonita. Localmente, ocorrem esmectitas autigênicas em cristais medindo, em média 2μm, com arranjo em colméia. Estes cristais ocorrem, mais comumente, revestindo conchas de ostracodes no ritmito. A caulinita ocorre sob forma de cristais pseudohexagonais eqüidimensionais, com diâmetro médio de 1μm, substituindo a esmectita e, por vezes, formando livretos com 8μm de comprimento preenchendo cavidades, sendo que sua ocorrência aumenta substancialmente em depósitos de margem de lago, e está comumente associada à fácies pelito maciço. A ilita ocorre em depósitos transicionais e marginais sob forma de cristais capilares que substituem a esmectita. É possível que parte da ilita seja também detrítica, sendo esta morfologicamente similar às palhetas de esmectita. A análise da distribuição dos argilominerais ao longo dos perfis estudados revelou uma diminuição no conteúdo e grau de cristalinidade e/ou interestratificação da esmectita para o topo das seções. Esta tendência foi também observada dentro de alguns dos ciclos individuais de arrasamento ascendente. Assim, os depósitos lacustres centrais e transicionais basais mostram conteúdo de esmectita elevado relativamente ao de caulinita e ilita, enquanto que os depósitos transicionais mais superiores e marginais apresentam tendência contrária. O domínio de esmectita detrítica, aliado à vasta ocorrência de evaporitos na região estudada, confirmam a tendência de clima quente e semi-árido durante o Neoaptiano da Bacia de Grajaú. A variabilidade dos argilominerais ao longo dos perfis estudados é consistente com o arranjo dos ciclos de arrasamento ascendente, auxiliando assim na melhor definição dos mesmos. A origem dos argilominerais autigênicos (caulinita e ilita) é atribuída a processos pedogenéticos. A coexistência destes argilominerais possivelmente deve-se à alternância de períodos chuvosos e secos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Arquitetura deposicional e dinâmica evolutiva de cordões litorâneos sob influência de delta, Espírito Santo (ES), Brasil(Universidade Federal do Pará, 2020-09-30) COUTINHO, Cláudia Maria Arraes; FRANÇA, Marlon Carlos; http://lattes.cnpq.br/8225311897488790; 8225311897488790Cordões litorâneos são feições morfológicas recorrentes em regiões costeiras de caráter progradacional. Essas feições são comuns ao longo da planície deltaica do rio Doce (Espírito Santo), porém, não há estudos sobre a gênese e dinâmica evolutiva dos cordões. Uma vez que os estudos enfatizam a discussão do sistema deltaico do rio Doce e, portanto, os cordões são descritos de forma genérica por meio de imagens de satélite e dados sedimentológicos e cronológicos pontuais, os quais não permitem uma investigação lateral contínua da subsuperfície. A aplicação do GPR (Ground Penetrating Radar) em zonas costeiras a fim de investigar a sedimentação Quaternária tem sido amplamente explorada, haja vista a resolução vertical subcentimétrica deste método geofísico eletromagnético. Portanto, no contexto dessa lacuna de conhecimento é que a presente pesquisa está inserida. Neste estudo, a arquitetura estratigráfica do complexo de cordões litorâneos da planície deltaica do rio Doce foi investigada a partir da análise e interpretação de seções GPR, correlacionadas a dados geocronológicos e sedimentológicos inéditos adquiridos no contexto do projeto temático 2011/00995-7 financiado pela Fapesp e disponíveis na literatura. A partir disso, foram detalhados fatores e processos sedimentares relacionados à origem e dinâmica evolutiva do complexo de cordões de acordo com variações do nível relativo do mar (NRM) e mudanças climáticas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aspectos granulométricos, mineralógicos e químicos de sedimentos de praias (Barras em Pontal) do Rio Acre e sua relação com a fertilidade(Universidade Federal do Pará, 2004-10-30) VIANA, Érica Cristina Acácio; COSTA, Marcondes Lima da; http://lattes.cnpq.br/1639498384851302Dissertação Acesso aberto (Open Access) Assinatura geoquímica de apatita de rochas sanukitoides do sudeste do cratón amazônico, Província Carajás.(Universidade Federal do Pará, 2019-05-26) FONSECA, Camila Santos da; LAMARÃO, Claudio Nery; http://lattes.cnpq.br/6973820663339281A Suíte Sanukitoide Rio Maria, inclusa no Domínio Rio Maria, porção sul da Província Carajás, é composta por granodioritos e rochas máficas e intermediárias associadas. Possui grandes exposições a norte da cidade de Redenção, a sul de Rio Maria, a leste da localidade de Bannach e nordeste de Xinguara, porção SE do Cráton Amazônico, sendo intrusiva em greenstones do Supergrupo Andorinhas, no Tonalito Arco Verde e no Complexo Tonalítico Caracol. Outras rochas granodioríticas correlacionáveis aos sanukitoides Rio Maria foram descritas nas regiões de Água Azul do Norte, Ourilândia do Norte, Serra do Inajá e região do Xingu, todas inseridas nos domínios da Província Carajás. Os sanukitoides Rio Maria são rochas metaluminosas, de afinidade cálcio-alcalina e enriquecidas em Mg, Cr e Ni em relação a outras rochas granodioríticas. Apresentam epidoto primário, zircão, allanita, titanita, apatita e magnetita como principais fases acessórias. Datações U-Pb e Pb-Pb em zircão definiram idades de cristalização de 2,87 Ga para essas rochas. A apatita é um mineral geralmente precoce na ordem de cristalização de rochas granitoides. Devido sua capacidade de incorporar em sua estrutura conteúdos variáveis de ETR e outros elementos-traço, como Na, K, Mn, F, Cl, Sr, Y, Pb, Ba, Th, U, V e As, tem sido utilizada como um bom indicador petrológico e metalogenético de sua rocha hospedeira. O principal objetivo desta dissertação foi o estudo morfológico e composicional, por microssonda eletrônica, de cristais de apatita de rochas granodioríticas da Suíte Sanukitoide Rio Maria, aflorantes nas regiões de Rio Maria, Ourilândia do Norte e Bannach, Domínio Rio Maria, Província Carajás. Para fins comparativos foram estudadas apatitas dos Leucogranodioritos ricos em Ba-Sr de Água Azul do Norte e do Trondhjemito Mogno da região de Bannach, ambos arqueanos. Foram comparadas, ainda, apatitas dos granitos paleoproterozoicos tipo A Seringa e Antônio Vicente, o primeiro fracamente oxidado e estéril, e o segundo, reduzido e mineralizado a Sn. As apatitas dos sanukitoides de Ourilândia do Norte possuem zoneamentos composicionais concêntricos a oscilatórios mais evidentes e complexos, com zonas claro-escuras bem definidas. Por outro lado, as apatitas dos sanukitoides de Rio Maria e Bannach formam cristais mais homogêneos, com zoneamento pouco evidente a inexistente. As apatitas do leucogranodiorito rico em Ba-Sr e do Trondhjemito Mogno são igualmente bem desenvolvidas (>150 μm), porém com raros zoneamentos restritos às bordas de alguns cristais. Inclusões de zircão são comuns apenas nas apatitas do Trondhjemito Mogno. No Granito Seringa, as apatitas são de granulação fina (<100 μm), subédricas a euédricas e com zoneamentos bem definidos, enquanto as do granito estanífero Antônio Vicente são pouco desenvolvidas (<30 μm), subarredondadas e isentas de zoneamentos composicionais. As principais variações composicionais entre as apatitas das rochas sanukitoides do Domínio Rio Maria estão, além de CaO, P2O5 e F, no conteúdo mais elevado de ETRL (La, Ce, Pr, Sm, Eu) encontradas nas apatitas de Ourilândia do Norte e Rio Maria em relação às de Bannach, as quais mostram concentrações mais baixas e trend sub-horizontal no diagrama (La+Ce+Pr+Sm) vs (Gd+Yb+Y). Este enriquecimento em ETR fica mais evidente no diagrama ƩETR+Y vs (La+Ce+Pr+Sm+Eu), onde as apatitas estudadas formam um trend de enriquecimento no sentido dos sanukitoides de Bannach – Rio Maria – Ourilândia do Norte. Com base nessa assinatura geoquímica são sugeridas fontes magmáticas similares e mais enriquecidas em ETRL para as apatitas de Ourilândia do Norte e Rio Maria. Por outro lado, as apatitas dos sanukitoides de Bannach apresentaram concentrações mais elevadas e variáveis de CaO, P2O5 e F e mais baixas de ETRL, sugerindo origem a partir de um magma composicionalmente diferente e mais empobrecido em ETRL. As apatitas do Trondhjemito Mogno e do leucogranodiorito rico em Ba-Sr são igualmente mais empobrecidas em ETRL e tendem a acompanhar nos diagramas as apatitas dos sanukitoides de Bannach, porém as apatitas dos leucogranodioritos mostram maior enriquecimento em Sr. O Granito Seringa possui apatitas mais enriquecidas em F e ETR+Y quando comparadas às apatitas das rochas arqueanas, e se destacam em todos os diagramas geoquímicos. Tal fato demonstra que composições de apatita podem ser utilizadas também para registrar processos petrogenéticos e diferenciar composições magmáticas que marcaram mudanças durante a evolução crustal de uma região, por exemplo, distinguindo entre granitoides arqueanos e paleoproterozoicos, sendo, desta forma, úteis em estudos de proveniência. Apatitas do granito paleoproterozoico Antônio Vicente, mineralizado em Sn, mostram concentrações elevadas de F, Mn, Fe, Y e ETR (exceto Eu), em relação aos demais granitoides, característica que pode ser utilizada como um bom indicador metalogenético.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Assinatura isotópica de Pb em sedimentos da margem leste da Baía do Guajará (orla de Belém) e rio Maguari(Universidade Federal do Pará, 2020-10-05) BARRA, Ingledir Suely Silva; LAFON, Jean Michel; http://lattes.cnpq.br/4507815620234645Sedimentos estuarinos fornecem um registro de longo prazo do acúmulo de metais traço de fontes ribeirinhas, atmosféricas e antropogênicas. A liberação de metais traços de fontes pontuais é amplamente controlada pelos processos naturais de intemperismo físico e químico das rochas, além de perturbações antropogênicas poderem ocorrer em grande escala. Além das fontes antropogênicas difusas, os metais podem enriquecer os sedimentos estuarinos por meio de tintas anti-incrustantes com teores elevados de metais (Cu, Zn, Pb), que são aplicadas em casco de navios e a muitas estruturas submersas para impedir o crescimento de organismos como bactérias, macroalgas, mexilhões, bivalves e invertebrados. As assinaturas isotópicas de Pb são ferramentas úteis para investigar as fontes e a mobilidade de metais traços em sistemas estuarinos e permitem distinguir entre fontes geogênicas e contribuições antropogênicas. Nos últimos anos, vários estudos isotópicos de Pb com essa finalidade foram conduzidos no sistema hidrográfico de Belém. O objetivo deste trabalho é a aplicação da geoquímica isotópica de Pb em sedimentos de fundo, material particulado em suspensão (MPS) e fragmentos de embarcações com tinta anti-incrustante de vários estaleiros da baía do Guajará e do rio Maguari, na região metropolitana de Belém, PA. Com o intuito de verificar se as tintas utilizadas nos estaleiros podem ser consideradas uma fonte pontual de contaminação por Pb. Foram coletadas amostras de sedimento de fundo em 9 estações ao longo dos setores norte e sul da orla de Belém, na margem direita da baía do Guajará e 3 no rio Maguari nas proximidades dos estaleiros, 6 amostras de material particulado em suspensão e 4 amostras de fragmentos de casco de embarcações. Amostras de sedimentos de fundo da desembocadura do Canal do Una (3 amostras) e do rio Paracui (1 amostra) também foram coletadas. Por fim, uma amostra de sedimento de fundo foi também amostrada na Ilha da Barra, no meio da Baía do Guajará, como referência do background geogênico. Foram realizadas análises químicas do Pb biodisponível nas amostras de sedimentos de fundo por espectrometria de emissão óptica em plasma indutivamente acoplado (ICP-OES) e análises isotópicas de Pb em todas as amostras por espectrometria de massa em plasma indutivamente acoplado com setor magnético e multicoletores (ICP-MS). Nas amostras de sedimentos de fundo dos estaleiros da orla de Belém e do rio Maguari, ocorrem variações importantes de concentrações de Pb da fração biodisponível, desde valor similar ao ponto de referência (11 mg kg-1) até teores de 25 mg kg- 1. Essas variações sugerem processos incipientes de ação antrópica. Ainda assim, os teores estão dentro do patamar das concentrações encontradas até agora e não mostram evidências de uma contribuição significativa de Pb ligada à proximidade dos estaleiros. Os intervalos similares de concentração de Pb biodisponível entre os diversos setores estudados (setores norte e sul da orla de Belém e rio Maguari) mostram que não há nenhum padrão claro de distribuição dos teores do Pb nos setores estudados. Essas concentrações, se mostraram sistematicamente inferiores aos valores de referência TEL (35 mg kg-1) e PEL (91,3 mg kg-1), dessa forma indicando que o Pb não está causando efeitos danosos a biota, nessas áreas do sistema guajarino. No setor norte da orla de Belém e ao longo do rio Maguari, as variações de razões isotópicas 206Pb/207Pb estão dentro do intervalo do ponto de referência da Ilha da Barra e dos valores considerados geogênicos em trabalhos anteriores (1,189 – 1,197). Apenas o ponto identificado como “cemitério de embarcações” apresentou uma menor razão (206Pb/207Pb = 1,183) e pode indicar um aumento de contribuição antropogênica de Pb pela deterioração das embarcações abandonadas e do estaleiro em atividade. No setor sul da orla de Belém, praticamente todos os sedimentos dos estaleiros e da desembocadura do canal do Una apresentaram razões isotópicas 206Pb/207Pb mais baixos (1,163 e 1,178), apontando contribuição antropogênica. Aparentemente essa contribuição antropogênica difusa está relacionada ao canal do Una e também à maior concentração de estaleiros e de outras possíveis fontes de metais. Em complemento, a comparação da composição isotópica de Pb dos sedimentos da desembocadura dos canais de drenagem dos setores norte e sul da orla de Belém sugere a existência de uma relação entre contribuição antropogênica e tamanho das bacias de drenagem, densidade populacional e atividades urbanas. Não foi encontrada nenhuma correlação entre as razões isotópicas 206Pb/207Pb dos sedimentos de fundo e MPS correspondente, entretanto todos os pontos mostraram uma linha de tendência, confirmando a mistura entre as diversas fontes de Pb tanto para os sedimentos quanto para o material em suspensão. As assinaturas isotópicas dos fragmentos de casco+tintas se posicionam na mesma linha de tendência estabelecida entre um polo geogênico e um polo antropogênico (aerossóis), para o sistema hidrográfico de Belém, impossibilitando evidenciar uma fonte antropogênica específica de Pb proveniente dos estaleiros. A comparação dessas assinaturas dos fragmentos com os sedimentos de fundo dos estaleiros indica que essa possível fonte antropogênica entra como apenas um dos componentes subordinados da contribuição antropogênica difusa da baía do Guajará. Por fim, com base nos dados deste estudo e nos trabalhos já desenvolvidos no sistema hidrográfico de Belém, propõese estender o intervalo de razão isotópica 206Pb/207Pb do Pb geogênico para 1,189 – 1,204 para o sistema hidrográfico de Belém como um todo.
