Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular - PPGNBC/ICB
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2374
O Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular (PPGNBC) é parte integrante do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Pará (UFPA), sendo constituído por: Mestrado e Doutorado em Neurociências e Biologia Celular, com área de concentração em Neurociências ou Biologia Celular.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular - PPGNBC/ICB por Institutos "Instituto de Ciências Biológicas"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ação da ciclosporina A na via de ativação do fator de crescimento de nervo (NGF) em células neurais do SNP(Universidade Federal do Pará, 2016-08-26) JESUS, Jessica Batista de; SENA, Chubert Bernardo Castro de; http://lattes.cnpq.br/8620752020290438; NASCIMENTO, José Luiz Martins do; http://lattes.cnpq.br/7216249286784978A Ciclosporina A é um imunossupressor químico com ação conhecida sobre células T do sistema imune. No sistema nervoso, a Ciclosporina A age inibindo a ação da Calcineurina, um importante segundo mensageiro da via de transdução de sinal do Fator de Crescimento de Nervo (NGF) resultando na hiperfosforilação do Fator Nuclear de Células T Ativadas (NFAT) e regulação negativa de NGF, TrkA e outros fatores que participam da via. As isoformas da família de NFAT1-4 são dependentes de calcineurina, enquanto a isoforma NFAT5 é independente. Já foi demonstrado o papel neuroprotetor da Ciclosporina A por via dependente ou independente de calcineurina. No presente trabalho, procuramos avaliar a ação da Ciclosporina A no sistema nervoso periférico, associando níveis de NGF, TrkA e o fator de transcrição independente de calcineurina, NFAT5 com a plasticidade de células neuronais oriundas de Gânglios da Raiz Dorsal (GRD) mantidas em culturas. Usamos culturas de GRD E10, suplementado com Meio Condicionado de Retina de E9, tratados com Ciclosporina A por 48 e 72 horas. Culturas enriquecidas de Neurônios foram confirmadas pelo método de imageamento de cálcio. A ação da Ciclosporina A sob a neuritogênese foi avaliada por microscopia de campo claro, a expressão de NGF, TrkA e NFAT5 foi realizada por RT-PCR e o acúmulo de NGF intracelular foi avaliado por Imunofluorescência, assim como a presença de TrkA em neurônios. O teste de viabilidade das culturas tratadas ou não com as concentrações de 1-40μM de Ciclosporina A foi realizado pelo método de MTT. Os resultados mostram aumento dos níveis de NGF em culturas mistas, e de receptor TrkA e NFAT5 em culturas enriquecidas em neurônios após o tratamento com a Ciclosporina A. Dada a importância da via de NGF no desenvolvimento e manutenção do SNP, o uso da Ciclosporina A, pode vir a ser usado na clínica como novo alvo para novas terapias.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ação da hidroxicloroquina sobre neurônios da retina de embrião de galinha(Universidade Federal do Pará, 2017-03-22) ROSÁRIO, Aldanete Santos; NASCIMENTO, José Luiz Martins do; http://lattes.cnpq.br/7216249286784978Hidroxicloroquina (HCQ), classicamente empregado no tratamento da malária e de doenças autoimunes, tem sido proposta como fármaco de escolha para outros fins terapêuticos. Entretanto, este fármaco é conhecido por causar efeitos colaterais, como distúrbios visuais, que podem ser irreversíveis, sendo que os mecanismos que levam a essas desordens não são completamente conhecidos. A toxicidade produzida na retina pelo uso da HCQ pode ser devida a sua alta taxa metabólica, sendo o tecido muito susceptível à ação de xenobióticos e danos oxidativos. Assim, este trabalho tem como objetivo avaliar os efeitos do fármaco HCQ sobre células da retina, bem como seus possíveis mecanismos de citotoxicidade. Como modelo de estudo, utilizamos culturas de células da retina de embrião de galinha. Para avaliar a viabilidade celular foi usado o ensaio de medida de atividade mitocondrial por MTT. A função lisossomal foi avaliada pela taxa de incorporação do corante vermelho neutro. Os níveis de espécies reativas de oxigênio geral e de ânion superóxido foram avaliados pela sonda CellROX e por Nitro Blue Tetrazolium (NBT), e os níveis de glutationa total foram quantificados usando o reagente de Ellman. A viabilidade foi testada em culturas mistas (glia e neurônios), ou culturas enriquecidas com neurônios ou glia, após tratamento com HCQ. Para comparação foi utilizado a cloroquina (CQ), fármaco da qual a HCQ é derivada. As células foram expostas às concentrações de 25μM, 50μM e 75μM por 24 horas. Os resultados demostram que culturas mistas tratadas com CQ apresentaram redução na viabilidade de 36 e 61% para as concentrações de 50μM e 75μM, respectivamente, enquanto HCQ não altera a viabilidade em nenhuma das concentrações testadas. No entanto, quando culturas enriquecidas com células gliais foram expostas a HCQ por 24 horas, a concentração de 75μM teve uma pequena redução na viabilidade das células, sendo as reduções nas células neuronais mais acentuadas, 20, 33 e 56% para as concentrações de 25μM, 50μM e 75μM, respectivamente. Mesmo um tempo menor de tratamento (6 horas) causou perda de viabilidade em neurônios retinianos. A capacidade de incorporação do corante supravital vermelho neutro, também foi alterada em culturas neuronais tratadas com HCQ por 24 horas, tendo redução de 19 e 32%, comparadas ao controle, para as concentrações de 50μM e 75μM, respectivamente. HCQ reduziu significativamente os níveis de espécies reativas de oxigênio produzidas pelas células neuronais, principalmente ânion superóxido, 43, 52 e 61% para as concentrações de 25μM, 50μM e 75μM de HCQ em 24 horas de tratamento, respectivamente. Os níveis de glutationa total em células neuronais apresentaram redução de 37 e 53% quando tratados com 50μM e 75μM de HCQ por 24 horas, respectivamente, comparado ao controle. Quando o meio condicionado de células gliais foi utilizado em células neuronais tratadas com HCQ por 6 horas, este reverteu completamente o processo de citotoxicidade causado pelo fármaco. E quando os níveis de glutationa total foram mensurados em culturas enriquecidas com glia, tratadas com HCQ por 24 horas, não foram observadas quaisquer alterações. Estes resultados sugerem ação citotóxica de CQ em cultura mista de células da retina de embrião de galinha, o que não é observado no tratamento com HCQ. Entretanto, HCQ mostrou ação citotóxica quando as células são cultivadas separadamente, principalmente sobre neurônios, que é revertida por algum fator liberado pelas células gliais no ambiente extracelular, sendo a glutationa uma possível candidata a exercer essa função neuroprotetora.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ação do alcaloide (+)-filantidina sobre o protozoário Leishmania (Leishmania) amazonensis e a célula hospedeira(Universidade Federal do Pará, 2014-08-14) MORAES, Lienne Silveira de; SILVA, Edilene Oliveira da; http://lattes.cnpq.br/7410116802190343A leishmaniose é uma doença de caráter antropozoonótico causada por parasitas do gênero Leishmania. Estes parasitas proliferam principalmente dentro de macrófagos de mamíferos e são responsáveis por promover uma diversidade de manifestações clínicas como Leishmaniose Cutânea (LC) e Leishmaniose Mucocutânea (LMC). O único tratamento utilizado para a leishmaniose é a quimioterapia, onde geralmente são utilizadas drogas tóxicas e com longo período de tratamento. O estudo de produtos naturais obtidos de plantas como agente leishmanicida desempenha um papel importante na busca de novas drogas para o tratamento da leishmaniose. A (+)-filantidina é um alcaloide extraído do caule da planta Margaritaria nobilis, pertencente a família Phyllanthaceae. Desta forma, objetivo deste estudo é avaliar os efeitos da (+)-filantidina sobre formas promastigotas de Leishmania (Leishmania) amazonensis e a célula hospedeira. A atividade antiproliferativa de formas promastigotas foi avaliada quando os parasitas foram tratados com 50, 100 e 200 μg/ml do alcaloide por 96 horas, com redução de 73,75%, 82,50% e 88,75% no número de parasitas respectivamente, quando comparados ao grupo controle sem tratamento. No período de 96 horas, foi observado um valor IC50 de 56,34 μg/ml. A anfotericina B foi utilizada como droga de referência na concentração de 0,1 μg/ml, sendo observada redução de 100% dos parasitas durante as 96 horas de tratamento. O tratamento com o alcaloide promoveu alterações importantes nas promastigotas, mostradas através de microscopia eletrônica de transmissão e varredura. Foram observadas alterações no corpo celular, flagelo, cinetoplasto, mitocôndria, indução na formação de rosetas, presença de vesículas eletrodensas sugestivas de corpúsculos lipídicos e aumento no número de estruturas semelhantes a acidocalcisssomos. Com relação à célula hospedeira, não foi observado efeito citotóxico nos macrófagos tratados com alcaloide e análise por microscopia eletrônica de varredura mostrou que o alcaloide promoveu aumento no número de projeções citoplasmáticas, aumento do volume celular e espraiamento. Assim, estes resultados demonstram que a (+)-filantidina foi eficaz na redução do crescimento de formas promastigotas do protozoário, sendo eficaz na ativação de macrófagos sem causar efeito citotóxico para o mesmo, o que pode representar uma fonte alternativa para o tratamento da leishmaniose.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ação do metabólito secundário 5-hidroxi-2-hidroximetil gama-pirona isolado de fungos do gênero Aspergillus sobre monócitos humanos in vitro(Universidade Federal do Pará, 2012-06-15) COSTA, Josineide Pantoja da; SILVA, Edilene Oliveira da; http://lattes.cnpq.br/7410116802190343O 5-hidroxi-2-hidroximetil-gama-pirona (HMP) é um metabólito secundário sintetizado por algumas espécies de fungos dos gêneros Aspergillus, Penicillium Acetobac-ter. O HMP tem várias aplicações, sendo utilizado como antioxidante, inibidor da tirosinase, agente protetor contra a radiação e antitumoral. Recentemente, foi também demonstrado que esse metabólito atua como ativador de macrófagos. No entanto, o efeito do HMP em mo-nócitos humanos é desconhecido. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos de HMP sobre a viabilidade e diferenciação celular de monócitos do sangue humano in vi-tro. Leucócitos humanos do sangue periférico foram obtidos a partir de bolsas de san-gue doadas pela Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (HEMOPA). O isolamento das células foi realizado por meio de gradiente de densidade com Histopaque ®1077. Os monócitos foram tratados durante 24, 48 e 72 horas com 50 e 100 μg / mL de HMP. A análise ultraestrutural dos monócitos tratados revelou que essas células apresen-tam maior espraiamento, elevado número de projeções citoplasmáticas e vacúolos, caracterís-ticas que são frequentemente observadas em células ativadas. A análise da expressão da proteína de superfície específica para macrófago (F4/80) por imunofluorescência, de-monstrou que os monócitos humanos tratados com 50 e 100 μg / mL de HMP por 48 e 72 horas, mostrou um padrão de expressão semelhante ao verificado em macrófagos humanos originados de monócitos tratados com o M-CFS. Os testes de viabilidade utilizados (Método thiazolyl blue, Potencial de membrana mitocondrial, Vermelho Neutro e Azul de Tripan) mostraram que o HMP não tem nenhum efeito citotóxico em monócitos humanos quando tra-tados com 50 e 100 μg/ mL do bioproduto. Estes resultados demonstram um novo papel pa-ra HMP como um agente imunomodulador, induzindo a diferenciação de monócitos em macrófagos.Tese Acesso aberto (Open Access) Acidente vascular encefálico isquêmico na exposição crônica ao etanol: estudo pré-clínico da comorbidade e da resposta a minociclina(Universidade Federal do Pará, 2015-02-27) FONTES JÚNIOR, Enéas de Andrade; MAIA, Cristiane do Socorro Ferraz; http://lattes.cnpq.br/4835820645258101; CRESPO LÓPEZ, Maria Elena; http://lattes.cnpq.br/9900144256348265O acidente vascular encefálico (AVE) é a segunda maior causa de morte no mundo e a principal no Brasil, sendo que 87% dos AVE ocorrem por processos isquêmicos (AVEI). O consumo crônico de etanol, que se inicia geralmente na adolescência, é reconhecido como um fator de risco independente para a elevação da morbidade e mortalidade por AVEI. Apesar de que casos que combinem as duas patologias sejam relativamente frequentes, não há dados disponíveis em modelos animais ou clínicos que demonstrem a qualidade ou mecanismos de interação entre as duas morbidades, e tão pouco suas consequências sobre a intervenção terapêutica. Considerando então os recentes estudos que propõem a minociclina como nova ferramenta terapêutica para o tratamento do AVEI, este estudo teve por objetivo investigar a interação entre a Intoxicação Alcoólica Crônica (IAC) iniciada na adolescência e o AVEI em córtex motor na fase adulta em ratos, e os efeitos do tratamento com minociclina sobre esta interação, usando parâmetros comportamentais, celulares e moleculares. Ratas Wistar (de 35 dias de idade) foram expostas cronicamente a etanol (6,5 g/kg/dia, 22,5% m/v) ou água por 55 dias. Um dia após o fim da IAC, foi induzida isquemia focal no córtex motor com endotelina- 1 (ET-1), seguindo-se sete dias de tratamento com minociclina ou salina. Ao final deste período os animais foram testados em modelos de campo aberto e rota rod. A seguir, os animais foram sacrificados e o córtex dissecado para avaliação dos níveis de nitritos e de peroxidação lipídica. De cada grupo, alguns animais foram perfundidos e o córtex motor submetidos à analise histológica, para avaliação do dano, e histopatológica, para a morte neuronal (anti-NeuN), ativação microglial/macrófagica (Anti-ED1) e astrocitária (anti-GFAP). A intoxicação por etanol a partir da puberdade até a idade adulta potencializou os danos causados pela isquemia, causando grandes perdas na capacidade de iniciar e gerir os movimentos, bem como na coordenação e força motora em comparação aos animais isquêmicos pré-tratados com água. Estas manifestações foram acompanhadas de aumento da perda neuronal, redução do número de células ED1+ e GFAP+ e maiores níveis de nitritos e peroxidação lipídica. O tratamento com minociclina foi eficiente em prevenir/reverter as perdas motoras e danos teciduais induzidos pela isquemia focal, inibindo também a elevação dos marcadores de estresse oxidativo. A IAC tanto isoladamente como sucedida pela isquemia focal, modificaram o desfecho do tratamento com minociclina. Os nossos resultados indicam que a intoxicação com álcool durante a adolescência agrava o déficit motor e danos no tecido em animais sujeitos a isquemia focal no córtex motor. Este processo parece estar associado com a ativação microglial/ astrocitária, mas principalmente com o estresse oxidativo. Mostra ainda que o histórico prévio de IAC iniciado na adolescência interfere significativamente no tratamento da isquemia cerebral com minociclina.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Acuidade visual e matriz extracelular no córtex visual primário: alterações associadas à privação monocular precoce e ao enriquecimento ambiental(Universidade Federal do Pará, 2012-11-08) SILVA, Nonata Lucia Trévia da; DINIZ, Cristovam Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/2014918752636286; DINIZ JUNIOR, José Antônio Picanço; http://lattes.cnpq.br/3850460442622655O objetivo do presente trabalho e analisar a influencia do enriquecimento ambiental sobre a acuidade visual e a distribuição das redes perineuronais (RPNs) no córtex visual primário de camundongos submetidos a privação monocular durante o período critico pos-natal. Camundongos suíços albinos fêmeas foram submetidos a sutura da pálpebra direita no 10o dia pos-natal (M, n=16), enquanto que os animais do grupo binocular não foram submetidos a nenhum procedimento cirúrgico (B, n=16). Ao completarem 21 dias, os animais foram subdivididos em: ambiente padrão e ambiente enriquecido, constituindo os grupos M.AP, M.AE, B.AP e B.AE. Após três meses, os animais foram submetidos ao teste de acuidade visual, perfundidos e secções coronais de seus cérebros processadas para histoquímica da lectina Wisteria floribunda e posterior quantificação através do método estereologico do fracionador óptico. Os animais do grupo B.AP apresentaram acuidade visual de 0.48 ciclos/grau, enquanto que aqueles alojados em ambiente enriquecido (B.AE) apresentaram um melhor desempenho do teste, atingindo 0.996 ciclos/grau. A acuidade visual foi significantemente menor nos animais submetidos a privação monocular (M.AP 0.18 ciclos/grau; M.AE 0.4 ciclos/grau). Os resultados estereologicos revelaram que o ambiente enriquecido aumenta o numero de RPNs tipo 1 e de RPNs total nas camadas supragranular e granular em ambos os hemisférios nos camundongos submetidos a privação monocular (ANOVA dois critérios, p<0.05), sendo que essa diferença na camada granular e decorrente principalmente do aumento das redes perineuronais da matriz extracelular no hemisfério direito. Na camada infragranular, os animais do grupo M.AE apresentaram um aumento apenas no numero de RPNs tipo 1.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adenosina modula os níveis extracelulares de glutamato induzido por hiperosmolaridade em cultura de astrócitos hipotalâmicos(Universidade Federal do Pará, 2016-04-29) BRAGA, Danielle Valente; DINIZ, Domingos Luiz Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/9601463988942971; SILVA, Anderson Manoel Herculano Oliveira da; http://lattes.cnpq.br/8407177208423247Estudos recentes mostram que liberação de glutamato por células gliais hipotalâmicas é uma importante resposta fisiológica em situações de hiperosmolaridade. Além disso, estudos prévios apontam um marcante aumento dos níveis de adenosina no fluido intersticial renal após o aumento da ingestão de sódio. Neste contexto, o objetivo do presente estudo foi caracterizar a possível relação entre a liberação de adenosina e a liberação de glutamato em culturas primárias de astrócitos expostas à situação de hiperosmolaridade. Culturas de astrócitos hipotalâmicos obtidos de ratos da linhagem Wistar nos dois primeiros dias de nascidos, foram expostas à solução hipertônica com sódio (340mOsm/L) nos tempos 3, 5, 10 e 15 minutos. Após o estímulo, o meio de incubação foi coletado e os níveis extracelulares de glutamato e adenosina foram determinados por Cromatografia Liquida de Alta Eficácia (CLAE). Afim de avaliar a relação entre estes compostos em situações hiperosmóticas, utilizou-se o tratamento das culturas com Adenosina, com R- PIA um agonista do receptor A1, bem como com glutamato e agonista do receptor tipo NMDA. Nossos resultados demonstraram elevação significativa dos níveis extracelulares de glutamato após o estímulo hiperosmótico com um pico em 5 minutos. Similarmente, observamos o aumento nos níveis de adenosina no meio de incubação após 10 e 15 minutos. O tratamento com glutamato induziu aumento nos níveis extracelulares de adenosina após 15 e 20 minutos em meio iso-osmótico. A exposição ao NMDA não induziu a liberação de adenosina e em nenhuma das concentrações utilizadas. Os pré- tratamentos com adenosina e o agonista A1 R-PIA impediram a liberação de glutamato induzida por hiperosmolaridade. Nossos resultados mostraram também que o efeito do estímulo na liberação de glutamato e adenosina é dependente de sódio, e apresenta uma resposta específica para astrócitos do hipotálamo que pode ser modulada através da ativação do receptor A1 de adenosina.Tese Acesso aberto (Open Access) Ajustes motores compensatórios após lesão isquêmica focal unilateral do trato corticoespinhal(Universidade Federal do Pará, 2017-06-30) CARVALHO, Walther Augusto de; BAHIA, Carlomagno Pacheco; http://lattes.cnpq.br/0910507988777644; PEREIRA JÚNIOR, Antônio; http://lattes.cnpq.br/1402289786010170O objetivo deste trabalho foi desenvolver um novo modelo de lesão química da medula espinhal causada por isquemia transitória focal e unilateral após microinjeção de endotelina-1 (ET1) no funículo dorsal e avaliar as alterações sensório-motoras da pata anterior de ratos (Wistar). Dos cinquenta (n = 50) animais (CEPAE/UFPA protocolo BIO0079-12), que foram treinados, trinta e três (n = 33) foram selecionados para compor os grupos controle (n = 15), sham (n = 6) e lesão (n = 12). Pelo uso de micropipeta foi injetado a profundidade de 1 mm a partir da superfície pial da medula espinhal o volume de 250 nL de solução salina (sham) ou ET-1 (lesão) próximo à artéria dorsal média da medula espinhal, no segmento cervical C4. A ET-1 provocou formação de cavidade cística amórfica de 0,421 mm2 ( 0,035 mm2 , n=3) sobre o trato corticoespinhal e substância branca suprajacente, ipsilateral ao sítio de microinjeção que pode ser medido em cortes transversais (50 m) corados pela técnica de Nissl. As funções motoras das patas anteriores foram avaliadas por testes sensório-motores específicos antes e após lesão em 3, 7 e 14 dias. Os resultados foram avaliados pelo teste estatístico ANOVA com análise post-hoc de Tukey ( = 0,05). Os resultados mostram, através do teste do manuseio do macarrão, que após a lesão ocorre um comportamento motor de compensatório onde a pata não-preferencial assume as funções da pata preferencial. O teste do “Staircase” revelou decréscimo da capacidade apreensão do objeto com a pata preferencial e o teste de extensão da pata mostrou que houve diminuição da sensibilidade.Tese Acesso aberto (Open Access) Ajustes posturais antecipatórios e compensatórios em idosos com e sem lombalgia(Universidade Federal do Pará, 2021-03) GARCEZ, Daniela Rosa; CALLEGARI, Bianca; http://lattes.cnpq.br/0881363487176703; https://orcid.org/0000-0001-9151-3896; YAMADA, Elizabeth Sumi; http://lattes.cnpq.br/7240314827308306A dor lombar crônica (DLC) está associada a alterações no controle postural e é altamente prevalente em idosos. Pesquisas apontam que o envelhecimento e a DLC são descritos como fatores importantes que afetam o controle postural. O prejuízo no controle postural é um importante fator no risco de quedas. Pesquisas que avaliam o controle postural em idosos com DLC ainda são necessárias para maior efetividade nos programas de reabilitação do equilíbrio, visando maior controle postural e prevenção de quedas nesta população.O objetivo deste estudo é verificar a influencia da DLC nos ajustes posturais antecipatórios (APAs) e compensatórios (CPAs), em idosos, durante um paradigma de perturbação auto-iniciado induzido por um movimento rápido do membro superior ao apontar um alvo. Idosos foram divididos em: Grupo com DLC (GDLC) (n=15) e Grupo Controle (GC) (n=15). A latência dos músculos dos membros inferiores e os deslocamentos do centro de pressão (COP) foram avaliados antes da perturbação até o fim do movimento. O momento T0 (início do movimento) foi definido como a latência do deltóide anterior (DEL) e todos os parâmetros foram calculados em relação a este T0. O reto femoral (RT), semitendinoso (ST) e sóleo (SOL) demonstraram latência atrasada no GDLC comparado com o GC: RF (controle: -0,094 ± 0,017 s; GDLC: -0,026 ± 0,012 s, t = 12, p < 0,0001); ST (controle: -0,093 ± 0,013 s; GDLC: -0,018 ± 0,019 s, t = 12, p < 0,0001); e SOL (controle: -0,086± 0,018 s; GDLC: -0,029 ± 0,015 s, t = 8,98, p < 0,0001). Adicionalmente, o deslocamento do COP esteve atrasado no GDLC (controle: -0,035 ± 0,021 s; GDLC: -0,015 ± 0,009 s, t = 3; p = 0,003) e apresentou uma amplitude menor durante APAs; COPAPA [controle: 0,444 cm (0,187; 0,648); GDLC: 0,228 cm (0,096; 0,310), U = 53, p = 0,012]. O GDLC apresentou tempo maior para alcançar o deslocamento máximo após a pertubação (controle: 0,211 ± 0,047 s; GDLC 0,296 ± 0,078 s, t = 3,582, p = 0,0013). Isto indica que idosos do GDLC apresentam prejuízos para recuperar seu controle postural e menor eficiência dos ajustes antecipatórios durante a fase antecipatória. Nossos resultados sugerem que idosos do GDLC tem o controle feedforward alterado nos músculos do quadril e tornozelo, como verificado na latência dos músculos SOL, ST e RT. Este estudo é o primeiro no campo do envelhecimento que investiga ajustes posturais na população de idosos com DLC. Avaliações clínicas nesta população devem considerar a estabilidade postural como parte de um programa de reabilitação.Tese Acesso aberto (Open Access) Alteração diferencial nos astrócitos radiais do hipocampo e neurogênese em aves marinhas com rotas migratórias constantes(Universidade Federal do Pará, 2019-08-17) LIMA, Camila Mendes de; MAGALHÃES, Nara Gyzely de Morais; http://lattes.cnpq.br/2519507561210918; DINIZ, Cristovam Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/2014918752636286; https://orcid.org/0000-0001-6611-6880Pouco se sabe sobre as influências ambientais nas células radiais α semelhantes à glia (astrócitos radiais) e sua relação com a neurogênese. Como a glia radial participa da neurogênese e da astrogênese em adultos, iremos investigar essa questão em duas aves marinhas migratórias que completam sua migração outonal usando rotas migratórias contrastantes. Antes de seus voos para a América do Sul, as aves fazem escala na Baía de Fundy, no Canadá, e a partir daí o maçarico semipalmado (Calidris pusilla) atravessa o Oceano Atlântico em um voo sem escalas de 5 dias, enquanto a tarambola semipalmada (Charadrius semipalmatus) voa principalmente sobre o continente, com escalas para descanso e alimentação. Usando análise hierárquica de cluster e discriminante de características morfométricas para classificar células reconstruídas tridimensionalmente, encontramos dois morfotipos diferentes de glia radial designados Tipo I e Tipo II. Estas células foram afetadas diferencialmente pelo processo migratório com alterações morfológicas mais intensas no morfotipo Tipo I do que no Tipo II em ambas as espécies. Nós também comparamos o número de neurônios marcados com duplacortina (DCX) com características morfométricas de células semelhantes às glias radiais α na região V do hipocampo do C. pusilla e C. semipalmatus antes e depois da migração no outono. Descobrimos que, em comparação com as aves migratórias, a superfície do convex hull dos astrócitos radiais nas aves invernais aumentou significativamente em C. semipalmatus e C. pusilla e isso parece correlacionado com um aumento do número total de neurônios jovens imunomarcados para DCX em aves invernantes. Apesar das diferenças filogenéticas a diminuição da complexidade morfológica dos astrócitos radiais no maçarico semipalmado e seu aumento na tarambola semipalmada, uma espécie que provavelmente depende mais da informação visuoespacial para a navegação, pode ter implicações funcionais importantes. O voo migratório da tarambola semipalmada, com paradas para alimentação e repouso, versus o voo sem parada do maçarico semipalmado, parece afetar diferencialmente a morfologia e a neurogênese dos astrócitos radiais.Tese Acesso aberto (Open Access) Alterações da formação hipocampal do Calidris pusilla associadas à migração outonal de longa distância(Universidade Federal do Pará, 2017-08-31) MAGALHÃES, Nara Gyzely de Morais; DINIZ, Cristovam Guerreiro; http://lattes.cnpq.br/1025250990755299; DINIZ, Cristovam Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/2014918752636286Após a reprodução na tundra ártica superior, os maçaricos acometidos pela inquietação migratória traçam uma rota preliminar herdada e utilizam bússolas naturais, mapas e marcos visuais, até alcançar, ainda no hemisfério norte, sítios de parada que dispõem dos recursos nutricionais necessários ao rápido e elevado ganho de reservas energéticas, tal como acontece na Baia de Fundy-Canadá. Após esse sítio de parada que é utilizado por 75 % da população de Calidris pusilla, a experiência migratória outonal de longa distância continua com voos de 6 dias ininterruptos sem escala sobre o Atlântico até que essas aves chegam a América do Sul e depois na ilha de Canela – Brasil. Para testar a hipótese de que o processo migratório de longa distância influenciaria a neurogênese, número de astrócitos GFAP positivos e a ativação de genes de expressão rápida capturamos 12 indivíduos em plena atividade migratória na Baia de Fundy e 9 indivíduos na Ilha de Canelas no Brasil. Após a imunomarcação seletiva para neurônios maduros (NeuN), neurônios imaturos (Dcx), astrócitos (GFAP), e ativação neuronal por genes de expressão rápida (c-Fos) quantificamos esses marcadores na formação hipocampal e comparamos resultados dessa quantificação dos indivíduos em migração (Baia de Fundy) com aqueles em período de invernada (Ilha de Canela). Para tanto utilizamos análises estereológicas quantitativas que permitiu estimar o total de células, o número de células ativas, o número total de astrócitos e de neurônios novos e maduros. Para verificar se as diferenças encontradas eram estatisticamente significativas empregamos o teste t Student. Nossos resultados confirmaram que a migração outonal provocou mudanças hipocampais em Calidris pusilla. Após a migração detectamos que a formação hipocampal possui volume maior e mais neurônios novos em contrapartida, menos células ativadas e menor número de astrócitos. Entretanto, esse processo não influenciou o número de células totais e de neurônios maduros. Sugerimos que a diferença encontrada entre o volume e número de neurônios novos, dos indivíduos em plena migração e após o processo ter sido concluído, possivelmente ocorreu em função do processo migratório em combinação com as condições encontradas durante o início do período invernada. O presente trabalho demonstra pela primeira vez que as aves marinhas migratórias de longa distância oferecem janela de oportunidade única para investigar muitas questões relacionadas à neurobiologia celular da migração de uma forma geral, e em particular, sobre a plasticidade neural associada à função da neurogênese do hipocampo adulto das aves. Futuramente pretendemos monitorar a neurogênese nessa espécie durante todo o período de invernada.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Alterações da morfologia da micróglia do septo lateral e comportamento semelhante ao ansioso em um modelo murino de inoculação sequencial de VDEN1 e VDEN4: influência do enriquecimento ambiental(Universidade Federal do Pará, 2016-05-05) GOMES, Giovanni Freitas; DINIZ, Cristovam Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/2014918752636286; SÓSTHENES, Márcia Consentino Kronka; http://lattes.cnpq.br/7881527576747420A infecção por dengue é a maior causa de mortes por infecções por arbovírus no Brasil. A despeito de sua importância epidemiológica e um século de estudos sistemáticos dedicados aos mecanismos patogênicos da doença eles permanecem mal compreendidos. No continente americano, as epidemias parecem associadas ao fato de que múltiplos sorotipos circulam de forma simultânea, mas pouco se sabe sobre as alterações que ela é capaz de induzir no sistema nervoso central. O objetivo do presente trabalho foi o de avaliar possível influência do enriquecimento ambiental sobre as manifestações do comportamento e da morfologia microglial no septo lateral associadas à inoculação sequencial alternada de diferentes sorotipos do vírus da dengue (VDEN1 e VDEN4). Para esse fim, foram usadas fêmeas adultas de 10 meses de idade de camundongos imunocompetentes da variedade suíça albina, mantidas em ambiente padrão ou enriquecido. Foi feita uma única infecção intraperitoneal com homogenado cerebral infectado com VDEN1 seguida 28 dias após, por infecção com homogenado cerebral infectado com VDEN4. Com o intuito de acentuar os sintomas clínicos, foi implantado nos últimos sete dias a contar do 29º dia após a primeira infecção, um regime de infecções múltiplas alternadas de VDEN1 e VDEN4 acentuadas por anticorpo heterólogo anti-VDEN3. Animais controles receberam igual regime de inoculações e volumes de homogenado cerebral não-infectado. A avaliação comportamental, feita por meio da atividade exploratória do campo aberto (CA) e do labirinto em cruz elevado (LCE), mostrou que animais infectados de ambiente padrão apresentaram redução do tempo de permanência na periferia do CA e no braço fechado do LCE, sendo esse o único grupo experimental que apresentou tal modificação do comportamento. Para avaliar possíveis alterações da morfologia microglial nesses grupos experimentais, foram sacrificados para análise neuropatológica de 5 indivíduos em função das janelas de infecção. Para imunomarcação seletiva da micróglia, utilizamos anticorpo anti-IBA-1 e o método de reconstrução tridimensional para a análise morfométrica. De forma geral, células obtidas a partir de animais infectados de ambiente padrão, quando comparados aos não-infectados, apresentaram alterações significativas, com aumento significativo da complexidade, K-Dim, número e densidade de segmentos e comprimento dos ramos. Animais de ambiente enriquecido não apresentaram a mesma alteração. Além disso, testamos a hipótese de que as micróglias do septo lateral encontram-se divididas em subtipos e que essa conformação também poderia ser alterada pela infecção. Notamos que, em estado fisiológico, micróglias do septo lateral de animais de ambiente padrão ou enriquecido apresentam-se subdivididas em três subpopulações, uma mais complexa, uma menos complexa e uma intermediária. Após a infecção por VDEN1 ou por VDEN4, houve alteração desse padrão na população de micróglias do septo lateral do animais de ambiente padrão, com surgimento de um subtipo de alta complexidade e aumento do percentual de células mais complexas, porém não em animais de ambiente enriquecido. Baseado nessas evidências sugerimos que as micróglias do septo lateral apresentam um padrão morfológico heterogêneo e que a infecção pelos sorotipos 1 e 4 da dengue é capaz de induzir alterações na morfologia da micróglia e no padrão de subdivisão dessas células, associado ao aumento do percentual de células de alta complexidade, além de induzir alterações comportamentais importantes detectadas no CA e no LCE, e que o enriquecimento ambiental parece proteger os animais contra as alterações comportamentais e da morfologia da micróglia do septo lateral no presente modelo de infecção.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Alterações de expressão gênica na linhagem de glioblastoma humano U87 após exposição ao MeHg e HgCl2(Universidade Federal do Pará, 2016-12-02) GOMES, Bruna Puty Silva; OLIVEIRA, Edivaldo Herculano Correa de; http://lattes.cnpq.br/0094007714707651; LIMA, Rafael Rodrigues; http://lattes.cnpq.br/3512648574555468As formas orgânicas e inorgânicas de mercúrio vem sendo apontadas como importantes contaminantes em várias regiões do mundo devido suas características toxicológicas. Diversos estudos já relataram que a intoxicação por metilmercúrio (MeHg) e cloreto de mercúrio (HgCl2) podem ocasionar danos ao SNC. Acredita-se que as células da glia são reconhecidamente importantes para os mecanismos de proteção celular frente aos danos ocasionados pelo mercúrio. No entanto, pouco se sabe a respeito da influência deste metal no genoma dessas células. Desta forma, neste trabalho nós realizamos um mapeamento completo da rede gênica de células da glia humana, da linhagem U87 após exposição mercurial, com o intuito de identificar as possíveis alterações genéticas ocasionadas pelas formas orgânicas e inorgânicas do mercúrio. Nossos resultados demonstraram que as células U87 são mais sensíveis a exposição ao MeHg quando comparado com a exposição ao HgCl2. Após análise de curvas de concentração, foi identificado uma LC50 de 28.8μM e 10,68μM após 4h e 24h de exposição a MeHg e uma LC50 de 92.25μM e 62.75μM após o mesmo tempo de exposição a HgCl2. Em relação ao conteúdo gênico, nossos resultados demonstraram que ambos os metais ocasionaram alteração na dosagem gênica, sendo a exposição ao MeHg altamente influenciada pela concentração e tempo de exposição, enquanto a exposição a HgCl2 parece ser fortemente influenciada pelo tempo de exposição. No total, foram identificados 205 genes com diminuição na dosagem gênica e 188 genes com expressão aumentada (Fold change > 5) após 4h de exposição a 5μM de MeHg e 204 genes down-regulados e 180 up-regulados após exposição na mesma concentração de HgCl2. As análises após 24h de exposição identificaram alteração em 90 genes down-regulados e 3 genes up-regulados após exposição a 1μM de MeHg, 116 genes down-regulados e 66 genes up-regulados após exposição a 10μM de MeHg. Já em relação ao HgCl2, foram identificados 98 genes down-regulados e 73 genes up-regulados nos grupos expostos a 5μM de HgCl2, 326 genes down-regulados e 66 genes up-regulados nos grupos expostos a 62,75μM de HgCl2. Nossos dados sugerem que ambas as formas mercuriais são capazes de alterar o perfil gênico das células da linhagem U87, interferindo assim em importantes vias de sinalização capazes de ocasionar alterações bioquímicas e fenotípicas nas células gliais.Tese Acesso aberto (Open Access) Alterações genéticas e epigenéticas em meningiomas na população paraense(Universidade Federal do Pará, 2013-07-17) BASTOS, Carlos Eduardo Matos Carvalho; ANSELMO, Nilson Praia; http://lattes.cnpq.br/6518287721873199; NAGAMACHI, Cleusa Yoshiko; http://lattes.cnpq.br/8887641213110093Os meningiomas são os tumores intracranianos mais frequentes, originando-se das meninges que revestem o cérebro e cordão espinhal. Apesar de terem sido um dos primeiros neoplasmas sólidos estudados citogeneticamente, ainda são escassos os estudos genéticos e epigenéticos nesses tumores. O presente trabalho teve como objetivo investigar alterações genéticas e epigenéticas que pudessem contribuir na iniciação e progressão tumoral em meningiomas na população paraense. Essa tese está subdivida em três capítulos. No Capítulo I foi investigada a associação entre o polimorfismo MTHFR C677T e meningioma em 23 pacientes da população paraense, utilizando 96 indivíduos sem histórico de lesões pré-neoplásicas como grupo controle. Essa associação não foi encontrada, apesar de sugerir um aumento não estatisticamente significante no risco de desenvolver meningioma em portadores do genótipo TT quando comparados ao genótipo CC. No Capítulo II foi avaliado o padrão de metilação em duas famílias do microRNA124 em meningiomas na população paraense. Hipermetilação na região promotora de miRN124a2 e miRNA124a3 parece ser um evento frequente, uma vez que foi encontrada em 73,9% e 69,56% das amostras analisadas, respectivamente. No Capítulo III, foi analisado o padrão de metilação dos genes APC, BRCA1, CDH1, CDH13, CDKN2A, DAPK1, ESR1, FHIT, GSTP1, MGMT, MLH1, NEUROG1, PDLIM4, PTEN, RARB, RASSF1, RUNX3, SOCS1, TIMP3, TP73, VHL e WIF1 em um meningioma de grau I e um de grau II através de uma placa comercial desenvolvida através da tecnologia MethylScreen. O padrão de metilação do gene CDKN2B também foi analisado na amostra coletada em 25 pacientes com meningioma através da conversão por bissulfito, PCR e sequenciamento direto. O gene RASSF1A apresentou-se metilado em 16,73% e 63,66% dos sítios CpGs analisados na amostra de meningioma de grau I e grau II, respectivamente. O gene RUNX3 se apresentou metilado apenas na amostra de grau II em 52,88% dos sítios CpG analisados. Nossos resultados apontam a importância das alterações epigenéticas na tumorigênese e progressão tumoral em meningiomas.Tese Acesso aberto (Open Access) Alterações hematológicas, bioquímicas e histopatológicas no modelo de malária aviária Gallus gallus por Plasmodium gallinaceum: papel do óxido nítrico(Universidade Federal do Pará, 2011-07-29) MACCHI, Barbarella de Matos; DAMATTA, Renato Augusto; http://lattes.cnpq.br/6212140983414786; NASCIMENTO, José Luiz Martins do; http://lattes.cnpq.br/7216249286784978Malária é uma das doenças infecciosas de maior causa de morte no mundo. Modelos experimentais são necessários para melhor compreensão de mecanismos envolvidos na patogênese de doenças e desenvolvimento de novos tratamentos. Galinhas infectadas com Plasmodium gallinaceum fornecem bom modelo de malária devido a proximidade filogenética com o Plasmodium de humano assim como aspectos clínicos comuns, como a malária cerebral. O presente estudo objetivou investigar a participação do óxido nítrico no desenvolvimento da malária aviária, através do tratamento ou não com aminoguanidina (AG - inibidor da enzima Óxido Nítrico Sintase) in vivo de galinhas infectadas experimentalmente com P. gallinaceum. Foi verificado sobrevida, hematologia clássica, bioquímica sérica e patologia nos animais no percurso da infecção. Observou-se maior sobrevida nos animais tratados com AG, apesar de parasitemias mais elevadas. Houve ainda diminuição nos parâmetros hematológicos e aumento no Volume Corpuscular Médio de hemácias, indicando resposta medular para anemia. Linfopenia e trombocitopenia foram detectadas em animais infectados, com menor proporção nos animais tratados. Monócitos, linfócitos e heterófilos apresentaram aumento de tamanho e alterações que indicam ativação. Trombócitos também aumentaram de tamanho durante a infecção e apresentaram morfologia atípica. Os animais tratados mostraram lesões mais brandas nas secções histopatológicas de cérebro, fígado e baço, além de produção diminuída de NO, mesmo em alta parasitemia, em relação aos animais não tratados. Esses resultados confirmam a participação do mediador químico óxido nítrico na patogênese da malária no modelo experimental aviário.Tese Acesso aberto (Open Access) Alterações hepáticas por exposição a baixas doses de metilmercúrio em macacos prego, Cebus apella (Linnaeus 1758)(Universidade Federal do Pará, 2011-09-16) SILVA, Márcia Cristina Freitas da; SILVEIRA, Luiz Carlos de Lima; http://lattes.cnpq.br/9383834641490219Cebus apella foram expostos a 1,5 ppm de metilmércurio (metilHg) na dieta por 120 dias. Foi investigado a hepatotoxicidade do metilHg, as concentrações no sangue total foram monitoradas a cada 30 dias usando espectrofotômetro de absorção atômica a vapor frio Hg201, as transaminases (ALT e AST) e bilirrubina total (BT) foram dosadas no decorrer da exposição. O fígado foi fixado com formaldeido 10%, e preparado por protocolos da histopatologia. Foi observada diferença significativa entre os grupos exposto e controle, quanto aos níveis de Hgtotal, nos períodos de 60, 90 (P < 0,05) e 120 dias (P < 0,01). A histopatologia revelou esteatose moderada e degeneração hidrópica, um achado comum em exposição ao metilmercúrio em muitas outras espécies. Não foi observada diferença significativa entre os níveis de AST (p= 0.38), ALT (p= 0.83) e BT (p= 0.07) do grupo controle e exposto. A correlação de Pearson com Hgtotal demonstrou correlação negativa ( AST r= -0,7; ALT r=0,07; BT r= -0,3 e p > 0,05), o que sugere a necessidade de novos estudos para esclarecer o nível de alerta da concentração de mercúrio e das dosagens hepáticas.Tese Acesso aberto (Open Access) Alterações histopatológicas dos rins de macacos prego, Cebusapella (Linnaeus 1758) após exposição crônica a baixas doses de metilmercúrio(Universidade Federal do Pará, 2014-02-28) SOUSA, Andréa do Socorro Campos de Araújo; SILVEIRA, Luiz Carlos de Lima; http://lattes.cnpq.br/9383834641490219O mercúrio representa um grande risco ambiental e ocupacional constituindo um problema para a saúde humana na região Amazônica. Muito embora estudos tenham demonstrado que o mercúrio compromete vários tecidos e órgãos, os rins constituem-se órgãos-alvo para a toxicidade do metal. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi investigar os efeitos de uma exposição crônica a baixas doses de metilmercúrio sobre o parênquima renal de macacos Cebusapella, machos, adultos, expostos durante 120 dias consecutivos com doses diárias via oral, de 1,5 μg na dieta. As concentrações de mercúrio total no sangue dos animais foram monitoradas a cada 30 dias usando espectrofotômetro de absorção atômica a vapor frio (Hg 201), comparando ao grupo controle. O método utilizado para análise histopatológica foi a inclusão em parafina com coloração pela Hematoxilina e Eosina, Tricrômico de CAB e PAS. As investigações imuno-histoquímicas compreenderam as reações para a detecção de actina para musculo liso (IA4), actina muscular (HHF35) e pancitoqueratina (AE1 e AE2). Os resultados obtidos demonstraram que o tratamento com mercúrio causou diferença significativa (P<0,001) entre os grupos exposto e controle. Quanto aos níveis de Hg total, foram observadas alterações histopatológicas com características de hidropsia nos Túbulos Proximais, um achado comum na exposição ao metilmercúrio em outras espécies, sem alterações significativas nas concentrações de creatinina e ureia. O teste de correlação de Person demonstrou uma forte relação negativa entre a concentração de mercúrio e a perda de massa corporal dos animais (P<0,0001). Outro achado importante foi a diminuição do número de células mesangiais, o que sugere que o metilmercúrio executou a sua nefrotoxicidade atingindo não somente o sistema tubular renal, como também as células do mesangio glomerular, fazendo-se necessário um maior aporte de estudos experimentais para esclarecer qual o nível de alerta da concentração de mercúrio é capaz de desencadear mecanismos de agressão e injúria renal em indivíduos expostos ao metilmercúrio.Tese Acesso aberto (Open Access) Alterações mitocondriais e tumorigênese de câncer gástrico em Sapajus apella(Universidade Federal do Pará, 2018-06-15) ANTUNES, Symara Rodrigues; BORGES, Bárbara do Nascimento; http://lattes.cnpq.br/0676220027193876Câncer é o nome dado a uma variedade de doenças que podem ocorrer em diferentes regiões do corpo, que se caracteriza principalmente pela proliferação desregulada de células. Uma organela muito importante, tanto em células normais quanto em células mutadas, é a mitocôndria, responsável pela maior parte da produção de ATP na célula. Mutações no DNA mitocondrial podem acarretar apoptose ou influenciar na eficiência da formação de ATP. Considerando diversas estimativas diferentes, o câncer gástrico sempre figura entre os cinco mais incidentes na população mundial, bem como na população brasileira e paraense. Dessa forma, entender o comportamento tumoral torna-se importante para o combate dessa patologia. O objetivo do trabalho, portanto, é analisar a presença de alterações no DNA mitocondrial de linhagens de carcinoma gástrico implantadas em um modelo animal. Foram analisados quatro genes mitocondriais (COI, ATPase 8, ND1 e ND3) de quatro linhagens de câncer gástrico (AGP01, ACP02, ACP03 e PG100) e uma controle (Carcinossarcoma 256 de Walker) para avaliar as possíveis mutações do DNA mitocondrial. Essas linhagens foram inoculadas em primatas não humanos da espécie Sapajus apella, sendo que alguns animais receberam concomitantemente com as linhagens a substância carcinogênica N-metil-N-nitrosurea (MNU). Os tumores gástricos que se desenvolveram nos animais foram retirados cirurgicamente, após isso foi feita a extração do DNA, amplificação e sequenciamento das sequencias de interesse. Foram observadas alterações nos genes ND1 e ND3. As duas transições encontradas em ND1, uma na posição 3594 (CT) e 3693 (GA) do DNA mitocondrial, não possuíam registro associado a nenhuma patologia, tendo sido relacionadas com marcadores populacionais. Os resultados sugerem que alterações nos genes codificadores de proteínas que participam do Complexo I da cadeia respiratória são mais frequentes que em outras porções do mtDNA nas linhagens de carcinoma gástrico analisadas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Alterações morfo-funcionais em córtex isquêmico de animais tratados com transplante autólogo de células mononucleares da medula óssea(Universidade Federal do Pará, 2015-10-08) BARBOSA JUNIOR, Mário Santos; PEREIRA JÚNIOR, Antônio; http://lattes.cnpq.br/1402289786010170; BAHIA, Carlomagno Pacheco; http://lattes.cnpq.br/0910507988777644Dados estatísticos apontam AVE como a segunda maior causa de morte e primeira causa de incapacidade dentre todas as demais doenças no mundo. O AVE isquêmico (AVEi) é responsável por cerca de 87% de incidência dos casos de acidentes vasculares encefálicos. No curso isquêmico, a inflamação atua na contenção do infarto ocasionado pelo AVEi, e em contrapartida a intensidade da resposta inflamatória influencia na neurodegeneração e consequentemente na perda funcional. A terapia celular autóloga, com células mononucleares da medula óssea, promove modulação na neuroinflamação, sendo oportuna durante um evento isquêmico para diminuição de perda tecidual e funcional. No presente trabalho, utilizamos um modelo experimental de AVEi focal para avaliar os efeitos morfofuncionais do implante autólogo de células mononucleres da medula óssea (CMMOs) sobre as alterações morfofuncionais relacionadas ao AVEi. Demonstramos, neste estudo, que os transplantes autólogos de CMMO em períodos agudo ou agudo e subagudo, de evento isquêmico, promoveram neuroproteção e modulação inflamatória capazes de repercutirem em preservação e recuperação funcional em atividades especificas. Demonstramos, também, que o tratamento reforçado em período subagudo, do evento isquêmico, foi capaz de promover aumento das melhoras morfofuncionais promovidas pelo transplante autólogo em período agudo.Tese Acesso aberto (Open Access) Alterações neuroquímicas no tecido retiniano murino em modelo de malária cerebral induzida pela infecção por Plasmodium berghei (ANKA)(Universidade Federal do Pará, 2011-07-21) OLIVEIRA, Karen Renata Matos; NASCIMENTO, José Luiz Martins do; http://lattes.cnpq.br/7216249286784978A Malária Cerebral (MC) apresenta-se como uma severa complicação resultante da infecção por Plasmodium falciparum. Esta condição encontra-se comumente associada a disfunções cognitivas, comportamentais e motoras, sendo a retinopatia uma das mais graves conseqüências da doença. Diversos modelos experimentais já foram descritos no intuito de elucidar os mecanismos fisiopatológicos relacionados a esta síndrome, no entanto, estes ainda permanecem pouco compreendidos. Dentro deste contexto, o presente trabalho procurou investigar as alterações neuroquímicas envolvidas na patologia da MC. Os camundongos C57Bl/6 (fêmeas e machos) inoculados com ≈106 eritrócitos parasitados (PbA) apresentaram baixa parasitemia (15-20%) com sinais clínicos evidentes como: deficiência respiratória, ataxia, hemiplegia e coma seguido de morte, condizentes com o quadro de MC. A análise no tecido retiniano demonstrou uma diminuição nos níveis de GSH com 2 dias após a inoculação. Entretanto, essa diminuição não foi tão evidente com o decorrer da infecção (4º e 6º dias após infecção). Concomitante a este aumento durante o processo infeccioso, observamos um progressivo aumento na captação de 3H-glutamato (4º e 6º dia após infecção) por um sistema independente de Na+, sugerindo que o quadro de MC é responsável por um aumento na atividade de uma proteína transportadora. Dados obtidos com a imunofluorescência demonstram que além de aumentar a atividade do sistema de transporte, o quadro de MC também estimula o aumento na expressão do sistema xCG - no tecido retiniano. O presente trabalho demonstra ainda que estes eventos neuroquímicos no tecido retiniano são independentes de ativação inflamatória, visto que os níveis de TNF-α e expressão de NOS-2, apresentam-se alterados somente no tecido retiniano.
