Resposta de palmeiras a alterações na paisagem por corte e queima e incêndios florestais na Amazônia Oriental

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2024-04-30

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Editora(s)

Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

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Acesso Aberto
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COSTA, Tinayra Teyller Alves. Resposta de palmeiras a alterações na paisagem por corte e queima e incêndios florestais na Amazônia Oriental. Orientadora: Ima Célia Guimarães Vieira; Coorientador Marcelo Tabarelli. 2024. 59 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) -Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Belém, 2024. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17005. Acesso em:.

DOI

As florestas tropicais desempenham um papel crucial no controle climático, além de proverem outros serviços ecossistêmicos de relevância local, como a oferta de produtos florestais para populações tradicionais. No entanto, estas florestas têm enfrentado níveis crescentes de degradação devido às atividades humanas, incluindo os incêndios florestais acidentais. Nesse contexto, algumas espécies de palmeira, especialmente aquelas do gênero Attalea, proliferam em habitats perturbados, enquanto outras são afetadas negativamente pela a criação de paisagens antrópicas, o que deve afetar a dinâmica de regeneração e, talvez, a flamabilidade da floresta. Neste contexto, esta dissertação examina a resposta das palmeiras à formação de mosaicos florestais e à ocorrência de incêndios florestais acidentais na Resex TapajósArapiuns, leste da Amazônia. As palmeiras foram inventariadas em quatro habitats do mosaico florestal: floresta madura, floresta queimada, florestas secundária (floresta em regeneração) e roças ativas produzidas pela agricultura de corte e queima, totalizando 61 parcelas de 500 m2 . Para examinar a contribuição do curuá (Attalea spectabilis), a palmeira mais abundante na paisagem, à inflamabilidade da floresta, foi caracterizado as folhas desta palmeira e a serrapilheira da floresta sem material de curuá (controle), em relação a quatro atributos: 1) tempo de chama; 2) tempo de brasas e 3) altura da chama. Outros atributos foram analisados, como o teor de materiais voláteis, teor de cinzas e teor de carbono fixo, de forma a entender o padrão de inflamabilidade do curuá. Foram identificadas 10 espécies de palmeiras nos quatro hábitats, tanto palmeiras heliófilas (pioneiras), quanto espécies tolerantes à sombra, típicas do sub-bosque da floresta. Ocorreu uma grande variação em termos de riqueza e abundância de palmeiras dentro e entre cada habitat; em média duas espécies por habitat, mas sem diferença entre os habitats. Várias espécies não responderam a criação de habitats perturbados, mas as duas espécies de Attalea foram mais abundantes na roça e nas florestas queimadas, em comparação com a floresta madura. Estimou-se que a floresta madura pode conter 21,2 ± 43,4 folhas de curuá/ha, enquanto a floresta queimada pode ter 259,8 ± 124,6 folhas de curuá/ha, a roça pode ter 437,8 ± 428,2 folhas de curuá/ha e as florestas secundárias podem conter 179,5 ± 225,6 folhas de curuá/há. Estes números fornecem um indicativo do potencial do curuá adicionar material inflamável nos diferentes habitats da floresta social. A folha do curuá apresentou menor tempo de brasa, temperatura da chama e teor de carbono, mas um maior teor de voláteis. Os resultados indicam que as espécies de palmeiras respondem de forma diferencial à transformação da floresta madura de terra firme em floresta social e aos incêndios acidentais. Algumas espécies têm resposta neutra, enquanto as espécies pioneiras de Attalea proliferam nos habitats perturbados, embora ocorra uma grande variação na frequência e na abundância destas espécies. Embora o curuá não apresente maior poder calorífico que a serrapilheira da floresta, esta espécie pode adicionar grande quantidade de material com baixo teor de carbono e alto teor de voláteis, o que permite uma ignição rápida e possivelmente a disseminação do fogo.

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CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

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COSTA, Tinayra Teyller Alves. Resposta de palmeiras a alterações na paisagem por corte e queima e incêndios florestais na Amazônia Oriental. Orientadora: Ima Célia Guimarães Vieira; Coorientador Marcelo Tabarelli. 2024. 59 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) -Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Belém, 2024. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17005. Acesso em:.