Fácies e proveniência de depósitos siliciclásticos cretáceos e neógenos da bacia do Amazonas: implicações para a história evolutiva do proto-amazonas.

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2015-06-23

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MENDES, Anderson Conceição. Fácies e proveniência de depósitos siliciclásticos cretáceos e neógenos da bacia do Amazonas: implicações para a história evolutiva do proto-amazonas. Orientador: Afonso César Rodrigues Nogueira. 2015. 113 f. Tese (Doutorado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/12240. Acesso em: .

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Depósitos siliciclásticos expostos principalmente próximo à calha do rio Amazonas e sobrepostos por unidades do Neógeno têm sido atribuídos à idade cretácea e denominados de Formação Alter do Chão. Estudos integrados de sedimentologia, estratigrafia, icnofósseis, petrografia de arenitos e minerais pesados, além de datação por U-Pb de grãos de zircão, permitiram reconstituir o paleoambiente deposicional e inferir as prováveis áreas-fonte destes depósitos cretáceos na Bacia do Amazonas. Estes depósitos registram a evolução de um amplo sistema fluvial ou “Big River” com padrão meandrante na porção centro-oriental da bacia, que variou lateralmente em direção ao oeste, para um estilo anastomosado onde predominava grandes áreas de inundação com proliferação de animais e plantas registrados por uma rica ichnofauna representada por traços de Taenidium, Planolites, Diplocraterion, Beaconites, Thalassinoides, escavações meniscadas de adesão, de insetos e de vertebrados, além de marcas de raízes. A sucessão fluvial consiste em conglomerados, arenitos e pelitos, caolinizados e localmente silicificados, agrupados em oito elementos arquiteturais, Gravel Bar, Sand bedforms, Lateral Accretion Bar, Levee, Channels, Crevasse Splay Lobes, Abandoned Channel Fills e Overbank Fines. O aporte significante de terrígenos foi fornecido por áreas soerguidas adjacentes ao Arco de Gurupá, limite leste da bacia, e idades dos grãos de zircão entre 1.8 a 2.9 Ga, indicam as províncias Maroni-Itacaíunas e Amazônia Central como principais fontes cratonicas de sedimentos. O aporte maciço de sedimentos, refletido na espessura de centenas de metros dos depósitos cretáceos, extensos por milhares de quilômetros, sugere expressivas drenagens provenientes do cráton, alimentando esse “Big River” de direção aproximada leste-oeste. Provavelmente, a configuração do Neocretáceo teria sido similar à encontrada no atual rio Amazonas, porém com migração inversa, em direção ao Oceano Pacífico. A discordância entre a Formação Alter do Chão e os depósitos neógenos atesta um longo período de exposição subaérea na Bacia do Amazonas durante o Paleógeno, coincidente com o desenvolvimento dos perfis laterítico-bauxíticos. As medidas de paleocorrentes mostram uma reversão do fluxo para leste durante o Neógeno. Além disso, idades de grãos de zircão entre 0.5 até 2.7 Ga, comparável àquelas obtidas para os depósitos do Quaternário, indicam fontes cratônicas e principalmente andinas, registrando o início do rio Amazonas. Os resultados obtidos nesta pesquisa, permitiram, pela primeira vez, propor um modelo transcontinental de drenagem para o Neocretáceo, bem como registrar o início de sedimentação do proto-Amazonas durante o Neógeno.

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MENDES, Anderson Conceição. Fácies e proveniência de depósitos siliciclásticos cretáceos e neógenos da bacia do Amazonas: implicações para a história evolutiva do proto-amazonas. Orientador: Afonso César Rodrigues Nogueira. 2015. 113 f. Tese (Doutorado em Geologia e Geoquímica) – Instituto de Geociências, Universidade Federal do Pará, Belém, 2015. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/12240. Acesso em: .