Navegando por Assunto "Palm trees"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Estudo do processo de extração aquosa enzimática do óleo da polpa de tucumã-ída várzea(Astrocaryum giganteum Barb. Rodr.)(Universidade Federal do Pará, 2022-06-30) SANTOS, Wanessa Oliveira dos; SILVA, Luiza Helena Meller da; http://lattes.cnpq.br/2311121099883170O objetivo do presente trabalho foi estudar o processo de extração aquosa enzimática e caracterizar as frações oleosa e aquosa obtidas a partir da polpa de tucumã-í-da-várzea (Astrocaryum giganteum Barb. Rodr.). Os frutos coletados em diferentes meses do ano (março, abril, maio, junho e outubro) foram caracterizados quanto às propriedades físico-químicas (lipídios totais, sólidos solúveis e cor instrumental) e bioativas (carotenoides totais, compostos fenólicos totais e atividade antioxidante), e o mês de coleta foi definido a partir da avaliação dessas propriedades. Os ensaios de extração aquosa enzimática foram realizados utilizando-se um delineamento experimental fatorial completo do tipo 2² com três repetições no ponto central e quatro pontos axiais (totalizando onze ensaios). O tipo de pré-tratamento utilizado e as condições aplicadas para os ensaios de extração aquosa enzimática (enzima, proporção soluto:solvente, temperatura e pH) foram definidos a partir de ensaios preliminares avaliando- se diferentes condições, sendo avaliado o efeito de tais variáveis no rendimento do óleo extraído. O óleo obtido nos ensaios do delineamento experimental de extração aquosa enzimática foi caracterizado quanto às suas propriedades químicas (índice de acidez, índice de peróxido, estabilidade oxidativa e carotenoides totais). As propriedades bioativas das duas frações (oleosa e aquosa) obtidas no processo de extração aquosa enzimática foram avaliadas através da determinação do teor de compostos fenólicos totais (CFT) e da atividade antioxidante. Além disso, foi realizada a caracterização do óleo de tucumã-í-da-várzea, obtido no ensaio com melhores condições para a extração, quanto à composição em ácidos graxos, índices de qualidade nutricional, índices de iodo e saponificação, e ponto de fusão. A extração aquosa enzimática aplicada à extração de óleo de tucumã-í-da-várzea possibilitou a obtenção de rendimentos equivalentes aos métodos convencionais de extração, com estabilidade oxidativa comparável à óleos tradicionais comerciais, além de altos valores de carotenoides totais, CFT e atividade antioxidante. Além disso, os extratos aquosos obtidos apresentaram excelente qualidade química, demonstrada através dos altos valores de CFT e atividade antioxidante obtidos, o que indica o grande potencial de aplicação da fase polar obtida nesses processos em diversos usos. O óleo de tucumã-í-da-várzea apresentou uma composição em ácidos graxos rica em ácidos graxos insaturados, especialmente ácido oleico e linoleico. Além disso, mostrou excelentes índices de qualidade nutricional (IA e IT), sendo considerado um óleo de alto valor nutritivo e que pode ser utilizado para fins alimentícios em substituição à óleos tradicionais, como o azeite de oliva. Com base nos resultados deste estudo, a metodologia de extração aquosa enzimática é potencialmente viável para a obtenção de óleo de tucumã-í-da-várzea de excelente qualidade e é ambientalmente correta, pois não produz compostos orgânicos voláteis como poluentes atmosféricos, e o subproduto obtido (extrato aquoso) através da extração possui propriedades funcionais de alta qualidade e isento de produtos tóxicos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Resposta de palmeiras a alterações na paisagem por corte e queima e incêndios florestais na Amazônia Oriental(Universidade Federal do Pará, 2024-04-30) COSTA, Tinayra Teyller Alves; TABARELLI, Marcelo; http://lattes.cnpq.br/3749494329725967; https://orcid.org/0000-0001-7573-7216; VIEIRA, Ima Célia Guimarães; http://lattes.cnpq.br/3761418169454490; https://orcid.org/0000-0003-1233-318XAs florestas tropicais desempenham um papel crucial no controle climático, além de proverem outros serviços ecossistêmicos de relevância local, como a oferta de produtos florestais para populações tradicionais. No entanto, estas florestas têm enfrentado níveis crescentes de degradação devido às atividades humanas, incluindo os incêndios florestais acidentais. Nesse contexto, algumas espécies de palmeira, especialmente aquelas do gênero Attalea, proliferam em habitats perturbados, enquanto outras são afetadas negativamente pela a criação de paisagens antrópicas, o que deve afetar a dinâmica de regeneração e, talvez, a flamabilidade da floresta. Neste contexto, esta dissertação examina a resposta das palmeiras à formação de mosaicos florestais e à ocorrência de incêndios florestais acidentais na Resex TapajósArapiuns, leste da Amazônia. As palmeiras foram inventariadas em quatro habitats do mosaico florestal: floresta madura, floresta queimada, florestas secundária (floresta em regeneração) e roças ativas produzidas pela agricultura de corte e queima, totalizando 61 parcelas de 500 m2 . Para examinar a contribuição do curuá (Attalea spectabilis), a palmeira mais abundante na paisagem, à inflamabilidade da floresta, foi caracterizado as folhas desta palmeira e a serrapilheira da floresta sem material de curuá (controle), em relação a quatro atributos: 1) tempo de chama; 2) tempo de brasas e 3) altura da chama. Outros atributos foram analisados, como o teor de materiais voláteis, teor de cinzas e teor de carbono fixo, de forma a entender o padrão de inflamabilidade do curuá. Foram identificadas 10 espécies de palmeiras nos quatro hábitats, tanto palmeiras heliófilas (pioneiras), quanto espécies tolerantes à sombra, típicas do sub-bosque da floresta. Ocorreu uma grande variação em termos de riqueza e abundância de palmeiras dentro e entre cada habitat; em média duas espécies por habitat, mas sem diferença entre os habitats. Várias espécies não responderam a criação de habitats perturbados, mas as duas espécies de Attalea foram mais abundantes na roça e nas florestas queimadas, em comparação com a floresta madura. Estimou-se que a floresta madura pode conter 21,2 ± 43,4 folhas de curuá/ha, enquanto a floresta queimada pode ter 259,8 ± 124,6 folhas de curuá/ha, a roça pode ter 437,8 ± 428,2 folhas de curuá/ha e as florestas secundárias podem conter 179,5 ± 225,6 folhas de curuá/há. Estes números fornecem um indicativo do potencial do curuá adicionar material inflamável nos diferentes habitats da floresta social. A folha do curuá apresentou menor tempo de brasa, temperatura da chama e teor de carbono, mas um maior teor de voláteis. Os resultados indicam que as espécies de palmeiras respondem de forma diferencial à transformação da floresta madura de terra firme em floresta social e aos incêndios acidentais. Algumas espécies têm resposta neutra, enquanto as espécies pioneiras de Attalea proliferam nos habitats perturbados, embora ocorra uma grande variação na frequência e na abundância destas espécies. Embora o curuá não apresente maior poder calorífico que a serrapilheira da floresta, esta espécie pode adicionar grande quantidade de material com baixo teor de carbono e alto teor de voláteis, o que permite uma ignição rápida e possivelmente a disseminação do fogo.
