A Valoração socioeconômica e ambiental em sistemas agroflorestais na Amazônia Oriental, Tomé-Açu, Pará, como instrumento de desenvolvimento local e sustentável

Carregando...
Imagem de Miniatura

Tipo

Data

2021-04-16

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

item.page.theme

Editora(s)

Universidade Federal do Pará

Tipo de acesso

Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilaccess-logo

Contido em

Citação

OLIVEIRA, Gilmara Maureline Teles da Silva de. A valoração socioeconômica e ambiental em sistemas agroflorestais na Amazônia Oriental, Tomé-Açu, Pará, como instrumento de desenvolvimento local e sustentável. Orientador: Antônio Cordeiro de Santana. 2021. 161 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido) - Universidade Federal do Pará, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Belém, 2021. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/13977. Acesso em:.

DOI

Na Amazônia, as atividades agrícolas na forma de monocultivos, pecuárias extensivas e exploração florestal sem manejo continuam avançando no desmatamento da floresta. O avanço dessas atividades causam a substituição dos sistemas sustentáveis do extrativismo e inviabilizam a produção em consórcio da agricultura familiar e sistemas agroflorestais, que demonstram maior inclusão social e sustentabilidade ambiental. Os sistemas agroflorestais e silvipastoris apresentam-se como um importante instrumento para o desenvolvimento local sustentável por contribuir para acumular e distribuir riquezas no território, com conservação ambiental e melhoria da qualidade de vida da população. No município de Tomé-Açu, estado do Pará, esses agroecossistemas já estão consolidados como atividade agrícola local, fruto do conhecimento acumulado de mais de 50 anos. Nesta perspectiva, a tese teve como objetivo analisar a contribuição da valoração socioeconômica e ambiental dos serviços ecossistêmicos ofertados pelos SAFs de Tomé-Açu como instrumento para o desenvolvimento local sustentável. Para isto, fez-se necessário evidenciar os valores monetários dos serviços ecossistêmicos gerados pelos SAFs, o seu potencial de conservação dos solos e sua viabilidade bioeconômica de forma a compará-lo com outras atividades agropecuárias. Os dados utilizados na valoração socioeconômica e ambiental foram obtidos por meio de entrevistas com o uso de formulários estruturados e aplicados a uma amostra representativa da população do município. Para a análise de viabilidade bioeconômica, foram realizadas visitas de campo e entrevistas direta no imóvel rural com o produtor para estruturar os orçamentos unitários e fluxos de caixa dos sistemas produtivos, incluindo os custos de oportunidade dos ativos naturais: solo, água e serviços ecossistêmicos. Nas estimativas relacionadas à conservação do solo, utilizou-se o método do custo de reposição dos nutrientes perdidos por erosão com técnicas de geoprocessamento, a partir de amostras de solo coletadas a 20 cm de profundidade nos diversos cultivos e área de floresta do imóvel. Os resultados mostraram que os serviços ecossistêmicos dos SAFs de Tomé-Açu são reconhecidos pela população e foram avaliados por meio da disposição a pagar por sua conservação e a receber pela substituição por outras alternativas, cujos valores foram, respectivamente: R$ 5.011,19.ha-1 e R$ 7.367,24.ha-1. A análise bioeconômica mostrou que os SAFs apresentaram maior retorno socioeconômico e ambiental.A conservação dos solos e a capacidade de retenção de nutrientes foi superior nos SAFs e se aproximou dos resultados encontrados nas áreas de reserva legal. Concluiu-se que, a valoração do ativo natural é um importante instrumento para inserção dos produtores rurais na política de pagamento por serviços ecossistêmicos e contribui para a capitalização desses agentes produtivos locais. Essa capitalização tende a induzir uma trajetória de desenvolvimento local sustentável, uma vez que, são geradas riquezas no território com potencial atração de investimentos em práticas agrícolas mais sustentáveis como os SAFs, que geram maior receita líquida e taxa de retorno bioeconômica, incluem as pessoas das comunidades, mantém a biodiversidade e a conservação ambiental, e melhoram a qualidade de vida da população.

Agência de Fomento

CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

browse.metadata.ispartofseries

item.page.isbn

Fonte

1 CD-ROM

item.page.dc.location.country

Citação

OLIVEIRA, Gilmara Maureline Teles da Silva de. A valoração socioeconômica e ambiental em sistemas agroflorestais na Amazônia Oriental, Tomé-Açu, Pará, como instrumento de desenvolvimento local e sustentável. Orientador: Antônio Cordeiro de Santana. 2021. 161 f. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido) - Universidade Federal do Pará, Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Belém, 2021. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br:8080/jspui/handle/2011/13977. Acesso em:.