Faculdade de Nutrição - FANUT/ICS
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Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Perfil de utilização de repositores protéicos nas academias de Belém, Pará(Universidade Federal do Pará, 1999-04) ARAÚJO, Ana Cláudia Matos de; SOARES, Yone de Nazareth GonçalvesEste estudo foi realizado no primeiro semestre de 1996 e teve como alvo os freqüentadores das academias da cidade de Belém (PA). Além de pesquisa bibliográfica referente ao metabolismo energético e protéico, necessidades nutricionais de desportistas e suplementação com proteínas e aminoácidos, foi realizada uma pesquisa de campo com o objetivo de traçar o perfil de utilização de suplementos nutricionais, com ênfase em produtos a base de proteínas e aminoácidos, por sexo, idade e tempo de prática de atividade física. A pesquisa de campo envolveu uma amostra de 18 academias e 388 entrevistados, dos quais 103 (27%) faziam uso de algum tipo de suplemento, sendo que 45 destes (44%) utilizavam repositores protéicos. Das justificativas para opção de uso desses suplementos, destacou-se a “indicação profissional” que comparada ao quadro técnico existente nessas unidades, em que apenas 4 das 18 academias pesquisadas apresentavam nutricionistas ou médicos, indica que a utilização desses produtos por parte dos praticantes de atividades físicas está sendo indevida.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Impacto da farinha de mandioca fortificada com ferro aminoácido quelato no nível de hemoglobina de pré-escolares(Universidade Federal do Pará, 2003-03) TUMA, Rahilda Conceição Ferreira Brito; YUYAMA, Lucia Kiyoko Ozaki; AGUIAR, Jaime Paiva Lopes; MARQUES, Hedylamar OliveiraObjetivo: Avaliou-se o impacto da farinha de mandioca fortificada com ferro aminoácido quelato em 80 pré-escolares de uma Unidade Filantrópica de Manaus, AM, distribuídos aleatoriamente em quatro grupos de 20 crianças cada, por um período de 120 dias. Métodos: Foram utilizadas farinha de mandioca sem fortificação (Grupo zero) e fortificada com 1, 2 e 3mg de Fe/dia, correspondendo a quantias diárias de 5, 10 e 15g de farinha, respectivamente, as quais foram distribuídas no horário do almoço, sendo ainda entregue às famílias a quantidade destinada ao consumo do final de semana. O estado nutricional das crianças foi avaliado no início e ao final do experimento, adotando-se como limite discriminatório entre eutrofia/desnutrição o ponto de corte <-2 escores-Z, de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde, e estabelecendo-se como ponto de corte para a ocorrência de anemia ferropriva o teor de hemoglobina inferior a 11g/dL. Resultados: Houve uma recuperação das crianças com desnutrição crônica ao final do estudo, e ocorreu um aumento significativo (p<5%) dos valores de hemoglobina de todos os pré-escolares, independentemente da concentração de ferro, de 11,4 ± 0,9g/dL para 12,2 ± 0,8g/dL. As crianças anêmicas que receberam a farinha de mandioca fortificada com 2mg de Fe/dia foram plenamente recuperadas ao final da pesquisa, demonstrando um bom desempenho desse grupo em relação aos demais. Conclusão: Sugere-se um estudo duplo cego para a consolidação da recomendação da farinha de mandioca fortificada com ferro na prevenção de anemia ferropriva em pré-escolares da região amazônica.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Avaliação antropométrica e dietética de pré-escolares em três creches de Brasília, Distrito Federal(Universidade Federal do Pará, 2005-12) TUMA, Rahilda Conceição Ferreira Brito; COSTA, Teresa Helena Macedo da; SCHMITZ, Bethsáida de Abreu SoaresObjetivos: traçar o perfil nutricional de crianças em creches de Brasília, DF, para subsidiar a formulação de estratégias de atendimento e controle dos problemas detectados. Métodos: estudo transversal realizado de março a dezembro de 2001, constante de entrevista sobre a situação socioeconômica das famílias, avaliação antropométrica de 230 crianças (87,5% do total de 263) pelos critérios da OMS e padrão do NCHS e análise do consumo alimentar, por meio de pesagem direta, recordatório 24 horas e freqüência de consumo. Resultados: observaram-se 6,1% de excesso de peso e 4,8% de déficit de estatura. A alimentação das creches apresentou adequada distribuição do percentual de energia proveniente dos macronutrientes. Houve diferença significante entre as faixas etárias, para energia, proteína, ferro, cálcio e vitamina C. O perfil de consumo habitual apresentou-se alto em produtos lácteos, arroz/macarrão, feijão, açúcar, pães e margarina; consumo médio de frutas, hortaliças, carne bovina, frango, ovos, biscoito; baixo consumo de peixes,vísceras sucos/chás e leite materno; além da introdução precoce de snack, refrigerante, fast food, enlatados/embutidos e doces/guloseimas. Conclusões: a ocorrência de excesso de peso acima do esperado na curva normal pode refletir o padrão alimentar, indicando a necessidade de intervenções de educação e saúde, para prevenir doenças crônicas não transmissíveis e melhorar a qualidade vida.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Parâmetros de produção de leite de búfala fermentado por Lactobacillus casei(2006-03) PUERARI, Cláudia; BENEDET, Honório Domingos; LE GUERROUÉ, Jean LouisO leite de búfala foi fermentado por Lactobacillus casei, com diferentes concentrações de açúcar e tempos de fermentação, e estocado durante 30 dias a 5 e 10°C. Avaliaram-se a acidez, o pH e a viabilidade de L. casei nos diferentes tratamentos. O leite fermentado por 18 horas não apresentou os parâmetros requeridos para o produto, enquanto os fermentados por 22 e 24 horas apresentaram acidez e pH adequados. O tempo e a temperatura de estocagem influenciaram esses parâmetros. A viabilidade de L. casei inicial foi maior que 9 log UFC mL-1 e a final, maior que 8 log UFC mL-1, com influência da acidez.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Vigilância de fatores de risco para doenças crônicas por inquérito telefônico nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal (2006)(2008-05) MOURA, Erly Catarina de; MORAIS NETO, Otaliba Libânio de; MALTA, Deborah Carvalho; MOURA, Lenildo de; SILVA, Nilza Nunes da; BERNAL, Regina Tomie Ivata; CLARO, Rafael Moreira; MONTEIRO, Carlos AugustoOBJETIVO: Descrever métodos e resultados iniciais do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas não Transmissíveis por Inquérito Telefônico – VIGITEL implantado no Brasil em 2006. MÉTODOS: O VIGITEL estudou amostras probabilísticas da população com 18 ou mais anos de idade residente em domicílios conectados à rede de telefonia fixa de cada uma das capitais dos 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal (54.369 indivíduos no total, sendo pelo menos 2.000 por cidade). A amostragem foi realizada a partir de cadastros eletrônicos completos das linhas residenciais fixas de cada cidade, envolvendo sorteio de linhas (domicílios) e sorteio de um morador por linha para ser entrevistado. O questionário aplicado investigou características demográficas e socioeconômicas, padrão de alimentação e de atividade física, consumo de cigarros e de bebidas alcoólicas, e peso e altura recordados, entre outros quesitos. Estimativas sobre a freqüência de fatores de risco selecionados, estratificadas por sexo e acompanhadas de Intervalo de Confiança de 95%, foram calculadas para a população adulta de cada cidade empregando-se fatores de ponderação que igualam a composição sociodemográfica da amostra em cada cidade àquela observada no Censo Demográfico de 2000. Estimativas para o conjunto das cidades empregam fator de ponderação adicional que leva em conta a população de adultos de cada cidade. RESULTADOS: Os cinco fatores de risco selecionados (tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, excesso de peso, consumo de carnes com excesso de gordura e sedentarismo) tenderam a ser mais freqüentes em homens do que em mulheres. Dentre os fatores de proteção, o consumo regular de frutas e hortaliças foi mais freqüente em mulheres do que em homens, observando-se situação inversa no caso da atividade física de lazer. Diferenças substanciais na freqüência dos fatores de risco e proteção foram observadas entre as cidades, com padrões de distribuição regional diferenciados por fator. DISCUSSÃO: O desempenho do sistema, avaliado a partir da qualidade dos cadastros telefônicos e de taxas de resposta e de recusas, mostrou-se adequado e, de modo geral, superior ao encontrado em sistemas equivalentes existentes em países desenvolvidos. O custo do sistema de R$ 31,15 por entrevista realizada, foi a metade do custo observado no sistema americano de vigilância de fatores de risco para doenças crônicas por inquérito telefônico e um quinto do custo estimado em inquérito domiciliar tradicional realizado recentemente no Brasil.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Monitoramento por entrevistas telefônicas de fatores de risco para doenças crônicas: experiência de Goiânia, Goiás, Brasil(2008-06) PEIXOTO, Maria do Rosário Gondim; MONEGO, Estelamaris Tronco; ALEXANDRE, Veruska Prado; SOUZA, Rávila Graziany Machado de; MOURA, Erly Catarina deEste estudo descreve alguns resultados do sistema de monitoramento de fatores de risco para doenças crônicas por entrevistas telefônicas no Município de Goiânia, Goiás, Brasil, 2005. Foi estudada amostra probabilística (n = 2.002) da população adulta servida por linhas telefônicas residenciais fixas. Foram analisadas variáveis comportamentais (consumo alimentar, atividade física, tabagismo e consumo de bebida alcoólica), peso e altura referidos e referência a diagnóstico médico de doenças crônicas. Foram calculadas estimativas de prevalência e valores de qui-quadrado. Observou-se baixo consumo de frutas e hortaliças (47,1%), alta freqüência de inatividade física ocupacional (86,6%), no deslocamento para o trabalho (92,6%) e lazer (61,9%), consumo excessivo de bebidas alcoólicas (23,2%), excesso de peso (36,5%), obesidade (10,6%), hipertensão arterial (22,4%), dislipidemias (18,4%) e diabetes (4,4%). A maioria dos fatores de risco apresentou associação inversa com escolaridade e direta com idade, com diferenças significativas entre sexos (p < 0,05). Observou-se alta prevalência dos fatores de risco de doenças crônicas não transmissíveis e de auto-referidas. Aspectos positivos do sistema: baixo custo operacional, possibilidade de monitorar a carga e a tendência das doenças crônicas não transmissíveis no nível local.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Validade de indicadores de atividade física e sedentarismo obtidos por inquérito telefônico(2008-08) MONTEIRO, Carlos Augusto; FLORINDO, Alex Antonio; CLARO, Rafael Moreira; MOURA, Erly Catarina deOBJETIVO: Avaliar a reprodutibilidade e a validade de indicadores de atividade física e sedentarismo, obtidos por sistema de vigilância baseado em inquéritos telefônicos. MÉTODOS: Foram realizadas análises de reprodutibilidade e validade em duas subamostras aleatórias (n=110 e n=111, respectivamente) da amostra total (N=2.024) de adultos (>18 anos), estudada pelo sistema, no município de São Paulo, em 2005. Os indicadores avaliados incluíram a freqüência de "suficientemente ativos no lazer", "inativos em quatro domínios da atividade física (lazer, trabalho, transporte e atividades domésticas)" e "ver televisão por longos períodos". A reprodutibilidade foi estudada comparando-se resultados obtidos a partir da entrevista telefônica original do sistema e de outra entrevista idêntica repetida após sete a 15 dias e feita por entrevistador diferente do que fez a entrevista original. A validade foi estudada comparando-se resultados obtidos a partir da entrevista telefônica original e de três recordatórios de 24 horas (método de referência) realizados na semana seguinte à entrevista original. RESULTADOS: A freqüência dos três indicadores avaliados foi idêntica ou muito próxima entre a primeira e a segunda entrevistas telefônicas, e os coeficientes kappa se situaram entre 0,53 e 0,80, indicando boa reprodutibilidade de todos os indicadores. Relativamente ao método de referência, evidenciou-se especificidade de 80% ou mais para os três indicadores e sensibilidade de 69,7% para "ver televisão por longos períodos", 59,1% para "inativos em quatro domínios" e 50% para "suficientemente ativos no lazer". CONCLUSÕES: Os indicadores de atividade física e sedentarismo empregados pelo sistema aparentam ser reprodutíveis e suficientemente acurados. Se mantido em operação nos próximos anos, o sistema poderá oferecer ao Brasil um instrumento útil para avaliação de políticas públicas de promoção da atividade física e controle das doenças crônicas não transmissíveis relacionadas ao sedentarismo.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Associação entre hipertensão arterial e excesso de peso em adultos, Belém, Pará, 2005(2008-08) BORGES, Hilma Paixão; CRUZ, Nilma do Carmo; MOURA, Erly Catarina deFUNDAMENTO: A hipertensão arterial constitui um grave problema de saúde pública, atingindo 20% a 25% da população adulta mundial e 12% a 35% da população brasileira. OBJETIVO: Avaliar associação entre hipertensão arterial e excesso de peso. MÉTODOS: Estudo transversal desenvolvido em 2005, com uma amostra probabilística da população >18 anos de Belém (PA), pelo SIMTEL (monitoramento de doenças crônicas por telefone). Considerou-se como variável desfecho: hipertensão; como variável explanatória: excesso de peso; como variáveis de confusão: idade, escolaridade e características de estilo de vida. As variáveis associadas com hipertensão arterial foram analisadas por regressão logística para cálculo de risco. RESULTADOS: A hipertensão arterial atingiu 16,2% dos homens e 18,3% das mulheres, e o excesso de peso, 49,3% e 34,0%, respectivamente. A prevalência de hipertensão arterial se associou diretamente com idade e com excesso de peso em ambos os sexos. Para os homens, se associou com consumo de frutas e hortaliças e baixo consumo de feijão; para as mulheres, com estado civil viúva ou separada e, inversamente, com escolaridade. O risco de hipertensão arterial aumentou com o peso em ambos os sexos (p<0,001), sendo na obesidade 6,33 vezes maior para os homens e 3,33 para as mulheres, comparativamente ao peso normal. CONCLUSÃO: O excesso de peso se associou com maior prevalência de hipertensão arterial, porém variáveis como idade, escolaridade e consumo alimentar interferem nessa associação, de modo a configurar contextos favoráveis à diminuição ou ao aumento desse risco.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Influência da velocidade de circulação do leite na adesão de Pseudomonas aeruginosa sobre aço inoxidável(2009-09) FIGUEIREDO, Hamilton Mendes de; ANDRADE, Nélio José de; OZELA, Eliana Ferreira; MORALES, Gundisalvo PiratobaA influência da velocidade de circulação do leite na adesão bacteriana de Pseudomonas aeruginosa foi avaliada em teste de uso simulado por meio de um modelo de circuito de processamento de leite. O circuito é composto por uma tubulação de aço inoxidável AISI 304, com 1,9 cm de diâmetro e 5,8 m de comprimento, além de um tanque de 25 L, utilizado como reservatório do produto e das soluções sanitizantes. O reservatório foi acoplado a uma bomba centrífuga de ½ HP, para impulsionar o alimento ou soluções de higienização pelo sistema equipado com cupons de prova em aço inoxidável nas formas cilíndrica, cotovelo 90º e T. As velocidades de circulação foram de 0,5, 1,0 e 1,5 m.s–1, correspondentes a fluxo turbulento com número de Reynolds de 14.000, 28.000 e 42.000, respectivamente. Quando se utilizou velocidade de 0,5 m.s–1, permaneceram aderidas à superfície 10,7% das células. Já nas velocidades e 1,0 e 1,5 m.s–1 as porcentagens de adesão foram de 5,36 e 4,9%, respectivamente, o que demonstra uma menor remoção de células aderidas à medida que o fluxo diminui, permitindo assim que mais células permaneçam aderidas na linha de produção, o que pode favorecer a formação de biofilmes.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Freqüência de hipertensão arterial e fatores associados: Brasil, 2006(2009-11) FERREIRA, Sandra Roberta Gouvea; MOURA, Erly Catarina de; MALTA, Deborah Carvalho; SARNO, FlávioOBJETIVO: Analisar a freqüência de hipertensão arterial sistêmica auto-referida e fatores associados. MÉTODOS: Estudo baseado em dados do sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL), coletados em 2006 nas capitais brasileiras e Distrito Federal. Estimou-se a freqüência de hipertensão arterial sistêmica entre 54.369 adultos, estratificada por sexo, região geográfica, variáveis sociodemográficas e comportamentais e morbidades auto-referidas. Foram calculadas os odds ratios brutos de hipertensão e ajustados para variáveis do estudo. RESULTADOS: A freqüência de hipertensão auto-referida foi de 21,6%, maior entre mulheres (24,4% versus 18,4%), menor nas regiões Norte e Centro-Oeste e maior na Sudeste. A freqüência de hipertensão aumentou com a idade, diminuiu com a escolaridade, foi maior entre negros e viúvos e menor entre solteiros. A chance de hipertensão, ajustada para variáveis de confusão, foi maior para os indivíduos com excesso de peso, diabetes, dislipidemia e de eventos cardiovasculares. CONCLUSÕES: Cerca de um quinto da população referiu ser portadora de hipertensão arterial sistêmica. As altas freqüências de fatores de risco modificáveis indicam os segmentos populacionais alvos de intervenção, visando à prevenção e controle da hipertensão.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Aumento do índice de massa corporal após os 20 anos de idade e associação com indicadores de risco ou de proteção para doenças crônicas não transmissíveis(2009-12) COELHO, Mara Sérgia Pacheco Honório; ASSIS, Maria Alice Altenburg de; MOURA, Erly Catarina deOBJETIVO: Investigar fatores sociodemográficos, de risco ou de proteção para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) que se associem ao aumento do índice de massa corporal (IMC) após os 20 anos de idade. MÉTODOS: Estudo transversal com 769 mulheres e 572 homens do Sistema Municipal de Monitoramento de Fatores de Risco para DCNT, 2005, Florianópolis, SC. O aumento do IMC foi definido em percentagem, pela diferença entre o IMC em 2005 e aos 20 anos. RESULTADOS: Desde os 20 anos, o aumento do IMC foi superior a 10% para a maioria dos indivíduos. Nas análises múltiplas, o aumento do IMC foi associado a aumento da idade, baixo nível educacional (mulheres), ser casado (homens), não trabalhar, baixo nível de percepção de saúde, pressão alta, colesterol/triglicerídeos elevados (homens), realização de dieta, sedentarismo e ex-tabagismo (mulheres). CONCLUSÕES: Estratégias de saúde para prevenir o ganho de peso em nível populacional devem considerar principalmente os fatores sociodemográficos.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Associação entre excesso de peso e hábito de fumar, Santarém, PA, 2007(Universidade Federal do Pará, 2009-12) SÁ, Naíza Nayla Bandeira de; MOURA, Erly Catarina deOBJETIVO: Estudar associação entre excesso de peso e hábito de fumar. METODOLOGIA: Estudo transversal desenvolvido por telefone numa amostra probabilística de adultos (Santarém /PA), em 2007. Variável desfecho foi excesso de peso, explanatória hábito de fumar e de confusão idade, escolaridade, união conjugal, estado nutricional prévio, abuso de bebidas alcoólicas, atividade física no lazer e padrão alimentar. Associação entre excesso de peso e demais variáveis foi investigada pelo teste do qui-quadrado e regressão de Poisson para o cálculo das razões de prevalência de excesso de peso conforme hábito de fumar, considerando-se três níveis de hierarquia: características sociodemográficas, estado nutricional prévio e padrão comportamental. RESULTADOS: Verificou-se 40,6% de excesso de peso e 16,4% de fumantes. As variáveis associadas ao excesso de peso foram: maior idade, menor escolaridade, união conjugal estável, excesso de peso aos 20 anos e hábito de não consumo de refrigerante para ambos os sexos; não ativo no lazer para homens e hábito de fumar (atual e passado) para mulheres. As razões de prevalência de excesso de peso não apresentaram associação com hábito de fumar para homens, porém para mulheres houve tendência de maior prevalência de excesso de peso para fumantes atuais, chegando a 2,56 vezes mais do que para nunca fumantes e ex-fumantes. CONCLUSÃO: Este estudo constatou que a prevalência de excesso de peso foi maior para mulheres fumantes, comparativamente às ex-fumantes e nunca fumantes. Para os homens não se observou nenhuma associação entre excesso de peso e tabagismo.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Determinantes do estado de saúde de crianças ribeirinhas menores de dois anos de idade do Estado do Pará, Brasil: um estudo transversal(2010-02) SILVA, Sara Araújo da; MOURA, Erly Catarina deO objetivo foi identificar os determinantes da saúde ruim em populações ribeirinhas menores de dois anos, residentes no Pará, Brasil. Foram avaliadas 202 crianças, considerando-se saúde ruim como variável desfecho, sendo composta pela combinação do estado nutricional, desenvolvimento físico-motor e intercorrências no último mês. Utilizou-se modelo multinível de análise hierárquica, considerando-se como preditoras da saúde ruim variáveis com p < 0,05 após ajuste. A razão de chance bruta apontou que o estado de saúde ruim é maior para as crianças de famílias que têm casa própria, são de maior idade e têm probabilidade de aleitamento materno exclusivo aos dois, três, quatro e cinco meses. Após ajuste, observa-se que crianças provenientes de famílias com casa própria têm 2,76 vezes mais chance de ter saúde ruim; esta também aumenta com a idade, chegando a ser 5,04 vezes maior entre as crianças de 18 a 23 meses, comparativamente às menores de 7 meses. Ter casa própria e mais idade representam, nessas comunidades, mais tempo de exposição ao risco de saúde ruim.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Associação entre excesso de peso e consumo de feijão em adultos(2010-04) SILVA, Sara Araújo da; SANTOS, Priscilla de Nazaré Silva dos; MOURA, Erly Catarina deOBJETIVO: Avaliar associação entre excesso de peso e consumo de feijão em adultos. MÉTODOS: O estudo constou de indivíduos adultos (>18 anos), moradores em Belém (PA), em 2005. A amostragem foi realizada por sorteio de residências com telefone fixo e de um morador adulto de cada casa sorteada. A variável desfecho foi excesso de peso, a variável explanatória consumo de feijão e as variáveis de controle foram idade, escolaridade e situação conjugal, além de atividade física no lazer e hábitos alimentares de risco. A análise dos dados foi feita pelo teste do qui-quadrado e por regressão logística. RESULTADOS: Foram avaliados 2 352 indivíduos (39,8% do sexo masculino). O excesso de peso atingiu mais os homens, 49,3%, do que as mulheres, 34,0% (p<0,001). A prevalência de excesso de peso apresentou associação direta com idade em ambos os sexos e com escolaridade para homens, para as mulheres a associação com a escolaridade foi inversa. A variável referente ao consumo alimentar que melhor se associou com excesso de peso foi o consumo de feijão. Após ajuste para as demais variáveis, o risco de excesso de peso foi cerca de 1,4 vez maior para os homens que consomem feijão menos do que cinco vezes na semana, porém o inverso para as mulheres. CONCLUSÃO: Os resultados indicam a necessidade de estudos mais controlados para melhor entendimento da associação entre consumo de feijão e excesso de peso.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Tabagismo associado a outros fatores comportamentais de risco de doenças e agravos crônicos não transmissíveis(2010-08) BERTO, Silvia Justina Papini; CARVALHAES, Maria Antonieta Barros Leite; MOURA, Erly Catarina deForam entrevistados via ligação telefônica 1.410 indivíduos, amostra aleatória e representativa da população acima de 18 anos residente em domicílios conectados à rede de telefonia fixa. A prevalência de tabagismo foi de 21,8%, maior em homens (25%) e em indivíduos na faixa entre 18 e 29 anos. Tabagismo e sedentarismo juntos ocorrem em 13,9% dos homens e 14,2% das mulheres; tabagismo e baixo consumo de frutas em 12,9% dos homens e 12,3% das mulheres; e tabagismo e baixo consumo de legumes em 5,8% dos homens e 5,1% das mulheres. A associação de tabagismo e consumo excessivo de álcool foi observada apenas nos homens (em 3,5% deles) e, da mesma forma que verificada para tabagismo isoladamente, sua ocorrência concomitante a outros fatores comportamentais de risco de doenças e agravos crônicos não transmissíveis (DANT) associou-se inversamente à escolaridade. Os dados apontam indícios de efeito de aglomeração entre tabagismo e sedentarismo, tabagismo e álcool em excesso, tabagismo e dieta inadequada, justificando intervenções focadas na prevenção e redução concomitante dos principais fatores comportamentais de risco de DANT.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Factors associated with overweight and central adiposity in urban workers covered by the Workers Food Program of the Brazilian Amazon Region(Universidade Federal do Pará, 2010-09) ARAUJO, Marilia de Souza; COSTA, Teresa Helena Macedo da; SCHMITZ, Bethsáida de Abreu Soares; MACHADO, Liliane Maria Messias; SANTOS, Wallace Raimundo Araujo dosOBJETIVO: Investigar os fatores associados ao sobrepeso e a obesidade abdominal em trabalhadores de ambos os sexos. MÉTODO: Estudo transversal de base populacional, de uma amostra representativa de 1054 trabalhadores, com idade entre 18 e 74 anos, assistidos pelo Programa de Alimentação do Trabalhador na região metropolitana de Belém do Pará, na região norte do Brasil. Parâmetros relacionados à saúde e medidas antropométricas foram obtidas e amostra de sangue foram coletadas. RESULTADOS: A prevalência de sobrepeso foi de 38% nas mulheres e 50,4% nos homens. Dentre os indivíduos com sobrepeso, 6,1% das mulheres eram obesas e 10,7% dos homens tinham obesidade. Análise multivariada foi utilizada para identificar os fatores sociocomportamentais e clínico-bioquímicos associados com o aumento da adiposidade corporal (IMC > 25kg/m2 e circunferência de cintura > 80cm para mulheres e >94cm para homens). As variáveis e a razão de prevalência (PR) associadas ao sobrepeso e adiposidade abdominal nos homens foram: idade (1,02), renda familiar alta (1,05), fumo (1,36), hipertensão (pressão arterial sistólica 1,41 e pressão arterial diastólica 1,85) e hipertrigliceridemia (2,29). Nas mulheres as razões de chance para sobrepeso e adiposidade abdominal foram: idade (1,02), consumo de álcool (1,42), hipertrigliceridemia (1,44), pressão arterial diastólilca (1,65) e hiperglicemia (1,71). CONCLUSÃO: A associação do sobrepeso e obesidade abdominal com parâmetros sociocomportamentais devem ser corrigidos com medidas educativas e preventivas. Além disso, a associação de sobrepeso e obesidade abdominal com parâmetros clínicos e bioquímicos coloca os trabalhadores de Belém do Pará, assistidos pelo Programa de Alimentação do Trabalhador, em possível risco de morbidades e mortalidade precoce pelo aumento de adiposidade corporal.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Validação de indicadores do consumo de alimentos e bebidas obtidos por inquérito telefônico em Belém, Pará, Brasil(2010-12) NEVES, Alice Cristina Medeiros das; GONZAGA, Lidyane Andrea Amaral; MARTENS, Irland Barroncas Gonzaga; MOURA, Erly Catarina deO objetivo deste trabalho foi avaliar a validade relativa dos indicadores de consumo de alimentos e bebidas obtidos pelo sistema de vigilância por entrevista telefônica (VIGITEL). Foi avaliada uma amostra aleatória (n = 100) da amostra total de aproximadamente dois mil adultos, estudada pelo sistema, em 2009, em Belém, Pará, Brasil. Os indicadores avaliados foram fatores de proteção (consumo adequado de frutas, legumes e verduras) e de risco (consumo de gordura saturada, refrigerante e bebidas alcoólicas) para doenças crônicas não transmissíveis. Compararam-se os resultados obtidos a partir de entrevista telefônica e de três recordatórios de 24 horas (padrão de referência). O padrão de referência evidenciou subestimação na frequência dos indicadores, à exceção de refrigerantes e bebidas alcoólicas. As médias das frequências do consumo foram, em geral, maiores no grupo exposto (entrevistados pelo VIGITEL). Não se pode concluir que o VIGITEL não seja um bom indicador de consumo, pois o padrão de referência também apresenta limitações, portanto o uso daquele como instrumento de monitoramento é justificável.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Anemia em gestantes brasileiras antes e após a fortificação das farinhas com ferro(Universidade Federal do Pará, 2011-12) FUJIMORI, Elizabeth; SATO, Ana Paula Sayuri; SZARFARC, Sophia Cornbluth; VEIGA, Gloria Valeria da; QUEIROZ, Valterlinda Alves de Oliveira; COLLI, Célia; ARAUJO, Regilda Saraiva dos Reis Moreira; ARRUDA, Ilma Kruze Grande de; UCHIMURA, Taqueco Teruya; BRUNKEN, Gisela Soares; YUYAMA, Lucia Kiyoko Ozaki; MUNIZ, Pascoal Torres; PRIORE, Silvia Eloiza; TSUNECHIRO, Maria Alice; FRAZÃO, Andréa das Graças Ferreira; PASSONI, Cynthia R Matos Silva; ARAÚJO, Claudia Regina Marchiori AntunesOBJETIVO: Comparar prevalência de anemia e valores de hemoglobina (Hb) em gestantes brasileiras, antes e após a fortificação das farinhas com ferro. MÉTODOS: Estudo de avaliação de painéis repetidos, desenvolvido em serviços públicos de saúde de municípios das cinco regiões brasileiras. Dados retrospectivos foram obtidos de 12.119 prontuários de gestantes distribuídas em dois grupos: antes da fortificação, com parto anterior a junho de 2004, e após a fortificação, com última menstruação após junho de 2005. Anemia foi definida como Hb < 11,0 g/dL. Valores de Hb/idade gestacional foram avaliados segundo dois referenciais da literatura. Foram utilizados teste qui-quadrado, t de Student e regressão logística, com nível de 5% de significância. RESULTADOS: Na amostra total, anemia caiu de 25% para 20% após fortificação (p < 0,001), com médias de Hb significativamente maiores no grupo "após" (p < 0,001). Observaram-se, entretanto, diferenças regionais importantes: reduções significativas nas regiões Nordeste (37% para 29%) e Norte (32% para 25%), onde as prevalências de anemia eram elevadas antes da fortificação, e reduções menores nas regiões Sudeste (18% para 15%) e Sul (7% para 6%), onde as prevalências eram baixas. Os níveis de Hb/idade gestacional de ambos os grupos se mostraram discretamente mais elevados nos primeiros meses, porém bem mais baixos após o terceiro ou quarto mês, dependendo da referência utilizada para comparação. Análise de regressão logística mostrou que grupo, região geográfica, situação conjugal, trimestre gestacional, estado nutricional inicial e gestação anterior associaram-se com anemia (p < 0,05). CONCLUSÕES: A prevalência de anemia diminuiu após a fortificação, porém continua elevada nas regiões Nordeste e Norte. Embora a fortificação possa ter tido papel nesse resultado favorável, há que se considerar a contribuição de outras políticas públicas implementadas no período estudado.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Trend of the risk and protective factors of chronic diseases in adolescents, National Adolescent School-based Health Survey (PeNSE 2009 e 2012)(Universidade Federal do Pará, 2014) MALTA, Deborah Carvalho; ANDREAZZI, Marco Antonio Ratzsch de; OLIVEIRA-CAMPOS, Maryane; ARAÚJO, Silvania Suely Caribé de; SÁ, Naíza Nayla Bandeira de; MOURA, Lenildo de; DIAS, Antonio José Ribeiro; CRESPO, Claudio Dutra; SILVA JÚNIOR, Jarbas Barbosa daOBJETIVO: Comparar as prevalências dos principais fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis em escolares nas capitais brasileiras, investigados na Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar nas suas duas edições, 2009 e 2012. MÉTODOS: Foram comparadas as frequências com Intervalo de Confiança de 95% das variáveis sóciodemograficas e dos seguintes comportamentos: consumo alimentar, imagem corporal, atividade física, tabagismo, consumo de álcool e outras drogas. As prevalências foram comparadas nas duas edições da pesquisa. RESULTADOS: A proporção de alunos que praticam duas ou mais aulas de educação física foi mantida em 49% entre 2009 e 2012. Não houve mudança nos que assistem duas horas ou mais de televisão diária, cerca de 80%. Quanto à imagem corporal, não houve mudança nas duas edições, e cerca de 60% se consideraram com peso normal. Houve uma redução no percentual de adolescentes que experimentou cigarros de 24,2% (IC95% 23,6 - 24,8) para 22,3% (IC95% 21,4 - 23,2), e a prevalência de fumantes foi mantida em cerca de 6%. O consumo de feijão, frutas, guloseimas e refrigerantes também reduziu. A experimentação de drogas foi de 8,7% (IC95% 8,3 - 9,1) em 2009 e de 9,6% (IC95% 9,0 - 10,3) em 2012, e a frequência de experimentação de bebidas alcoólicas foi mantida em cerca de 70%; a porcentagem de uso nos últimos 30 dias também foi mantida, em cerca de 27%. CONCLUSÃO: Nas capitais brasileiras, foram mantidas estáveis a grande maioria das prevalências de fatores de risco nas duas edições da Pesquisa Nacional de Escolares. Estes dados geram evidências para orientar a implementação de políticas públicas para minimizar a exposição a fatores de risco dos adolescentes.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Avaliação da perda hídrica e hábitos de hidratação de atletas universitários de futsal competitivo(Universidade Federal do Pará, 2016-10) SEPEDA, Tayana Patrícia Aleixo; MENDES, Rodrigo Conceição; LOUREIRO, Ligiane MarquesIntrodução: No futsal ocorre uma grande produção de suor com a consequente perda de líquido e eletrólitos. Tal perda pode ocasionar diversos transtornos orgânicos, incluindo a desidratação, capaz de comprometer o desempenho durante o exercício e prejudicar a saúde. Objetivo: Avaliar a perda hídrica e os hábitos de hidratação de atletas universitários de futsal competitivo. Métodos: Os dados foram coletados em dois treinos não consecutivos (A e B), nos quais foram verificadas as variações do peso pré e pós-treino de 17 atletas do sexo masculino. Aplicaram-se fórmulas específicas para avaliação das variações. Os atletas consumiram 360 ml de água 40 minutos antes dos treinos, não sendo permitida a ingestão de outros líquidos nem a excreção urinária. Os hábitos de hidratação foram identificados por meio de um questionário contendo questões objetivas relacionadas ao tema. Resultados: A perda hídrica relativa do treino A foi de 1,02 ± 0,28 kg e a do treino B, de 1,18 ± 0,44 kg, correspondendo em desidratação percentual de 1,40 ± 0,38% e 1,59 ± 0,56%, respectivamente. Houve diferença significativa entre a taxa de sudorese do treino A com relação ao B (p < 0,0474). Todo o grupo (100%) costumava se hidratar durante treinos e competições; 52,95% mostraram despreocupação com o tipo de bebida ingerida; a água é a solução hidratante mais consumida (100%), seguida por suco natural (88,23%) e café (76,47%). Os sintomas mais relevantes decorrentes da desidratação foram: sede intensa (88,23%), sensação de perda de força (82,35%) e fadiga (82,35%). Conclusão: A perda hídrica evidenciada nos treinos foi significativa, já que implica início de desidratação. A maioria dos atletas tem hábitos hídricos inadequados, principalmente quando comparados ao nível de entendimento sobre o tema. Sugere-se o reforço de orientações e estabelecimento de estratégias, visando ratificar a seriedade do assunto e atenuar os possíveis riscos associados ao calor.
