Teses em Sociologia e Antropologia (Doutorado) - PPGSA/IFCH
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/8829
O Doutorado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) é vinculado ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Teses em Sociologia e Antropologia (Doutorado) - PPGSA/IFCH por Orientadores "CARDOSO, Denise Machado"
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Tese Acesso aberto (Open Access) Construção naval artesanal e a metamorfose do trabalho, capital na Amazônia: um estudo sobre construtores de embarcações de madeira em Igarapé-Miri (PA)(Universidade Federal do Pará, 2016-02-03) CORRÊA, Edson de Jesus Antunes; FURTADO, Lourdes de Fátima Gonçalves; http://lattes.cnpq.br/1828475659148260; CARDOSO, Denise Machado; http://lattes.cnpq.br/2685857306168366Estudo de caso sobre a atividade tradicional da Construção Naval Artesanal dos “construtores de embarcações de madeira” do Município de Igarapé-Miri, estado do Pará e a Metamorfose do Trabalho, Capital na Amazônia. Tem como objetivo investigar as transformações no modo de viver e reprodução social desses trabalhadores no contexto da sociedade envolvente, frente à incorporação progressiva de emergentes tecnologias na produção de embarcações de múltiplos usos no mercado global, identificando as formas de manutenção e reprodução social desta forma de saber tradicional, que, desde sua origem até hoje, mantém centenas de pessoas ocupadas com esta atividade econômica, social e cultural no Pará. Esta atividade apresenta em sua estrutura funcional três segmentos: o carpinteiro naval, o calafate e o pintor naval, sendo a estrutura hierárquica do ofício composta pelo mestre artesão, o artesão profissional e o aprendiz. Os mestres artesãos são o centro do ofício, são os coordenadores e proprietários de estaleiros navais artesanais, detentores de um acervo intelectual tácito passado de geração em geração conseguem manter seus familiares em situações mais adversas devido à remuneração da atividade pertencer à família, e estes têm o compromisso social de mantê-los. Neste aspecto, observa-se nos últimos anos a crescente concentração da produção de embarcações para fabricação dos tipos rabetas e rabetões bem como a inserção da comercialização e produção de rabetas e embarcações de alumínio soldado deste mesmo modelo na cidade de Igarapé-Miri. Isso gerou mudanças que afetam diretamente as relações de produção, renda e oferta de trabalho nos estaleiros navais artesanais, modificando-se e adaptando-se progressivamente o modo de viver e reprodução social dos construtores do ofício. A pesquisa adotou o padrão metodológico das experiências de estudos de caso, utilizando procedimentos metodológicos de diferentes gêneros numa estratégia de pesquisa quantitativa e qualitativa em que o método etnográfico permeia toda a análise.Tese Acesso aberto (Open Access) Mulheres Tembé-Tenetehara: entre saias, memórias, subjetividades e fotografias(Universidade Federal do Pará, 2023-04-27) CARDOSO, Ana Shirley Penaforte; CARDOSO, Denise Machado; http://lattes.cnpq.br/2685857306168366Esta tese é resultado de uma pesquisa etnográfica com Indígenas mulheres do povo Tembé Tenetehara, que vive na Terra Indígena Alto Rio Guamá, TIARG, localizada no estado do Pará. O estudo parte de vivências e da observação em campo com a liderança cultural Kuzà’í, a pajé Francisca e com informações sobre a trajetória da capitoa Verônica Tembé, falecida em dezembro de 2013. A pesquisa utilizou a fotografia como um elemento de interação e análise, com a qual elaborou uma etnografia à luz da antropologia visual. O objetivo desta articulação teórico-metodológica foi observar as convergências entre os enunciados verbais e visuais, que possibilitem compreender a produção historicamente construída sobre povos indígenas forjando uma identidade, a partir da ótica de colonialidade, conceito que se distancia do modo como os próprios indígenas observam seu cotidiano. Buscou-se assim refletir sobre uma imagem simbólica construída historicamente do que seria uma mulher indígena e analisar aspectos dessa produção imagética que se conflita com o olhar dos indígenas, cuja apreensão se distancia bastante da versão que os próprios indígenas têm sobre si mesmos. Busquei analisar as subjetividades entre as mulheres Tenetehara em meio às práticas culturais e às movências históricas do seu Povo, que os singulariza, diante das 305, Povos Indígenas que vivem atualmente no Brasil, das quais possuem 275 línguas ‘locais’ (IBGE, 2010), estas informações e as observações do campo possibilitam notar a generalização imposta historicamente a Povos Indígenas no país, prevalecendo, uma ideia da “índia” e do “índio”, em uma espécie de matriz eurocêntrica, marcada pelo exotismo, que desconsidera as particularidades destes povos, horizontalizados em uma perspectiva de colonialidade do poder, de dispositivo colonial que atravessa a história e encontra eco na contemporaneidade. Evidencio o protagonismo das indígenas mulheres, a partir do conceito de corpo-território (CELENTANI, 2014; XAKRIABÁ, 2018; KARIPUNA, 2021), que atravessa seus modos de vida. A imagem aqui é concebida como um instrumento de conhecimento, de memória, de percepção do corpo destas mulheres em meio a seus espaços de lutas, de direitos e de conquistas que é o Território, nos distanciando da matriz imposta e marcada pela colonialidade do olhar.Tese Acesso aberto (Open Access) O outro como um eu na educação escolar: uma crítica à racionalidade desumana aplicada à avaliação escolar(Universidade Federal do Pará, 2023-04-12) SODRÉ, Marcelo Santos; CARDOSO, Denise Machado; http://lattes.cnpq.br/2685857306168366Como Problema central de pesquisa, esta Tese de Doutorado objetivou investigar do ponto de vista do Personalismo em Mounier e em Buber se a escola pública poderia ser concebida historicamente como um "eu-isso buberiano" e quais os efeitos ontológicos deste fenômeno na formação dos(as) estudantes. Soma-se a estes, o objetivo de pensar numa concepção de educação escolar que poderia romper com o caráter instrumental que permeia o ensino formal ao ponto de efetivamente conceber o outro como um eu na educação escolar. Assim, para se chegar aos resultados, propus pelo caminho analítico linear uma determinada história da educação escolar brasileira, considerando, por um lado, o período que se estende do século XVI a contemporaneidade, e, por outro, os referenciais teóricos centrais da pesquisa e uma literatura especializada no tema da historicidade proposta. Logo, foi possível apresentar criticamente as características da racionalidade instrumental que cerca o fenômeno educacional, classificado por esta pesquisa como desumanizadora. Em seguida, num estudo mais específico da educação escolar paraense, focada nas duas primeiras décadas dos anos 2000, identifiquei que o modelo (a concepção) educacional que estava preponderando diante de outras possíveis nas escolas públicas investigadas é a propedêutica. Tal diagnóstico me possibilitou constatar que este modelo de ensino transformou o Ensino Médio em uma espécie de ―cursinho preparatório‖ para as provas do ENEM e/ou para outros processos seletivos de entrada para o curso superior, gerando, como efeito ontológico, a desumanização dos(as) estudantes. È neste contexto que encerro a Tese propondo uma aresta pedagógica para romper com o modelo propedêutico: a ―aula como encontro‖. Portanto, os locais de investigações foram escolas públicas selecionadas entre os anos de 2016 e 2020, e a Metodologia desenvolvida seguiu as matrizes explicativa e compreensiva, com abordagem dedutiva a partir de pesquisas teóricas e de campo. Como resultado, confirmou-se a tese investigada.
