Dissertações em Oncologia e Ciências Médicas (Mestrado) - PPGOCM/NPO
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/4632
O Mestrado Acadêmico iniciou-se em 2011 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Oncologia e Ciências Médicas (PPGOCM) integra o Núcleo de Pesquisas em Oncologia (NPO) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Papel do gene PIWIL1 como possível agente no processo de transição epitélio-mesenquimal no câncer gástrico(Universidade Federal do Pará, 2019) PAIVA, Juliana Albuquerque Pinto; KHAYAT, André Salim; http://lattes.cnpq.br/6305099258051586O gene PIWI-LIKE PROTEIN 1 (PIWIL1) surgiu como um alvo atraente para o câncer gástrico, uma vez que estudos têm demonstrado que a proteína PIWIL1 é expressa em níveis aumentados em tecidos cancerígenos, células-tronco e células germinativas, porém é ausente em tecidos somáticos normais, caracterizando-a como uma proteína-alvo muito interessante para o tratamento desta neoplasia, visto que a maioria das células não cancerígenas não seria afetada por efeitos citotóxicos. Embora informações relevantes sobre o possível papel da PIWIL1 na carcinogênese do câncer gástrico sejam fornecidas pela literatura atual, os mecanismos moleculares envolvidos nesse processo carcinogênico permanecem pouco esclarecidos. Portanto, com o objetivo de investigar os mecanismos moleculares pelos quais a PIWIL1 confere vantagens às células cancerígenas, a tecnologia de CRISPR/Cas9 foi empregada, a fim de realizar o knockout permanente do gene PIWIL1 na linhagem celular de câncer gástrico AGP01. Após o knockout, foram realizados experimentos para avaliar o efeito desta alteração molecular sobre a capacidade de migração e invasão da linhagem, bem como sobre a expressão de genes envolvidos nestes dois mecanismos celulares. Os resultados demonstraram que o knockout do gene PIWIL1 causou uma diminuição significativa na capacidade de migração da AGP01 após 24 horas, assim como uma diminuição significativa na capacidade invasão celular. Além disso, os resultados de expressão gênica revelaram 26 genes (cinco superexpressos e 21 hipoexpressos – quando comparadas às linhagens antes e após o knockout) que codificam proteínas envolvidas nos processos celulares de invasão e migração. De acordo com a literatura atual, nove desses 26 genes (DOCK2, ZNF503, PDE4D, ABL1, ABL2, LPAR1, SMAD2, WASF3 e DACH1) possivelmente estão relacionados aos mecanismos utilizados pela PIWIL1 para promover efeitos carcinogênicos relacionados à migração e à invasão, uma vez que suas funções são consistentes com a alteração observada (superexpresso ou hipoexpresso após o knockout). Em conjunto, esses dados reforçam a ideia de que a PIWIL1 deve desempenhar um papel crucial na via de sinalização do câncer gástrico, regulando vários genes envolvidos nos processos de migração e invasão, portanto, seu uso como alvo terapêutico pode gerar resultados promissores no tratamento deste tipo de câncer.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Expressão diferencial de genes regulados pelo MYC em linhagens de câncer gástrico(Universidade Federal do Pará, 2018) PESSOA, Carla Mariana Ferreira; BURBANO, Rommel Mario Rodriguéz; http://lattes.cnpq.br/4362051219348099MYC é um oncogene responsável por crescimento celular excessivo no câncer, permitindo a ativação transcricional de genes envolvidos na regulação do ciclo celular, metabolismo e apoptose, sendo geralmente superexpressado no Câncer Gástrico (CG). Utilizando siRNA e Sequenciamento de Nova Geração (NGS), identificamos Expressão Diferencial de Genes (DEGs) regulados por MYC em três linhagens celulares brasileiras de CG representados pelos subtipos histológicos difuso, intestinal e metastático, e posteriormente integramos esses dados com um enriquecimento gênico computacional com a ferramenta GSEA (Gene Set Enrichment Analysis). Identificamos um total de 5.471 DEGs com uma correlação alta (80%). O silenciamento do MYC por siRNA, nas linhagens celulares de CG dos tipos difuso e metastático causou o aumento da quantidade de DEGs com expressão diminuída, enquanto na linhagem do tipo intestinal exibiu uma maior quantidade de DEGs com um perfil de expressão aumentada. A partir do enriquecimento gênico, utilizando nossas amostras sequenciadas comparando com a coleção hallmark gene sets, foram encontrados 11 conjuntos significativos de genes enriquecidos principalmente nas seguintes categorias de processos: proliferação, via, sinalização metabólica e dano ao DNA. As métricas do escore de enriquecimento, taxa de falsa descoberta e valores de P nominais foram utilizadas. Posteriormente, os DEGs foram enriquecidos nas vias metabólicas da base de dados do KEGG (Kyoto Encyclopedia of Genes and Genomes), e foram encontradas 12 vias enriquecidas que acrescentaram uma diversidade de funções biológicas, e três delas eram comuns a todas as três linhagens celulares de CG: proteólise mediada por ubiquitina, ribossomos, sistema e sinalização de células epiteliais em infecção por Helicobacter pylori. Neste estudo, as linhagens celulares de CG compartilham 14 genes regulados pelo MYC, mas o seu perfil de expressão gênica é diferente para cada subtipo histológico. Portanto, os resultados da análise in silico deste estudo revelaram as assinaturas de expressão relacionadas ao MYC no CG. Com isso, apresentamos evidências de que essas linhagens celulares de CG, representadas pelos subtipos histológicos distintos, têm diferentes perfis de expressão regulados pelo MYC, mas compartilham um núcleo comum de genes com perfis alterados. Esse é um passo importante para o entendimento do papel do MYC na carcinogênese gástrica, e também uma indicação de prováveis novos alvos de drogas em câncer de estômago.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação da atividade antineoplásica dos fármacos metformina e mebendazol isolados e em associação em linhagem celular de câncer(Universidade Federal do Pará, 2018) SILVA, Karla de Assis; KHAYAT, André Salim; http://lattes.cnpq.br/6305099258051586O câncer gástrico será responsável por 782.685 óbitos em todo o mundo no ano de 2018, sendo a quinta causa mais comum de câncer no mundo e a quarta no Brasil. Por não apresentar sintomas patognomônicos, o diagnóstico do câncer gástrico acontece de forma tardia na maioria dos casos. Além disso, esta doença é amplamente resistente à quimioterapia citotóxica e à radioterapia, sendo a cirurgia de ressecção o tratamento que oferece maior potencial de cura. O adenocarcinoma é o subtipo de câncer de estômago mais comum, com incidência superior a 90%. Os fatores de risco para esta patologia são múltiplos e incluem aspectos genéticos, ambientais e alimentares. Os fármacos metformina e mebendazol, hoje utilizados nos tratamentos da diabetes e infecções parasitárias, respectivamente, apresentaram efeitos antineoplásicos em estudos de vários tipos de câncer. Para a metformina, foram descritos diversos possíveis mecanismos de ação anticâncer, entre eles a ativação da via LKB1/AMPK/mTOR. Já o mebendazol impede a polimerização tubulinas, inibindo o crescimento e o poder de invasão das células cancerígenas. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo a avaliação do efeito da metformina e do mebendazol conhecidos por seus potenciais efeitos antineoplásicos e baixa toxicidade, de forma isolada e em associação na linhagem AGP01 (estabelecida a partir de células neoplásicas presentes no líquido ascítico de um indivíduo com câncer gástrico do tipo intestinal). Para este fim, foram realizados os seguintes testes in vitro: citotoxicidade do MTT, avaliação de viabilidade/apoptose e necrose, análise de ciclo celular e ensaio de migração. A metfomina apresentou CI50 de 6,2mM e o mebendazol CI50 de 300nM administrados isoladamente, ao serem combinados houve um efeito sinérgico com novos valores de CI50 de 1,8mM e 88nM, respectivamente. Na migração celular a metformina inibiu a migração a partir do tempo de 12h e o mebendazol a partir do tempo de 24h, a combinação dos fármacos não demonstrou alteração no tempo de inibição, porém aumentou a confiabilidade do teste. Os fármacos mebendazol e metformina induziram a morte celular por apoptose e impediram a progressão do ciclo celular, aumentando a porcentagem de células na fase G1/G0 e diminuindo a porcentagem de células na fase S e G2/M. estes dados confirmam, ao menos em parte, os efeitos antineoplásicos destes fármacos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo da resposta terapêutica e prognóstico de pacientes com diagnóstico de leucemia linfóide aguda com fusões gênicas em um hospital de referência do Pará(Universidade Federal do Pará, 2017-07-31) PANTOJA, Laudreísa da Costa; KHAYAT, André Salim; http://lattes.cnpq.br/6305099258051586Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é a principal neoplasia que acomete crianças e adolescentes, correspondendo a 25% dos tipos de câncer nesta faixa etária. Trata-se de uma neoplasia do sistema hematopoiético e pode ser classificada por morfologia, imunofenotipagem, citogenética e biologia molecular. Apesar dos avanços no tratamento, até um quarto dos pacientes com LLA ainda apresentam recaída, tendo associação com alterações genéticas recorrentes. Nos últimos anos, esforços intensivos são dedicados para identificar alterações genéticas que contribuam para a leucemogênese, que influenciem a resposta ao tratamento e que possam ser aplicadas na clínica como novas ferramentas de prognóstico e/ou alvos terapêuticos. Neste sentido, este projeto objetiva avaliar a resposta terapêutica e o prognóstico de pacientes com diagnóstico de leucemia linfóide aguda portadoras das principais fusões gênicas que possuem importância de diagnóstico, prognóstico e no direcionamento de ações terapêuticas da LLA como a TCF3-PBX1, MLL-AF4, BCR-ABL, TEL-AML1 e SIL-TAL, em pacientes pediátricos de um centro de referência do Estado do Pará. Material e Métodos: As amostras de medula óssea e sangue periférico foram extraídos de 55 pacientes de 0 a 18 anos, portadoras de LLA e realizada coleta de dados do prontuário. As amostras foram submetidas a técnica de RT-PCR para pesquisa das fusões gênicas. Resultados: Os pacientes com idade superior a 10 anos foram mais refratários ao tratamento inicial (p=0,017). A leucometria inicial apresentou média de 92.235 leucócitos e 35,3% apresentavam leucometria maior 50.000, sendo classificados com alto risco (p=0,000) eapresentaram outros fatores de mau prognóstico como faixa etária de pior prognóstico (p=0,004) e classificação de Egil de LLA T (p= 0,001). A frequência de fusões foi de BCR-ABL11%; MLL-AF4 3,6%; TEL-AML1 7,2%, E2A-PBX1 21,8% e SIL-TAL 5,4%. Os pacientes com fusão TEL-AML1 eram AR em sua maioria (p=0,026), os com MLL-AF4 apresentaram OR=1.33 para óbito, e todos foram a óbito (p=0,019), e os com SIL-TAL possuíam idade desfavorável ao diagnóstico, (p=0,017) e leucometria inicial maior que 50.000 (p=0,039). A refratariedade ao tratamento inicial foi de 9%, recidiva 18% e óbito 14,5%, não estando significamente associada ao gênero, idade, contagem leucocitária ao diagnóstico, linhagem celular ou presença de fusões neste limitado número de pacientes, exceto pela fusão MLLAF4em lactentes que apresentou razão de chance para óbito de 1,33 (p=0,019) e todos morreram. Conclusão: A população estudada possui pior prognóstico mesmo naqueles pacientes com características genéticas favoráveis como a fusão TEL-AML1. Nesta pesquisa a frequência das fusões foi elevada e associada a outros fatores prognósticos como idade maior que 10 anos e hiperleucocitose inicial contribuiu para um pior prognóstico e diminuição da resposta terapêutica. Além disso a fusão MLL-AF4 em lactentes isoladamente apresentou risco elevado para óbito. Os resultados do tratamento em crianças com LLA podem ser reflexo das condições de assistência à saúde, situação socioeconômica e outros fatores genéticos associados.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeitos do consumo de água de pH alcalino em pacientes com gastrite e correlação com marcadores epigenéticos relacionados com a inflamação(Universidade Federal do Pará, 2018-10-10) CHAVES, Juliana Ramos; KHAYAT, André Salim; http://lattes.cnpq.br/6305099258051586Na carcinogênese da neoplasia gástrica, as etapas normalmente se manifestam clinicamente como gastrite, atrofia gástrica, ulcerações, metaplasia intestinal, displasia e, finalmente, como neoplasia maligna. A associação entre câncer gástrico e hábitos alimentares já está bem descrita na literatura e diversos estudos têm demonstrado a influência da ingestão de determinados alimentos com conservantes e com alta concentração de nitratos e sal, com o desenvolvimento dessa neoplasia. Em relação à água consumida temos poucas evidencias. O pH da maioria das águas comercializadas na região metropolitana de Belém está fora dos padrões recomendados pelo Ministério da Saúde, apresentando-se mais ácidas. Deste modo, os benefícios tanto da alimentação saudável, quanto do consumo de água alcalina são muito discutidos. Atualmente, vêm sendo estudados diversos potenciais marcadores que podem auxiliar a detecção de lesões pré-neoplásicas e neoplásicas. Entre eles, encontram-se as alterações epigenéticas. Fatores ambientais como dieta, inflamação e infecção têm sido identificados como contribuintes das alterações epigenéticas. Assim, o presente trabalho pretende buscar evidências de que, apenas a modificação no pH da água seja capaz de levar a variações no padrão de expressão de miRNAs, associados a primeira etapa da carcinogênese gástrica, a gastrite. Para este fim, foi realizada a expressão dos microRNAs miR-7, mir-155, mir-29c e mir-135b, em 28 pacientes portadores de gastrite, que foram submetidos à endoscopia digestiva alta, antes e depois de realizarem a troca da ingestão regular de uma água ácida por uma água com pH alcalino. Após as coletas, o RNA das amostras foi extraído e foi obtido o DNA de fita complementar (cDNA). Os cDNAs foram então submetidos à reação de amplificação por qPCR para análise da expressão dos miRNAs. As análises estatísticas foram realizadas utilizando os programas Biostat e Stata 11.0, sendo considerados estatisticamente significativos valores de p≤0,05. Ao comparar os níveis de expressão e avaliação clínica da gastrite por EDA, antes e após o consumo da água alcalina, os resultados demonstraram que houve aumento, porém não significativo dos microRNAs alvo, de miR-7 (p=0.09), miR-155 (p=0.13), miR-29c (p=0.21) e miR-135b (p=0.19). Em contrapartida, foi possível observar uma melhora significativa endoscópica da gastrite (p=0,024), demostrando um benefício clinico da ingestão da água alcalina.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Variabilidade do gene CYP2D6 em populações ameríndias(Universidade Federal do Pará, 2018-12-03) LEITÃO, Luciana Pereira Colares; SANTOS, Ney Pereira Carneiro dos; http://lattes.cnpq.br/1290427033107137A superfamília gênica Citocromo P450 é de significativa relevância para o processo de metabolização de diversos fármacos no fígado humano. O gene CYP2D6, um dos genes mais estudados devido sua vasta quantidade de variações genômicas e a baixa suscetibilidade à influência de fatores externos não genéticos que afetam o processo metabolização de mais de 20% dos fármacos comercializados. O perfil molecular do gene CYP2D6 influencia no metabolismo de diversas classes de fármacos: antidepressivos, antipsicóticos, antiarrítmicos, analgésicos opioides, agentes anticancerígenos entre outros fármacos. Entretanto, esses protocolos são desenhados, principalmente, para populações de origem europeia, não sendo adequadamente empregados em populações brasileiras, já que está é resultante de um complexo processo de miscigenação envolvendo a contribuição, principalmente, de europeus, africanos e ameríndios. Estudos farmacogenômicos em populações ameríndias são escassos. Sendo assim, na falta de dados consistentes, o estabelecimento de políticas públicas de saúde voltadas para a implementação da medicina de precisão nestas populações, e em povos miscigenados com estes grupos étnicos, fica prejudicado. Estudos genômicos capazes de analisar a heterogeneidade genética de biomarcadores associados ao processo de metabolização de diversos fármacos em populações ameríndias e miscigenadas são de grande impacto científico. Baseado nisto, o presente trabalho avaliou o perfil molecular de 22 importantes polimorfismos preditores de terapia no gene CYP2D6 em amostras de indivíduos Ameríndios Amazônicos de três tribos: Asurini do Trocará, Asurini do Koatinemo e Kayapó-Xikrin. O DNA foi extraído a partir de sangue periférico dos indivíduos estudados. As genotipagens dos polimorfismos foram realizadas por ensaios Taqman® em OpenArray®, no QuantStudio™ 12K Flex Real-Time PCR System. As análises estatísticas foram realizadas nos programas Arlequin v. 3.5.2.2, SPSS v. 12.0 e pacote estatístico do R. Além deste trabalho original foi realizada uma revisão para agrupar os dados do gene CYP2D6 em outras populações ameríndias. A partir dos resultados foi possível observar que o perfil de metabolização extensiva, normal, é o mais frequente na população ameríndia da revisão e na população ameríndia amazônica brasileira. Os perfis de importância clínica, lento e ultrarrápido, apresentou baixa frequência nas populações da revisão e não foi observado na população amazônica. Estes dados podem inferir que a população ameríndia pode ter certa proteção aos efeitos adversos e falha terapêutica relacionados a fármacos que são metabolizados pela CYP2D6.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação do potencial antineoplásico da idarrubicina associada ao mebendazol em linhagem de adenocarcinoma gástrico metástatico(Universidade Federal do Pará, 2018-10-30) OLIVEIRA, Marcelli Geisse Sousa de; KHAYAT, André Salim; http://lattes.cnpq.br/6305099258051586A neoplasia gástrica representa o quarto e quinto tipo de tumor com maior incidência no Brasil, em homens e mulheres, respectivamente. As terapias atuais direcionadas para esta neoplasia apresentam uma taxa de sucesso insatisfatória. Dentre as possíveis estratégias, está a utilização de inibidores específicos que auxiliem na interrupção da progressão tumoral. Neste sentido, o presente estudo avaliou o potencial antineoplásico da idarrubicina em associação ao mebendazol (MBZ) em uma linhagem celular de câncer gástrico metastático, AGP01. A idarrubicina (IDA) capaz de induzir danos ao DNA, através da intercalação entre os pares de bases, quebrando a fita de DNA e interação com a enzima topoisomerase II e o MBZ, por sua vez, atua através da despolimerização da tubulina e posterior desestruturação da função dos microtúbulos. Em vista disso, o estudo teve o intuito de realizar ensaios in vitro para avaliar a eficácia destas drogas isoladas e em combinação em uma linhagem estabelecida partir de uma amostra de paciente com câncer gástrico metastático. Os dados revelaram que tanto a IDA quanto o MBZ apresentaram elevada citotoxicidade na linhagem AGP01 (242nM e 300nM), sendo que a maior atividade citotóxica foi conferida na associação das substâncias com a CI50 de 123,8nM para IDA e 153,5nM para o MBZ. Além disso, verificou-se que ambas as substâncias isoladas e em associação retardaram o processo de migração celular 12 horas após o tratamento com IDA isolada na concentração de 121nM quando comparado o CN (p<0,05), 12 horas após o tratamento com IDA isolada na concentração de 242nM quando comparado o CN (p<0,001), 12 horas após o tratamento nas concentrações 123,9 nM (CI50 da combinação IDA) e 153,5nM (CI50 da combinação MBZ) quando comparado ao CN (p<0,05). Além disso, a tanto a IDA quanto o MBZ, isolados e em associação, induziram a apoptose na linhagem AGP01 (p<0,001). Adicionalmente, ambas as substâncias tanto isoladamente quanto em associação foram capazes de bloquear o ciclo celular, na fase S para IDA e MBZ+IDA e na fase G2/M para o MBZ. Vale ressaltar que esse é o primeiro estudo que associa a IDA ao MBZ em câncer. Ao avaliarmos os efeitos das substancias, é de suma importância ressaltar que ao combinarmos as substancias verificamos que a dose necessária para produzir os mesmo efeitos que as substancias isoladas, foi reduzida pela metade. Os resultados gerados pelo presente trabalho demonstram que tanto as substancias isoladas quanto as substancias em associação apresentam um potencial anticâncer bastante promissor para pacientes no câncer gástrico avançado.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Influência da suplementação de altas doses de vitamina D no controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus tipo 1(Universidade Federal do Pará, 2018-12-10) MELO, Franciane Trindade Cunha de; FELÍCIO, João Soares; http://lattes.cnpq.br/8482132737976863; YAMADA, Elizabeth Sumi; http://lattes.cnpq.br/7240314827308306Embora o controle glicêmico intensivo do Diabetes Mellitus (DM) com insulina tenha reduzido a incidência de complicações microvasculares e macrovasculares, a maioria dos pacientes ainda desenvolve essas injúrias com elevada morbimortalidade. Tem sido sugerido que baixos níveis de vitamina D (VD) podem estar associados com desenvolvimento de Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) e controle glicêmico precário. Como potencial terapêutico, a utilização de VD em pacientes com DM1 tem apresentado resultados controversos no que diz respeito à redução dos níveis de glicose. O objetivo deste estudo é analisar os efeitos da suplementação de altas doses de vitamina D no controle glicêmico de pacientes com DM1, avaliado através dos níveis da hemoglobina glicada (HbA1c). Foi realizado um ensaio clínico prospectivo, com duração de 12 semanas, incluindo 52 pacientes portadores de DM1, os quais foram suplementados com altas doses de colecalciferol. A dose utilizada dessa vitamina foi de acordo com o valor sérico da VD do participante. Pacientes com níveis de VD inferiores a 30 ng/mL, receberam 10.000 UI/ dia, e quando de 30 a 60 ng/mL, utilizaram 4.000 UI/dia. Os níveis de VD e HbA1c foram avaliados antes e após 3 meses de suplementação dessa vitamina. Quando analisamos o total de pacientes (N= 52), não houve melhora do controle glicêmico avaliado pela HbA1c. Para melhor estudar os efeitos da VD sobre a HbA1c, os pacientes foram divididos em 3 grupos de acordo com a variação da HbA1c: aqueles cuja HbA1c reduziu ≥ 0,5% (grupo 1, N= 13); aqueles sem variação na HbA1c (grupo 2, N= 19) e aqueles com aumento ≥ 0,5% na HbA1c (grupo 3, N= 20). Houve diminuição da HbA1c apenas em um grupo específico (N= 13). Adicionalmente, não ocorreu redução nas necessidades das insulinas basais, prandiais e nem na dose total, após os três meses da suplementação com VD. Assim, nossos dados sugerem que não haja benefício adicional da suplementação de VD na otimização do controle glicêmico avaliado pela HbA1c em pacientes com DM1.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Modelo murino do espectro autista empregando o ácido valproico durante a gravidez: mudanças comportamentais e citocinas pró-inflamatórias(Universidade Federal do Pará, 2018-10-31) SOUZA, Dilza Nazaré Colares de; DINIZ, Cristovam Wanderley Picanço; http://lattes.cnpq.br/2014918752636286; DINIZ, Daniel Guerreiro; http://lattes.cnpq.br/3269424921125406O presente trabalho avaliou, em testes comportamentais, as atividades exploratória e locomotora de camundongos BALB/c adultos jovens que foram expostos ao ácido valproico durante a gestação e mediu a concentração de citocinas pró-inflamatórias no sangue periférico. Com essa finalidade, todas as fêmeas no dia 12,5 de gestação receberam 0,2 mL de VPA diluído em soro fisiológico (600 mg / kg de peso corporal) ou igual volume de solução salina. Os filhotes foram desmamados no 21º dia pós-natal e os machos foram mantidos ou no ambiente empobrecido de gaiolas padrão de laboratório (AP) ou em uma gaiola enriquecida (AE). Quatro grupos experimentais independentes de acordo com a condição experimental e ambiente (Ctrl/AE, Ctrl/AP, VPA/AE, VPA/AP) foram organizados. Aos 5 meses de idade, todos os animais submetidos aos testes comportamentais de Campo Aberto (CA), Memória Episódica (ME), Burrowing e Labirinto em Cruz Elevado (LCE), tiveram seu sangue periférico coletado e foram perfundidos com solução salina, seguida de fixadores aldeídicos. Two-way ANOVA revelou influências significativas da condição experimental (VPA vs. Salina) e ambiente (AE vs. AP) nos resultados comportamentais e na concentração periférica de citocinas pró-inflamatórias. No Campo Aberto, os grupos do ácido valproico, independente do ambiente onde foram mantidos, reverteram a tendência natural de evitar o centro da arena, F (1,54) = 5,59, p = 0,022. Da mesma forma, no Labirinto em Cruz Elevado, os grupos do ácido valproico, independente dos ambientes em que os animais foram mantidos, apresentaram influência significativa no tempo gasto no centro da plataforma, reduzindo-o significativamente, F (1,51) = 7,57, p = 0,0082. Two-way ANOVA também demonstrou influência significativa da condição experimental (VPA vs. Salina) na resposta imune, reduzindo a IL-1β, F (1,49) = 26,24, p <0,0001 e aumentando a IL-6, F (1,46) = 16,96, p = 0,0002 dos grupos ácido valproico. Camundongos BALB/c expostos ao ácido valproico durante a gestação mostram mudanças significativas em seu comportamento para explorar novos ambientes e avaliar o risco na idade adulta, e isso está associado a alterações periféricas de citocinas pró-inflamatórias. A estimulação somatossensorial e cognitiva do enriquecimento ambiental parece não ser suficiente para reverter as alterações.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise da expressão de DNA metiltransferases e methyl - binding proteins na carcinogênese gástrica(Universidade Federal do Pará, 2018-11-28) SOUSA, Stefanie Braga Maia de; CALCAGNO, Danielle Queiroz; http://lattes.cnpq.br/1326603355062154Apesar da diminuição mundial da incidência do câncer gástrico nos últimos anos, esse tipo de câncer é o terceiro com maior mortalidade. Modificações no padrão de metilação do DNA são comuns em diferentes tipos de câncer, incluindo o câncer gástrico. Adicionalmente, alterações na expressão de proteínas responsáveis por esse mecanismo epigenético nos tumores são associadas a modificações nos padrões de metilação do DNA. Portanto, compreender o funcionamento dos genes da maquinaria de metilação do DNA durante a carcinogênese é crucial para o entendimento dos processos biológicos envolvidos no desenvolvimento tumoral. No presente estudo foi realizado quantificação relativa por PCR em tempo real da expressão do mRNA dos genes DNMT1, DNMT3A, DNMT3B, MeCP2 e MBD4 de 61 amostras pareadas de tumores gástricos e tecidos gástricos não neoplásico adjacente, e 30 amostras de tecido gástrico de indivíduos sem neoplasia. Na análise entre os diferentes grupos de amostras, o mRNA do gene DNMT1 foi significativamente mais expresso em tecido tumoral gástrico e adjacente quando comparado a tecido gástrico de indivíduo sem neoplasia (p= 0,0196; p= 0,0466, respectivamente). Além disso, observamos que o mRNA do DNMT3A foi significativamente mais expresso em tecido gástrico não neoplásico adjacente comparado ao tecido tumoral e ao tecido de indivíduos sem neoplasia (p=.0,0076; p= 0,0029, respectivamente). A análise com os dados clinicopatologicos relevou associação entre a expressão de mRNA do DNMT3B com presença de metástase em linfonodos (p=0,034) e com estadiamento III-IV do tumor gástrico (p= 0,048). Ao realizar a correlação dos genes, observou que a MECP2 teve forte correlação entre os genes DNMT1 (0,686), DNMT3B (0,685) e MBD4 (0,790) outra correlação foi encontrada entre DNMT3B e MBD4 (0,650). Estes resultados sugerem que alterações na expressão de mRNA do gene DNMT1 e DNMT3A podem estar presentes em estágios iniciais da carcinogênese gástrica, a DNMT3B pode ser usado como marcador de prognostico.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeito da suplementação de altas doses de vitamina D sobre a neuropatia autonômica cardiovascular em pacientes com diabetes mellitus tipo 1(Universidade Federal do Pará, 2018-12-10) SILVA, Lilian de Souza d’Albuquerque; FELÍCIO, João Soares; http://lattes.cnpq.br/8482132737976863; YAMADA, Elizabeth Sumi; http://lattes.cnpq.br/7240314827308306A neuropatia autonômica cardiovascular (NAC), associada ao diabetes mellitus (DM), apesar de ser uma condição subclínica, é um importante fator de morbimortalidade nesses pacientes. No diabetes mellitus tipo 1 (DM1) a NAC é tão alarmante que deve ser rastreada após os cinco primeiros anos de doença, entretanto, poucas medidas terapêuticas são recomendadas nas diretrizes internacionais sobre o assunto. Alguns autores têm avaliado o uso de drogas que possam interferir na história natural da doença e, por conseguinte melhorar a evolução do paciente e reduzir a mortalidade relacionada a esta complicação. A vitamina D aparece como um recurso promissor e de baixo custo. O objetivo de nosso estudo foi avaliar os efeitos da suplementação de altas doses de vitamina D (VD) sobre a NAC em pacientes com DM1. Realizamos um estudo prospectivo, intervencionista, no qual 17 pacientes com diagnóstico de DM1 e NAC foram incluídos. Pacientes com níveis de VD inferiores a 30 ng/mL receberam 10.000 UI/ dia, e quando de 30 a 60 ng/mL, utilizaram 4.000 UI/dia. Dosagem sérica de VD e testes de NAC foram realizados antes e após 12 semanas de tratamento. Houve melhora dos parâmetros relacionados à variabilidade da frequência cardíaca (FC) de repouso, quais sejam: LF (1.9 ± 0.4 vs 2.2 ± 0.7 seg; p=0.05), TP (2.5 ± 0.3 vs 2.7 ± 0.5 seg; p<0.05), RRmax (0.8 ± 0.09 vs 0.9 ± 0.23 seg; p<0.05), RRNN (0.72 ± 0.09 vs 0.76 ± 0.09 seg; p<0.05) e SDNN (0,015 ± 0,005 vs 0,026 ± 0,018 seg; p<0.05). Adicionalmente, foi demonstrado que a variação do nível sérico de VD correlacionou-se tanto com o HF (%) final (pós-tratamento) quanto com a relação LF/HF (r=0,57; p<0,05). Nosso estudo piloto é o primeiro a sugerir uma forte associação entre a suplementação com altas doses de vitamina D e a melhora da neuropatia autonômica cardiovascular em pacientes DM1. Isso ocorreu sem que houvesse variação na HbA1C, níveis pressóricos, lípides e doses de insulina utilizadas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Efeito da suplementação de altas doses de colecalciferol sobre o comportamento da pressão arterial em pacientes normotensos com diabetes mellitus tipo 1(Universidade Federal do Pará, 2018-12-26) QUEIROZ, Natércia Neves Marques de; FELÍCIO, João Soares; http://lattes.cnpq.br/8482132737976863O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma endocrinopatia associada a alto risco cardiovascular (CV). A deficiência de vitamina D (VD) foi relacionada ao desenvolvimento de diversas doenças sistêmicas, em função da presença de receptores de vitamina D (VDR) em variados tecidos, incluindo músculo liso vascular, endotélio, cardiomiócitos e células justa-glomerulares. Alguns estudos sugerem uma relação inversa entre níveis VD e valores pressóricos. Médias de pressão arterial (PA) maiores em pessoas deficientes em VD foram observadas. Adicionalmente, sugere-se que o complexo VD - VDR possa atuar como um fator de regulação negativo sobre o sistema renina-angiotensina-aldosterona, no aparelho justa-glomerular em diabéticos, podendo exercer efeitos positivos sobre o comportamento da pressão arterial. Desse modo, nosso estudo visou a avaliar o efeito da suplementação de altas doses de vitamina D sobre o comportamento da pressão arterial em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 normotensos. Realizamos um estudo prospectivo e intervencionista em 35 pacientes com DM1. Aqueles que tinham níveis de VD inferiores a 30 ng/mL receberam 10.000 UI/ dia, e quando de 30 a 60 ng/mL, utilizaram 4.000 UI/dia. Os pacientes foram submetidos ao sistema de monitorização ambulatorial de pressão arterial por 24 horas (24h-MAPA), HbA1c, creatinina, lipídios e PCRus (proteína C reativa ultrassensível) no basal e após 12 semanas. Houve uma redução marcante nas pressões arteriais sistólica e diastólica matutinas ao final do estudo (117 ± 14 vs 112±14, p<0,05; 74±9 vs 70±10 mmHg, p<0,05, respectivamente), sem alterações em outras variáveis pressóricas. Observou-se também correlação entre o nível de vitamina D pós-suplementação e a PA diastólica matutina (r= -0,4; p <0,05). Nosso estudo sugerr uma associação entre a suplementação de altas doses de VD e redução da PA matutina em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 normotensos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Redução de MIR-218 no soro como biomarcador de pior prognóstico em entes com câncer gástrico(Universidade Federal do Pará, 2018-08-03) MARTINS, Nina Nayara Ferreira; CALCAGNO, Danielle Queiroz; http://lattes.cnpq.br/1326603355062154Recentemente, a biópsia líquida tem surgido como uma ferramenta promissora para identificação de potenciais biomarcadores de diagnóstico, prognóstico e preditivo no sangue de pacientes com diferentes tipos de doenças, incluindo o câncer. Dentre os biomarcadores, encontram-se os microRNAs que quando desregulados, contribuem para o surgimento de vários tipos de câncer, dentre eles, o câncer gástrico. Dados da literatura demonstram a correlação da diminuição da expressão de miR-218 como potencial supressor tumoral associado a progressão do câncer gástrico. Entretanto, apenas um estudo, em população oriental, avaliou a expressão do miR-218 circulante no soro de pacientes vs controle. Portanto, este trabalho tem por objetivo avaliar a expressão de miR-218 no soro de pacientes com câncer gástrico e a sua relação com as características clínico-patológicas. Foram coletadas amostras de 302 pacientes e 120 indivíduos saudáveis para análise da expressão de miR-218 por meio de Real-Time Quantitative Polymerase Chain Reaction. Foi possível observar a expressão diminuída do miR-218 no soro de pacientes com câncer gástrico em relação aos controles nos resultados encontrados. Além disso, a redução da expressão de miR-218 foi associada com maior invasão tumoral, presença de metástases de linfonodos, tipo difuso de Lauren, estágios mais avançados de câncer, indicando um pior prognóstico. Os resultados do presente estudo corroboraram com os achados da literatura descritos, que sugerem o potencial uso do miR-218 no soro como biomarcador de prognóstico em pacientes com câncer gástrico.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Expressão imunofenotípica da PD-1 e PD-L1 em adenocarcinoma gástrico de pacientes atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto(Universidade Federal do Pará, 2017-08-31) CANELAS, Érika Thaiane Couto; DEMACHKI, Samia; http://lattes.cnpq.br/7568391537270652O câncer gástrico é a terceira causa de morte relacionada ao câncer em ambos os gêneros, e em estágio avançado o prognóstico tem sido pouco favorável. Os tumores humanos tem propensão a escapar da imunovigilância, e um dos eixos envolvidos nesse cenário é o PD-1, um receptor expresso na superfície de células, e o seu ligante PD-L1, aos quais já foram detectados em amostras de adenocarcinoma gástrico. Este estudo realizou a caracterização da expressão imunofenotípica das proteínas PD-1 e PD-L1 em tecido adjacente ao tumor, tecido de Adenocarcinoma Gástrico primário, associado a achados clinico-demográficos e patológicos dos pacientes atendidos no Hospital Universitário João de Barros Barreto, entre 2008 a 2016. Foram selecionadas 92 amostras de pacientes com adenocarcinoma gástrico e 55 amostras de tecido adjacente ao tumor. Foram construídos microarranjos de tecidos (TMA) e foi realizada imunomarcação automatizada (GX Ventana - Roche®) para PD-1 e PD-L-1. A imunorreatividade para PD-L1 em células tumorais foi observada em 8 casos (8,7%), sendo todos do tipo histológico intestinal de Láuren e estadiamento avançado, apresentando, em sua maioria o grau II de diferenciação. Enquanto que a imunorreatividade citoplasmática para PD-1 no linfócito do microambiente intratumoral (TIL) foi observada no citoplasma e ocorreu em 64 casos (69,6%), sendo a maioria do tipo histológico intestinal de Láuren, estadiamento avançado e grau II de diferenciação. Observou-se linfócitos intratumorais PD-1 positivos em maior número de casos, quando avaliados no estroma intratumoral, em comparação aos linfócitos PD-1 positivos em estroma do tecido adjacente ao tumor. Esses dados reforçam que pacientes com adenocacarcinoma gástrico que apresenta as características histopatológicas encontradas em predominância para ambos os marcadores analisados, podem estar mais propensos a ativação da via PD-1/PD-L1, sendo candidatos elegíveis para utilizar terapia com anticorpos monoclonais anti-PD-1 ou anti-PD-L1.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Dispositivo fisioterapêutico gerador de pressão positiva expiratória com propriedades fluxo-dependentes(Universidade Federal do Pará, 2016-12-21) NINA, Janize Costa; NORMANDO, Valéria Marques Ferreira; http://lattes.cnpq.br/7098261432975265; SILVA, Luiz Carlos Santana da; http://lattes.cnpq.br/6161491684526382A terapia com pressão expiratória positiva (PEP) é segura e eficaz para a prevenção, reversão de atelectasias e remoção de secreções pulmonares. O estudo experimental objetivou elaborar um dispositivo fisioterapêutico capaz de gerar pressão expiratória positiva para pacientes em respiração espontânea e avaliar seu desempenho mecânico. A composição do dispositivo fisioterapêutico constituiu de 14 componentes, produzido em alumínio e plástico, permitindo apresentar características de um resistor fluxo-dependente não gravitacional. As pressões, obtidas por meio do fluxômetro de alto fluxo modelo Certifier® FA TSI (TSI Corporated, EUA), tiveram influência da resistência de orifício com diâmetros de 1,5; 2,0; 3,0; 4,0 e 5,0mm, dos pesos de cinco pistões (1,5; 1,6; 2,0; 3,2 e 3,8g) e de fluxos constantes de 3, 5, 6, 9, 10 e 12L/min ou fluxo de disparo do pistão. Dentre que os cinco pistões, o pistão 4 (3,2g) apresentou melhor resultado estatisticamente significativo, alcançando uma pressão de 20cmH2O com fluxos de 8,16L/min, para o orifício de 1,5mm de diâmetro. O dispositivo de PEP proposto pode gerar pressões terapêuticas entre 10 e 20cmH2O, por meio de uma variação de fluxos expiratórios baixos. Apresenta como característica singular a associação do diâmetro do orifício com o peso do pistão para gerar a pressão positiva. Estudos futuros são necessários a fim de promover a validação do dispositivo fisioterapêutico em crianças saudáveis e posterior análise em pacientes com afecções pulmonares, para obter dados científicos que representem a nossa prática clínica.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Avaliação bacteriológica por cultivo e metagenômica de peixes pirarucu (Arapaima gigas) submetidos a diferentes procedimentos de salga(Universidade Federal do Pará, 2017-12-01) SILVA, Flávia Thamires Barbosa da; ASSUMPÇÃO, Paulo Pimentel de; http://lattes.cnpq.br/7323606327039876; KHAYAT, André Salim; http://lattes.cnpq.br/6305099258051586Na região Norte, o câncer gástrico (CG) ocupa o segundo lugar entre os tipos de tumores mais frequentes em homens e o quarto lugar entre as mulheres. Para o ano de 2016, foram estimados 690 novos casos no estado do Pará, sendo 260 casos na capital. O CG tem uma etiologia multifatorial, é resultante da interação de fatores genéticos (endógenos) e ambientais (exógenos). Estudos epidemiológicos têm evidenciado uma associação clara entre o consumo excessivo de alimentos conservados em sal e a ocorrência de CG, isso se deve principalmente à ação cancerígena dos compostos N-nitrosos resultantes da união de produtos da via de redução do Nitrato (oriundo da salga) e de compostos orgânicos presentes na região do estômago. Essa redução é realizada por enzimas bacterianas (nitrato redutase) que estão presentes em espécies contaminantes que podem proliferar nesse tipo de alimento. Tais alimentos conservados em sal, como o pirarucu (entre outros peixes), camarão e charque, estão incorporados há muitos anos no padrão alimentar do estado do Pará e de outras áreas da região amazônica. Durante o processo de salga, o tempo, as condições de processamento, de armazenamento e da comercialização do alimento estão diretamente relacionados com a qualidade destes produtos, por este motivo, ressalta-se a importância de estudos que avaliem condições alternativas de processamento, como o uso da refrigeração, visando atenuar a produção de componentes nocivos a saúde humana. No presente estudo, investigamos a composição bacteriana em diferentes processos de salga destes alimentos, por meio de isolamento bacteriano e metagenômica. Amostras de pirarucu fresco evidenciaram crescimento de E. coli, indicando contaminação microbiana de origem fecal, o que não foi percebido nas amostras submetidas a salga. A partir das análises metagenômicas pode-se observar uma abundância do gênero Staphylococcus nas amostras de peixes salgados, principalmente naqueles mantidos expostos em temperatura ambiente. Esse gênero contém espécies que causam toxinfecções e possuem a enzima nitrato redutase. A contaminação do pirarucu por essas espécies bacterianas leva a produção de nitrito, que quando consumidos originam a formação de agentes carcinógenos envolvidos na formação de mutações, podendo desencadear as neoplasias gástricas. Embora a refrigeração tenha amenizado o quantitativo bacteriano, o efeito bacterioestático ou bactericida do processo de salga não foi suficiente para manter a qualidade do pescado salgado em níveis adequados para consumo, assim, o consumo do mesmo pode trazer malefícios a saúde da população e estar relacionado com os altos índices de CG na população de Belém e da região Norte.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Investigação de polimorfismo dos genes NFKB1, TYMS, UCP2 e SGSM3 em pacientes com hepatite C crônica em uma população da região norte do Brasil(Universidade Federal do Pará, 2015-09-11) SOUZA , Susi dos Santos Barreto de; MOIA , Lizomar de Jesus Maués Pereira; http://lattes.cnpq.br/8335502787825672; DEMACHKI, Samia; http://lattes.cnpq.br/7568391537270652O vírus da hepatite C (VHC) afeta cerca de 130-150 milhões de pessoas no mundo. O sexo, a idade, o tabagismo, o etilismo, a ancestralidade e os polimorfismos genéticos podem interferir na evolução da hepatite C. Investigou-se o papel de polimorfismos funcionais nos genes NFKB1 (rs28362491), TYMS (rs16430), UCP2 e SGSM3 (rs56228771) com a evolução desfavorável de pacientes com hepatite C crônica em uma população da região norte do Brasil. Por meio de questionários epidemiológico e clínico, realizou-se um estudo transversal, observacional e descritivo para investigação de polimorfismos. Identificou-se a relação dos mesmos com a evolução desfavorável de 75 pacientes com hepatite C crônica, distribuídos em 2 grupos (com e sem cirrose), que realizam acompanhamento ambulatorial em 2 instituições hospitalares de Belém-PA. Foi utilizado um painel de 48 Marcadores Informativos de Ancestralidade (MIAs) como método de controle genômico no estudo. Revelou-se que o sexo, a idade, o tabagismo, o etilismo e os polimorfismos dos genes TYMS e NFKB1 não apresentam significância estatística sendo, respectivamente: p=0,775; p= 0,070; p= 0,404; p= 0,498; p= 0,565 e p=0,809. Contudo, os polimorfismos dos genes UCP2 e SGSM3 e a ancestralidade Africana apresentaram significâncias estatísticas. O incremento de 10% da ancestralidade Africana levou à redução de 0,571 de chance de desenvolver cirrose hepática, conferindo, portanto, um efeito de proteção (P=0,0417; OR = 0,429; IC = 95%=0,170-0,898). O genótipo del/del do polimorfismo do gene UCP2, foi associado com uma diminuição do risco (P=0,05; OR=0,0003; IC95%=0-1,90) e o genótipo del/del do polimorfismo do gene SGSM3 foi associado ao risco significativo (P=0,024; OR= 7,106; IC 95%= 1,295-39,007) de desenvolvimento de cirrose hepática. Conclui-se que a ancestralidade africana e aos polimorfismos dos genes UCP2 e SGSM3 estão relacionados à evolução desfavorável de pacientes com hepatite C crônica.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estudo de polimorfismos no gene GRIK2 em pacientes com doença de Parkinson(Universidade Federal do Pará, 2017-01-18) BARBOSA, Suane Reis; SILVA, Luiz Carlos Santana da; http://lattes.cnpq.br/6161491684526382A Doença de Parkinson (DP) é uma desordem neurodegenerativa complexa, resultante da múltipla combinação de fatores genéticos e ambientais. Um dos fatores que pode contribuir para o desenvolvimento da DP é a excitotoxicidade, um processo patofisiológico causado por intensa estimulação de receptores glutamatérgicos. Este fenômeno neurotóxico está associado ao excessivo influxo de íons na célula (Na+, Cl- e principalmente o Ca2+), resultando na morte neuronal. Foi evidenciado que a subunidade GluK2 do receptor de glutamato do tipo Kainato interage com a parkina, acentuando o processo excitotóxico. O gene GRIK2 codifica esta subunidade, sendo expresso em regiões do cérebro envolvidas na atividade motora, podendo sofrer “splicing” alternativo ou edição de RNA, introduzindo novas isoformas que podem alterar a condutância de íons no receptor. Não há na literatura científica estudos de associação de polimorfismos no gene GRIK2 com a DP. Este estudo teve como objetivo determinar as frequências genotípicas e alélicas, bem como verificar uma possível influência dos SNPs rs3213607, rs2227281, rs2227283, rs2235076, rs4839797, rs2518261 no gene GRIK2 em uma amostra de pacientes com DP. Foi realizado um estudo do tipo caso-controle, com a análise de amostras de DNA de 129 indivíduos do grupo controle, e 61 pacientes do grupo DP. Verificou-se que para o SNP rs2518261 (C/T) o alelo T pareceu ter um efeito de risco no grupo DP (x2=19,085; p-valor < 0,0001; OR=2,75; IC=1,75 – 4,27). Neste polimorfismo também foi observado que o genótipo TT pode representar um fator associado à presença de tremor no grupo DP (p-valor=0,02). Os resultados inéditos deste estudo sugerem a realização de pesquisas maiores para a investigação da contribuição do gene GRIK2 na DP.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Polimorfismo do gene da interleucina IL-1B e sua associação com o risco ao desenvolvimento do câncer gástrico em uma população do norte do Brasil(Universidade Federal do Pará, 2016-12-22) CASTRO, Yaisa Gomes de; SANTOS, Ândrea Kely Campos Ribeiro dos; http://lattes.cnpq.br/3899534338451625O câncer é compreendido como um conjunto de doenças com características semelhantes, mas com grande heterogeneidade que ocorre de maneira aleatória e abrange tanto as células tumorais quanto células inflamatórias e imunitárias. Os tumores gástricos, no Brasil e notavelmente no Estado do Pará, apresentam alta incidência. Em geral o câncer gástrico apresenta etiologia multifatorial. A comunicação e sinalização celular que regulam o sistema imunológico são facilitados pelas interleucinas que representam pequenas e específicas proteínas, apresentam funções diversificadas, estas controlam genes, regulam fatores de transição, governam a inflamação, diferenciação, proliferação e secreção de anticorpos. Polimorfismo de um único nucleotídeo, em particular a do gene da interleucina pró-inflamatória IL-1B, estão associado a resposta imunológica a infecção por H. pylori. Com isso, variações dentro dos genes das família da IL-1 foram associados com a suscetibilidade para o desenvolvimento de câncer gástrico. Neste estudo do tipo caso-controle, foram investigados se os polimorfismos IL-1BF1 (rs16944) e IL-1BE1 (rs1143627) têm associação com o risco ao desenvolvimento de câncer gástrico em uma população do norte do Brasil; comparados com seus respectivos genótipos, haplótipos, controlados pela ancestralidade genética. Os SNPs foram genotipados, por meio de sondas marcadas com fluoróforo VIC/FAM (real Time PDR, Life Technologies, CA, USA). As análises bioestatísticas evidenciaram que para as variáveis demográficas, houve diferenças significantes entre os grupos de ancestralidades europeia e africana. Para a distribuição das frequências genotípicas, alélicas e dos haplótipos do gene da IL-1B não houve diferenças estatisticamente significante entre os grupos. Necessita-se de estudos e análises mais abrangentes, para auxiliar o melhor entendimento dos motivos pelos quais nesta população estudada, tais poliforfismos parecem não ter associação com o desenvolvimento da doença em questão.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise de componentes principais de variáveis nutricionais e de polimorfismos nos genes MDM2, XRCC1 E MTHFR como fatores de risco para Carcinoma Hepatocelular em pacientes com Hepatite C Crônica(Universidade Federal do Pará, 2016-03-16) PINHO, Priscila Matos de; DEMACHKI, Samia; http://lattes.cnpq.br/7568391537270652; ARAÚJO, Marília de Souza; http://lattes.cnpq.br/9371703949781020Introdução: As doenças hepáticas estão entre as principais causas de morbimortalidade no mundo. A hepatite C está presente em aproximadamente 20% dos casos de hepatite aguda e 70% dos casos de hepatite crônica. E tem sido associado à presença de acúmulo de lipídeos intra-hepáticos (esteatose) e frequentemente progride para o desenvolvimento da cirrose hepática e do carcinoma hepatocelular (CHC), sendo a principal causa de transplante hepático. Objetivo: Avaliar a relação de variáveis nutricionais e de polimorfismos nos genes MDM2, XRCC1 e MTHFR com risco para o CHC em pacientes com hepatite C crônica. Métodos: Pesquisa do tipo caso - controle realizada com pacientes com hepatite C crônica. Foram considerados casos, pacientes com infecção crônica pelo VHC, aqueles que apresentavam anti-VHC e VHC-RNA positivos por seis meses ou mais desde a detecção da infecção dentro dos parâmetros de apresentação clínica. Foram considerados participantes do grupo controle indivíduos saudáveis, com idade > 20 anos, de ambos os sexos. Os mesmos foram convidados a participar da pesquisa de forma voluntária. Utilizou-se um questionário de avaliação nutricional. Foi investigada a presença de polimorfismos MDM2 (rs3730485); XRCC1 (rs3213239) e MTHFR (rs1801133). Aplicou-se o teste Exato de Fisher, Odds Ratio, e a análise de Componentes Principais. Resultados: Em relação a genotipagem, constatou-se semelhança na frequência dos polimorfismos dos genes MTHFR, XRCC1 e MDM2 em ambos os grupos. As razões de chance que tiveram valores de p significativos foram: baixo consumo de frutas, sedentarismo e IMC > 25 kg/m². Os resultados da análise de componentes principais são indicativos de que existem pelo menos três processos fisiopatológicos que atuam no agrupamento dos fatores de risco para o CHC, sendo fortemente relacionados a gordura corporal, etilismo e baixo consumo de frutas. Conclusão: Os pacientes avaliados agregam fatores de risco para o desenvolvimento do CHC.
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