A dança na filosofia de Nietzsche: um caminho para a superação da décadence

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07-07-2025

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GUIMARÃES, Alan Barbosa. A dança na filosofia de Nietzsche: um caminho para a superação da décadence. Orientador: Ivan Risafi de Pontes. 2025. 176 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2025. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/handle/2011/17792. Acesso em:.

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O presente trabalho visa tratar da dança como meio de superação da décadence no pensamento do filósofo Friedrich Nietzsche. Com este propósito, nossa problematização buscou investigar o porquê e como a dança é utilizada por Nietzsche em oposição ao problema da décadence, concebido pelo filósofo como uma doença que degenera o corpo e o espírito dos homens, sobretudo os de sua contemporaneidade. Em nosso estudo, perscrutamos as principais passagens que envolvem a dança e os personagens que dançam, precisamente o deus Dioniso, assim como seus seguidores e Zaratustra, além da noção de corpo do filósofo, que também desempenha um papel importante de contraste com os antípodas de Nietzsche, os portadores da décadence, como veremos no decorrer de suas obras. Em nossa análise, identificamos que a dança é tratada de forma fragmentária pelo autor, assim, utilizamos tanto quanto possível o método estrutural, e o experimentalismo perspectivista e trágico, com o propósito de mostrar sua presença na relação com importantes conceitos ao longo dos escritos de Nietzsche, para resgatar a importância dessa arte para o debate acerca da décadence. Recorremos a diversas obras de Nietzsche, como O nascimento da tragédia, A gaia ciência, Assim falou Zaratustra e O crepúsculo dos Ídolos em função da necessária articulação entre os principais conceitos do autor com o problema sugerido. Nossa hipótese é de que as potências da arte de dançar, enquanto uma elevada expressão artística corporal, contribuem para a superação da décadence, sobretudo a partir das ações dos dançarinos evocados pelo filósofo, que alcançam sua máxima superação quando Zaratustra enuncia “eu só poderia crer num deus que pudesse dançar”. A pesquisa concluiu que as ações expressas pelos dançarinos na filosofia de Nietzsche estão diretamente associadas à produção de novos valores e perspectivas, novas formas de ser e viver, haja vista que as ações daqueles que dançam perante a cultura promovem o movimento, a leveza, a superação de si. Com esses elementos transformadores, a dança proporciona a superação da décadence à medida que, aliada ao entusiasmo de um deus, a arte da dança afirma a existência mesmo diante das mais negativas dificuldades, e impulsiona a valorização da vida em seu dionisíaco transbordamento.

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