Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular - PPGNBC/ICB
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2374
O Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular (PPGNBC) é parte integrante do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Pará (UFPA), sendo constituído por: Mestrado e Doutorado em Neurociências e Biologia Celular, com área de concentração em Neurociências ou Biologia Celular.
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Navegando Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular - PPGNBC/ICB por Linha de Pesquisa "NEUROPATOLOGIA"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise in vitro do potencial antitumoral do conjugado LDE/Paclitaxel comparado à formulação do comercial Taxol sobre linhagem celular C6 de glioblastoma de rato(Universidade Federal do Pará, 2022-09) ANJOS, Ana Carolina Brito dos Anjos; FRANCO, Edna Cristina Santos; http://lattes.cnpq.br/5939607544965550; https://orcid.org/0000-0003-2909-949X; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072O glioblastoma, também conhecido astrocitoma de grau IV, é um dos tipos mais comuns e agressivos de tumores do sistema nervoso central. Dentre as características desse tipo de tumor destacam-se: infiltração de células tumorais isoladas no tecido cerebral normal, proliferação celular, angiogênese e necrose intensa. Atualmente a abordagem terapêutica principal consiste na ressecção cirúrgica seguida de radioterapia e quimioterapia. No entanto, na maioria das vezes o tumor não é bem delimitado, se espalhando pela região cerebral, o que dificulta sua ressecção total. Além disso, a retirada de tecido dessa região pode deixar diversas sequelas. Como consequência, os pacientes apresentam altas taxas de recidivas e baixas taxas de sobrevida. Outra problemática no tratamento desse tipo tumoral deve-se ao revestimento da barreira hematoencefálica que restringe a entrada de moléculas e substâncias, incluindo fármacos. Deste modo, o presente projeto se propõe a analisar os efeitos antineoplásicos da associação de uma nanopartícula chamada de LDE de estrutura semelhante à lipoproteína de baixa densidade (LDL) que atuará como carreadora do fármaco paclitaxel (PTX), comercialmente conhecido como Taxol®, um quimioterápico cuja ação antiproliferativa celular tem sido comprovada no tratamento de outros tipos de cânceres, tais como câncer de mama e câncer refratário de ovário. Utilizamos para tal, a linhagem celular C6 de glioblastoma de rato para as análises in vitro dos efeitos dos referidos tratamentos sobre os aspectos de viabilidade, citotoxicidade e morte celular por apoptose, utilizando o kit ApoTox-GloTM Triplex Assay (Promega Corporation), o qual desempenha as três análises citadas previamente, de maneira sequencial. Para avaliação do crescimento e do efeito do fármaco sobre os grupos de tratamento com PTX e LDE/PTX, cerca de 1x106 células foram cultivadas em microplacas de 96 poços, nas concentrações de 0,01; 0,1; 1 e 10 μM nos tempos de 24h, 48h e 72h. O controle experimental foi feito com células não expostas aos compostos, contendo apenas meio de cultivo DMEM. Os resultados obtidos após os tratamentos com PTX e LDE/PTX foram expressos como média ± desvio padrão e analisados por ANOVA de uma via (citotoxicidade) e de duas vias (viabilidade e apoptose), seguido pelo teste pos hoc de Tukey. As diferenças foram consideradas significativas quando p ˂ 0,05.Tese Acesso aberto (Open Access) Análise transcriptômica das linhagens celulares B103 e C6 expostas à ação do metilmercúrio(Universidade Federal do Pará, 2023-04) BONFIM, Laís Teixeira; FERREIRA, Wallax Augusto Silva Ferreira; OLIVEIRA, Edivaldo Herculano Correa de; http://lattes.cnpq.br/009400771470765; https://orcid.org/0000-0001-6315-3352A intensificação das atividades antrópicas tem produzido uma alta taxa de poluição ambiental principalmente em corpos hídricos, onde a contaminação por metais se tornou objeto de grande importância, devido à incapacidade desses ambientes em suportar tal poluição. O mercúrio (Hg) é um metal pesado de ocorrência natural, que pode ser utilizado na fabricação de elementos domésticos como lâmpadas fluorescentes, fungicidas e germicidas. A entrada do Hg na cadeia alimentar ocorre pela metilação dos íons Hg2+ em MeHg. Após a metilação, o mercúrio é considerado altamente tóxico para o ser humano, e entre os principais órgãos alvo dessa intoxicação podemos citar o cérebro, uma vez que o MeHg atravessa facilmente a barreira hematoencefálica, podendo acumular-se em diferentes áreas cerebrais. Sabe-se que, uma vez no SNC, o MeHg pode causar extensos danos celulares, como dano ao DNA, estresse oxidaivo, neuroinflamação e morte celular tanto em neurônios quando em células da glia. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi analisar as alterações transcriptômicas das linhagens celulares B103 e C6, células derivadas de neuroblastoma e glioma de Rattus norvegicus, expostas à ação do metilmercúrio. Para isso, foi utilizada a técnica de microarray de expressão afim avaliar o perfil global de expressão genica após 24 h de exposição ao MeHg. Nossos resultados demonstraram que o MeHg induz alterações significativas na expressão genica das duas linhagens celulares estudadas, sendo estas alterações mais proeminentes na linhagem C6, na qual observou-se uma maior quantidade de genes diferencialmente expressos. Entre os genes que mais se destacaram após a exposição das células B103 ao MeHg destacaram-se os genes Cdc42se2 (log2 FC -4.055713), Dcx (log2 FC 3.618981) e 4930449C09Rik (log2 FC 3.5129156) para a concentração de 0,1 μM. Já para a exposição de 2,8 μM, os genes com maior FC foram Crem (log2 FC -4.027875), Otoa (log2 FC 3.501512) e Dcx (log2 FC 3.423433). Além dos genes acima citados, destacaram-se os genes Trim14, Gm14169, Gm30871, Otoa e Dcx por serem compartilhados entre os dois grupos expostos. Quanto a linhagem C6, destacaram-se dez transcritos com FC maior que 3 (Aldh1l2, Dac1, Rps4l, Zbtb46, 6430573p05Rik, Tcf12, Awat2, Muc3, Dclre1b, Slc38a6). No tratamento de 6,3 μM, apenas três genes foram alterados mais de 3 vezes (Rps4l, Ankdr44 e 2610318N02Rik). Vale ressaltar que três genes foram compartilhados entre os tratamentos (Rps4l, Lamb 3 e Gm 41386).Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação das alterações no sistema somatossensorial como estratégia para o diagnóstico precoce e tratamento de pacientes com transtorno do espectro autista - TEA(Universidade Federal do Pará, 2020-01-31) SANTA MARIA, Bruna Castro; Amira Consuêlo de Melo Figueiras; http://lattes.cnpq.br/6213115471891287; BASTOS, Gilmara de Nazareth Tavares; http://lattes.cnpq.br/2487879058181806O transtorno do espectro do autista (TEA) é caracterizado por déficits persistentes na comunicação e interação social em múltiplos contextos e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses ou atividades. A mais recente edição do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), apresentou a adição de "hiper e hipo-reatividade à entrada sensorial ou interesses incomuns em aspectos sensoriais do meio ambiente" como características diagnósticas definidoras de autismo. Indivíduos com autismo frequentemente relatam sensibilidades táteis, como endurecimento ou afastamento quando tocados. Desta forma o objetivo deste trabalho foi identificar alterações da sensibilidade somestésica que possam auxiliar em estratégias para o diagnóstico precoce e intervenção de pacientes com autismo.Foi realizada observações clínicas e aplicação de questionários entre os participantes da pesquisa, onde observou-se que as crianças do grupo controle apresentaram minímas alterações de reatividade somestésica, quando comparadas com o grupo de TEA. Verificou-se que 90%dos participantes do grupo TEA não brincavam com diferentes consistências; 70% não brincam com objetos gelatinosos e materiais de diferentes texturas, bem como apresentam aversão a determinados tecidos e/ou etiquetas de roupas; 62% não partcipam de brincadeiras que molham ou lambuzam e andam ou andaram nas pontas dos pés e 50% evitam abraço e/ou contato físico, demosntrando que em crianças com autismo é possivel perceber precocemente hipo ou hiperreatividade somestésica, o que pode auxiliar no diagnóstico precoce e nas estratégias de intervenções.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação de microRNAs circulantes na esquizofrenia: da desregulação epigenômica a potenciais biomarcadores(Universidade Federal do Pará, 2021-03) RODRIGUES, André Luiz de Souza; BURBANO, Rommel Mario Rodriguéz; http://lattes.cnpq.br/4362051219348099; https://orcid.org/0000-0002-4872-234XIntrodução: A esquizofrenia é uma patologia grave e complexa que afeta cerca de 0,5-1% da população mundial, sendo de característica crônica e é reconhecida como uma das 15 principais causas de incapacidade. Para o diagnóstico clínico de esquizofrenia, existem critérios clínicos a serem avaliados, que incluem sintomas de ordem positiva e negativa. Na origem da doença, existe uma intima relação entre os estímulos ambientais e fortes evidências demonstram que estes estímulos têm a capacidade de agir nos mecanismos epigenéticos, que agem na regulação da expressão gênica. Os microRNAs (miRNA’s) são biomarcadores estáveis e potencialmente confiáveis, e alguns miRNA’s já foram previamente identificados como potenciais biomarcadores para a esquizofrenia em amostras periféricas. Objetivo: Avaliar o perfil de expressão dos miRNA’s circulantes em pacientes portadores de esquizofrenia (hsa-miR-34a, miR-449a, miR-564, miR-432, miR-548d, miR-572 e miR-652) em relação a indivíduos controles negativos para a doença. Métodos: Estudo analítico, de caso-controle, transversal, utilizando amostras previamente colhidas de pacientes diagnosticados com Esquizofrenia (N = 650) e grupo de controles (N = 924), que preencheram adequadamente os critérios de inclusão. As amostras foram analisadas após extração de RNA através de sua quantificação e técnicas de obtenção da reação da transcriptase reversa e reação em cadeia da polimerase quantitativa em tempo real. Todos os dados foram analisados por meio do programa estatístico IBM SPSS22. Resultados: Utilizando o método de coleta de sangue periférico com a intenção de encontrar possíveis biomarcadores para a esquizofrenia, foi observada uma expressão aumentada dos miRNA’s miR-34a, miR-449a, miR-564, miR-432, miR-548d, miR- 572 e miR-652 em vários cenários analisados, confrontando os grupos caso e controle, assim como variáveis dentro do grupo-caso, demonstrando potencial valor diagnóstico.Tese Acesso aberto (Open Access) Avaliação do óleo essencial de pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke) em modelo de depressão induzida por álcool em ratas adolescentes(Universidade Federal do Pará, 2023-08) SANTOS, Éverton Renan Quaresma dos; MAIA, José Guilherme Soares; http://lattes.cnpq.br/1034534634988402; MAIA, Cristiane do Socorro Ferraz; http://lattes.cnpq.br/4835820645258101A depressão é um distúrbio de prevalência mundial, que afeta a funcionalidade e a qualidade de vida das pessoas. O óleo essencial de pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke) rico em linalol apresenta atividades sobre o sistema nervoso central (SNC), incluindo do tipo antidepressiva. Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do óleo essencial em ratas adolescentes através de um modelo de depressão induzida por álcool em padrão binge. O óleo essencial foi extraído por hidrodestilação e analisado por um sistema duplo de cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas (CG-EM) e cromatografia gasosa com detector por ionização de chama (CG-DIC). A capacidade antioxidante in vitro do óleo essencial foi determinada no ensaio de eliminação do radical 1,1-difenil-2-picrilhidrazil (DPPH•). Ratos Wistar fêmeas, com 29 dias de idade, receberam por via oral água destilada ou etanol (3 g/kg/dia) em 4 episódios de binge e por via intranasal solução salina ou óleo de paurosa (35 mg/kg) uma vez ao dia por 28 dias. Após o tratamento experimental, foram realizados os testes splash e nado forçado. A expressão gênica do fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF) e S100B, os parâmetros biológicos do estresse oxidativo e os níveis de citocinas pró-inflamatórias foram determinados no córtex pré-frontal e hipocampo. O grupo OEPR+EtOH aumentou o tempo de autolimpeza e diminuiu o tempo de imobilidade, ambos de maneira significativa em comparação ao grupo EtOH nos testes splash e nado forçado, respectivamente. Os efeitos comportamentais do óleo essencial foram relacionados à modulação positiva de genes de BDNF e S100B, à restauração dos níveis de glutationa reduzida (GSH) e da capacidade antioxidante equivalente ao Trolox (TEAC), além da atenuação do aumento de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS), interleucina-1β (IL-1β), interleucina-6 (IL-6) e fator de necrose tumoral α (TNF-α) induzidos pelo álcool. Os resultados sugerem que o óleo essencial melhorou o perfil depressivo induzido pelo álcool através de um mecanismo neuroprotetor ao modular positivamente a expressão gênica de fatores neurotróficos, reequilibrar o estado antioxidante e atenuar o processo inflamatório, possivelmente pela ação do linalol.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação dos níveis extracelulares de GABA e glutamato no sistema nervoso central de camundongos infectados com Plasmodium berghuei ANKA(Universidade Federal do Pará, 2024-11) LIMA, Renato Mateus Santos de; OLIVEIRA, Karen Renata Herculano Matos; http://lattes.cnpq.br/3032008039259369A malária cerebral (MC), causada pela infecção por Plasmodium falciparum, é altamente mortal, especialmente em crianças menores de 5 anos, e deixa sequelas neurológicas em até 25% dos sobreviventes. Apesar da associação de eventos vasculares e hemorrágicos com alterações neurológicas na MC, pouco se sabe sobre os mecanismos neuroquímicos envolvidos. Este estudo visou caracterizar as alterações nos níveis dos neurotransmissores glutamato (GLU) e ácido γ-aminobutírico (GABA) no sistema nervoso central (SNC) durante a malária cerebral experimental (MCE). A MCE foi induzida em camundongos Swiss com Plasmodium berghei ANKA (PbA), e os animais foram monitorados quanto à parasitemia, curva de sobrevivência e alterações neurológicas, utilizando o protocolo Rapid Murine Coma and Behavior Scale (RMCBS). No 7º dia pós-infecção (d.p.i), os animais foram perfundidos com corante azul de Evans e solução salina para avaliação da barreira hematoencefálica (BHE). Os resultados mostraram que, a partir do 6º d.p.i, os animais começaram a sucumbir à MCE, com 100% de mortalidade até o 10º d.p.i. Alterações significativas na marcha, autopreservação e desempenho motor foram observadas. Extravasamento significativo de azul de Evans indicou comprometimento da BHE no 7º d.p.i. Houve aumento nos níveis extracelulares de GLU no cérebro e cerebelo nos dias 3, 5 e 7 pós-infecção. Os níveis de GABA aumentaram nos dias 3 e 5, retornando ao normal no dia 7. No cerebelo, os níveis de GABA não apresentaram alterações significativas. Esses resultados indicam que as alterações na neurotransmissão GABAérgica e glutamatérgica acompanham as mudanças neurológicas durante a infecção por PbA, sugerindo o envolvimento desses sistemas no desenvolvimento da MCE e oferecendo novas perspectivas para a compreensão da patogênese dessa complicação.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação neuropsicológica de deficits cognitivos em pessoas vivendo com HIV (PVHIV)(Universidade Federal do Pará, 2024-08) GONÇALVES, Samilly Palheta; RODRIGUES, Anderson Raiol; ROCHA, Fernando Allan de Farias; http://lattes.cnpq.br/3882851981484245; https://orcid.org/0000-0002-6148-1050A introdução da terapia antirretroviral resultou na diminuição das infecções oportunistas associadas ao HIV, consequentemente houve diminuição da incidência da maioria das doenças neurológicas em pacientes HIV-positivos. Entretanto, alterações neurocognitivas associadas ao HIV (HAND), permanecem com uma prevalência significativa, mesmo em indivíduos em uso de antirretroviral. O presente estudo teve o objetivo de avaliar os possíveis déficits cognitivos em pacientes HIV-positivos e caracterizar o perfil clínico das manifestações neurocognitivas na região Norte do Brasil. Foram avaliados 30 pacientes HIV-positivos, atendidos no Centro de Atenção à Saúde em Doenças Infecciosas Adquiridas (CASA DIA), em Belém do Pará. Foipossível verificar um decaimento das funções neurológicas, que afetam a capacidade funcional dessas PVHIV, com destaque para o domínio cognitivo de memória e atenção, onde foi possível identificar através das AIVDs, IHDS e CANTAB.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos da terapia motora baseada em movimentos de dança nas funções da teoria da mente e do ritmo Mu de pessoas com doença de Parkinson(Universidade Federal do Pará, 2023-08) VILHALVA, Jade Thalia Rodrigues; KREJCOVA, Lane Viana; http://lattes.cnpq.br/2604693973864638; BAHIA, Carlomagno Pacheco; http://lattes.cnpq.br/0910507988777644; https://orcid.org/0000-0003-3794-4710A Doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa progressiva que afeta regiões encefálicas cuja circuitaria neural é responsável pelo controle dos movimentos voluntários. Além dos sintomas motores, pacientes com DP apresentam sintomas não-motores que afetam drasticamente sua qualidade de vida. Estes incluem alterações cognitivas dentre as quais destacam-se déficits na memória de trabalho, déficits de funções executivas e na habilidade de dedução dos estados mentais de outrem (Teoria da Mente: TM) e podem ter relação também com as funções dos neurônios espelho (NE). Os NE são neurônios ativados quando uma pessoa realiza ou observa uma dada ação, realizando assim simulação “interna” dos atos observados, um processo necessário para a capacidade de reconhecimento de emoções e intenções na TM. Sua atividade é influenciada pelo treino prévio das ações motoras observadas e pode ser registrada usando-se eletroencefalografia (EEG) através de alterações nas amplitudes de onda da banda Mu (ondas alfa 1) detectadas quando um indivíduo observa as ações de outra pessoa. O presente trabalho investigou os efeitos de terapia motora sobre a atividade eletroencefalográfica e suas correlações com funções da TM em pacientes acometidos pela DP. Para tal, foram realizadas avaliações eletroencefalográficas para investigação de padrões de dessincronização característicos da atividade de neurônios espelho, além dos testes Reading the Mind in the Eyes (RME) e Faux Pas Recognition (FPR). Avaliamos pacientes diagnosticados com a DP (n=09), sob esquema farmacológico, Hoehn e Yahr 2-4, de ambos os sexos e com idades com média de 62.9 ± 7.1 anos e média de 5,8 ± 1,3 anos de diagnóstico, em janelas temporais antes do ingresso no projeto (Teste) e após doze meses de participação realizando 2 sessões semanais (Reteste) de terapia motora baseada em movimento de dança. Os dados tabulados foram analisados usando o teste t de Student. Não foram observadas diferenças significativas nos parâmetros de avaliação do teste FPR nas janelas temporais de Teste e Reteste. Já no teste RMT, a pontuação média obtida pelos participantes no Teste foi de 9,7 pontos, enquanto no Reteste a média foi de 11,3 pontos, com significância observada de p=0,0148. A análise estatística eletroencefalográfica (TRPs) apresentou resultados significativos no nível de dessincronização das ondas alfa 1 (p=0,014 ep=0,010). Os resultados demonstram que embora os indivíduos não apresentem melhora no desempenho na maioria dos componentes dos testes TM analisados, os resultados de EEG indicam alteração de atividade cortical cerebral específica relacionada à ativação do sistema de neurônios-espelho, influenciada pela terapia motora baseada em movimentos de dança o que a torna uma opção terapêutica adjuvante no tratamento dos sintomas motores e não motores de pessoas acometidas por DP.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos neuroprotetores e anti-inflamatórios do óleo de copaíba (Copaifera reticulata Ducke) em ratos adultos submetidos a isquemia do córtex motor por microinfecções de Edotelina-1(Universidade Federal do Pará, 2019-02-15) SILVA, Paulo Rodrigo Oliveira da; FRANCO, Edna Cristina Santos; http://lattes.cnpq.br/5939607544965550; LEAL, Walace Gomes; http://lattes.cnpq.br/2085871005197072O acidente vascular encefálico (AVE) é uma desordem neural causada pela interrupção do fluxo sanguíneo nos vasos que irrigam o encéfalo (AVE isquêmico) ou rompimento destes (AVE hemorrágico), causando déficits cognitivos, sensoriais e/ou motores. Com exceção do uso trombolíticos, o qual possui uma janela terapêutica muito estreita e é pouco utilizado, inexistem outros tratamentos farmacológicos ou terapia celular disponíveis para esta condição patológica. Desse modo, é necessária a busca por novos tratamentos, tais como o desenvolvimento de agentes neuroprotetores. A Amazônia é uma rica fonte de produtos naturais, mas as suas ações terapêuticas para doenças do sistema nervoso central (SNC) foram pouco investigadas. Neste trabalho, investigou-se as ações neuroprotetoras e anti-inflamatórias do óleo-resina de copaíba (ORC). Ratos Wistar adultos foram submetidos à isquemia focal por microinjeções (80pMol/μl) de endotelina-1 (ET-1) diretamente no córtex motor e foram tratados com doses diárias de ORC (400mg/kg) ou tween a 5%. Os animais foram perfundidos 7 dias após a lesão. A análise histopatológica foi realizada pela coloração com violeta de Cresila (cérebro) e com hematoxilina-eosina (fígado e rins). Realizou-se imunoistoquímica para a marcação de neurônios (anti-NeuN), astrócitos (anti-S100) e caspase (anti-caspase-3). A morfometria demonstrou redução no tamanho da área de lesão quando comparou-se animais tratados (15,96 ± 1,53 mm2) e controle (28,82 ± 2,65 mm2). O exame histopatológico do fígado e rins não encontrou alterações indicativas de toxicidade. Na análise quantitativa observou-se preservação neuronal, porém, não observou-se diferença estatística entre os grupos referente a análise de astrócitos (células S100+). O grupo tratado com ORC apresentou um aumento na expressão de caspase-3. Conclui-se que o ORC pode ter um papel neuroprotetor ao contribuir com a sobrevivência neuronal na área de penumbra isquêmica, porém, trabalhos futuros são necessários a fim de descobrir por qual(is) via(s) o ORC está agindo para promover a sobrevivência neuronal.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Melatonina previne danos cerebrais e déficits cognitivos induzidos pela infecção por Plasmodium berghei anka em modelo murino de malária cerebral(Universidade Federal do Pará, 2021-05) ATAIDE, Brenda Jaqueline de Azevedo; OLIVEIRA, Karen Renata Herculano Matos; http://lattes.cnpq.br/3032008039259369A malária cerebral é caracterizada por deficiências cognitivas permanentes em crianças infectadas com Plasmodium. As terapias antimaláricas mostram pouca eficácia para evitar déficits neurológicos e alterações do tecido nervoso provocadas pela malária grave. A melatonina é um hormônio endógeno com papel bem descrito, envolvido no controle das funções cerebrais e na manutenção da integridade da barreira hematoencefálica. Avaliamos o efeito da melatonina nas alterações histológicas, rompimento da barreira hematoencefálica e deficiências neurocognitivas em camundongos que desenvolveram malária cerebral. Camundongos suíços infectados com Plasmodium berghei cepa ANKA foram utilizados como modelo de malária cerebral. O tratamento com melatonina (5 e 10 mg/kg) foi realizado por quatro dias consecutivos após a infecção, e os dados mostraram um aumento na taxa de sobrevivência em camundongos infectados tratados com melatonina. Também foi observado que o tratamento com melatonina impediu a formação do edema cerebral e evitou a quebra da barreira hematoencefálica induzida pela infecção por Plasmodium berghei. Além disso, a coloração com hematoxilina e eosina demonstrou que a melatonina atenua as alterações histológicas em animais infectados com Plasmodium. A melatonina também foi capaz de prevenir danos motores e cognitivos em camundongos infectados. Esses resultados mostram pela primeira vez que o tratamento com melatonina preveniu danos histológicos cerebrais e alterações neurocognitivas induzidas pela malária cerebral.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Modelo de hemiparkinsonismo por 6-hidroxidopamina em primatas Sapajus apella: características comportamentais e histológicas(Universidade Federal do Pará, 2024-10) PEDROSA, Laís Resque Russo; KREJCOVÁ, Lane Viana; http://lattes.cnpq.br/2604693973864638; GOMES, Bruno Duarte; http://lattes.cnpq.br/4932238030330851O tratamento para Doença de Parkinson (DP), com inúmeros efeitos colaterais e efetividade decrescente com o curso temporal, tem sido o mesmo há mais de 50 anos e ainda diversos aspectos da fisiopatologia da doença permanecem incompreendidos. O desenvolvimento de novas terapias e elucidação sobre mecanismos relacionados à doença estão entre os maiores desafios atuais de pesquisa em neurociências. Nesse contexto, modelos experimentais primatas não humanos (PNH) são de grande relevância pela elevada proximidade filogenética, taxa de encefalização e complexo repertório motor e comportamental, que conferem elevado poder de previsibilidade clínica. O modelo de parkinsonismo por inoculação de 6-hidroxidopamina mimetiza características relevantes da DP e pode representar, em primatas, um importante refinamento experimental. O presente estudo buscou desenvolver um modelo de indução de hemiparkinsonismo em primatas Sapajus apella, com caracterização de aspectos comportamentais e histológicos. Para isso, macacos Sapajus apella machos adultos foram submetidos a testes motores para observação do desempenho motor antes e após a inoculação unilateral de 6-OHDA nas vias nigroestriatais em concentrações de 4 (N=1), 10 (N=1) e 40 (N=1) mg/μl no hemisfério dominante. Como controle cirúrgico (N=1), um animal foi submetido a cirurgia contendo somente o solvente. As coordenadas estereotáxicas para os 12 sítios de inoculação de 6-OHDA foram calculadas com base em imagens individuais por Ressonância Magnética (RM). Imunohistoquímica para tirosina hidroxilase (TH) foi realizada em secções coronais do mesencéfalo a 50 μm. Como análise estatística, ANOVA de duas vias para verificar possíveis diferenças nos parâmetros comportamentais e contagem neuronal entre os grupos, considerando os hemisférios dominante (portanto afetado) e não dominante de um mesmo animal. Houveram alterações significativas dos padrões motores de dominância e preferência manual após a intervenção cirúrgica. A indução por 6-OHDA nas vias nigroestriatais parece ser um bom método de indução de parkinsonismo com indução de sintomas detectáveis em primatas Sapajus apella, assim como sinais de histológicos de morte neuronal dopaminérgica.Tese Acesso aberto (Open Access) Tamanho de tumores da região selar como um preditor de perdas psicofísicas e eletrofisiológicas de campo visual(Universidade Federal do Pará, 2019-11) LOBÃO, Carlos Augusto Ferreira; SOUZA, Givago da Silva; http://lattes.cnpq.br/5705421011644718; https://orcid.org/0000-0002-4525-3971O crescimento de tumores da região selar representa uma importante causa de perda visual em decorrência da compressão mecânica exercida por estes ao aparato do nervo óptico. Muitos investigadores usaram métodos não-invasivos para avaliar as consequências deste dano ao campo visual e boa associação foi descrita entra as perimetrias psicofísica e eletrofisiológica. Poucos estudos consideraram o tamanho do tumor como um fator preditor da perda visual. Objetivos: No presente estudo foi avaliada a associação entre o tamanho tumoral e as alterações da campimetria visual mensurada pelos métodos psicofísico, usando a campimetria visual de Humphrey, e pelo método eletrofisiológico, com a análise do potencial cortical visual provocado multifocal (mfVECP). Métodos: Foi estuda amostra composta por 14 pacientes com tumores da região selar diagnosticados por ressonância magnética. Foi contado o número de setores com respostas negativas em ambos os métodos. Uma análise de regressão logística simples foi usada para se avaliar a associação entre as dimensões tumorais e as características das perdas dos campos visuais. Resultados: Três pacientes apresentaram campos visuais preservados, três pacientes apresentaram defeito campimétrico tipo hemianopsia e oito pacientes tiveram perdas de campo visual generalizadas em ambas as avaliações. Foi observado que os três diâmetros do tumor e o volume total do tumor tiveram diferentes influências sobre a extensão da perda visual quando estudados os dados psicofísicos e do mfVECP. O diâmetro crânio-caudal máximo do tumor foi o melhor preditor das alterações encontradas na campimetria psicofísica, enquanto que para os resultados do mfVECP, todas as dimensões tumorais e o volume tumoral tiveram valor preditivo semelhante em relação ás perdas visuais. Conclusão: O tamanho dos tumores da região selar é um preditor das perdas visuais encontradas na campimetria visual psicofísica e eletrofisiológica. Esta relação tem potencial em auxiliar nas intervenções clínicas e em prevenir os danos visuais permanentes que podem ser causados ao paciente.Tese Acesso aberto (Open Access) Viabilidade e eficácia da telerreabilitação e da cartilha de exercícios para pessoas com doença de Parkinson residentes em uma região da Amazônia brasileira: um ensaio clínico randomizado(Universidade Federal do Pará, 2023-12) RAMOS, Luciana Fernandes Pastana; YAMADA, Elizabeth Sumi; http://lattes.cnpq.br/7240314827308306; LOBATO, Bruno Lopes SantosA doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa crônica e progressiva, e o tratamento atual envolve intervenção farmacológica e fisioterapia. A telerreabilitação, que abrange apoio e orientação remota para pacientes em reabilitação, pode potencialmente melhorar o acesso aos serviços de fisioterapia para pessoas com doença de Parkinson, especialmente aquelas que enfrentam barreiras geográficas aos cuidados de saúde. O objetivo principal deste estudo foi avaliar a viabilidade e eficácia de um programa de telerreabilitação para pessoas com doença de Parkinson que vivem em uma comunidade da Amazônia brasileira. Realizamos um ensaio clínico randomizado, de grupo paralelo, unicêntrico, cego, envolvendo 19 participantes com diagnóstico de doença de Parkinson de Belém, Brasil. Os participantes foram designados para um programa individual de telerreabilitação de 4 semanas ou um programa de exercícios baseado em cartilha (grupo controle). As avaliações foram realizadas antes da intervenção, imediatamente após a intervenção e 4 semanas após o término da intervenção. Mostramos que nosso programa de telerreabilitação teve alta adesão entre os pacientes, com efeitos adversos mínimos. Tanto a telerreabilitação quanto a orientação da cartilha reduziram o tempo para realização do teste Timed Up and Go. Concluindo, nosso programa de telerreabilitação e de cartilha de exercícios foi viável e eficaz para pessoas com doença de Parkinson no cenário amazônico. Este ensaio foi registrado no Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC) sob o identificador: RBR-6sz837s.
