Navegando por Linha de Pesquisa "TEORIA DO CONHECIMENTO, EPISTEMOLOGIA E FILOSOFIA DA LINGUAGEM"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Uma análise do método de conjecturas e refutações Popperiano e de sua Aplicação ao ensino da Filosofia na educação básica(Universidade Federal do Pará, 2023) SIQUEIRA, Ailton dos Santos; DIAS, Elizabeth de Assis; http://lattes.cnpq.br/9610357600630781; https://orcid.org/0000-0003-0951-6313O objetivo deste trabalho é examinar se o método de conjecturas e refutações, que Popper propõe para a ciência pode ser aplicado ao ensino da Filosofia na educação básica, mais especificamente nos níveis fundamental e médio. Trata-se de uma problemática relacionada à educação e em particular à forma de se ensinar Filosofia. Entretanto, tal questão não está desvinculada de sua teoria da ciência. Nossa pretensão é mostrar que tal método, com algumas adaptações, pode ser um procedimento eficaz para suscitar a reflexão filosófica, na medida em que possibilita não apenas a problematização, mas também a discussão crítica das soluções propostas pelos filósofos. Em nossa análise, procuramos evidenciar que Popper critica e recusa a indução como método da ciência e propõe como alternativa, o de conjecturas e refutações. Elucidamos a natureza de tal procedimento e suas etapas. Posteriormente, procuramos destacar algumas reflexões do filósofo sobre a pedagogia de modo a respaldar nossas reflexões sobre a temática. Apresentamos, também, algumas propostas de aplicação das ideias de Popper à educação, como as de Bedoya e Duque (2019), que acreditam que o emprego do método de conjecturas e refutações na educação possibilita a formação de alunos que tenham consciência de que a ciência não é infalível e evidenciam como tal procedimento, pode melhorar o aprendizado em geral. Outra proposta, objeto de nossa análise, foi a de Oliveira (2008), que procura mostrar como a epistemologia popperiana pode fomentar uma abordagem falibilista no ensino das ciências. Examinamos, ainda, as sugestões de Segre (2009) para que se utilize o racionalismo crítico popperiano na didática acadêmica, como alternativa ao ensino dogmático e autoritário praticado no ensino universitário. E por fim, mostramos como o método proposto por Popper, pode ser aplicado ao ensino da Filosofia na educação básica.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Arte e natureza na teoria estética de Theodor W. Adorno(Universidade Federal do Pará, 2019-08-30) SANTOS, Carlos Henrique Hildebrando dos; BURNETT JUNIOR, Henry MartinAo longo da trajetória dos escritos filosóficos de Theodor W. Adorno se torna perceptível as diferentes formas com a qual ele se lançava nas reflexões materialistas e dialéticas sobre a natureza. Destacamos a conferência: A ideia de história natural de 1932 e a obra intitulada Dialética do esclarecimento, escrita na década de 1940. Por sua vez, naquela que seria sua última obra escrita e publicada postumamente no começo dos anos de 1970, a Teoria estética, essas questões retornam enquanto uma forma de pensar a natureza como categoria estética indispensável para uma teoria das obras de arte, o refúgio do comportamento mimético. Deste modo, nosso objetivo se inscreve na perspectiva de analisar o belo natural e sua relação com as obras de arte, a partir de sua obra tardia. Uma vez que ele retoma não apenas discussões da sua fase de juventude, mas também as considerações do belo natural presente na tradição estética alemã da virada do século XVIII para o XIX nos laçamos na análise dessa tradição sempre tomando como ponto de partida o posicionamento de Adorno. Com essa leitura, somos possibilitados a entender como ele ressignifica o belo na natureza e assim podermos nos lançar em algumas obras literárias que o autor se manteve atento e de que modo elas nos possibilitam a entender a importância desta categoria estética. Por fim, entendemos que ele pôde conferir a essa concepção de belo um novo e mais importante significado, sobretudo, para o seu projeto filosófico inserido em uma teoria crítica da sociedade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ciência e ética em Karl Popper(Universidade Federal do Pará, 2022-03-24) DIAS, Leandro José dos Passos; DIAS, Elizabeth de Assis; http://lattes.cnpq.br/9610357600630781; https://orcid.org/0000-0003-0951-6313Os estudos mais tradicionais acerca da filosofia de Popper têm se concentrado em aspectos de sua teoria da ciência ou de sua filosofia política, ou então em estabelecer elos de ligação entre essas duas vertentes de seu pensamento. Mais recentemente, surgiram novos estudos que têm se direcionado para uma nova hermenêutica que procura evidenciar que a ética está na raiz de sua filosofia. Nosso trabalho, pressupondo que há uma ética na base de seu pensamento, pretende analisá-la sob uma perspectiva mais específica, a da própria ciência. Nesse sentido investigaremos a seguinte questão: podemos afirmar que a concepção de ciência de Popper envolve uma dimensão ética? Ou melhor, há uma relação entre ciência e ética no pensamento do filósofo? Iremos considerar que sua concepção de ciência pressupõe uma ética, que se manifesta, em suas pretensões de demarcar a ciência, nos princípios que a norteiam e nas responsabilidades que ele imputa aos cientistas. Nossa análise da questão pretende, partir do próprio racionalismo popperiano, que ele considera como fruto de uma decisão ética. Nesse sentido pretendemos analisar o seu caráter, distingui-lo de outras formas de racionalismo, contrapô-lo ao irracionalismo e trazer à tona seus fundamentos éticos tendo por base os estudos de Kiesewetter, Artigas e Oliveira. E também, estabelecer suas relações com a ética. Elucidados esses aspectos característico do racionalismo de Popper, procuraremos evidenciar de que forma a ética se faz presente em sua concepção de ciência. Iremos mostrar que o filósofo ao propor seu critério de cientificidade e complementá-lo com certas regras metodológicas, deixa transparecer que a adoção de tais regras envolve decisões dos cientistas pautadas em valores e que geram certos compromissos éticos. Pretendemos mostrar também, que a ética se faz presente nos princípios éticos que norteiam a ciência, como falibilidade, discussão sensata, busca da verdade, honestidade e que tais princípios estão intimamente relacionados à ideia de autocrítica e de tolerância. E por fim, iremos ainda tratar das responsabilidades éticas dos cientistas, dando ênfase, as ciências aplicadas. Iremos mostrar que Popper propõe uma nova ética para a ciência tendo por base o juramento de Hipócrates.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Ciência, conhecimento e naturalismo na filosofia de Nietzsche(Universidade Federal do Pará, 2024-03-08) JESUS, Francisco de Paula Santana de; BARROS, Roberto de Almeida Pereira de; http://lattes.cnpq.br/4521253027948817; https://orcid.org/0000-0001-6142-450XEsta dissertação tem como objetivo investigar, discutir e interpretar a questão do conhecimento na filosofia de Nietzsche. Para tanto, partimos do pressuposto que o filósofo tematiza o conhecimento e a ciência a partir de uma perspectiva naturalista ao destacar seus elementos meta-epistemológicos (como as influências biológicas, ou os compromissos sub-reptícios com valores morais). Nesse sentido, o recurso às ciências naturais serve ao filósofo como subsídio para uma investigação não metafísica a respeito das maneiras humanas de cognição. Importante, então, ressaltar os paralelos existentes entre a interpretação nietzschiana e os estudos de autores com os quais Nietzsche entrou em contato, como Mach, Boscovich e Ribot. O que demanda o estudo de fontes como recurso metodológico para determinarmos o sentido da noção de conhecimento na filosofia de Nietzsche. Assim, nossa pesquisa procura 1) esboçar uma história da noção de conhecimento a partir de O nascimento da tragédia; para, em seguida, 2) apresentar as perspectivas naturalistas do conhecimento; e, por fim, 3) interpretarmos como teriam se formado os principais modelos científico-filosóficos (o socrático e o sofístico) a partir da psicologia filosófica nietzschiana. Por fim, oferecemos um discurso sobre a noção de espaço implicada na hipótese nietzschiana da vontade de poder.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O conceito de ontologia no livro IV da metafísica de Aristóteles(Universidade Federal do Pará, 2023-09-04) SOARES, Élida Teixeira; CORÔA, Pedro Paulo da Costa; http://lattes.cnpq.br/3785172545288511A ontologia é um domínio que abrange toda a história da filosofia conhecida, desde os gregos até pensadores contemporâneos importantes, como Martin Heidegger e sua ontologia do Dasein. Mas, assim como cada sistema filosófico parece ser diferente um do outro, ao tentarmos conceituar a ontologia, surge uma certa confusão, afinal, como vemos em Heidegger, ele entende que na história da filosofia aconteceu o esquecimento do ser, ou seja, do próprio objeto da ontologia, na forma em que esta foi concebida. E um dos alvos da crítica de Heidegger ao esquecimento do ser é Aristóteles, como também Kant procura fazer correções ao sistema categorial com o qual as coisas são determinadas. Por essa razão, estamos propondo estudar o conceito de ontologia em Aristóteles, concentrando nossa análise no que ele diz sobre esta epistéme no Livro IV da sua obra Metafísica. Nosso objetivo, com essa proposta é saber se é possível encontrar em Aristóteles uma definição precisa de ontologia que nos guie no estudo dessa parte da filosofia.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A crítica de David Hume ao ceticismo pirrônico na obra "Investigação sobre o entendimento humano" e a crítica contemporânea ao pirronismo de "Sexto empírico"(Universidade Federal do Pará, 2017-08-11) ARAÚJO, Paulo Roberto Freitas; MEIRELLES, Agostinho de Freitas; http://lattes.cnpq.br/7826494085324141Nosso objetivo com este trabalho é desenvolver uma exposição da crítica que David Hume lança contra os céticos pirrônicos na obra Investigação Sobre o Entendimento Humano, mostrando que se mantém de pé à luz da contemporânea compreensão que se tem do ceticismo esboçado por Sexto Empírico no Livro I das Hipotiposes Pirrônicas. Veremos por qual argumento Sexto defende, ao pirrônico, uma vida sem crenças. Então cotejamos o trabalho de Sexto com, principalmente, as conclusões do debate travado entre Michael Frede e Myles Burnyeat (interpretações urbana e rústica) sobre a possibilidade de o pirrônico ser coerente com seu pirronismo, i. é, o modus vivendi pirrônico sem crenças, endossando a posição de Burnyeat sobre sua inviabilidade. Apresentaremos, ainda, uma bibliografia virtual pela qual Hume poderia ter-se educado sobre Sexto e seu pirronismo, objeções apresentadas por Julia Annas à compreensão de Hume do ceticismo antigo e, finalmente, ponderaremos a posição de alguns comentadores que veem no ceticismo mitigado de Hume, antes de tudo, uma espécie de pirronismo. Munidos dessas análises, na medida em que o cerne da crítica de Hume é a suspensão total das crenças pelos pirrônicos, como assim também a inescapável natureza humana calcada no mecanismo instintivo do hábito ou costume como gerador de crenças relativas aos objetos empíricos de nossos raciocínios, então, não se pode negar a validade da crítica de Hume.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Da epistemologia moderna à epistemologia complexa de Edgar Morin: repercussões sobre o humanismo(Universidade Federal do Pará, 2022-03-03) MONTEIRO NETO, Benedito da Conceição; NUNES, Antônio Sérgio da Costa; http://lattes.cnpq.br/2937593233363602; SOUZA, Luís Eduardo Ramos de; http://lattes.cnpq.br/7892900979434696Nosso objetivo, no presente trabalho, dedica-se a demonstrar os principais elementos epistemológicos da complexidade elaborado por Edgar Morin em contraste geral com os princípios do método moderno de Descartes. Partimos das seguintes questões norteadoras: como ocorre a passagem do conhecimento ordenado moderno para o conhecimento organizado complexo e de que maneira esses conhecimentos culminam em uma concepção de humanismo? A hipótese que defendemos é que os princípios da complexidade de Morin são expostos como um diálogo crítico sobre as limitações do método moderno, apontando de que modo este último repercute de forma ambivalente na ciência e na sociedade a título de um humanismo degenerado e de um humanismo regenerado. Metodologicamente, dissertamos, em primeiro lugar, sobre a concepção da ciência e do método na modernidade, iniciando pelos argumentos que precedem e formulam a organização de um método quantitativo do conhecimento, tendo como eixo central as contribuições de Descartes em suas principais obras (1952). A segunda parte do texto volta-se para a concepção de ciência e método segundo as contribuições da epistemologia da complexidade, proposta por Edgar Morin (1996, 2011, 2015, 2016), onde apresentamos as principais inteligibilidades da sua teoria: o princípio dialógico, o princípio recursivo, o princípio hologramático. Na terceira e última parte do texto, fazemos o cotejo entre o pensamento complexo e a modernidade tomando por base o conceito do humanismo. Inicialmente, expomos a leitura da modernidade pela complexidade, destacando a categoria de racionalização. Em seguida, explanamos o modo como método moderno repercute na contemporaneidade com o advento da ecologia da ação. Por último, apresentamos uma reconstrução de um método e de um conhecimento alternativo, capaz de lidar com as incertezas culminando com a proposta de uma regeneração o humanismo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A dimensão fenomenológica da linguagem como possibilitadora do ser-aí historial(Universidade Federal do Pará, 2017-08-11) SOUSA, Fabrício Coelho de; SOUZA JÚNIOR, Nelson José de; http://lattes.cnpq.br/7150345624593204A questão da linguagem nos anos de 1932 a 1934 emerge como uma questão urgente de fundação e, porque não dizer, de redirecionamento do pensamento de Heidegger. O filósofo sente a necessidade de fundamentar sua fenomenologia com um novo viés metodológico que permita uma visualização do contexto e asseguramento das bases em que o ser-aí se encontra, a saber, em um contexto de já sendo um-com-outro. Este contexto de já ser-um-com-outro em nenhum momento terá importância secundária em relação à linguagem, mas terá que ser desdobrado em seus pormenores para a assunção da própria linguagem enquanto força motriz do pensamento heideggeriano nesses anos. Para tanto, Heidegger, na preleção de verão de 1934 intitulada “Lógica como o Questionamento da Essência da Linguagem, inicia fazendo uma análise do que seja a essência da linguagem e chega a conclusão de que não alcançaremos esta essência se compreendermos linguagem somente enquanto uma exposição do modus operandi do pensamento : lógica. A essência da linguagem brota da essência do ser do ser humano enquanto ser histórico.Linguagem surge como medida dos limites mais internos da constituição do ser-aí enquanto ser-um-com-outro,ou para ser ainda mais condizente com as pretensões de Heidegger,os limites mais internos do ser-aí historial constituído enquanto Volk. Nesse contexto, linguagem é mais que um mero instrumento á disposição do homem. Pelo contrário, linguagem é aquilo que primeiro dispõe o ser do homem no mundo, abrindo-lhe a possibilidade de estar em meio aos entes, dando-lhe compreensibilidade das relações em que está inserido. Devemos entender linguagem não enquanto um dispositivo lógico-gramátical de articulação de palavras ,mas sim no sentido fenomenológico enquanto um organizador primário que possibilita sentido as relações entre os entes e seres-aí.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A formação do raciocínio prático a partir da apreensão dos fins e da deliberação dos meios na ética nicomaqueia(Universidade Federal do Pará, 2024-04-05) POMPEU, Ian Silveira; PITTELOUD, Luca Jean; http://lattes.cnpq.br/0887702139830510; https://orcid.org/0000-0002-1864-5742A presente dissertação visa investigar a formação do raciocínio prático na psicologia aristotélica tomando como base a Ética Nicomaqueia, sem deixar de considerar referências a outras obras, as quais, e função da relação entre as ciências em Aristóteles, servem como fundamento para o desenvolvimento de uma resposta ao problema central. Para isso no capítulo I, são apresentadas as condições de possibilidade de uma ciência sobre a alma humana, o que exige (1.1) entender a definição aristotélica de ciência; (1.2) o fundamento sobre o qual todas as ciências teóricas estão baseadas; e (1.3) os fundamentos específicos da psicologia. Nessa exposição, recorreu-se à explicação do Princípio de Contradição presente no livro IV da Metafísica, à noção polissêmica de ousia e como os seus princípios – forma e matéria – relacionam-se com o estudo da alma humana. No capítulo II, aprofundou-se no estudo da alma humana entendida como forma segundo (2.1) a metodologia apresentada no De Anima; (2.2) a investigação das operações anímicas; e (2.3) a conexão com as virtudes ao modo exposto na Ética Nicomaqueia. No capítulo III, adentrou-se no raciocínio prático como conjugação do conhecimento acerca dos fins e da deliberação quanto aos meios através (3.1) da situação do problema no âmbito acadêmico com a contribuição de Elizabeth Anscombe; (3.2) da avaliação crítica da resposta de Jessica Moss ao problema do modo de apreensão e da natureza dos primeiros princípios práticos e da defesa da apreensão noética-experiencial em função de sua abrangência; e (3.3) do cotejamento de leituras a respeito do objeto da phronesis e da apresentação da especificação dos fins gerais enquanto interpretação proposta.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A leitura epistemologica popperiana da filosofia teórica kantiana(Universidade Federal do Pará, 2019-08-21) GOMES, Paulo Uiris da Silva; DIAS, Elizabeth de Assis; http://lattes.cnpq.br/9610357600630781; https://orcid.org/0000-0003-0951-6313O objetivo geral desse trabalho é analisar a interpretação que Popper faz da filosofia teórica kantiana e discutir seu caráter, problemas e méritos. Tal interpretação reflete a relevância e influência que Kant exerceu sobre o seu pensamento, nesse sentido, Popper reconhece, em diversas obras, a contribuição do filósofo prussiano para a estruturação de sua teoria da ciência. No entanto, ao mesmo tempo em que enaltece a filosofia kantiana, também a critica em diversos pontos, considerando-se um kantiano não-ortodoxo. À vista disso, o problema central dessa pesquisa é o seguinte: como Popper compreende a filosofia teórica de Kant? E, além disso, quais são as características, os problemas e as possibilidades dessa leitura? Nossa hipótese é que Popper interpreta a filosofia teórica de Kant de uma perspectiva epistemológica, atribuindo a Kant problemas de sua própria filosofia e o interpretando sob a luz de seu próprio holofote. O “Kant popperiano” possui ideias, problemas e limitações distintas do Kant que escreveu a Crítica da Razão Pura. Inicialmente, pretende-se caracterizar a interpretação popperiana de Kant como epistemológica e, por isso, próxima da tradição neokantiana de Marburgo. Em seguida, pretende-se reconstruir analiticamente a abordargem dos problemas que Popper considera como originariamente kantianos: o problema da indução e o problema da demarcação. Por fim, pretende-seDissertação Acesso aberto (Open Access) A natureza e o caráter das leis naturais em Popper(Universidade Federal do Pará, 2018-03-15) ARAUJO, Caroline Soares de; DIAS, Elizabeth de Assis; http://lattes.cnpq.br/9610357600630781Popper apresenta, ao longo de uma série de obras e artigos, diferentes caracterizações das leis naturais. Inicialmente, o filósofo define tais leis como enunciados estritamente universais, que, por conta das suas propriedades lógicas, são falseáveis. Em um segundo momento, Popper, a partir das críticas de William Kneale, passa a enfatizar o caráter necessário das leis da natureza. O objetivo desta pesquisa é determinar se as duas caracterizações apresentadas por Popper referentes às leis naturais são divergentes ou se são complementares e se há contradição entre uma dessas concepções e a teoria da ciência estabelecida pelo filósofo. Dessa forma, o problema desta pesquisa estrutura-se em torno da caracterização popperiana das leis naturais e do conceito de necessidade física, em aparente contradição com a natureza falseável que o filósofo atribui a essas leis em obras anteriores ao debate com Kneale. Defendemos a hipótese de que, a ideia de leis como enunciados que expressem necessidade só aparentemente contradiz o falsificacionismo e o conjecturalismo popperiano, na verdade, ela complementa a caracterização inicial de leis como enunciados estritamente universais, sendo consistente, da forma em que foi formulada, com o restante da teoria da ciência proposta pelo filósofo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Nietzsche e pessoa: um diálogo trágico entre filosofia e literatura(Universidade Federal do Pará, 2014-11-24) BATISTA, Francisco Lobo; BARROS, Roberto de Almeida Pereira de; http://lattes.cnpq.br/4521253027948817O presente estudo busca aproximar dois dos maiores críticos da modernidade, Nietzsche e Fernando Pessoa, a partir de temas que lhes são comuns e, em termos gerais, propõe um diálogo entre filosofia e arte, mais precisamente, entre filosofia e literatura. A partir da bibliografia consultada, podemos adiantar que Pessoa fora um nietzschiano involuntário que buscou na crítica à subjetividade, na compreensão metafórica da linguagem e na imagem da criança, a superação da metafísica. Por essa via, Nietzsche, numa perspectiva deleuziana, trabalhou com diversos personagens conceituais e, embora não de forma tão radical quanto Pessoa, pensou a partir de diversos heterônimos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A objetividade do conhecimento e a deposição do sujeito na epistemologia de Popper(Universidade Federal do Pará, 2018-09-04) RABELO, Wallace Andrew Lopes; DIAS, Elizabeth de Assis; http://lattes.cnpq.br/9610357600630781O objetivo do presente trabalho consiste em investigar como é possível o conhecimento objetivo para Popper e esclarecer o porquê do sujeito não possuir um papel relevante no processo do conhecimento. A concepção popperiana se afasta da tradição epistemológica, que valoriza o sujeito no processo de conhecimento, entendida pelo filósofo como subjetivista, face a sua objetivista. Nesse sentido, pretendemos mostrar que sua concepção de conhecimento objetivo está alicerçada em uma teoria dos três mundos, a qual se mostra fundamental para a compreensão da mesma, pois é justamente no mundo três que estão os produtos do sujeito, ou seja, o conhecimento objetivo. Iremos mostrar que este mundo três é linguístico, destacando a importância da linguagem para que o conhecimento se objetive. Um outro aspecto que pretendemos analisar diz respeito a objetividade científica, uma vez que Popper, além do conhecimento objetivo de um modo geral, trata em suas obras de um uma dimensão mais específica referente à ciência. Pretendemos esclarecer as condições lógico-empíricas e, também, sociais que possibilitam o debate e a crítica às teorias produzidas e, consequentemente, a objetividade científica. Por fim, iremos apresentar as críticas de Thomas Kuhn à concepção de objetividade popperiana. Como o filósofo não faz uma crítica direta à forma como Popper concebe a mesma, destacaremos suas objeções ao falsificacionismo de Popper e, também, suas considerações acerca de fatores subjetivos que influenciam o processo de escolhas de teorias, comprometendo assim a objetividade científica.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A origem do mal como ruptura da lei natural nas leis de Platão(Universidade Federal do Pará, 2021-09-27) SOUZA, Victor Lucas da Silva da Conceição de; PITTELOUD, Luca Jean; http://lattes.cnpq.br/0887702139830510; https://orcid.org/0000-0002-1864-5742O escopo principal desta pesquisa é verificar o argumento platônico acerca da existência de uma alma divina apresentada nas Leis, livro X, que rege todo o universo, bem como a sua relação com o intelecto humano. O trabalho busca argumentar sobre da existência de uma lei natural anterior às leis humanas positivadas e quais as consequências advindas da não observância da lei natural pelos seres humanos na sua atividade legiferante. Parte-se da hipótese de que a origem do mal se dá na ruptura da relação entre as leis humanas e a lei natural. Para isso, será exposto como Platão, nas Leis, defende a existência de um logos divino (887c-899d) apresentando os argumentos da alma como causa primeira (896a6-8), do movimento e do automovimento (895b1), bem como a precedência lógica da alma sobre o corpo (893b) e a hipótese levantada por Platão acerca da alma má e do seu alcance cósmico.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Pasión y Razón: Solución al problema de la desobediencia en el Leviatán(Universidade Federal do Pará, 2019-04-01) LEÓN SÁENZ, Brayan Leonardo; MEIRELLES, Agostinho de Freitas; http://lattes.cnpq.br/7826494085324141Dissertação Acesso aberto (Open Access) Protágoras e a Paidéia como possibilidade de conhecimento para além da Techné(Universidade Federal do Pará, 2021-12-12) SILVA, Renan Ferreira da; PITTELOUD, Luca Jean; http://lattes.cnpq.br/0887702139830510; https://orcid.org/0000-0002-1864-5742Pretende-se, de maneira geral, com a presente pesquisa abordar a paidéia grega antiga a partir do sofista Protágoras. Segundo o contexto ateniense o qual sofre uma vasta transformação cultural no período V a.C., pretende-se fazer entender a profunda importância do sofista enquanto educador, no sentido de alguém que absorve a necessidade da polis grega em se modificar e se reestruturar, após o seu tradicional padrão de educação, isto é, a velha paideia, não se encontrar mais como único na antiga Atenas. Num primeiro momento, portanto, buscase compreender que existe sob esse ponto de vista uma antiga e uma contemporânea paidéia no período clássico. De maneira específica, tentar-se-á entender que Protágoras se situa a partir de então com suas novas propostas de educar uma cidade repleta de urgências, e o presente trabalho acredita que há uma possibilidade de uma proposta do sofista em seu programa de ensino, isto é, a sua paidéia, que vai além dos limites do antigo ou velho padrão de educação, chegando enfim à conclusão de que Protágoras foi um educador que possibilitou o conhecimento para além da antiga techné.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A questão da finitude nos escritos de Heidegger de 127-1930: transcendência, mundo e liberdade(Universidade Federal do Pará, 2019-03-12) BRAGA, Arnin Rommel Pinheiro; SOUZA JÚNIOR, Nelson José de; http://lattes.cnpq.br/7150345624593204A problemática da finitude como o horizonte de manifestação do Ser é uma das principais temáticas dentro do pensamento de Heidegger. No entanto, ela ganha aspectos novos e evolui a cada etapa do pensamento deste autor, o que dificulta o exercício de tratar este tema desde uma visão mais ampla de sua filosofia. Neste sentido, esta pesquisa busca abordar a questão da finitude a partir da etapa do pensamento heideggeriano conhecida como a “Metafísica do Dasein”, ou seja, desde os escritos imediatamente posteriores a publicação de Ser e Tempo (1927) e anteriores a obra Sobre a Essência da Verdade (1930), mais precisamente nas obras Os Problemas Fundamentais da Fenomenologia (1927), As Fundações Metafísicas da Lógica (1928), A Essência do Fundamento (1929), Introdução à Filosofia (1928-1929), Os Conceitos Fundamentais da Metafísica: Mundo, Finitude, Solidão (1929-1930) e A Essência da Liberdade Humana: Introdução à Filosofia (1930). Visto que são nestes escritos onde Heidegger começa a abordar a questão da compreensão do Ser na finitude de uma maneira mais radical do que a proposta anteriormente em Ser e Tempo. Em outras palavras, Heidegger promove um movimento reflexivo de radicalização da estrutura fundamental da “preocupação” (Sorge), que o leva ao deslocamento da questão do sentido do Ser na finitude do âmbito estrito do ser-aí entendido como “ser-para-a-morte” (Sein-zum-tode), para uma reflexão mais profunda a partir dos conceitos de Transcendência, Mundo e Liberdade do Dasein. Esta radicalização inaugura uma série de questões entre as quais está inserida a pergunta primordial desta pesquisa: como Heidegger radicaliza o problema da finitude como horizonte de compreensão do Ser a partir da transcendência do Dasein, do fenômeno mundo e da liberdade do ser-aí? A explicitação conceitual destes três termos nucleares da “Metafísica do Dasein” – Transcendência, Mundo e Liberdade – revelará as condições de possibilidade para o desvelamento do ser dos entes a partir da compreensão do Ser, na qual não se recorre mais a uma esfera além (Deus, por exemplo) ou em contraposição ao ente (relação sujeito-objeto), mas que se fundamenta no horizonte da finitude garantido pela estrutura ontológica fundamental de “ser-no-mundo” (In-der-Welt-sein).Dissertação Acesso aberto (Open Access) A religião nos limites da crítica kantiana da razão(Universidade Federal do Pará, 2023-04-18) SANTOS, Fladerny Marques dos; MEIRELLES, Agostinho de Freitas; http://lattes.cnpq.br/7826494085324141A presente dissertação tem como propósito analisar a temática do mal radical (radikales Böse). Essa temática, conforme veremos, tem suas implicações com a filosofia prática de Kant, sobretudo após o filósofo ter consumado a formulação do Projeto Crítico, que envolve as três Críticas. Tais implicações antecedem o exame da temática realizada na obra A religião nos limites da simples razão (1793). Assim sendo, o referido vínculo está exposto de modo direto nessa obra, mas nela não é esgotado. Portanto, em nosso exame, inicialmente, interessa nos discorrer sobre os elementos principais da argumentação kantiana, os quais são condições necessárias e alargam o horizonte em que a temática religiosa conjugada à concepção do mal recebe o destaque merecido no panorama da filosofia transcendental. A noção de mal radical não deve ser resumida como uma tese religiosa ou antropológica; assim, a nossa pesquisa argumenta que o trabalho de Kant na Religião está de acordo com as suas obras anteriores sobre moralidade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) As representações inconscientes e o Eu Penso em Kant(Universidade Federal do Pará, 2018-01-10) BRITO, Aline Brasiliense dos Santos; SOUZA, Luís Eduardo Ramos de; http://lattes.cnpq.br/7892900979434696Esta pesquisa tem por objetivo analisar o conceito de representações inconscientes em Kant e sua relação com o conceito de apercepção transcendental, ou o Eu penso. A existência de um gênero próprio de representações, as inconscientes, são apontadas em várias obras de Kant, dentre as quais se podem citar a Antropologia de um ponto de vista pragmático e a Crítica da razão pura. São representações das quais se pode destacar na filosofia de Kant dois aspectos principais, sendo o primeiro a amplitude, pois elas abarcam o campo teórico, prático e estético, e o segundo a positividade, no sentido de desempenharem um papel positivo tanto na produção do conhecimento, quanto nos demais processos mentais – no estético e no moral. Entretanto, quando considerado o conceito de inconsciente frente ao princípio da apercepção transcendental, surge uma problemática: como afinal, compreender a existências de tais representações na filosofia de Kant, se o Eu penso implica em uma referência necessária de toda representação à consciência? Kant é mesmo enfático ao afirmar que, se as representações não se referem a este princípio, elas não são nada para um sujeito (Crítica da razão pura, B131). Com efeito, com vistas a tentar fornecer uma solução a tal problemática, partiremos de três hipóteses relevantes sobre a questão. A primeira delas é a tese de Locke, segundo a qual as representações inconscientes não são admitidas pelo fato de indicarem uma contradição à consciência de si mesmo, afinal, frente a um eu que nem sempre possui consciência de seus atos, pode-se dizer que há certa indeterminação quanto à identidade deste eu. A segunda é a tese de Heidemann (2012), de acordo com a qual a representação inconsciente encontra-se dividida em duas espécies, onde somente uma delas, as representações unconscious by degrees, referemse à apercepção transcendental. Por fim, a terceira tese é a de La Rocca (2007), com a qual concordamos em grande parte, pela qual se compreende o princípio da apercepção transcendental sempre como uma possibilidade estrutural, não a título de uma efetividade em termos psicológicos – ser consciente ou inconsciente –, mas de uma estrutura lógica que diz respeito à forma pela qual a representação precisa se referir.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Senso comum e Ciência em popper(Universidade Federal do Pará, 2020-11-25) SILVA, Adam Augusto Silva e; DIAS, Elizabeth de Assis; http://lattes.cnpq.br/9610357600630781; https://orcid.org/0000-0003-0951-6313O objetivo da presente pesquisa é investigar as relações entre senso comum e ciência no pensamento de Popper. O problema de nossa pesquisa se apresenta quando Popper nega o ideal de episteme ao definir a ciência pelo seu caráter negativo, a falseabilidade. Ou seja, sua ideia de que a ciência é conhecimento falível e passível de erro se choca com as defendidas pela tradição epistemológica que a concebe como um saber fundamentado, certo e demonstrado. Assim, ao negar características positivas, tradicionalmente reconhecidas como próprias da ciência, a posição de Popper nos suscita a seguinte questão: Qual o status que ele reserva a ciência, se não a identifica com a episteme? Em outras palavras, ao negar o ideal de episteme, Popper estaria reduzindo a ciência a doxa ou ao senso comum? A presente pesquisa será norteada pela hipótese de que Popper está longe de reduzir a ciência a doxa ou ao senso comum, pois ele muito embora veja certas proximidades entre elas, reconhece que a ciência vai além do senso comum. Assim, de modo a evidenciarmos a posição de Popper face a problemática delineada pretendemos, primeiramente analisar, como as relações entre senso comum e ciência tem sido tratada por filósofos desde a antiguidade, como Platão e Aristóteles e, também, mais contemporaneamente, por Bachelard. Posteriormente, pretendemos mostrar que, contrariamente, a esses filósofos que veem a doxa e a episteme, ou senso comum e a ciência como formas de conhecimentos distintas, Popper estabelece relações muito próximas entre ambos, mas não reduz a ciência ao nível do senso comum, na medida que a concebe como senso comum esclarecido.
