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Tipo: Tese
Data do documento: 22-Fev-2025
Autor(es): LEITE, Marília Fernanda Pereira
Afiliação do(s) Autor(es): UFOPA - Universidade Federal do Oeste do Pará
Primeiro(a) Orientador(a): CRUZ, Regina Célia Fernandes
Primeiro(a) coorientador(a): CRAVO, Marilucia de Oliveira
Título: Da promoção da cartografia das línguas indígenas na universidade á construção de diretrizes para uma política linguística institucional multilíngue
Citar como: LEITE, Marília Fernanda Pereira. Da promoção da cartografia das línguas indígenas na universidade à construção de diretrizes para uma política linguística institucional multilíngue. Orientadora: Regina Célia Fernandes Cruz. Coorientadora: Marilucia de Oliveira Cravo. 2025. 216 f. Tese (Doutorado em Letras) - Instituto de Letras e Comunicação, Universidade Federal do Pará, Belém, 2025. Disponível em: https://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/17076 . Acesso em:.
Resumo: O processo histórico de construção das políticas de ingresso e permanência dos estudantes indígenas na Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) demonstra o exercício de diálogo existente entre a instituição, os estudantes indígenas e o movimento indígena da região. Em 2023 a Ufopa era a única universidade federal do Estado do Pará que não possuía uma resolução ou documento normativo de Política Linguística, o que nos levou a delinear como objeto de estudo as Políticas Linguísticas Institucionais na perspectiva das línguas indígenas. Nosso objetivo foi contribuir com a redução de pesquisas e dados institucionais quanto à realidade linguística dos estudantes indígenas da instituição. Por essa razão, a presente pesquisa inserese em uma área emergente das Políticas Linguísticas (Calvet, 2007) denominada Política e Planejamento Linguístico para a Ciência e a Educação Superior - PPLICES (Oliveira et al., 2017; Jesus, 2020). Realiza-se aqui um estudo de caso com abordagem etnográfica (Larchert, 2017; André, 2013; Mattos, 2011), a base teórica envolve, principalmente, os estudos sobre Políticas linguísticas educacionais (Maher, 2010; Guimarães, 2020); Direitos linguísticos (Abreu, 2020; Oliveira, 2003; Morello, 2012); Ensino superior indígena (Baniwa, 2019; Vaz Filho, 2010); Interculturalidade (Ponso, 2018; Walsh, 2009; Candau, 2009) e Línguas indígenas brasileiras (D’Angelis, 2012; Meirelles, 2020; Rodrigues, 1994; Rubim, 2016). Os procedimentos metodológicos se deram em quatro etapas: 1ª etapa) mapeamento dos povos e línguas indígenas presentes na Ufopa; 2ª etapa) elaboração do material educativo do curso “A cartografia das línguas indígenas da Ufopa” e dos questionários voltados para a comunidade acadêmica não indígena; 3º etapa) realização do curso e análise dos questionários quanto aos significados atribuídos às línguas e povos indígenas da instituição; 4ª etapa) elaboração de diretrizes quanto às línguas indígenas na política linguística institucional. Na primeira etapa mapearam-se 21 (vinte e um) povos indígenas e 11 (onze) línguas indígenas no corpo discente da instituição. No total, 182 participantes não indígenas responderam os questionários: 158 estudantes (87%), 18 professores (10%) e 6 técnicas (3%). Os resultados do tratamento estatístico apontaram que a comunidade acadêmica desconhece a diversidade étnica e linguística da instituição. Dos estudantes que participaram do estudo: 32% afirmaram não fazer atividades acadêmicas com indígenas e 51% apontaram a necessidade de atividades de acolhimento para melhorar a interação entre indígenas e não indígenas. Dos professores participantes: 78% apontaram que estavam atendendo indígenas com dificuldade em língua portuguesa no semestre e 67% avaliaram como regular a capacidade de apresentação em trabalhos expositivos. Das servidoras técnicas participantes: 50% afirmaram enfrentar dificuldades em se comunicar com estudantes indígenas; todas foram categóricas ao apontar não terem tido treinamento para atender o público indígena e ser a língua o maior desafio da interação com os estudantes indígenas. Nossas análises apontaram que o planejamento do processo de internacionalização da Ufopa, bem como o planejamento linguístico institucional, se promoverem as línguas locais no ambiente acadêmico poderão impactar positivamente no percurso acadêmico dos estudantes indígenas. Para a execução da presente proposta de tese, obtivemos apoio financeiro do Comitê Gestor de Programas Institucionais da Ufopa via Edital Nº 001/2023 do Programa Integrado de Pesquisa, Ensino e Extensão (PEEx/Ufopa).
Resumen: El proceso histórico de construcción de las políticas de ingreso y permanencia de los estudiantes indígenas en la Universidad Federal del Oeste de Pará (Ufopa) demuestra el ejercicio del diálogo entre la institución, los estudiantes indígenas y el movimiento indígena de la región. En 2023, la Ufopa era la única universidad federal del Estado de Pará que no contaba con una resolución o documento normativo sobre Política Lingüística, lo que nos llevó a delinear como objecto del estudio las Políticas Lingüísticas Institucionales desde la perspectiva de las lenguas indígenas. Nuestro objetivo fue contribuir con la reducción de investigaciones y datos institucionales sobre la realidad lingüística de los estudiantes indígenas de la institución. Por esa razón, la presente investigación se enmarca en un área emergente de las Políticas Lingüísticas (Calvet, 2007) denominada Política y Planificación Lingüística para la Ciencia y la Educación Superior - PPLICES (Oliveira et al., 2017; Jesús, 2020). Se realiza aquí un estudio de caso con abordaje etnográfico (Larchert, 2017; André, 2013; Mattos, 2011), la base teórica involucra, principalmente, los estudios sobre Políticas lingüísticas educacionales (Maher, 2010; Guimarães, 2020); Derechos lingüísticos (Abreu, 2020; Oliveira, 2003; Morello, 2012); Enseñanza superior indígena (Baniwa, 2019; Vaz Filho, 2010); Interculturalidad (Ponso, 2018; Walsh, 2009; Candau, 2009) y Lenguas indígenas brasileñas (D’Angelis, 2012; Meirelles, 2020; Rodrigues, 1994; Rubim, 2016). Los procedimientos metodológicos se desarrollaron en cuatro etapas: 1ª etapa) mapeo de los pueblos y lenguas indígenas presentes en la Ufopa; 2ª etapa) elaboración del material educativo para el curso “La cartografía de las lenguas indígenas de la Ufopa” y de los cuestionarios dirigidos a la comunidad académica no indígena; 3ª etapa) realización del curso y análisis de los cuestionarios que hablaban a respecto de los significados atribuidos a las lenguas y pueblos indígenas de la institución; 4ª etapa) elaboración de lineamientos en materia de lenguas indígenas en la política lingüística institucional. En la primera etapa se mapearon 21 (veintiún) pueblos indígenas y 11 (once) lenguas indígenas en el estudiantado de la institución. En total, 182 participantes no indígenas respondieron los cuestionarios: 158 estudiantes (87%), 18 profesores (10%) y 6 técnicas (3%). Los resultados del tratamiento estadístico mostraron que la comunidad académica desconoce la diversidad étnica y lingüística de la institución. De los estudiantes que participaron en el estudio: el 32% dijo no realizar actividades académicas con indígenas y el 51% señaló la necesidad de realizar actividades de acogida para mejorar la interacción entre indígenas y no indígenas. De los profesores participantes: el 78% indicó que estaban asistiendo a indígenas que tenían dificultades para hablar la lengua portuguesa durante el semestre y el 67% evaluaron como regular sus habilidades de presentación en los trabajos expositivos. De las servidoras técnicas participantes: el 50% dijeron tener dificultades para comunicarse con los estudiantes indígenas; todas fueron categóricas al señalar que no habían tenido capacitación para atender al público indígena y que la lengua era el mayor desafío al interactuar con los estudiantes indígenas. Nuestros análisis mostraron que la planificación del proceso de internacionalización de la Ufopa, así como la planificación lingüística institucional, si promueven las lenguas locales en el ámbito académico, podrían tener un impacto positivo en la trayectoria académica de los estudiantes indígenas. Para la realización de esta propuesta de tesis, obtuvimos el apoyo financiero del Comité de Gestión de Programas Institucionales de la Ufopa mediante Circular N° 001/2023 del Programa Integrado de Investigación, Enseñanza y Extensión (PEEx/Ufopa).
Palavras-chave: Política linguística institucional
Línguas indígenas brasileiras
Internacionalização do ensino superior
Multilinguismo
Educação Superior Indígena
Política lingüística institucional
Lenguas indígenas brasileñas
Internacionalización de la enseñanza superior
Multilingüismo
Educación superior Indígena
Área de Concentração: ESTUDOS LINGUÍSTICOS
Linha de Pesquisa: ANÁLISE, DESCRIÇÃO E DOCUMENTAÇÃO DAS LÍNGUAS NATURAIS
CNPq: CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LINGUISTICA::LINGUISTICA APLICADA
País: Brasil
Instituição: Universidade Federal do Pará
Sigla da Instituição: UFPA
Instituto: Instituto de Letras e Comunicação
Programa: Programa de Pós-Graduação em Letras
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
Fonte URI: Disponível na internet via correio eletrônico: bibltras@ufpa.br
Aparece nas coleções:Teses em Letras (Doutorado) - PPGL/ILC

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