Perspectivas outras para Belém: Análises autocríticas sobre arte educação no contexto não formal e informal

Esta dissertação apresenta reflexões sobre como os processos educativos em Artes Visuais podem ocorrer por meio de processos curatoriais, práticas educativas informais e mediações culturais digitais, sendo estas ocorridas no contexto de pandemia. Para isto, analiso três exposições ocorridas nos anos de 2019 e 2021, nas quais participei ativamente dos processos curatoriais e pude analisá-los de dentro para fora. Para tal análise, fiz uso do método de estudo de caso com viés interpretativo, tendo como procedimentos metodológicos a pesquisa bibliográfica em fontes diversas e a coleta de dados via observação participante, o que possibilitou a interpretação das experiências por meio das entrelinhas dos fatos vivenciados. Para o diálogo, compartilhei dos ensinamentos teóricos de Paulo Freire (2019), Carlos Rodrigues Brandão (2007), Timothy Ingold (2010) e Jorge Larrosa Bondía (2002), para compreender os diferentes tipos de educação e seus modos diversos de aprendizagem; Éder Chiodetto (2013), Felipe Scovino (2016), Carolina Ruoso (2019), Maria Amélia Bulhões (2014), Rosangela Britto e Marisa Morkazel (2020) foram os responsáveis por dialogarem comigo sobre processos curatoriais e sistema da arte em seu contexto nacional e local; Djamila Ribeiro (2019a, 2019b), bell hooks (2017, 2019), Homi K. Bhabha (2001), John Fletcher (2020a, 2020b) e Rafael Bqueer (2020), para discutir sobre revisões identitárias no sistema da arte brasileiro; Ana Mae Barbosa (1991), Inês Ferreira (2014), Tereza Scheiner (2003), Teixeira Coelho (2004), para analisar a mediação cultural através da própria obra de arte; Edward Taylor (1871), Franz Boas (2010), Clifford Geertz (2011, 1973), John Fletcher (2019) foram os autores que ajudaram a traçar uma breve introdução conceitual sobre Cultura; Evelyne Patlagean (2005), Gilbert Durand (2001), Michel Maffesoli (2001) e Lucia Santaella (1999) compuseram os conceitos sobre a formação do Imaginário; e, por fim, Oswaldo Francisco de Almeida Junior (2008) e Pierre Levy (1999) para vislumbrar o universo comunicacional e digital durante a pandemia 2020/2021. Compreendo esta dissertação como uma análise autocrítica de experiências profissionais que possibilitaram discutir Outras perspectivas, locais e conhecimentos para arte educação, assim desejo ter contribuído para ampliar os processos educativos em Artes Visuais e com isto ter ajudado a promover a diversificação do pensamento local sobre o papel das Artes Visuais e de sua importância como formadora de perspectivas socioculturais