Força de preensão manual e funcionalidade em pessoas atingidas pela hanseníase, seus contatos intradimiciliares e escolares de área endêmica: Correlação com biomarcador molecular e sorológico de infecção pelo Mycobacterium leprae

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26-04-2023

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CONDE, Renatto Castro. Força de preensão manual e funcionalidade em pessoas atingidas pela hanseníase, seus contatos intradimiciliares e escolares de área endêmica: Correlação com biomarcador molecular e sorológico de infecção pelo Mycobacterium leprae. Orientador: Josafá Gonçalves Barreto. 2023. 80 f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento Humano) - Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano, Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Pará, Belém, 2023. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17614. Acesso em:.

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A hanseníase pode causar importantes incapacidades físicas quando não diagnosticada e tratada precocemente. O diagnóstico é essencialmente clínico, por meio de exame dermatoneurológico, incluindo o subjetivo teste manual de força muscular. Os contatos intradomiciliares de pacientes sem tratamento são as pessoas com maior risco de desenvolver a doença. O diagnóstico precoce é fundamental para a quebra da cadeia de transmissão e para prevenção de incapacidades. Nesse contexto, o uso da dinamometria fornece dados objetivos sobre a força de preensão manual, por meio de um teste clínico simples e de melhor custo-benefício, e com os testes funcionais, poderiam contribuir para uma detecção precoce de disfunções de nervos periféricos. O objetivo deste estudo é correlacionar dados de força de preensão manual e de funcionalidade com biomarcadores de infecção pelo Mycobacterium leprae entre pessoas atingidas pela hanseníase, seus contatos intradomiciliares e escolares de áreas endêmicas. O estudo foi aprovado (Parecer 5384136) e realizado em Imperatriz (MA), Marituba (PA) e São luís (MA). Os sujeitos com diagnóstico de hanseníase, seus contatos intradomiciliares e escolares <15 anos foram examinados clinicamente e tiveram amostras biológicas coletadas para detecção de anticorpos IgM-anti-PGL-I e para detecção molecular do M. leprae por meio de RT-PCR. A força foi medida através de dinamômetros manuais, enquanto utilizamos escala e testes funcionais para avaliação da funcionalidade. Foram incluídos 179 sujeitos no estudo, sendo 94 do sexo feminino (52,51%), 67 casos de hanseníase (28 casos novos e 10 casos índices), 60 contatos intradomiciliares saudáveis (36,5 ±14,69 anos) e 52 escolares saudáveis de região endêmica. Encontramos uma prevalência significativa na perda de força muscular (p=0,0003) em casos de hanseníase comparados aos indivíduos saudáveis. Os sujeitos saudáveis >15 anos do sexo masculino obtiveram valores significativamente maiores de média de força de preensão e de pinça (p<0,05) em comparação aos casos de hanseniase do sexo masculino, exceto na pinça polpa. Os casos de hanseníase> 15 anos apresentaram significativas perdas funcionais (p<0,05), avaliados pelos TFMJT e 9-PnB e um maior tempo de teste, quando comparados ao grupo saudável, principalmente as mulheres. Foi observado que os casos de hanseníase apresentaram mais limitações de atividades ao avaliados na escala SALSA (p<0,05). Os sujeitos com alteração na palpação de nervos e diminuição de sensibilidade tátil, apresentaram mais fraqueza muscular e perda funcional (p<0,05). Encontramos correlação inversamente proporcional entre os títulos de IgM anti-PGL-I e a força de preensão muscular e de pinça em maiores de 15 anos (p<0,05). Foi observado fraqueza muscular na maioria dos casos positivos para RT-PCR. Os RT-PCR positivos, 42,31% apresentaram perda funcional nos testes, apresentando significativamente um maior tempo no TFMJT (p=0,028). Os positivos para RT-PCR, apresentaram tempos significativamente maiores nos subtestes de empilhamento de blocos (p=0,046) e simulação de alimentação (p=0,025). Observamos fraqueza muscular em 28,75% e perda funcional em 33,33% de sujeitos duplo positivos para anti-PGL-I e RT-PCR. Portanto, esses dados nos mostram que pode haver um comprometimento motor e funcional nessa população mais vuneravél para o desenvolvimento da hanseníase, onde esses testes podem encontrar incapacidades, além daquelas da avaliação clínica tradicional.

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