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Navegando ILC - Instituto de Letras e Comunicação por Periódicos "Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas"
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Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) As classes verbais da língua Paresi (Aruák)(Museu Paraense Emílio Goeldi, 2017-12) BRANDÃO, Ana Paula BarrosO objetivo deste artigo é descrever as classes de verbos em Paresi, uma língua Aruák, falada por aproximadamente 3.000 pessoas no estado do Mato Grosso, Brasil. Em Paresi, os verbos são classificados como intransitivos, transitivos e bitransitivos. Em geral, verbos intransitivos em línguas Aruák são subclassificados em intransitivos ativos e intransitivos estativos. A divisão no grupo de intransitivos é morfologicamente marcada, já que sujeitos de intransitivos estativos e objetos de transitivos são marcados da mesma forma, enquanto os sujeitos de transitivos recebem uma forma diferente. A maioria das línguas Aruák exibem alinhamento semântico, isto é, a seleção da marcação de concordância depende do parâmetro de eventividade. Em Paresi, a divisão nos intransitivos é morfologicamente marcada da seguinte forma: a) alguns intransitivos recebem a mesma marca de sujeito do que os transitivos (proclíticos do grupo A); b) outros intransitivos recebem uma marcação diferente (proclíticos do grupo B). Semanticamente, os verbos são classificados em agentivos e não agentivos. Os traços semânticos de [agentividade] e de [controle] têm um papel fundamental na assignação dos verbos a subclasses. Os dados foram coletados durante pesquisa de campo e a análise tem por base uma abordagem funcionalista-tipológica.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Considerações sobre a posse nominal em Apurinã (Aruák)(Universidade Federal do Pará, 2018-12) FREITAS, Marília Fernanda Pereira de; FACUNDES, Sidney da SilvaOs nomes em Apurinã, língua indígena pertencente à família Aruák, falada no sudeste do estado do Amazonas, já foram objeto de investigação de alguns autores, em que diferentes classificações foram propostas (Facundes, 1995, 2000; Brandão, 2006; Facundes; Freitas, 2013). Neste artigo, revisitaremos as diferentes classificações para os nomes em Apurinã, apresentando, posteriormente, a proposta atual de classificação de nomes em Apurinã, com base em Freitas (2017), que classifica os nomes em: (i) alienáveis, (ii) inalienáveis e (iii) nomes não possuíveis. A atual proposta também considera que a (in)alienabilidade na língua é definida em termos não só dos padrões de marcação morfológica dos nomes, mas também leva em conta os parâmetros ‘frequência de ocorrência’, em construções de posse, e ‘motivação econômica’, tal como definidos por Haspelmath (2008), dentro de uma abordagem tipológica. Assim, nomes inalienáveis ocorrem mais frequentemente como possuídos, sendo não marcados em construções de posse, por isso, são mais econômicos; já nomes alienáveis ocorrem mais frequentemente como não possuídos, sendo notoriamente marcados em construções de posse por um conjunto de sufixos, portanto, são menos econômicosArtigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Estudos comparativos do léxico da fauna e flora Aruák(Universidade Federal do Pará, 2007-08) BRANDÃO, Ana Paula Barros; FACUNDES, Sidney da SilvaAs línguas Apurinã, Piro e Iñapari, membros da família lingüística Aruák, são inicialmente comparadas com base nos dados utilizados na reconstrução de Payne (1991), e nas correspondências fonológicas apresentadas em Facundes (2000, 2002). A partir das evidências de agrupamento dessas três línguas, cognatos especificamente relacionados à fauna e flora Aruák são estabelecidos. Utilizando-se dos resultados encontrados na comparação, três questões são examinadas: o que as retenções lexicais indicam sobre o lugar dessas línguas dentro da família Aruák? Com base nos cognatos identificados, quais conceitos da flora e fauna provavelmente podem ser reconstruídos para estágios anteriores no desenvolvimento dessas três línguas a partir de uma língua ancestral? E, finalmente, quais inferências podem ser feitas sobre o passado desses povos com base na semântica da fauna e flora reconstruída?Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Macrodinâmicas da comunicação midiática na Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2013-08) CASTRO, Fábio Fonseca deO artigo discute as características do sistema de comunicação midiática presente na região amazônica, observando como redes de televisão, emissoras de rádio, jornais impressos e ações de comunicação comunitária e popular atuam, construindo estratégias de reprodução social de modelos hegemônicos ou, alternativamente, ensaiando processos contra-hegemônicos. Pretende-se um estudo de economia política da comunicação, substancializado com uma aproximação ao fenômeno da intersubjetividade, por meio da qual se pretende compreender mais adequadamente as peculiaridades amazônicas na cena midiádica brasileira. A perspectiva teórico-metodológica adotada procura discutir o papel de sistemas e da ação sistêmica no contexto de uma guinada culturalista da economia política da comunicação. São identificadas oito macrodinâmicas presentes na comunicação midiática da Amazônia: a lógica sistêmica na disputa pelo capital comunicativo; a dinâmica geoespacial dos mercados; a percepção da função comunicativa em sua dinâmica estritamente mercadológica; a complexidade local do fenômeno do ‘coronelismo eletrônico’; o predomínimo da ‘função de propaganda’; a lógica de exclusão da comunicação comunitária; o papel do ‘objeto amazônico’ na aferição do capital comunicacional; e o papel regional da comunicação religiosa.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Observações sobre os correlatos acústicos do acento em Apurinã (Aruák): estudo de um caso(Universidade Federal do Pará, 2015-04) SANTOS, Benedito de Sales; FACUNDES, Sidney da SilvaO presente artigo investiga a duração como possível correlato acústico do acento em Apurinã, levando-se em consideração as hipóteses levantadas por outros autores. Neste trabalho, investiga-se a duração de vogais em sílabas acentuadas, com acento secundário e sem acento, posto ser um possível correlato acústico que marca o acento em Apurinã, como sugerem outros trabalhos e estudos que afirmam ser esse um correlato recorrente nas línguas do mundo. O objetivo é verificar essas hipóteses, revendo os trabalhos anteriores sobre a língua e analisando novos dados, de modo a produzir resultados com base em informações independentes daquelas investigadas até então. Os resultados sugerem uma correlação apenas entre duração e acento primário e levantam questões sobre a sua natureza fonética, assim como uma questão relevante para a fonologia teórica sobre sílabas com vogais nasais que se comportam como sílabas pesadas ou bimoraicas.
