Dissertações em Zoologia (Mestrado) - PPGZOOL/ICB
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2344
O Mestrado Acadêmico foi criado em 1985 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Zoologia (PPGZOOL) do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) foi consolidado como um convênio entre Universidade Federal do Pará (UFPA) e Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).
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Navegando Dissertações em Zoologia (Mestrado) - PPGZOOL/ICB por CNPq "CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::FISIOLOGIA DOS GRUPOS RECENTES"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Atributos funcionais como características distintivas de comunidades: o que diferencia anuros do Cerrado e da Caatinga?(Universidade Federal do Pará, 2019-01) SANTOS, Mayra Caroliny de Oliveira; COSTA, Maria Cristina dos Santos; http://lattes.cnpq.br/1580962389416378As condições ambientais influenciam a distribuição de organismos e modificam as características funcionais. Essas características podem ser morfológicas, comportamentais e fisiológicas que apresentem uma função. Avaliamos a diversidade taxonômica e funcional de anuros em ambientes de Cerrado e Caatinga no Piauí, Brasil. Os anuros foram coletados no município de Floriano, em área de Cerrado com fitofisionomia de cerradão e no município de Alvorada do Gurguéia, na Caatinga com fitofisionomia de caatinga arbórea. O método utilizado foi busca ativa e auditiva entre janeiro e abril de 2018. Foram estabelecidas seis parcelas, com no mínimo 500 metros de distância entre elas em cada localidade. A composição das espécies foi verificada pela análise de PCoA e PERMANOVA. Para diversidade funcional foi usado a entropia quadrática de Rao. A RLQ e o método fourth-corner relacionaram os atributos com às características ambientais. Os resultados mostraram separação e diferença na composição das espécies de acordo com as diferentes áreas. As fitofisionomias de Cerrado e Caatinga apresentaram diferenças nos valores de diversidade funcional dos anuros. A área de Cerrado teve relação com a temperatura e precipitação e a área de Caatinga com a serrapilheira. A composição de anuros foi influenciada por variáveis ambientais e não teve significância sobre a composição de atributos funcionais. Assim, a composição foi influenciada pelo ambiente e as distinções entre as fitofisionomias como período chuvoso e quantidade de microhabitats foram importantes para as diferenças nos atributos funcionais de espécies de anuros e por consequência na diversidade funcional.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Fisiologia térmica e vulnerabilidade dos lagartos da Amazônia (Reptilia: Squamata) frente às mudanças climáticas(Universidade Federal do Pará, 2017-01-12) URTIAGA, Luisa Maria Viegas Becerra; ÁVILA-PIRES, Teresa Cristina Sauer de; http://lattes.cnpq.br/1339618330655263; QUEIROZ, Helder Lima de; http://lattes.cnpq.br/3131281054700225É previsto que o aquecimento global leve a Terra a um aumento da temperatura de até 4.8°C até o final do século XXI, o que pode afetar negativamente distribuição das espécies de lagartos, considerando que são animais ectotérmicos e dependem diretamente da temperatura do ambiente para regularem a temperatura corporal (Tc). Estes animais geralmente apresentam como resposta compensatória ao estresse térmico a restrição do tempo de atividade em refúgios, para minimizar o risco de morte por superaquecimento. Acredita-se que a vulnerabilidade das espécies seja portanto inversamente proporcional à Tc e ao número de horas de restrição nos refúgios (Hr), e diretamente associada à temperatura máxima do ambiente (TMA), o que significa que qualquer lagarto, seja ele termoconformador ou heliotérmico, pode ser vulnerável às mudanças climáticas. Há pouca informação disponível na literatura em relação a biologia dos lagartos da Amazônia, apesar de ser a região mais biodiversa do mundo e abrigar cerca de 210 espécies de lagartos ao longo de sua extensão. Com isso, o primeiro capítulo do presente trabalho teve como objetivo sintetizar o conhecimento acerca da fisiologia térmica destes animais e incorporar dados inéditos de preferência térmica de algumas espécies, além de caracterizar o seu modo de termorregulação e recuperar as relações entre os caracteres. O segundo capítulo, por sua vez, analisa o status de persistência/ausência de 29 espécies de lagartos amazônicos, com projeções para 2050 e 2070, verificando se a sua vulnerabilidade está de fato associada à Tc, Hr e TMA. Quarenta e cinco estudos reportando Tcs de 62 espécies foram encontrados, e dados adicionais de Tc, bem como dados inéditos de preferência térmica, foram coletados em 13 localidades na Amazônia, abrangendo diversas fitofisionomias do bioma. Foram obtidos dados de temperatura preferencial (Tpref), temperaturas voluntárias mínima (Vtmin) e máxima (Vtmax) e zona de tolerância (críticos térmicos, Ctmin e Ctmax) para 33 espécies, e dados de performance (Tot) para 10 espécies. Tc, Tpref e Vtmin apresentaram sinal filogenético fraco (K<1), e todas as variáveis se correlacionam, exceto por 1) Tot, que não apresenta correlação com Ctmax e 2) Ctmin, que só se correlaciona com Tot. Embora apresentem diferenças estatisticamente significativas, heliotérmicos e termoconformadores apresentam características térmicas intercaladas na escala de valores, demonstrando um continuum entre os extremos dos modos de termorregulação. A utilização de um modelo de distribuição que combina dados ambientais e de fisiologia para calcular a distribuição potencial atual e futura das espécies, considerando um cenário de emissão de gás carbônico realista, permitiu a verificação do status de persistência/ausência de 29 espécies de lagartos amazônicos. Três delas, todas heliotérmicas, apresentaram um projeção de expansão territorial até 2070. Para as demais, foi prevista uma redução de área de ocorrência, com heliotérmicos apresentando, em média, menores Hr e maiores Tc que os termoconformadores. Não foi verificado um padrão de vulnerabilidade relacionado ao modo de termorregulação, e a maioria das espécies apresentou baixas Tcs e/ou Hr, concordando com a hipótese que relaciona vulnerabilidade à Tc, Hr e TMA. Foi feita ainda a modelagem de outras oito espécies, porem estas apresentaram resultados controversos nos cálculos de distribuição potencial e portanto não foram incluídas nas análises de vulnerabilidade. Tais espécies estão sendo avaliadas pelos desenvolvedores do modelo para eventuais ajustes. Por fim, caso as previsões se concretizem, as altas restrições de área recuperadas pelo modelo podem refletir um elevado risco de extinção das espécies. O resultado é preocupante mesmo considerando eventuais limitações do método, e reforça a necessidade de políticas conservativas que levem em consideração os efeitos das mudanças climáticas sobre a fauna, além de mais estudos visando ampliar nosso entendimento acerca das consequências do aquecimento global.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Taxonomia integrativa de nematódeos Oswaldocruzia (Trichostrongyloidea: Molineidae) da Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2019-04) COSTA, Yuri Willkens de Oliveira; SANTOS, Jeannie Nascimento dos; http://lattes.cnpq.br/4543897195525368; https://orcid.org/0000-0002-6612-6410Oswaldocruzia é um gênero de nematódeos parasitos de anfíbios (Anura, Caudata) e répteis (Squamata), representado por cerca de 90 espécies distribuídas mundialmente, das quais 43 ocorrem na região Neotropical. As espécies de Oswaldocruzia são caracterizadas principalmente pela morfologia espicular dos machos e são divididas em cinco grupos biogeográficos (Oriental-Etíope, Neo-etíope, Holártico, Neotropical Caribenho e Neotropical Continental) e, também, em três tipos morfológicos de bolsa copuladora (tipos I, II e III). Porém, a similaridade morfológica, a ausência de chaves de identificação atualizadas e de dados moleculares dificulta a sistemática do gênero. Assim, este estudo teve como objetivo, a realização da taxonomia integrada de nove espécies de Oswaldocruzia parasitos de oito espécies de anfíbios e uma espécie de réptil oriundos de diferentes coletas realizadas em três localidades no estado do Pará. Os hospedeiros foram necropsiados e os helmintos encontrados foram limpos, fixados e armazenados em etanol 70%. Para o estudo morfológico, os espécimes foram destinados à observação por microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura. Para o estudo molecular, realizamos a extração, amplificação e sequenciamento da região codificadora da enzima Citocromo c Oxidase Subunidade I do DNA mitocondrial. As sequências resultantes foram alinhadas e comparadas com dez sequências disponíveis publicamente no GenBank e duas reconstruções filogenéticas foram realizadas para observar as relações de parentesco, uma sob o critério de Máxima Verossimilhança e outra por Inferência Bayesiana. Como resultados identificamos Oswaldocruzia belenensis em Rhinella marina e Rhinella margaritifera, Oswaldocruzia chabaudi em Boana geographica e Boana wavrini, Oswaldocruzia chambrieri em Amazophrynella bokermanni e R. margaritifera, Oswaldocruzia lanfrediae em Leptodactylus paraensis, Oswaldocruzia vitti em Anolis fuscuauratus, Oswaldocruzia sp. nov. 1 em Phyllomedusa vaillantii e Oswaldocruzia sp. nov. 2 em Osteocephalus oophagus. O alinhamento e comparação dos níveis de divergência demonstraram diferenças significativas entre as novas sequências obtidas e as sequências do GenBank. Ambas as reconstruções filogenéticas demonstraram dois clados principais, um incluindo as sequências do México e outro clado geneticamente distinto da Amazônia, destacando a ocorrência de O. chabaudi em B. wavrini e B. geographica, a relação próxima entre as sequências de parasitos de Bufonidae e novas registros de hospedeiros e localidades para O. chambrieri e O. belenensis. Este estudo adiciona informações acerca da diversidade de helmintos parasitos de anfíbios e répteis da Amazônia, e demonstra que a combinação dos métodos morfológicos e moleculares apresentam potencial satisfatório para delimitação de espécies e caracterização do gênero.
