Gerenciamento de resíduos gerados de laboratório: um estudo de caso no Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da Universidade Federal do Pará (UFPA).

O gerenciamento de resíduos em universidades é complexo e exige um esforço sistêmico e integrado de toda a comunidade acadêmica. A UFPA, em particular, o Instituto de Ciências Biológicas, tem um papel importante na formação de futuros profissionais, como também, disseminar uma nova mentalidade entre os servidores, em relação aos resíduos gerados, priorizando enfoques, a partir da abordagem educacional, para que estejam engajados e comprometidos com o gerenciamento ambiental, numa reflexão consciente da necessidade harmônica entre as atividades humanas e o ambiente. O Instituto, além de cumprir com o seu papel, no contexto em que está inserido, que é o de ensino, pesquisa e de serviço, tem que servir de exemplo, a partir de suas práticas de gerenciamento ambiental, minimizando, assim, os impactos decorrentes de suas atividades diárias, contribuindo para a conscientização da sociedade. Nas Universidades Públicas ou Privadas, o volume de resíduos gerados geralmente é muito pequeno, porém, a diversidade de resíduos é grande, o que dificulta o tratamento dos mesmos. Os resíduos gerados no ICB necessitam a priori de procedimentos e métodos confiáveis de manejo para a sua passivação e/ou disposição final, já que requerem um descarte distinto daquele dado ao lixo doméstico, enfatizado que as diferentes áreas laboratoriais, onde haja atividades com produtos químicos, biológicos ou infectocontagiosos, devem ser diagnosticados os fatores de riscos e as ações de seguranças, conforme estabelecidos na legislação vigente, evitando danos à comunidade universitária e ao ambiente. O trabalho se classificou como pesquisa descritiva e empírica, por meio do estudo de caso, utilizando-se da aplicação de um questionário, dirigidos aos servidores dos laboratórios, com o objetivo de analisar como os resíduos são gerenciados. Observou-se a falta de atenção, desconhecimento em relação as normas legais e deficiências de informações técnicas disponíveis para os resíduos. Conclui-se, portanto, que o ICB carece de desenvolver uma educação ambiental eficiente, como ferramenta de ação, para que possa implantar um PGRSS, possibilitando maior segurança aos atos da administração.