Dissertações em Zoologia (Mestrado) - PPGZOOL/ICB
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2344
O Mestrado Acadêmico foi criado em 1985 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Zoologia (PPGZOOL) do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) foi consolidado como um convênio entre Universidade Federal do Pará (UFPA) e Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG).
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Navegando Dissertações em Zoologia (Mestrado) - PPGZOOL/ICB por Linha de Pesquisa "ECOLOGIA ANIMAL"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Biologia reprodutiva do peixe tetra splash Copella arnoldi (Regan 1912) em uma bacia do atlântico noroeste ocidental(Universidade Federal do Pará, 2017-12) FARIAS, Rafael Rodrigues; ROCHA, Rossineide Martins da; http://lattes.cnpq.br/4371300451793081; https://orcid.org/0000-0001-9224-3138; MONTAG, Luciano Fogaça de Assis; http://lattes.cnpq.br/4936237097107099; https://orcid.org/0000-0001-9370-6747Peixes que desovam em ambiente terrestre tendem a ter um maior gasto energético contra o risco de desidratação dos ovos e com o grau de sobrevivência de juvenis, acabando por ajustar a sua reprodução com as condições hidrológicas do ambiente. Assim sendo, o presente trabalho teve como objetivo analisar a influência da precipitação na biologia reprodutiva do peixe tetra splash Copella arnoldi no rio Taiassuí, uma bacia do Atlântico Noroeste Ocidental, Estado do Pará, Brasil. Um total de 171 espécimes foram coletados em campanhas bimensais de agosto de 2016 a junho de 2017, em laboratório foi avaliado comprimento padrão e o peso total, em seguida os espécimes foram eviscerados para posterior pesagem e análise das gônadas. Análises histológicas foram realizadas para determinação do estágio de desenvolvimento gonadal. As gônadas maturas foram colocadas em solução de Gilson e dissociadas para obtenção dos dados de fecundidade e tipo de desova. Em média, cada fêmea madura de C. arnoldi. possuí 85 oócitos; a menor e maior frequência de diâmetro dos oócitos ficou na classe dos 700 a 300 μm, respectivamente; a distribuição do tipo modal indica uma desova total. O L50 foi estimado em 18,09 mm para fêmeas e 18,52 mm para os machos. A relação peso-comprimento indicou que fêmeas e machos tendem a crescer em proporções iguais de peso e comprimento. O fator de condição não variou em relação ao ciclo pluviométrico, apesar de valores levemente mais altos serem observados durante o período de estiagem. A razão sexual se manteve ao esperado (1:1) para todo o período de estudo, entretanto durante abril e agosto há uma predominância de fêmeas na população. A período de desova de C. arnoldi aparenta estar associado a estação de maior precipitação, visto que dois picos reprodutivos podem ser observados em dezembro (início do período chuvoso) e abril (mês de maior precipitação). Assim, evidenciamos que C. arnoldi sincroniza a desova com a estação chuvosa provavelmente devido a um menor risco de desidratação dos ovos e maior sobrevivência de juvenis.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Diversidade morfológica de aves e extinções na Região Metropolitana de Belém, Pará, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2018-03) SILVA, Victória de Nazaré Gama Silva; ALEIXO, Alexandre Luis Padovan; SILVA, Rogério Rosa da; http://lattes.cnpq.br/5989181105383977A diversidade morfológica, um conceito diretamente relacionado à diversidade funcional, envolve a caracterização da diversidade de caracteres fenotípicos e representa uma das medidas de diversidade biológica de comunidades. A abordagem morfológica tem sido tradicionalmente aplicada em estudos sobre estruturação de comunidades de aves. No presente estudo, avaliamos se extinções de aves documentadas na Região Metropolitana de Belém (RMB), localizada no nordeste do Estado do Pará, alteraram o espaço morfológico das espécies na RMB através de mudanças na distribuição dos caracteres morfológicos. Inicialmente, os registros de aves para a RMB foram compilados da literatura, resultando em 490 espécies documentadas. Em seguida, uma base de dados sobre extinções regionais de aves ou de espécies ameaçadas de extinção foi determinada para a RMB, a partir de dados da literatura, o que resultou em quatro listas (subconjuntos da lista total de espécies na RMB). Na fase final de aquisição de dados, organizamos uma matriz morfológica para as aves da RMB, envolvendo medidas de 2.360 indivíduos e nove caracteres morfológicos comumente usados em estudos sobre ecologia e morfologia de aves (dados sobre tamanho do bico, asa, causa e tarso). O espaço morfológico ocupado pela avifauna da RMB foi descrito por uma Análise de Componentes Principais. Em seguida, métricas de distância morfológica (MPD e MNND) foram utilizadas para comparar valores observados com cenários de extinções de espécies na RMB (as quatro listas de espécies ou subconjuntos da lista regional). Extinções simuladas de aves da RMB foram empregadas para quantificar valores esperados em modelos de extinção aleatória ou modelos com probabilidade de extinção. Os resultados sugerem que, se a RMB perder espécies que delimitam a periferia do espaço morfológico, mudanças na estrutura da avifauna podem acontecer, ainda que um número relativamente pequeno de espécies desapareça. Modelos simulados de extinção sugerem uma relação monotônica entre diversidade morfológica e riqueza de espécies, estritamente decrescente, indicando que a RMB perderá diversidade funcional com extinção acumulada de espécies; por outro lado, medidas sobre estrutura do espaço morfológico (como MPD e MNND), sugerem maior redundância da estrutura do espaço morfológico de aves na região. Em conjunto, os resultados obtidos indicam efeitos de extinções regionais na estrutura morfológica de aves da RMB, com possíveis desaparecimentos de aspectos funcionais para a região, como polinização e dispersão de plantas por aves.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ecologia urbana de uma abelha nativa: respostas comportamentais de colônias de uruçu amarela (Melipona flavolineata, Apidae, Meliponini) às variações climáticas em um gradiente de urbanização(Universidade Federal do Pará, 2020-02) GATTY, Dora Carmela Ramirez; VEIGA, Jamille Costa; http://lattes.cnpq.br/2287525928643401; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0001-7554-2785; CONTRERA, Felipe Andrés León; http://lattes.cnpq.br/0888006271965925; https://orcid.org/0000-0002-7078-5048A urbanização pode gerar mudanças na estrutura do ambiente afetando também processos físico- químicos. Essas mudanças ao longo do tempo têm provocado a perda de habitats e com elas a redução de populações de abelhas sem ferrão, que são um grupo de insetos importantes para a manutenção dos ecossistemas. As populações de abelhas sem ferrão, a diferença do gênero Apis, correm o risco de reduzir a sua população por serem pouco flexíveis às mudanças e sua possibilidade de adaptação a áreas urbanizadas é muito baixa. Por isso o nosso estudo teve por objetivo conhecer a ecologia urbana da espécie de abelha sem ferrão Melipona flavolineata, medindo a suas respostas no comportamento de forrageio e de postura aos parâmetros climatológicos em ambientes com diferentes graus de urbanização (agroflorestal- semi-urbano e urbano). Observamos 12 colônias de M. flavolineata durante cinco meses. As observações foram semanais intercalando atividade interna e atividade externa. A taxa de forrageio (média semanal), foi avaliada de 07h00 as 11h00 (horário de maior forrageio) e se contabilizavam as abelhas voltando à colônia, paralelo a esse processo se registraram dados de temperatura, umidade relativa, luminosidade e pressão barométrica. A taxa de postura (média semanal), foi avaliada durante quatro dias consecutivos na semana correspondente. Os resultados mostraram que os parâmetros climatológicos tiveram uma alta variação nos três pontos de coleta, afetando a performance das abelhas. A pressão barométrica e a umidade relativa do ar tiveram um efeito positivo e significativo sobre a coleta de pólen. Umidade relativa e a temperatura tiveram um efeito positivo e significativo com o forrageio de néctar; a pressão barométrica teve um efeito negativo, não significativo. A taxa de postura foi maior à medida que a umidade relativa do ar se acrescentava, mostrando uma relação positiva; a pressão barométrica teve um efeito positivo, mas não significativo. As relações entre a taxa de forrageio e a taxa de postura; assim como a relação entre a taxa de forrageio de pólen e a taxa de forrageio de néctar, foram positivas e significativas e não se diferenciaram entre os ambientes, apenas pela amplitude dos dados. Assim concluímos que a abelha sem ferrão M. flavolineata é uma espécie pouco tolerante a áreas completamente urbanizadas, e a sua capacidade de adaptar a ambientes com condições ambientais desfavoráveis é muito limitada, pois suas atividades estão restringidas pelas altas variações climáticas e provavelmente pela escassez de recursos alimentares. Nesse sentido seria bom implementar estudos da ecologia urbana de espécies menores, e adicionar nos estudos de respostas aos fatores climáticos o parâmetro da pressão barométrica que, ao parecer, segundo nossos resultados afetam o comportamento das abelhas sem ferrãoDissertação Acesso aberto (Open Access) Efeito da exploração madeireira na estrutura ecomorfológica das assembleias de peixes em riachos de terra firme na Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2018-04) JACOB, Laís Lobato; PRUDENTE, Bruno da Silveira; http://lattes.cnpq.br/0790796091423878; https://orcid.org/0000-0003-4226-2431; SILVA, Rogério Rosa da; http://lattes.cnpq.br/5989181105383977Alterações ambientais resultantes da exploração madeireira modificam a estrutura física do habitat de riachos indiretamente, e consequentemente a estrutura ecomorfológica das assembleias de peixes. O presente estudo objetivou avaliar o efeito das modificações na estrutura física do habitat, resultantes da exploração madeireira convencional (EC) e de impacto reduzido (EIR) na estrutura ecomorfológica das assembleias de peixes de riachos da Amazônia Oriental, verificando (1) quais variáveis da estrutura física do habitat estão associadas aos diferentes métodos de exploração; (2) se há diferença na estrutura ecomorfológica das assembleias de peixes dos diferentes tratamentos, e (3) quais caracteres ecomorfológicos estão associados a variáveis físicas do habitat. Em cada riacho foram mensuradas 14 variáveis físicas do habitat, bem como realizadas coletas de peixes utilizando redes de mão. Os espécimes coletados foram acometidos em Eugenol, fixados em formalina a 10% e depois de 48h transferidos para álcool 70%. Possíveis diferenças na estrutura do habitat e na estrutura ecomorfológica das assembleias de peixes entre os tratamentos, foram avaliadas por uma Análise Discriminante Linear Múltipla (MLDA). As relações entre as variáveis do habitat e os caracteres ecomorfológicos foi avaliada através de Análise de Redundância (RDA). A estrutura do habitat dos riachos diferiu entre todos os tratamentos, sendo que áreas controle apresentaram maior cobertura vegetal e maior tamanho médio de substrato. Quanto à ecomorfologia, também constatamos que houve diferença na estrutura ecomorfológica entre todos os tratamentos. Em ambientes de EC, espécies com maior comprimento relativo da cabeça, com a nadadeira peitoral mais larga e com pedúnculo caudal mais comprimido foram predominantes nesses ambientes; em áreas controle espécies com boca mais larga foram favorecidas; e em áreas de EIR, espécies mais achatadas foram predominantes. A exploração madeireira afeta a estrutura do habitat dos riachos, resultando na perda de cobertura vegetal e no tamanho médio de substrato. Houve redução da cobertura vegetal e de tamanho médio do substrato em áreas de EC e áreas de EIR. Nesse sentido, acredita-se que tanto a EC quanto a EIR tem potencial para alterar a estrutura ecomorfológica, e consequentemente os serviços ecossistêmicos prestados pelas assembleias de peixes de riachos da Amazônia. Então, mesmo que a EIR reduza os danos as florestas, não está conseguindo proteger os ecossistemas de riachos, visto que foi constatada alterações nesses ambientes quando comparados com áreas controle. Contudo maiores esforços devem ser empregados para entendermos completamente tal relação e proporções que os danos podem causar ao ecossistema.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeito da plantação de palmeira de dendê (Elaeis guineensis Jacq.) sobre a fauna de carnívoros na Floresta Amazônica(Universidade Federal do Pará, 2016-07-28) OLIVEIRA, Geovana Linhares de; OLIVEIRA, Ana Cristina Mendes de; http://lattes.cnpq.br/1199691414821581A monocultura de Palmeira de Dendê tem sido considerada uma atividade promissora em regiões tropicais. Sua expansão proporcionou grande perda de habitats de floresta tropical, sendo considerada uma ameaça para a biodiversidade. Apesar da maioria das áreas de cultivo utilizar áreas anteriormente desmatadas, os efeitos desta monocultura sobre a biodiversidade da região amazônica ainda são pouco conhecidos. Neste estudo investigamos o efeito da plantação de palmeira de dendê sobre a fauna de carnívoros da região amazônica. Realizamos o levantamento e monitoramento deste grupo de mamíferos e relacionamos com algumas métricas ambientais que estariam relacionadas aos efeitos da monocultura sobre as espécies registradas. As métricas avaliadas neste estudo foram área basal de categorias DAP 5-10cm e DAP>10cm, distância perpendicular da matriz de palma ou floresta, distância de corpos d’água. Houve um efeito na composição e abundância de carnívoros, onde os habitats diferiram sobre o aspecto de área basal de categorias DAP 5-10cm, sendo que nas áreas de plantação essa métrica não possui evidência. Apesar da plantação não ser considerada uma matriz impermeável, a fauna de carnívoros não se apresenta distribuída de uma maneira homogenia na paisagem. As espécies mais afetadas foram carnívoros de grande porte e as espécies generalistas e oportunistas, como os mesopredadores, foram beneficiados pela plantação. Nossos resultados evidenciam que o monitoramento e estratégias voltadas para entender como os atributos da plantação influenciam na ocorrência desses animais é de fundamental importância para conservação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O efeito das espécies raras e comuns na diversidade funcional de aves florestais em uma paisagem dominada por palma-de-dendê na Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2024-03) PINHEIRO, Beatriz Tavares; ALMEIDA, Sara Miranda; http://lattes.cnpq.br/2785084573828283; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0002-8372-5482; SANTOS, Marcos Pérsio Dantas; http://lattes.cnpq.br/7941154223198901; https://orcid.org/0000-0001-8819-867XO avanço da agroindústria na Amazônia representa uma grande ameaça à biodiversidade pois provoca desmatamento intenso para dar lugar à pecuária e monoculturas, como a palma-de-dendê. A perda de áreas florestais pode alterar a distribuição e o tamanho populacional das espécies raras, as quais são restritas em número de indivíduos ou área de ocorrência, afetando a estrutura funcional das comunidades e os serviços ecossistêmicos. Assim, nesse estudo avaliamos a contribuição das espécies raras e comuns para a diversidade funcional das comunidades de aves florestais em uma paisagem dominada por palma-de-dendê. A amostragem de aves foi realizada através de censo por pontos de escuta em plantações de palma-de-dendê e em fragmentos florestais na Amazônia oriental. Ao todo, registramos 232 espécies de aves, das quais 198 ocorreram nos fragmentos e 53 em plantação de palma. Para cada espécie registrada nos fragmentos florestais calculamos um índice de raridade, que combina a abundância local, o alcance geográfico e a especificidade de habitat. Para avaliar a estrutura funcional, calculamos a riqueza funcional (FRic), originalidade funcional (FOri), especialização funcional (FSpe) e a composição funcional (CWM), e as comparamos entre as comunidades de florestas e de plantações considerando três cenários: 1) florestas com todas as espécies versus palma; 2) espécies raras são removidas das florestas; e 3) espécies mais comuns são removidas das florestas. Houve uma clara diferença na composição de características entre os dois habitats. A remoção de espécies raras aumentou a diversidade funcional, mas diminuiu a redundância funcional. Em contraste, a remoção de espécies comuns reduziu os valores de FOri e FSpe, demonstrando que espécies comuns de aves florestais fazem contribuições funcionais únicas. Concluímos que a perda de espécies raras e comuns afeta as comunidades de aves florestais e que é essencial conservar e proteger áreas florestais para garantir a saúde e a resiliência do ecossistema.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeito do plantio de dendê (Elaeis guineensis Jacquin 1763) sobre a diversidade funcional de mamíferos terrestres(Universidade Federal do Pará, 2014-03-12) MAUÉS, Paula Cristina Rodrigues de Almeida; OLIVEIRA, Ana Cristina Mendes de; http://lattes.cnpq.br/1199691414821581Estudamos o efeito do plantio de palma de dendê sobre a diversidade funcional de mamíferos terrestres numa região de Floresta Amazônica no nordeste do Estado do Pará, Brasil. Avaliamos através de medidas de Diversidade Funcional (FD) os impactos que este plantio pode ter sobre os grupos funcionais de mamíferos terrestres de médio e grande porte. Além da riqueza de espécies consideramos a abundância de espécies nas análises envolvendo a funcionalidade, através da Análise de Traços Biológicos (BTA) e da Análise de diversidade funcional baseada no índice de entropia quadrática de Rao (FDq). Não foi observado efeito do plantio de dendê sobre a FD dos mamíferos, considerando somente a riqueza de espécies. Entretanto nas análises nas quais a abundância das espécies foi considerada (FDq e BTA), foi possível observar os efeitos sobre os grupos funcionais. Os traços funcionais mais afetados pelo efeito foram, hábito alimentar generalista, dentição bunodonte, período de atividade diurno, dieta baseada em frutos, sementes, invertebrados e exsudato, comportamento social em grupos pequenos, locomoção arborícola, estratos florestais sub-bosque e sub-dossel e os grupos funcionais mais prejudicados pelo plantio de dendê foram primatas e outras espécies arborícolas, comprometendo as funções de predação e dispersão de sementes, diminuição na ciclagem de nutrientes, redução do controle de invertebrados, diminuição da herbivoria e alteração na história de vida de espécies vegetais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estrutura da comunidade de helmintos parasitos de Bothrops atrox (Linnaeus, 1758) (Serpentes: Viperidae) da Amazônia Oriental brasileira(Universidade Federal do Pará, 2025-05) MOURA, Fred Gabriel Haick de; MELO, Francisco Tiago de Vasconcelos; http://lattes.cnpq.br/8939740618818787; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0001-8935-2923; MASCHIO, Gleomar Fabiano; http://lattes.cnpq.br/7967540224850999; https://orcid.org/0000-0002-9013-4437As serpentes desempenham um papel importante nos ciclos de vida de uma ampla variedade de helmintos parasitos, atuando tanto como hospedeiras definitivas quanto intermediárias. Diversos fatores podem influenciar a diversidade, a composição e a estrutura das comunidades parasitárias associadas a esses répteis. Bothrops atrox, uma serpente peçonhenta pertencente à família Viperidae com ampla distribuição pela Amazônia, é de grande relevância médica e, apesar de possuir uma helmintofauna relativamente bem conhecida, ainda há lacunas quanto à dinâmica das relações parasito-hospedeiro envolvendo essa espécie. Diante disso, nosso objetivo nesse estudo foi analisar a diversidade e estrutura da comunidade parasitária de B. atrox de duas localidades da Amazônia Brasileira. Estruturamos essa dissertação em dois capítulos, sendo que no primeiro apresentamos os resultados obtidos a partir de uma análise comparativa da estrutura da comunidade de helmintos parasitos de B. atrox de dois ambientes contrastantes da região amazônica: floresta ombrófila e campos naturais. Nossas análises revelam uma maior abundância de parasitos em hospedeiros proveniente de áreas florestadas, além de mostrar uma correlação positiva entre o tamanho dos hospedeiros e a abundância parasitária. Este é o primeiro estudo dedicado a investigar a diversidade e a estrutura das comunidades de helmintos de B. atrox em diferentes ecossistemas. No segundo capítulo apresentamos, com base em características morfológicas e dados moleculares, uma nova espécie do gênero Kalicephalus, que apresentou os maiores índices de abundância, dominância e prevalência nas comunidades florestais. Esse capítulo também tráz novas perspectivas sobre a história evolutiva do gênero, contribuindo para o entendimento da diversidade e da evolução desse grupo de parasitos. Assim, nosso estudo fornece dados inéditos para a compreensão da diversidade e ecologia de helmintos parasitos de serpentes na Amazônia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Fatores determinantes na ocorrência de espécies de carnívoros (Mammalia: Carnivora) em áreas degradadas na amazônia oriental(Universidade Federal do Pará, 2018-05) RIBEIRO, Ana Carolina da Cunha; OLIVEIRA, Ana Cristina Mendes de; http://lattes.cnpq.br/1199691414821581; https://orcid.org/0000-0002-7863-9678; WIIG, Oystein; http://lattes.cnpq.br/6664624762387564Desmatamento, a fragmentação de habitats e o empobrecimento da floresta, tem provocado a redução da diversidade biológica e perdas das funções ecossistêmicas na Florestas Amazônica. Em função do contexto de alta pressão antrópica, tem-se discutido na literatura, a importância das Florestas Primárias degradadas e Florestas secundárias para a conservação de espécies tropicais. Neste trabalho investigamos quais as características de uma paisagem degradada têm sido determinantes para a ocorrência de espécies da ordem Carnívora, em um contexto de alta pressão antrópica na Amazônia oriental. Como o uso de armadilhas fotográficas, relacionamos variáveis ambientais e de paisagem com a abundância das espécies utilizando analises de Modelos Globais Generalizados. A respostas das espécies de carnívoros foram diferenciadas em relação à algumas variáveis, entretanto concluímos que mesmo num contexto de alta degradação, o fator que ainda modula a ocorrência da maioria dos carnívoros é a floresta, mesmo que degradada.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O futuro dos quelônios amazônicos no contexto das mudanças climáticas(Universidade Federal do Pará, 2023-04) SILVA, Iago Barroso da; FAGUNDES, Camila Kurzmann; http://lattes.cnpq.br/7942655716698636; MASCHIO, Gleomar Fabiano; http://lattes.cnpq.br/7967540224850999; https://orcid.org/0000-0002-9013-4437A avaliação dos efeitos do aquecimento global na distribuição das espécies é amplamente necessária para o entendimento das suas consequências na biodiversidade. Com base no conhecimento sobre os impactos atuais e previstos das mudanças climáticas na Amazônia e no grupo dos quelônios, este estudo utilizou modelos de distribuição de espécies para compreender as consequências dessas modificações nas áreas potenciais de ocorrência das espécies, respondendo as seguintes questões: 1) Quais as regiões e qual a extensão da distribuição dos quelônios amazônicos que serão afetadas pelas mudanças climáticas futuras? 2) Quais espécies serão mais impactadas? Como resultados, observamos que os modelos apresentaram desempenhos consideráveis. Destacam-se as, como projeções de distribuições potenciais no período atual, a ampla distribuição das espécies Chelonoidis denticulatus; C. carbonarius e Platemys platycephala. Para as projeções no cenário climático futuro, todas as espécies perderam área potencial. Phrynops tuberosus (87.69%), M. nasuta (82.51%), P. platycephala (45.16%), M. raniceps (43.96%), P. sextuberculata (38.69%), C. denticulatus (36.19%) são as espécies que mais perderam área nesse cenário. Para um cenário de um futuro mais extremo, as espécies que perderam maior área potencial são M. nasuta (98.93%), P. tuberosus (97.87%), P. erythrocephala (66.26%), M. raniceps (63.46%), C. denticulatus (61.62%). Quelônios são animais muito afetados pela dinâmica hidrológica dos corpos d’água, a qual será especialmente impactada na Amazônia, prevendo-se modificações na vazão, precipitação, umidade, extensão de inundação e na intensidade desses fenômenos em diferentes estações da bacia. Essas mudanças trarão efeitos deletérios para os quelônios, os quais dependem do nível dos rios e da área e período de inundação para reprodução e alimentação. Quelônios com hábitos semiaquáticos também perdem áreas importantíssimas de alimentação com a modificação do regime hidrológico e da paisagem do entorno dos rios. É muito preocupante o fato que todas as espécies de quelônios da Amazônia serão afetadas pelas mudanças climáticas, sendo que a grande maioria perderá amplas extensões de áreas ambientalmente adequadas para sua ocorrência. Ações governamentais mitigatórias, a longo prazo, em diferentes escalas, são essenciais para suavizar os impactos desse cenário e contribuir para a conservação dessas espécies.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Impactos da pastagem na estrutura taxonômica e funcional de peixes de riachos amazônicos(Universidade Federal do Pará, 2018-01-19) CANTANHÊDE, Lorrane Gabrielle; MONTAG, Luciano Fogaça de Assis; http://lattes.cnpq.br/4936237097107099Nos últimos anos, o desenvolvimento econômico crescente tem promovido altas taxas de desmatamento e mudanças no uso da terra, que impactam negativamente os ecossistemas terrestres e aquáticos ao redor do mundo. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo avaliar como a estrutura taxonômica e a diversidade funcional das assembleias de peixes de riachos da Amazônia Oriental respondem aos impactos causados pela pastagem. Buscou-se responder as seguintes perguntas: (i) Qual o efeito da pastagem sobre as características ambientais dos riachos?; (ii) Como elas afetam a estrutura taxonômica e a diversidade funcional da ictiofauna?; (iii) Quais atributos funcionais estarão relacionados às variáveis ambientais que caracterizam os riachos que drenam áreas de pastagem e floresta? As coletas foram realizadas entre os anos de 2012 e 2015, no período de estiagem, com 13 riachos em áreas florestadas e 13 riachos em áreas de pastagem. Através de uma PCA verificou-se o conjunto de variáveis ambientais relacionadas com áreas de floresta e pastagem. A estrutura taxonômica foi comparada entre os ambientes através da riqueza, composição e abundância de espécies. A diversidade funcional foi mensurada através dos componentes de riqueza, equitabilidade e divergência funcional. Testou-se a significância dos resultados dos índices com teste t de Student. Foi utilizada a análise de ordenação RLQ e o componente fourth-corner para determinar as relações entre variáveis ambientais de cada tratamento e atributos funcionais. Foi encontrada maior quantidade de abrigos artificiais e maior porcentagem de corredeiras em pastagens e a maior cobertura de dossel formada por árvores grandes (DAP >0,3 m) em áreas de floresta. Foi comprovado que a pastagem afeta negativamente a estrutura taxonômica e a divergência funcional da ictiofauna, favorecendo a presença de espécies generalistas. A maior quantidade de cobertura de dossel beneficiou espécies bentônicas. Apesar de o Código Florestal Brasileiro prever a manutenção da vegetação ripária no entorno dos riachos, a pastagem gerou efeitos negativos sobre o habitat físico dos riachos, estrutura taxonômica e divergência funcional das assembleias de peixes de riachos na Amazônia Oriental. Para conservar a diversidade de peixes em riachos amazônicos, deve haver leis mais rigorosas e maior fiscalização em relação à manutenção das vegetações ripárias.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Influência das características morfológicas e do habitat físico sobre a capacidade de dispersão de Odonata em igarapés amazônicos(Universidade Federal do Pará, 2025-01) PEREIRA, Silvia Rafaela Alves; JUEN, Leandro; http://lattes.cnpq.br/1369357248133029; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0002-6188-4386; KOROIVA, Ricardo; http://lattes.cnpq.br/3262687790057613; http://orcid.org/0000-0002-6658-0824A capacidade de dispersão das espécies está diretamente ligada às características morfológicas, fisiológicas e comportamentais individuais, além do contexto ambiental em que vivem. Espécies com menor capacidade de dispersão tendem a ser mais vulneráveis às mudanças climáticas e ao uso intensificado da terra, em razão da perda de cobertura vegetal e fragmentação que acarretam mudanças na conectividade dos habitats e nas condições térmicas do ambiente. Investigamos neste estudo os fatores que afetam a capacidade de dispersão de Odonata adultos em igarapés na Amazônia, focando nas características morfológicas e no efeito do uso da terra e da integridade ambiental. Testamos as hipóteses: i) que o tamanho corporal, volume do tórax e largura da base das asas estarão relacionadas positivamente à capacidade de dispersão e a proporção das asas estará relacionada negativamente à capacidade de dispersão; ii) que a maior formação florestal e a integridade do habitat estarão negativamente relacionadas à capacidade de dispersão, pois a maior cobertura de dossel filtra indivíduos com menor capacidade de voo. O estudo foi realizado em 12 igarapés no município de Barcarena, Pará, Brasil. Utilizamos o método de marcação-recaptura e análise de dados por Modelos de Equações Estruturais. Consideramos variáveis de paisagem (formação florestal e pastagem), de habitat físico (cobertura do dossel do canal, vegetação rasteira lenhosa, largura do canal, índice de integridade de hábitat e temperatura), morfológicas (comprimento total do corpo, volume do tórax e proporção das asas) e como variável resposta utilizamos a capacidade de dispersão (distância em metros). Foram marcados 541 indivíduos (n=466 Zygoptera e n=75 Anisoptera). A taxa de recaptura foi de 29% para Zygoptera e 1,4% para Anisoptera. A maioria dos indivíduos recapturados foram machos pertencentes aos gêneros Mnesarete, Argia e Hetaerina. Aproximadamente, 91% dos indivíduos deslocaram-se menos de 60 metros. Os resultados utilizando apenas Zygoptera corroboraram parcialmente a primeira hipótese: a proporção das asas esteve negativamente relacionada à capacidade de dispersão, indicando que asas mais curtas e largas estão relacionadas a maior capacidade de voo. No entanto, não foi encontrada relação direta entre a integridade do habitat ou formação florestal sobre a dispersão, mas a formação florestal e a largura do canal influenciaram na morfologia da proporção das asas dos indivíduos. Esses padrões sugerem que gêneros encontrados em ambientes florestais, como Heteragrion, que apresentaram maior proporção das asas teriam menor capacidade de dispersão, que suportam maior temperatura e luminosidade, como Mnesarete e Hetaerina, exibiram menor proporção das asas e maior dispersão. Destacamos a vulnerabilidade dos indivíduos com menor capacidade de dispersão às modificações dentro de seus habitats aquáticos e na paisagem terrestre circundante por perda de cobertura vegetal.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Integrando conhecimentos locais e armadilhas fotográficas para avaliar a detecção e as características ecológicas que afetam a presença e a abundância de vertebrados médios e grandes no Vale do Xingu, Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2024-10) VULCÃO, Otávio Augusto Pereira Leão; CARVALHO JUNIOR, Elildo Alves Ribeiro de; http://lattes.cnpq.br/7456274393700395; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0003-4356-2954; PEZZUTI, Juarez Carlos Brito; http://lattes.cnpq.br/3852277891994862; https://orcid.org/0000-0002-5409-8336A escolha de métodos adequados para observar mudanças populacionais de espécies de interesse em monitoramento ambiental é crucial para garantir a sustentabilidade de programas a longo prazo. Este é um desafio na avaliação de vertebrados de médio e grande porte, pela sua importância ecológica e custos relativamente elevados para avaliação. Na região tropical é usual o método de censo em transectos ou armadilhas fotográficas. Porém ambos os métodos tem suas limitações e podem ter custos elevados e de dificil manutenção, sobretudo em países tropicais megadiversos. A inclusão de métodos baseados no conhecimento ecológico local (CEL) pode contribuir com a sustentabilidade de programas de monitoramento. Avaliamos a congruência entre taxas de detecção obtidas por armadilhas fotográficas e avistamentos e vestígios detectados através de LEK em duas áreas protegidas da Amazônia Oriental, comparamos a probabilidade de detecção e testamos a influência de três traços ecológicos. Observamos que, apesar de uma relação positiva geral, as taxas obtidas por ambos os métodos apresentam alta variabilidade. Para 11 das 20 espécies, a probabilidade de detecção foi maior pelo método utilizando vestígios identificados pelo LEK dos monitores locais. Dentre os traços selecionados, massa corporal, sociabilidade e nicho trófico, apenas a última característica foi significativa dentro dos nossos modelos, apontando para uma capacidade de detecção baseada principalmente pelos padrões de comportamentais das espécies. Nossos resultados demonstram a grande capacidade dos monitores locais em detectar a presença de espécies de interesse, e da aplicabilidade do CEL em monitoramentos faunísticos. Recomendamos estratégias de pesquisa colaborativa e a inclusão de seus saberes e experiência das populações locais em programas de monitoramento e conservação na Amazônia e em outros sistemas tropicais, que são as regiões mais ricas tanto em diversidade biológica como sóciocultural.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Movimentos sazonais de vertebrados terrestres entre florestas periodicamente alagadas e de terra firme(Universidade Federal do Pará, 2014-04-01) COSTA, Hugo Cardoso de Moura; PERES, Carlos Augusto da Silva; http://lattes.cnpq.br/9267735737569372O pulso de inundação é o principal fator para a estruturação e diferenciação das comunidades ecológicas de florestas de terra firme e de várzea na Amazônia, uma vez que são requeridas adaptações exclusivas para sobreviver às prolongadas enchentes anuais. Desta forma, as várzeas e a terra firme constituem um mosaico espaço-temporal da disponibilidade de recursos, o qual provavelmente resulta em um movimento lateral e sazonal na fauna terrestre entre esses dois ambientes adjacentes. Apesar das importantes implicações desta dinâmica sazonal para a ecologia e conservação da biodiversidade este fenômeno ainda é pouco conhecido. Nós testamos a hipótese de movimentação sazonal entre dois tipos florestais adjacente em duas reservas de uso sustentável na Amazônia ocidental, investigando os efeitos do nível da água bem como características da paisagem e de distúrbio antropogênico sobre a riqueza, composição e abundancia de nove guildas tróficas de vertebrados terrestres. A riqueza de espécies se diferenciou entre as fases seca e cheia do pulso de inundação, florestas de terra firme apresentaram maior riqueza do que as florestas de várzea. Encontramos uma clara diferença na composição de espécies tanto entre as duas fases do pulso de inundação quanto entre os dois tipos florestais. Os modelos lineares generalizados mostram que o nível da água é a principal variável para explicar a variação na abundancia de todas espécies e de três guildas tróficas em particular. As caraterísticas da paisagem e variáveis de distúrbio antopogenico, incluindo distância para o centro urbano mais próximo, elevação e área de várzea no entorno de cada armadilha fotográfica apresentaram uma variedade de efeitos sobre a assembleia de vertebrados terrestres. A biomassa total apresentou uma relação positiva com a distância do centro urbano mais próximo. Nossos resultados indicam que a persistência de populações viáveis de grandes vertebrados terrestres em regiões adjacentes aos grandes rios Amazônicos, requer grandes paisagens bem conectadas e que englobem diferentes formações florestais para assegurar os movimentos laterais d fauna terrestre.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Padrão de distribuição de larvas de EPT (Ephemeroptera, Plecoptera, Trichoptera) em riachos na Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2025-03) RAMOS, Thaiz Maria; JUEN, Leandro; http://lattes.cnpq.br/1369357248133029; HTTPS://ORCID.ORG/0000-0002-6188-4386; KOROIVA, Ricardo; http://lattes.cnpq.br/3262687790057613; http://orcid.org/0000-0002-6658-0824A dispersão é o deslocamento de organismos entre habitats na paisagem, sendo essencial para a colonização de espécies em novos locais e para manter a diversidade genética na região, e a sua eficiência está relacionada com a capacidade de dispersão de cada espécie, com as variáveis ambientais e com a distância entre os habitats. Os mecanismos de estruturação da comunidade e os impactos antrópicos sobre os invertebrados aquáticos têm sido avaliados através de abordagens baseadas em traços funcionais das espécies, mas a utilização deste método para determinar o potencial dispersivo das espécies ainda é pouco estudado. Com base nisso, o potencial dispersivo da maioria das espécies é observado de forma indireta ao utilizar traços funcionais e principalmente utilizando o conhecimento de especialistas. A partir deste cenário, o objetivo da dissertação foi avaliar o padrão de distribuição de larvas de EPT (Ephemeroptera, Plecoptera e Trichoptera), buscando classificar o potencial dispersivo dos gêneros com base em traços funcionais de dispersão e relacionar esses traços às variáveis ambientais. A dissertação está dividida em dois capítulos. No capítulo 1 avaliamos como os traços funcionais de dispersão de larvas de EPT estão relacionados com as condições ambientais de riachos da Amazônia Oriental. A maioria dos traços e suas categorias tiveram alguma associação, negativa ou positiva com algumas das nove variáveis físico-químicas selecionadas no estudo. Assim, corroboramos o fato de que as condições do ambiente influenciam a composição de traços funcionais de dispersão. No capítulo 2 classificamos o potencial dispersivo dos gêneros de larvas de EPT com base nos traços funcionais de dispersão e em consultas aos especialistas das ordens. Ephemeroptera foi a ordem com mais gêneros com alta capacidade de dispersão, enquanto os gêneros de Plecoptera tiveram valores médios e baixos para a dispersão. Já os gêneros de Trichoptera tiveram valores para o potencial dispersivo bem variados. Também avaliamos se a capacidade de dispersão dos gêneros de larvas de EPT estaria sendo refletido pela abundância e pela ocorrência nos riachos da Amazônia Oriental, o que não foi corroborado. Em nosso estudo, vimos o papel dos traços funcionais, sejam relacionados a dispersão ou não, sendo excelentes ferramentas utilizadas como proxiesDissertação Acesso aberto (Open Access) Potencial de contribuição de Tapirus terrestris (Tapiridae, Perissodactyla) na restauração florestal pós mineração de bauxita na Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2024-03) AMARAL, Lia Torres; CERQUEIRA, Roberta Macedo; http://lattes.cnpq.br/2863595777814509; OLIVEIRA, Ana Cristina Mendes de; http://lattes.cnpq.br/1199691414821581; https://orcid.org/0000-0002-7863-9678A dispersão de sementes é um dos processos ecológicos fundamentais para a restauração florestal em áreas degradadas. Considerados os maiores herbívoros terrestres da América do Sul, as antas (Tapirus terrestris) têm participação essencial na dispersão de sementes, herbivoria e ciclagem de nutrientes nas florestas neotropicais. Neste estudo investigamos o potencial da espécie Tapirus terrestris em contribuir no processo de restauração florestal, através da dispersão de sementes, em áreas em restauração após a extração de bauxita. Para isso, coletamos 30 amostras fecais, triamos e identificamos as sementes encontradas. No total, registramos 51.961 sementes de 33 espécies, distribuídas em 11 famílias. Setenta e oito porcento das sementes registradas permaneceram fisicamente íntegras após passagem pelo trato digestório das antas. A alta concentração de fezes em áreas de restauração florestal mostra que estas áreas são atrativas para as antas. Os taxa mais abundantes foram dos gêneros Cecropia, Byrsonima, Mimosa e Solanum. Nossos resultados contribuem para reforçar o papel de dispersor de sementes atribuído à espécie Tapirus terrestris, além de acrescentar pelo menos sete espécies à lista já existente na literatura de plantas dispersadas por antas nos neotrópicos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Similaridade morfológica e seus efeitos na distribuição da assembleias de percevejos semiaquáticos (Gerromorpha: Heteroptera) em igarapés da Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2017-02-07) GUTERRES, Alana Patricia Meguy; JUEN, Leandro; http://lattes.cnpq.br/1369357248133029; SILVA, Rogério Rosa da; http://lattes.cnpq.br/5989181105383977Estudos sobre padrões de distribuição e coexistência das espécies em comunidades naturais estão ganhando destaque na área de ecologia de comunidades, pois servem como base para outros estudos, como os de conservação, de ecologia teórica e outros. Neste estudo, utilizamos os insetos aquáticos da Subordem Heteroptera (Infraordem Gerromorpha), para avaliar a relação entre similaridade morfológica e padrões de coexistência de Gerromorpha. Duas hipóteses foram testadas: (i) a existência de divergência morfológica entre as espécies coexistentes; (ii) o ambiente exerce baixa influência sobre o padrão de coocorrência das espécies. O estudo foi realizado em 32 riachos (igarapés) dentro e no entorno de uma unidade de conservação na Amazônia Oriental. A hipótese sobre divergência morfológica entre as espécies de insetos semiaquáticos e de ausência de um efeito ambiental nas assembleias foram corroboradas. As espécies da comunidade de Gerromorpha apresentaram um padrão de coocorrência não aleatório. A divergência morfológica entre espécies pode ser o resultado de intensa competição interespecífica. Nas assembleias de Gerromorpha estudadas, as relações de competição foram mais importantes que o ambiente, resultando no deslocamento de caracteres morfológicos, com espécies coexistentes mais distantes entre si morfologicamente do que o esperado para os modelos avaliados.
