Orientação sexual de gêmeos no norte do brasil

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2017-12-22

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Universidade Federal do Pará

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BRANDÃO, Flávia Inêz Barbosa. Orientação sexual de gêmeos no norte do brasil. Orientadora: Regina Célia Gomes de Sousa; Coorientador: Maurício Oliveira Magalhães. 2017. 51 f. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Comportamento) - Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/13852. Acesso em:

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A metodologia de estudo com gêmeos pode oferecer um modo eficaz para estimar o efeito de fatores filogenéticos e ontogenéticos sobre o comportamento. No entanto, ao revisar a literatura, percebeu-se que no Brasil os estudos com gêmeos são recentes e ainda não se encontrou pesquisas sobre qualquer aspecto da sexualidade utilizando esta metodologia. Sendo assim, nesta pesquisa exploratória, o objetivo foi investigar a orientação sexual de gêmeos em uma amostra na região norte do país. Para tanto os gêmeos responderam, online e presencialmente, a um inventário de zigosidade, um questionário socioeconômico e à grade de orientação sexual de Klein. Participaram deste estudo um total 140 gêmeos adultos, distribuídos em 42 pares de monozigóticos, 18 pares de digizóticos e 20 indivíduos cujos cogêmeos não responderam aos instrumentos. A idade dos participantes variou entre 18 e 37 anos, com idade média de 24,6 anos. 69,3% dos gêmeos foram classificados como monozigóticos e 30,7% como dizigóticos. Com relação à orientação sexual, 64,9% dos monozigóticos se auto identificaram como unicamente heterossexuais e 8,2% como unicamente homossexuais. Enquanto que, 65,1% dos dizigóticos se auto identificaram como unicamente heterossexuais e 9,3% como unicamente homossexuais. Os pares de gêmeos monozigóticos, apresentaram valores de correlação intraclasse significativos para as três variáveis de orientação sexual investigadas: “atração sexual”, “comportamento sexual” e “identidade sexual”, analisadas em três períodos (passado, presente e ideal). Mostrando uma taxa de concordância que variou entre 28% e 42%. No entanto, entre os pares de gêmeos dizigóticos não houve correlação. Os resultados indicaram que os aspectos relacionados à orientação sexual não são permanentes, demonstrando que a orientação sexual pode ser realmente um processo dinâmico. Porém, os resultados desta investigação não foram suficientes para fornecer indícios de que os aspectos relacionados à orientação sexual sofrem influência tanto de fatores genéticos quanto de variáveis ambientais. Para tanto, seriam necessários um número maior de participantes e análises estatísticas de herdabilidade. A partir deste estudo, foi criado um cadastro voluntário de gêmeos nesta região, que pode contribuir com novos estudos, com o alcance de amostras maiores, principalmente de dizigóticos, e mais representativas de orientações sexuais não-heterossexuais, permitindo fomentar novas discussões para uma compreensão mais ampla acerca da orientação sexual.

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BRANDÃO, Flávia Inêz Barbosa. Orientação sexual de gêmeos no norte do brasil. Orientadora: Regina Célia Gomes de Sousa; Coorientador: Maurício Oliveira Magalhães. 2017. 51 f. Dissertação (Mestrado em Neurociências e Comportamento) - Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento, Universidade Federal do Pará, Belém, 2022. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/13852. Acesso em: