Violências e narrativas: trajetórias de mulheres que romperam com o relacionamento íntimo violento

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29-04-2024

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SILVA, Elcione da Silva e. Violências e narrativas: trajetórias de mulheres que romperam com o relacionamento íntimo violento. Orientadora: Telma Amaral Gonçalves. 2024. 110 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia e Antropologia) - Instituto de Filosofia de Ciências Humanas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2024. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16685. Acesso em: .

DOI

A questão da violência contra as mulheres é uma realidade em diversas histórias de vida, deixando marcas profundas nas subjetividades e memórias das vítimas. Este estudo traz à luz do espaço público científico uma problemática tradicionalmente associada aos domínios das relações amorosas e, consequentemente, considerada de natureza privada. Esta dissertação investiga a trajetória de seis mulheres que romperam com relacionamentos íntimos violentos, seja com namorado ou marido, explorando suas experiências durante e após o término dessas relações. A pesquisa se fundamenta em uma abordagem qualitativa, utilizando o método “Narrativas de Vida” (Bertaux, 2010), com a utilização de entrevistas narrativas, para acessar suas histórias. Buscou-se compreender os significados subjetivos atribuídos a essas experiências, destacando as tentativas de ressignificação e resistência por parte das participantes, visando a possíveis rupturas com o ciclo de violência. Os resultados revelam narrativas ricas e complexas, evidenciando os desafios enfrentados durante o relacionamento violento, as dificuldades enfrentadas ao tentarem romper, e os processos de reconstrução pessoal e social após o rompimento. Identificamos como os discursos sociais sobre o amor moldam a subjetividade das mulheres em relacionamentos abusivos, destacando a idealização do amor e as expectativas em torno dos relacionamentos e como as mulheres têm a tendência em valorizar as características positivas dos parceiros, mesmo diante de comportamentos abusivos, pois a violência se manifesta de forma enraizada culturalmente. São discutidos também os diversos tipos de apoio social e institucional disponíveis para as mulheres em situação de violência, bem como as marcas e impactos psicológicos e sociais dessas experiências. Identificamos as estratégias de resistência adotadas por mulheres que sofrem violência doméstica para resistir e eventualmente romper com relacionamentos abusivos. As experiências de violência variam em sua manifestação, contexto e circunstâncias específicas, mas compartilham efeitos negativos duradouros tanto para as vítimas quanto para a sociedade como um todo. No entanto, as histórias de sobrevivência dessas mulheres revelam um desejo de reconstrução de suas vidas, demonstrando um movimento em direção à resiliência, autonomia e ressignificação, o que indica um deslocamento nas relações de poder, conforme discutido e nos estudos feministas sobre violência de gênero.

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Brasil

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Universidade Federal do Pará

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