Sistemas agroflorestais mimetizam ecossistemas naturais e podem ser resilientes frente às mudanças climáticas na Amazônia

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2023-05-30

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Universidade Federal do Pará
Museu Paraense Emílio Goeldi
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

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FIEL, Luciane Gomes. Sistemas agroflorestais mimetizam ecossistemas naturais e podem ser resilientes frente às mudanças climáticas na Amazônia. Orientador: Luciano Jorge Serejo dos Anjos. 2023. 77 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) - Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Belém, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16915. Acesso em:.

DOI

Embora os Sistemas Agroflorestais (SAFs) promovam diversos serviços ambientais, em especial, o sequestro e fixação de carbono, seu papel na adaptação às mudanças climáticas e as maneiras diferenciadas pelas quais estes sistemas podem contribuir nos contextos biofísicos e geográficos para região amazônica ainda são escassos. O que demonstra a necessidade de pesquisas mais completas e aprofundadas para fortalecer a compreensão das potencialidades, bem como exposição e riscos a climas não-análogos que estes podem estar sujeitos em um futuro próximo. Desta maneira, a presente pesquisa se propôs a analisar os SAFs localizados no município de Tomé-Açu, nordeste do estado do Pará, com os seguintes objetivos: I) Avaliar se os SAFs conseguem mimetizar ecossistemas naturais em sua estrutura, assim como avaliar a estabilidade e funcionalidade ecossistêmica desses sistemas em série temporal de 20 anos, no município de Tomé-Açu e II) Avaliar a exposição dos SAFs do município de Tomé-Açu às mudanças climáticas futuras, considerando o aumento da Temperatura Média Anual (BIO1) e a variação na disponibilidade de água (BIO12 e BIO15), em uma abordagem de EOCS. Os resultados nesta pesquisa alcançaram respostas positivas aos objetivos propostos, de maneira que os SAFs da região de Tomé-Açu apresentaram padrão de comportamento de EVI ao longo de 20 anos, sem diferirem significativamente das florestas. Quanto a biomassa acima do solo, apesar de reduzir ao longo do tempo para ambas as coberturas, apresentou certa estabilidade, sobretudo nos anos de 2019 e 2020 para os SAFs. Destaca-se assim que os SAFs conseguem ser similares do ponto de vista estrutural às florestas maduras. Quanto a exposição às mudanças climáticas, observou-se aumentos consideráveis de temperaturas, de 1,56 °C a 5,4 ºC acima da média atual do cenário intermediário para o mais pessimista. Ao mesmo tempo que haverá redução de precipitação acumulada de 96 mm a 220 mm até o final do século e a sazonalidade aumentará em torno de 4- 8%, com destaque para o período de 2081-2100. O EOCS para os SAFs se limita as mínimas e máximas das variáveis BIO12 e BIO15, de 2100 a 2300mm e entre 70 e 77%, respectivamente. Faixas que garantem o bom funcionamento destes sistemas em período atual, que estão sob ameaça para um futuro próximo, em especial em cenário SSP5-8.5.Concluímos que quanto a exposição climática, a região Noroeste e centroeste de Tomé-Açu sofrerão com as extremas mudanças de redução de precipitação e aumento da sazonalidade, enquanto que a região Leste estará expostas a condições mais amenas, com alguns extremos na BIO15, que em cenário pessimista, reduzem de extremos para medianos e baixos, podendo indicar que os SAFs apresentam -se adaptáveis as mudanças futuras. Esses resultados são relevantes e chamam a atenção para adoção de medidas que evitem cenários mais críticos de mudanças climáticas para a região amazônica.

Agência de Fomento

CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

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FIEL, Luciane Gomes. Sistemas agroflorestais mimetizam ecossistemas naturais e podem ser resilientes frente às mudanças climáticas na Amazônia. Orientador: Luciano Jorge Serejo dos Anjos. 2023. 77 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) - Universidade Federal do Pará, Museu Paraense Emílio Goeldi, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Belém, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/16915. Acesso em:.