Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia - PPGSA/IFCH
URI Permanente desta comunidadehttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/6622
O Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) é vinculado ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA) e foi aprovado pela CAPES no ano de 2002, ainda com o nome de Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais. Iniciou suas atividades no primeiro semestre de 2003, com o funcionamento da primeira turma de Doutorado. Atualmente o Programa oferece também curso de Mestrado Acadêmico.
Navegar
Navegando Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Antropologia - PPGSA/IFCH por Agência de fomento "CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico"
Agora exibindo 1 - 7 de 7
- Resultados por página
- Opções de Ordenação
Dissertação Acesso aberto (Open Access) Maretório: o giro ecoterritorial dos povos extrativistas costeiro-marinhos do litoral da Amazônia paraense do litoral da Amazônia paraense?(Universidade Federal do Pará, 2022-04-13) LIMA, Paulo Victor Sousa; RIBEIRO, Tânia Guimarães; http://lattes.cnpq.br/1193175057010343; https://orcid.org/0000-0003-1683-3659Esta dissertação apresenta uma reflexão acerca da construção socioantropológica da identidade dos povos extrativistas costeiro-marinhos do litoral da Amazônia paraense. Tendo em vista isso, o estudo teve como objetivo compreender como as lideranças da Comissão Nacional de Fortalecimento das Reservas Extrativistas e Povos Extrativistas Costeiros e Marinhas (CONFREM) de Reservas Extrativistas (RESEXs) Costeiro-Marinhas do litoral do Pará dão sentido ao maretório, que ao mobilizá-lo pelo reconhecimento de uma identidade singular, a de extrativistas costeiro-marinhos, vão desenhando um conceito na prática – enquanto um giro ecoterritorial. Constitui-se numa pesquisa de caráter exploratório de cunho qualitativo, que envolveu um conjunto de técnicas e procedimentos metodológicos que incluem, pesquisa bibliográfica, pesquisa documental e entrevistas com roteiros semiestruturados. Este material foi analisado em diálogo com uma proposta de síntese conceitual do campo teórico dos movimentos sociais. Contudo, dadas as especificidades das lutas socioambientais no contexto do litoral da Amazônia paraense, houve a necessidade de incorporação outras categorias analíticas, tais como conflitos socioambientais e expropriação do mar. Atualmente existem 30 RESEXs Costeiro-Marinhas decretadas entre os anos de 1992 e 2018, e 13, estão localizadas no litoral do estado do Pará. As mobilizações protagonizadas por povos extrativistas costeiro-marinho demando a criação dessas Unidades de Conservação de Uso Sustentável foram originadas em função dos conflitos socioambientais desencadeados pela incorporação do litoral da Amazônia paraense à uma agenda composta por ações, políticas e iniciativas, caracterizada pela literatura como expropriação do mar. Os resultados da pesquisa apontam que somente no 2008, isto é, pouco mais de uma década após a institucionalização da primeira RESEXs Costeiro-Marinhas no Brasil, é que surgiu a ideia de formar uma organização para representar o movimento socioambiental, que viria a ser conhecida pela sigla CONFREM. Ao longo dos anos a CONFREM foi ampliando sua janela de atuação e conquistando reconhecimento do Estado e Sociedade como um todo. As principais pautas defendidas pela CONFREM envolvem a demanda e o acompanhamento dos processos de criação de novas Unidades de Conservação, bem como, o acesso a políticas que atendam e reconheçam as especificidades da categoria. Em diferentes espaços de participação como encontros, fóruns e seminários, essas lideranças da CONFREM de RESEXs Costeiro-Marinhas do litoral do Pará apresentam uma reivindicação direcionada a academia: a construção do conceito maretório. A partir dessas lideranças foi possível compreender que o maretório, enquanto um conceito, caracterizar-se-ia como as lentes necessárias para àqueles e àquelas que desejam compreender a dinâmica socioambiental, que ocorre no litoral da Amazônia paraense, do segmento populacional autodenominado “povos extrativistas costeiro-marinhos”, que está atrelada a singularidade de um modo de vida pautado na reprodução cultural, política e econômica em meio a fluidez dos processos de apropriação e usos dos recursos comuns dos ambientes e ecossistemas costeiros e marinhos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Memórias das esquinas: as trajetórias de prostitutas na batalha pelo bairro da Campina, Belém-Pa(Universidade Federal do Pará, 2017-05-29) SOUSA, Silvia Lilia Silva; SILVEIRA, Flávio Leonel Abreu da; http://lattes.cnpq.br/1972975269922101No presente trabalho volto meu olhar à prostituição no contexto urbano belenense, especificamente ao bairro da Campina, área central da cidade de Belém/PA, onde predominou entre os séculos XIX e XX o centro da boemia e o principal ponto de prostituição da capital. Neste bairro foi construída no ano de 1921 a famosa zona do meretrício, também conhecida como “quadrilátero do amor”, que permaneceu fechada na década de 1970 pelo governo militar. Partindo dos estudos de antropologia urbana em interlocução com os estudos de gênero, me proponho na presente dissertação compreender as relações que as mulheres prostitutas mantêm com o bairro estudado, levando em consideração suas trajetórias, memórias e lutas. Sendo assim, percebo que por entre as esquinas, boates e pensões emergem histórias que povoam as memórias destas mulheres, narrativas que permitem refletir sobre diferentes interpretações quanto à cidade, portanto, referem-se as outras formas de exercer a sociabilidade e de experienciar a urbe.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Partilhando o sensível: práticas dissidentes de cinema na Amazônia paraense(Universidade Federal do Pará, 2024-11-14) ARAUJO, Gabriela Laroca; CARDOSO, Denise Machado; http://lattes.cnpq.br/2685857306168366; SANTOS, Patricia da Silva; http://lattes.cnpq.br/3554364096207512; https://orcid.org/0000-0002-1266-1311Esta dissertação investiga a democratização do audiovisual na Amazônia paraense, com foco no projeto Telas em Rede em Santarém/PA, que utiliza o audiovisual como ferramenta de comunicação popular para amplificar as vozes das comunidades periféricas e fortalecer suas lutas por reconhecimento e direitos. O estudo discute as práticas dissidentes de produção audiovisual como uma forma de resistência contracolonial, explorando os entrelaçamentos entre arte e política. Ancorada na teoria estética de Jacques Rancière, a pesquisa analisa como o audiovisual pode reconfigurar percepções, sensibilidades e modos de agir, tanto no nível individual quanto coletivo, propondo novas formas de subjetivação política e transformação social. O principal objetivo é examinar a relevância do audiovisual como uma ferramenta de luta em contextos de organização popular e defesa de territórios, além de discutir os múltiplos significados atribuídos ao fazer audiovisual nas periferias da Amazônia. A metodologia utilizada inclui uma etnografia multissituada que combinou observação participante, entrevistas abertas e semiestruturadas com os membros do Telas em Rede e análise das produções audiovisuais realizadas no projeto. O trabalho de campo foi realizado em Santarém, e foi ampliado com análises de relatórios de atividades e materiais digitais relacionados ao projeto. A pesquisa destaca a importância da democratização das tecnologias de produção audiovisual como forma de reconfigurar o sensível, permitindo que grupos historicamente marginalizados criem suas próprias narrativas e questionem as representações coloniais dominantes, articulando novos horizontes políticos e sociais. Dessa forma, o Telas em Rede busca reconfigurar a percepção do espaço amazônico, não apenas como uma área de exploração, mas como um território de resistência, criação e transformação coletiva, onde o audiovisual se torna um meio de amplificar as demandas e as vozes das populações invisibilizadas.Tese Acesso aberto (Open Access) Por um turismo decolonial: reflexões antropológicas a partir da turistificação da Ilha do Combu/Pa(Universidade Federal do Pará, 2023-12-04) NUNES, Thainá Guedelha; FURTADO, Lourdes de Fátima Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1828475659148260; https://orcid.org/0000-0002-5243-4607A partir de 2015, na Ilha do Combu, Área de Proteção Ambiental pertencente à área insular de Belém do Pará, se inicia um processo de turistificação que a tira de sua condição de relativa invisibilidade, atraindo cada vez mais visitantes. Diante disso, esta tese tem como objetivo analisar tal processo e seus principais desdobramentos. Tendo como palco a ilha, buscou-se refletir criticamente sobre o turismo ter se constituído sob a influência da colonialidade e, consequentemente, assimilado as noções de desenvolvimento e modernidade. Utilizando-se dos debates provenientes da Antropologia do Turismo, com contribuições de autores que abordam a decolonialidade, os resultados apresentados são frutos de uma pesquisa antropológica qualitativa. Esta pesquisa teve como base a etnografia, com observação direta e participante, entrevistas semiestruturadas, questionário online e registros fotográficos. Foram também realizadas investigações na internet, buscando acompanhar em uma rede social perfis de estabelecimentos da ilha, material de divulgação destes e comentários em postagens sobre a ilha por perfis de jornais da cidade. Os resultados aqui apresentados são oriundos não apenas da pesquisa realizada durante o período do doutorado, mas das pesquisas que realizei desde 2010, o que me possibilitou acompanhar as transformações pelas quais a ilha vem passando. Outra dimensão metodológica foi a da pesquisa-ação, em que foram estabelecidas contrapartidas da pesquisa para a comunidade. Serão produzidas cartilhas para os donos dos estabelecimentos e para os visitantes, e um site sobre a Ilha do Combu foi criado. Como resultados tem-se que o avanço da busca por lazer no local consolidou este como um importante ponto turístico de Belém, gerando mais visibilidade, valorização local, emprego e renda para a população. Entretanto, atraiu a atenção de forasteiros que buscam também aproveitar-se das possibilidades promissoras, decidindo empreender no local, intensificando o processo de turistificação. Observa-se um desenvolvimento desordenado do turismo, que vem se intensificando rapidamente, gerando a proliferação de estabelecimentos, especulação imobiliária, perturbação da vida cotidiana local, poluição, erosão, insegurança, surgimento de atrativos artificiais e mudanças para atender às demandas externas. Percebeu-se que a maneira como a atividade vem se desenvolvendo nos últimos anos no local, reflete as ontologias propagadas pela colonialidade, no comportamento e ações de agentes do Setor Privado, do Poder público e de visitantes. Todavia, a população local tem mostrado sua agência e destacando seu protagonismo frente a esse processo. Por fim, buscou-se trazer proposições para avançar na descolonização do turismo.Tese Acesso aberto (Open Access) As reservas extrativistas como ação pública local: comparando as experiências socioterritoriais de Frechal e Cururupu na Amazônia maranhense(Universidade Federal do Pará, 2016-03-29) COSTA, Gercilene Teixeira da; TEISSERENC, Maria José da Silva Aquino; http://lattes.cnpq.br/1799861202638255As Reservas Extrativistas (Resex) são unidades de conservação genuinamente brasileiras, de domínio público e concedidas às populações tradicionais para uso e extração sustentável dos recursos naturais. Neste trabalho, elas foram analisadas enquanto um instrumento da ação pública, construído a partir da interação de diversos atores sociais que atuaram num processo conflituoso de disputas agrarias na Amazônia brasileira e de uma arbitragem do governo que as adotou como instrumento de regulação territorial e ambiental. Partindo da hipótese de que as Resex são instrumentos da ação pública local, analisou-se, neste estudo, as experiências socioterritoriais de duas Resex situadas no Litoral Ocidental do Estado do Maranhão, na Amazônia brasileira, a Resex Quilombo de Frechal e a Resex Marinha de Cururupu, com o objetivo de conhecer as aplicações desse instrumento e as ações públicas que estão sendo construídas nesses territórios. O estudo, entre outros, apontou para apropriações e interpretações diferenciadas do instrumento, assim como para recomposições territoriais feitas com base em elementos identitários. Em Frechal, a recomposição territorial tem se dado via construção de uma identidade quilombola, diacrítica e ressemantizada, gerando tensões dentro do território. Em Cururupu, esta recomposição tem-se dado via um novo território turístico. A conclusão principal deste estudo é que o instrumento Resex detém uma força de ação que se desenvolve e se diferencia a partir das interações e interpretações dos atores sociais. Como instrumento de ação pública local, as Resex não são estáticas e redutíveis ao instrumento, ao contrário, produzem efeitos independentes dos objetivos que elas assinaram. Sendo a dinâmica e a apropriação pelos atores sociais, determinantes, na construção da ação públicas.Tese Acesso aberto (Open Access) “Toda planta tem Alguém com ela” – sobre mulheres, plantas e imagens nos quintais de mangueiras(Universidade Federal do Pará, 2020-04-24) PEIXOTO, Lanna Beatriz Lima; SILVEIRA, Flávio Leonel Abreu da; http://lattes.cnpq.br/1972975269922101Neste trabalho apresento um estudo sobre a relação de mulheres e quintais, com ênfase no cultivo de plantas. A pesquisa foi desenvolvida na Comunidade Quilombola de Mangueiras, município de Salvaterra, Arquipélago do Marajó, região Norte do Brasil. A partir da vivência junto a quatro mulheres e suas narrativas, objetivo compreender como se dá a habitação do espaço, como constroem suas paisagens. Entendo os quintais como um microcosmos, estudar as relações nele/com ele estabelecidas envolve questões relacionadas a vários aspectos da vida social como família, política, cura e xamanismo, e deixa transparecer formas e perspectivas de ver e viver o mundo marajoara. Em Mangueiras, como na maioria das comunidades quilombolas de Salvaterra que lutam até hoje pelo reconhecimento de suas terras, as mulheres tiveram papel decisivo no processo político e identitário. Papel de protagonistas elas também têm em outros âmbitos, entre eles está o cuidado com quintais e hortas domésticas, implicando a esfera de interações entre não-humanos e humanos; às preocupações com seus filhos, às sutis relações com o sagrado e o si-mesmo. São conhecimentos repassados através de uma trama de transmissão e troca, muitas vezes herdadas das relações de mães, filhas e avós. Neste caso também estão em jogo segredos, táticas de resistência de uma cultura, das mulheres de um povo. São conhecimentos e práticas que resistem e se reinventam frente os processos de dominação desde o período colonial aos mais recentes processos de colonialismo interno e externo. Quintais e mulheres cultivam-se mutuamente ao longo do tempo em direção ao cuidar de si e dos seus, reflexo do modelo patriarcal dominante. Mas que apresenta uma faceta política fundamental, que mantêm até hoje vivas, pulsantes, essas culturas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Viver às margens do rio: identidade e pertença na ilha do Combu/PA(Universidade Federal do Pará, 2017-04-28) NUNES, Thainá Guedelha; FURTADO, Lourdes de Fátima Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1828475659148260; https://orcid.org/0000-0002-5243-4607A cidade de Belém, assim como todos os centros urbanos, está sempre em crescimento e constante modernização, porém, nem toda localidade segue a lógica da “modernidade”. Apesar do crescimento populacional da Ilha do Combu e sua proximidade com a área urbana de Belém, as comunidades ribeirinhas da mesma permanecem com sua realidade cotidiana ligada à natureza e seus recursos naturais, aos rios e mata que ainda é predominante na ilha, demonstrando que apesar das mudanças, inerente a qualquer contexto social, seu desenvolvimento esteja conectado a uma relação mais harmoniosa com o meio ambiente. Assim, este trabalho, que é um estudo antropológico de caráter qualitativo, com base na etnografia, com realização de trabalho de campo, conversas informais e entrevistas semiestruturadas complementando o método da observação participante, aborda a identidade e o sentimento de pertença ligados ao modo de vida ribeirinha da comunidade Igarapé do Combu, da Ilha do Combu, que são construídos ao longo do tempo, a partir da dinâmica dessa população com esse lugar, onde há uma dinâmica social ribeirinha diferenciada dos vizinhos moradores da área urbana.
