Navegando por Assunto "Antropologia"
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Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Anthropologie d'une saudade: mémoire et imaginaire dans la représentation du cycle du latex à Belém do Pará(De Boeck Supérieur, 2001) CASTRO, Fábio Fonseca deArtigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) O antropólogo Herbert Baldus(2000) SILVA, Orlando SampaioHerbert Baldus foi um antropólogo teuto-brasileiro que exerceu importante papel na constituição da pesquisa e dos conhecimentos antropológicos no Brasil. Seu trabalho científico se desenvolveu intimamente ligado ao curso de sua própria vida, que transcorreu, em sua maior parte, neste país, dedicada ao ensino, à pesquisa, à divulgação científica e à tentativa de instituir uma política indigenista comprometida com a preservação das etnias indígenas. A contribuição de seu pensamento teórico, tendo iniciado com explanações sobre as culturas materiais e não materiais, passou por abordagens funcionalistas e estruturalistas, lançando as bases dos estudos das sociedades indígenas em situação de contato e de mudança cultural.Dissertação Acesso aberto (Open Access) ‘Aqui, a cura é de verdade’: reflexões em torno da cura em São Caetano de Odivelas-PA(Universidade Federal do Pará, 2007) TRINDADE, Raida Renata Reis; MAUÉS, Raymundo Heraldo; http://lattes.cnpq.br/0915136632611666Este estudo mostra como se conforma a religião em São Caetano de Odivelas-PA, a partir do elemento que lá é definido como cura, procurando entendê-la no âmbito das práticas xamânicas. Nessa compreensão, esta cura é o espaço em que se concretizam variadas relações que partem do curador para com o pesquisador; seus adeptos; os ajudantes, referidos como serventes; familiares e dos curadores para com o mundo sobrenatural. Estas relações foram o primeiro elemento, isto é, os vínculos pessoais e sobrenaturais, que têm origem no curador, que me chamaram a atenção. O modo de construí-los e sustentá-los acabam por funcionar como um aspecto que influencia os curadores a querer se diferenciar entre si, considerando especificamente os vários discursos que constroem para tal. Dentre estas alocuções parte do título do trabalho, e que é a fala constante dos curadores que convivi, ‘aqui, a cura é de verdade’ já procura expressar o caráter das diferenciações que estes agentes procuram manifestar.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Caboclos na Amazônia: a identidade na diferença(2006) RODRIGUES, Carmem IzabelNeste trabalho propomos discutir algumas questões relacionadas às essencializações e reificações presentes nos processos de construção de identidades e reivindicações de diferenças culturais no mundo contemporâneo, com destaque à questão da identidade (ou não-identidade) do caboclo amazônico. Podemos falar em identidade cabocla? Se caboclo não é uma categoria étnica, no sentido estrito do termo, é no jogo da diferença que ele é construído, assim como outros sujeitos/objetos antropológicos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Clube de ciências da Universidade Federal do Pará: ensino de ciências e divulgação científica: um estudo iconográfico antropológico narrativo(Universidade Federal do Pará, 2021-08-04) BANDEIRA NETTO, Felipe; GONÇALVES, Terezinha Valim Oliver; http://lattes.cnpq.br/0496932429575513; https://orcid.org/0000-0001-8285-3274Busco nesta dissertação analisar aspectos epistemológicos e históricos do ensino de Ciências no Clube de Ciências da Universidade Federal do Pará – CCIUFPA. Para isso, faço uso de imagens fotográficas do acervo do Clube de Ciências e do acervo pessoal de professores e coordenadores egressos deste espaço formativo. Nesta pesquisa, início tratando dos meus primeiros contatos com a fotografia, que se desenha desde minha infância no Quilombo de Mangueiras, localizado no Arquipélago do Marajó, na cidade de Salvaterra, no Estado do Pará, até o momento atual desta pesquisa de mestrado. A problematização desta pesquisa ocorre por meio de relatos memorialísticos evocadas a partir de fotografias, de pessoas que viveram o CCIUFPA em épocas diversas. Para análise das falas e imagens, faço uso de elementos teóricos pertinentes e que me auxiliam no levantamento de informações e na construção de dados. Busco aporte teórico antropológico no pensamento de teóricos como Geertz, Campos, Bourdieu, Kossoy, assim como Hine e Turkle para discutir antropologia virtual. Como esta é uma pesquisa qualitativa na modalidade narrativa, assumo a perspectiva teórica de Clandinin e Connelly. Para o movimento analítico, faço uso da análise textual discursiva de Moraes e Galiazzi. Como a pesquisa transcorreu durante a pandemia de Covid-19, causada pelo coronavírus de Sars-Cov 2, parte das entrevistas realizadas foram feitas de modo virtual, e para respeitar os limites científicos, faço uso de teóricos que me auxiliam neste processo. O movimento analítico possibilitou construir duas categorias tratando de Iniciação Científica e de Comunicação Científica na trajetória histórica do ensino de ciências no CCIUFPA.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Os desafios da tradução: reflexões sobre a prática tradutória de textos sagrados para as línguas indígenas brasileiras(Universidade Federal do Pará, 2017-05) CARVALHO, Marcia Goretti Pereira deEste artigo objetiva refletir sobre as práticas de tradução de textos sagrados para línguas ameríndias para evangelizar os indígenas e incorporar/impor a eles a cultura dos brancos. Apresenta-se, neste artigo, para discussão e reflexão, o artigo de Dominique Gallois (2012) e sua experiência de pesquisa de campo com os Guarani, os Yanomani e os Wajãpi e a tradução de textos bíblicos para esses povos; o artigo de Bruna Franchetto (2012) e seu trabalho, por vários anos, como linguista com os Kuikuro no Alto Xingu; e, por fim, o artigo de Gabriel Oliveira e outros autores (2013) sobre os problemas de tradução enfrentados pelos jesuítas, no período da colonização, para catequizar os Tupinambá. Essa reflexão é com base nos trabalhos de Berman (2013), Bassnett (2003), Burke e Hsia (2009), Delisle e Woodsworth (1998), Niranjana (1992), Zea e Stallaert (2012), Rocha (2006), Rodrigues (2000, 2010, 2011), Viveiros de Castro (2004, 2011), dentre outros. E, nas considerações finais, ressalta-se a conexão entre Tradução e Antropologia, e o diálogo dos Antropólogos/Linguistas com os Tradutores/Pesquisadores da Tradução, assim como discute-se a relação do texto traduzido com seu efeito sobre o público-leitor desse texto no contexto sócio-cultural em que está inserido.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Do tempo dos pretos d’antes aos povos do Aproaga: patrimônio arqueológico e territorialidade quilombola no vale do rio Capim (PA)(Universidade Federal do Pará, 2012-10-01) MORAES, Irislane Pereira de; MARQUES, Fernando Luiz Tavares; ALMEIDA, Marcia Bezerra de; http://lattes.cnpq.br/1085631337892211; http://lattes.cnpq.br/0365104813041022Esta dissertação se construiu a partir do diálogo entre a Antropologia e a Arqueologia, na busca de compreender os usos e significados que o patrimônio arqueológico assume no âmbito das relações sociais contemporâneas, em específico, aqueles construídos segundo a lógica de povos e comunidades tradicionais. Entendido como categoria etnográfica, o patrimônio permite vislumbrar significados que os quilombolas pertencentes às comunidades Taperinha, Nova Ipixuna, Sauá- Mirim, Benevides e Alegre Vamos, no município de São Domingos do Capim (PA), elaboram em torno do sítio arqueológico Aproaga. Na luta pela titulação definitiva do seu território os quilombolas se autodefinem Povos do Aproaga, nesse contexto, a consciência cultural possibilita a construção da identidade coletiva. Em torno das ruínas históricas do engenho colonial, a memória social quando os Pretos d’antes foram escravos restitui e fortalece no presente as referências culturais e fronteiras étnicas em consonância ao sentimento de pertencimento ao Aproaga. Assim, a arqueologia pública e etnográfica possibilita compreender as dinâmicas e relações sociais do presente e suas fruições com o passado, os significados da cultura material, bem como, as dimensões étnicas que o patrimônio pode vir a assumir no contexto de direitos territoriais de comunidades descendentes e/ou de origem. Porquanto, a territorialidade quilombola construída pelos Povos do Aproaga implica pensar de maneira crítica sobre as políticas do patrimônio na Amazônia, e mais amplamente a reflexividade da pesquisa tendo em vista uma práxis descolonial da ciência.Dissertação Acesso aberto (Open Access) “Égua”, é a hora do intervalo na tv: marcadores sociais da diferença, consumidores/as e publicidade produzida em Belém do Pará(Universidade Federal do Pará, 2014-06-18) OLIVEIRA, Robson Cardoso de; CANCELA, Cristina Donza; http://lattes.cnpq.br/8393402118322730Esta dissertação “nasce” com uma missão: investigar sobre a recepção de marcadores sociais da diferença entre consumidores/as da publicidade produzida na cidade de Belém do Pará, no intuito de observar como são recebidos e (re) significados as categorias de Gênero e Sexualidade no momento em que assistíamos ao horário comercial. Contudo, outros marcadores sociais da diferença como Classe, Cor/Raça e Geração foram acionados pelos/as interlocutores/as, nas conversas, e, consequentemente, problematizados nesta pesquisa. Além disso, discussões em torno de publicidade e consumo também ganharam o devido destaque como uma consequência da própria força dos discursos dos/as consumidores/as. Como resultado, percebi que os marcadores sociais da diferença estavam sendo operados, nas narrativas, de modo interseccionado (ou articulados), dentre essas, as mais ativadas nesse tangenciamento foram às categorias de Gênero, Cor/Raça e Classe, compreendidas por discursos como: homem, negro e pobre; e mulher, branca e rica. O “jogo” entre o real e o “mágico” mundo dos anúncios (Rocha 1990), também fora comentado pelos/as interlocutores/as, visualizando a publicidade muito mais próxima de idealizações do real, ao invés de mostrar realidades na hora do intervalo na TV.Tese Acesso aberto (Open Access) Experiência mística como narrativa e poesia (sincretismos e traduções) na cultura: a cura pela linguagem na cabala e no reiki em Belém e Marituba- PA(Universidade Federal do Pará, 2016-04-25) SILVA, André Luiz Martins da; MAUÉS, Raymundo Heraldo; http://lattes.cnpq.br/0915136632611666A tese que aqui apresento trata da questão da mística como fenômeno antropológico, pensando o fenômeno da mística na cultura como na linguagem, observando também a cura mística, ou seja, a compreensão de um processo de experiência mística na narrativa da doença ou da cura em praticantes da Cabala e do Reiki em Belém e Marituba. Busca-se uma compreensão da relação entre mística e a vida, no sentido de uma análise antropológica das narrativas e poesias contidas no modo de contar a experiência mística dos diferentes agentes místicos. Faz-se tambem uma discussão para compreender de que maneira a etnografia feita pelo antropólogo pode ser afetada pela experiência narrativa, isto é, pela etnografia nativa em forma de narrativa mística. Trava-se a discussão sobre as injunções entre a etnografia e a literatura. Também se discute o modo como mística e tratada na experiência literária de escritores como os poetas e ensaistas Fernando Pessoa e Jorge Luis Borges, significando que a experiência mística desses escritores se transfigura em suas obras literarias e poéticas. A mística como metalinguagem nos possibilita pensarmos a etnografia como metalinguagem a semelhança da literatura, mostrando-se a noção de etnografia como metalinguagem em consonância com literatura. O trabalho mostra que o campo antropológico da mística não pode ser visto como uma manifestação derivada do campo da religião, ou seja, um epifenômeno da religião. Ainda que tenha relações com a religião, a mística, observada na Cabala e no Reiki, praticados em Belém e Marituba se distância do campo da religião e mantém íntimas relações com o campo da arte, significa dizermos que o domínio da experiência mística se da na transfiguração da vida dos místicos em obra de arte, uma obra vivida na linguagem e na oralidade. Os místicos observados tanto Cabala como no Reiki são narradores de suas vidas, obras literárias inscritas na linguagem, na fala, bricolagens de múltiplas referências, sincretismo entre mística, vida e mundo. Em alguns casos se observou a distância e uma contraposição da experiência mística a experiência religiosa, pois mesmo aqueles místicos que se dizem religiosos são na verdade contrapostos a religião no sentido de mostrarem em suas narrativas que deve haver um retorno do indivíduo a si-mesmo. Uma compreensão de que o Sagrado não está vinculado a instituição religiosa, mas, esta referida a experiência de busca interior do indivíduo, nesse sentido a religiosidade se transforma em ser-místico, que difere de uma identidade religiosa. O místico em sua narrativa assume diferentes peles, diferentes pessoas, a narrativa mística nos apresenta um ethos místico que não se enquadra na visão de um ethos religioso, pois o ethos da mística e flexivel e performático.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Foucault leitor de Kant: da antropologia à aufklärung(Universidade Federal do Pará, 2015-11-30) AUGUSTO, Ricardo Pontieri; CHAVES, Ernani Pinheiro; http://lattes.cnpq.br/5741253213910825Acompanhamos três momentos de leituras de Foucault da obra de Kant centrando-as na questão “Quem somos nós neste momento?”. De 1961 a 1969. Foucault analisa arqueologicamente a relação entre o Projeto Crítico e a Antropologia de Kant, destacando o surgimento da abertura de possibilidade de confusão entre os campos empírico e transcendental, como ocorreu posteriormente com outros pensadores. A abertura teria surgido com a pergunta «O que é o homem?» do projeto antropológico kantiano. Com a confusão, o homem que era uma instância lógica no projeto crítico, passou a ser apresentado como um duplo empírico-transcendental, e princípio explicativo. De 1970 a 1978 Foucault investiga genealogicamente o deslocamento e articulação entre a Crítica e a Aufklärung realizados por Kant em “O que é a Aufklärung ?” que analisava a atualidade e a atitude crítica do homem à procura de tornar-se racionalmente autônomo. Foucault destaca em Kant tal concepção de atitude crítica, que seria próxima à que ele mesmo formula a partir de investigações genealógicas de resistências às transformações das relações de poder desde o século XVI, resultantes de processos de governamentalização do estado, quando o antigo direito de vida e de morte fora substituído pelo governo das condutas dos indivíduos em vários campos. A partir do final da década de 70, ainda investigando a Aufklärung de Kant, Foucault propõe ter ocorrido no pensamento daquele filósofo a inauguração de duas novas tradições filosóficas: – a “Analítica da Verdade” na esteira do projeto Crítico e a “Ontologia Crítica de nós mesmos” na da Aufklärung, à qual ele se alinha. Na segunda tradição, em conflito com a perspectiva tradicional da ontologia do ser, Kant teria proposto uma ontologia crítica ao deslocar a questão epistemológica-transcendental «O que posso saber?» para “O que é este acontecimento?”, abrindo ao campo filosófico questões histórico-ontológicas sobre a atualidade, o indivíduo e a atitude crítica dos homens. A nova ontologia crítica, como a denominou Foucault, constitui para ele o fundamento da atitude ético-político de franquear limites, contrariamente a Kant que a partir da mesma procurou estabelecer limites formais que os homens não poderiam ultrapassar por decisão individual.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Iluminando os mortos: um estudo sobre o ritual de homenagem aos mortos no dia de finados em Salinópolis – Pará(Universidade Federal do Pará, 2014-05-26) NEGRÃO, Marcus Vinícius Nascimento; ALENCAR, Edna Ferreira; http://lattes.cnpq.br/7555559649274791A Iluminação dos Mortos, realizado no município de Salinópolis (PA) – e em alguns municípios do nordeste do Pará –, consiste em um ritual de homenagens aos mortos, que ocorre anualmente por ocasião do Dia de Finados, no dia 02 de Novembro. Neste município, há uma maneira muito particular de prestar tributo aos mortos, na qual seus túmulos, no período da noite, são iluminados com o acendimento de velas para, em sequência, ocorrer um momento de confraternização entre os familiares dos falecidos. Dessa maneira, os principais aspectos que problematizo neste trabalho dizem respeito às questões simbólicas subjacentes a este ritual de homenagens aos mortos. Assim, a iluminação dos mortos funciona como um dispositivo que aciona sociabilidades em torno da morte, reintegrando, simbolicamente, os mortos à vida social e os vivos à vida espiritual.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Insólitos sons da Amazônia? Experiência e espírito de época na cena e no circuito rock de Belém do Pará entre 1982 e 1993(Universidade Federal do Pará, 2013-08-14) OLIVEIRA, Enderson Geraldo de Souza; COSTA, Antonio Maurício Dias da; http://lattes.cnpq.br/2563255308649361; https://orcid.org/0000-0002-0223-9264Nesta dissertação busco discutir e compreender se os relatos atuais das experiências individuais e coletivas dos sujeitos, especialmente músicos, produtores e consumidores de rock em Belém do Pará comunicam algum tipo de relação entre determinado período cronológico (que vai de 1982 a 1993) das cenas musicais (Cf. Straw, 1991) e os circuitos (Cf. Magnani) e um possível “espírito de época” (Zeitgeist). Objetivando evidenciar estas relações, busquei observar e estabelecer um diálogo entre a memória dos sujeitos entrevistados, que vivenciaram aquele período, aos trânsitos específicos pela cidade bem como pela apropriação e atribuição de significado aos espaços e experiências. Indo além, o referido espírito de época não estaria “aprisionado” cronologicamente, mas também pode(ria) ser evocado atualmente através de lugares de fala que singularizam e tornam, retrospectivamente, a década de oitenta um período peculiar. Atento a isto, sei que este trabalho também se constitui em um elemento que colabora e se insere em tais construções, mais que linguísticas, ligadas às experiências dos sujeitos. Este trabalho dialoga com a Comunicação, com a Sociologia Compreensiva, com a História e com a Filosofia de modo bastante próximo, sem deixar de lado, obviamente a Antropologia. Deste modo, o principal para mim no desenvolvimento desta pesquisa foi justamente observar a relação de sujeitos, sua época, sociedade e mesmo temporalidade. Não objetivo apresentar a trajetória ou mesmo gênese do rock em Belém, tampouco esmiuçá-la, mas sim discutir as interrelações entre formação sócio-histórica e conteúdo memorialístico dos sujeitos sobre uma época em que a cena e o circuito musical rocker ganharam impulso.Dissertação Acesso aberto (Open Access) A internet como espaço de atuação política para mulheres capoeiristas em tempos de isolamento(Universidade Federal do Pará, 2023-12-22) PENA, Luana de Nazaré Pinto; BUENO, Michele Escoura; http://lattes.cnpq.br/3126701924384242Os espaços em rede configuraram novas dinâmicas de sociabilidade, possibilitando o entrelaçamento de diferentes contextos histórico-sociais, uma multiplicidade de grupos, organizações e sujeitos com diferentes perfis de atuação e mobilização social e política, que atingiram novos patamares a partir dos contextos impulsionados pela pandemia da COVID- 19, no ano de 2020. Foi neste cenário que a capoerista paraense Sabrina Silva utilizou as lives no Facebook para difundir o movimento feminino da capoeira no Pará. Diante do exposto, o presente estudo objetivou analisar como a internet se tornou um lócus de atuação política das mulheres capoeiristas durante a pandemia no ano de 2020, a partir do estudo de caso das Lives de Sabrina Silva. Para realizar as análises, adotamos a etnografia digital como método, ela é uma adaptação da análise etnográfica para o estudo de culturas on-line, visando explorar e expandir as possibilidades por meio do constante uso das redes digitais. Em relação ao arcabouço teórico, selecionamos, entre outros, autores que trabalham questões relacionadas à capoeira, como Nestor Capoeira (1999), Letícia Reis (2000) e Luiz Augusto Leal (2005); autores que discutem as relações de movimentos sociais na atualidade, como Manuel Castells (2014) e Maria da Gloria Gohn (2011); autores que debatem questões de gênero, raça e classe, por exemplo, Anne McClintock (1995) e Kimberlé Crenshaw (2002); e teóricos que discutem a etnografia do digital, a saber, Beatriz Lins, Carolina Parreiras e Eliane Freitas (2020). Com isso, verificamos que as mídias sociais foram apropriadas por mulheres durante um período em que encontros físicos estavam suspensos, a fim de difundir uma luta tão importante para a construção da cultura brasileira, assim, evidenciando as relações de poder presentes na capoeira e suas possibilidades de expandirem as discussões sobre o tema e darem mais visibilidade a ele.Tese Acesso aberto (Open Access) “Não brinca com São Benedito”: um estudo antropológico das narrativas nas devoções beneditinas de Bragança - PA(Universidade Federal do Pará, 2016-08-11) SANT'ANNA, Elcio; MAUÉS, Raymundo Heraldo; http://lattes.cnpq.br/0915136632611666Este é um estudo sobre as “narrativas de São Benedito nas festividades de Bragança do Pará”, que marcam de maneira indelével o calendário da microrregião, de maneira mais acentuada entre os 18 a 26 de dezembro há quase de 218 anos. As histórias de São Benedito dariam conta de sua franca atividade em que o Santo acionado pela fé, na forma de pedidos, rezas, traria benesses, curas e endireitaria a vida dos fieis. A pesquisa se orienta especialmente por uma abordagem não reducionista, a fim de evitar dicotomias tais como mito e rito, festividades e narrativas. Por isto adota abordagem para pensar um modelo compreensivo, chamado aqui de experiências agoráticas que tem por objetivo lançar luzes sobre as imagens vistas na vivência etnográfica, de modo a não dissociar as narrativas e festas. Por isto pesquisa, junto aos esmoladores e seus Encarregados, as narrativas do Santo no percurso emaranhado das esmolação. Resgatar a história da marujada como contexto institucional-festivo para as narrativas beneditinas no bojo da esmolações. Deste modo, percebe uma “meshwork” de narrativas é formada a partir das viagens dos esmoladores de São Benedito, construindo “mapas verbais” da devoção na região dos colonos. E concentra-se em dado momento na figura dos Encarregados de Comitivas de Esmolação como “narradores de São Benedito”. Além disso, ele apresenta narrativas exemplares, reforçando o impacto do conteúdo da devoção dos colonos, deixando clara a competência performativa de contadores de histórias.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) “No olho do furação”: a construção projeto de isolamento social frente ao Covid-19, em um grupo indígena na Amazônia(Universidade Federal do Pará, 2021-06) POTIGUAR JUNIOR, Petrônio LauroExpomos aqui este relato de experiência, fruto de uma viagem de cinco meses de pesquisa de campo na aldeia Mapuera, onde vivem vários grupos indígenas denominado genericamente de “Etnia Wai Wai”, na cidade de Oriximiná, no noroeste do Pará, por conta da fase final da tese de doutorado que está em curso. Apresentamos aqui os momentos de angustias e inquietações vividos pelo autor desse relato e indígenas nesse local, nas primeiras manifestações da pandemia da Covid-19, denominado aqui de “olho do furacão”, em março de 2020.Tal experiência nos direcionou ao seguinte questionamento: como antropólogo poderia contribuir em contexto de pandêmico em grupos indígenas, em especial, em Mapuera? A partir dessa pergunta, articulações foram feitas envolvendo cacique geral, lideranças, Conselho de Saúde da Mapuera, lideranças da igreja evangélica local, professores e profissionais da saúde que prestam serviço no local pela Fundação Ovídio Machado, frente ao Distrito Sanitário Guamá Tocantins- DSEI-GUATOC, incidido na elaboração de um projeto de isolamento social. Até a primeira quinzena de junho de 2020, momento da saída de campo, o referido projeto não tinha sido usado, pois nenhum caso de covid-19 acometera qualquer indígena no local, mas somente atingido alguns deles que estavam fora desse espaço, como na cidade de Belém, Santarém e Oriximiná, inclusive com óbito. Também notícias dão conta que, apesar de não adesão ao “projeto de Isolamento Social” pelo DSEI GUATOC, sua produção serviu de parâmetro para a feitura de um plano de proteção à equipe de saúde e aos indígenas do local, revelando um dos objetivos dessa proposição, inspirar ações de políticas públicas em tempos de pandemia para a proteção dos povos indígenas na Amazônia, independentemente de quem quer que seja.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Por uma educação antropológica: comparando as idéias de Bronislaw Malinowski e Paulo Freire(2006-12) SOUZA, Maurício Rodrigues deO presente trabalho analisa as idéias de Malinowski e Paulo Freire, propondo algumas proximidades entre a antropologia e a pedagogia. Dentre as possibilidades resultantes de tal encontro, uma certamente merece destaque: a recomendação de que antropólogos e professores respeitem sempre o "saber-fazer" comunitário e previamente adquirido por seus respectivos outros, alunos ou "nativos", enquanto um verdadeiro ponto de partida para a construção da ciência. Desta maneira, pode-se pensar que em ambas as disciplinas o conhecimento caminha junto a um respeito pela alteridade, lição esta que elas devem partilhar não somente com outras áreas do saber, mas especialmente com a comunidade mais ampla.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Psicanálise, antropologia e alteridade: apontamentos para um debate(2012-03) SOUZA, Maurício Rodrigues deEste trabalho trata da temática da alteridade, tomando-a como mote para um diálogo entre a psicanálise e a antropologia. Neste sentido, a partir de uma incursão pela noção de estrangeiro na obra de Freud, enfatiza a ideia de que a diferença imposta pelo inconsciente é dona de uma narrativa e de uma temporalidade particulares que se recusam a obedecer aos ditames do pensamento representacional. Em decorrência disto, a estranheza e a negatividade do encontro analítico aparecem como lugares do possível, ampliando o conceito de alteridade e as capacidades da interpretação, agora um meio-termo entre a produção de sentido e a experiência do vazio. Eis a lição da não lição proposta por este inquietante outro do inconsciente à antropologia e, em maior escala, às ciências sociais: admitir a possibilidade do sentido, mas não necessariamente o seu encerramento, fornecendo assim uma expressão menos comprometida a um estrangeiro agora irredutível a códigos preestabelecidos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) As representações inconscientes e o Eu Penso em Kant(Universidade Federal do Pará, 2018-01-10) BRITO, Aline Brasiliense dos Santos; SOUZA, Luís Eduardo Ramos de; http://lattes.cnpq.br/7892900979434696Esta pesquisa tem por objetivo analisar o conceito de representações inconscientes em Kant e sua relação com o conceito de apercepção transcendental, ou o Eu penso. A existência de um gênero próprio de representações, as inconscientes, são apontadas em várias obras de Kant, dentre as quais se podem citar a Antropologia de um ponto de vista pragmático e a Crítica da razão pura. São representações das quais se pode destacar na filosofia de Kant dois aspectos principais, sendo o primeiro a amplitude, pois elas abarcam o campo teórico, prático e estético, e o segundo a positividade, no sentido de desempenharem um papel positivo tanto na produção do conhecimento, quanto nos demais processos mentais – no estético e no moral. Entretanto, quando considerado o conceito de inconsciente frente ao princípio da apercepção transcendental, surge uma problemática: como afinal, compreender a existências de tais representações na filosofia de Kant, se o Eu penso implica em uma referência necessária de toda representação à consciência? Kant é mesmo enfático ao afirmar que, se as representações não se referem a este princípio, elas não são nada para um sujeito (Crítica da razão pura, B131). Com efeito, com vistas a tentar fornecer uma solução a tal problemática, partiremos de três hipóteses relevantes sobre a questão. A primeira delas é a tese de Locke, segundo a qual as representações inconscientes não são admitidas pelo fato de indicarem uma contradição à consciência de si mesmo, afinal, frente a um eu que nem sempre possui consciência de seus atos, pode-se dizer que há certa indeterminação quanto à identidade deste eu. A segunda é a tese de Heidemann (2012), de acordo com a qual a representação inconsciente encontra-se dividida em duas espécies, onde somente uma delas, as representações unconscious by degrees, referemse à apercepção transcendental. Por fim, a terceira tese é a de La Rocca (2007), com a qual concordamos em grande parte, pela qual se compreende o princípio da apercepção transcendental sempre como uma possibilidade estrutural, não a título de uma efetividade em termos psicológicos – ser consciente ou inconsciente –, mas de uma estrutura lógica que diz respeito à forma pela qual a representação precisa se referir.Artigo de Periódico Acesso aberto (Open Access) Retratos de sorrisos: público e privado entre policiais militares(Universidade Federal do Pará, 2016-12) NUMMER, Fernanda ValliO “devir-imagético encaminha uma nova percepção da alteridade” (Gonçalves; Head, 2009, p. 30), basicamente uma expressividade criativa na arte do trabalho com imagens na antropologia. As imagens que compõem este ensaio etnofotográfico foram produzidas por uma interlocutora de pesquisa para a minha apresentação de defesa de tese de doutorado em Antropologia Social na Universidade Federal do Rio Grande do Sul no ano de 2010...Tese Acesso aberto (Open Access) Riquezas da Terra: paisagens e ocupaçõesn Serra Leste de Carajás(Universidade Federal do Pará, 2021-04-05) SILVA, Tallyta Suenny Araujo da; BELTRÃO, Jane Felipe; http://lattes.cnpq.br/6647582671406048; https://orcid.org/0000-0003-2113-043XO trabalho investigou as ocupações humanas e as transformações na paisagem por elas provocadas considerando a longa duração desse processo de habitar. Para realização da tese, ora apresentada, três momentos foram escolhidos: (1) a ocupação em cavidades, especificamente as realizadas na CECAV-047: Tyto Alba e CECAV-079: Samambaia do Inferno; (2) a ocupação do sítio a céu aberto Serra Leste 1; e (3) a ocupação recente do garimpo de Serra Pelada iniciada no ano de 1980, do século XX, no atual município de Curionópolis. A ocupação recente ligada à exploração de minérios ocasionou grandes transformações na paisagem, produzindo novas marcas e afetando as deixadas em outros momentos. Uma análise integrada dos diferentes momentos do habitar na Serra Leste de Carajás visou destacar a importância de cada uma das ocupações como instituidoras de novas paisagem local, modificada conforme as relações sociais mantidas pelas pessoas com os espaços que habitaram e habitam a partir da exploração e do uso das “riquezas da terra”.
