Dissertações em Estudos Antrópicos na Amazônia (Mestrado) - PPGEAA/Castanhal
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Navegando Dissertações em Estudos Antrópicos na Amazônia (Mestrado) - PPGEAA/Castanhal por Orientadores "CAVALCANTE, Gustavo Góes"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização do perfil epidemiológico da doença de Chagas aguda no estado do Pará(Universidade Federal do Pará, 2021-12-20) RAMOS, Eduardo Rabelo; CAVALCANTE, Gustavo Góes; http://lattes.cnpq.br/4614184899519791; https://orcid.org/0000-0003-0548-4801A doença de chagas foi descoberta em 1909, por Carlos Chagas ao observar amostras de sangue de uma criança sintomática, que havia entrado em contato com o vetor “barbeiro”, sendo que nessas amostras havia a presença do protozoário Trypanossoma cruzi. Essa enfermidade pode ser transmitida de diversas formas, no entanto as mais comuns são a vetorial e por via oral. Nesse cenário foi notificado na América Latina que aproximadamente 6 milhões de pessoas contraíram a doença, onde 14 mil pessoas morrem por ano acometidos de pela doença de Chagas; o estado do Pará tem um papel central nesse quantitativo de casos, pois entre os anos de 2010 e 2018 76,8% dos casos notificados no Brasil ocorreram nessa região. Este trabalho é de cunho quanti-qualitativo, apresentando os dados relacionados a doença de Chagas aguda (DCA) no estado do Pará entre os anos de 2008 à 2018. Utilizou-se os dados referente a ocorrência de DCA da plataforma do SINAN e o tratamento desses dados foi realizado pelo software Excel 2019 e Q-Gis v.3.16.6, para a elaboração de uma série histórica-temporal e um mapa de calor visando apresentar a situação do estado do Pará, além de verificar a relação da enfermidade com a variável Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Ao analisar-se os resultados foi perceptível que a ocorrência dessa enfermidade no estado é diferente da média nacional (2048 casos notificados), pois o número de casos no Pará foi cem vezes maior que no restante do Brasil, com uma tendência crescente, e se dá principalmente pela via de transmissão oral (77,69% dos casos), podendo ser explicada pelo cultural consumo da polpa de açaí in natura. Outro resultado importante foi a relação inversamente proporcional entre a incidência da DCA e o IDH dos munícipios.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Conhecimento etnobotânico de moradores da comunidade quilombola Itaboca, município de Inhangapi, estado do Pará(Universidade Federal do Pará, 2019-07-03) SILVA, Sueli de Castro; CAVALCANTE, Gustavo Góes; http://lattes.cnpq.br/4614184899519791O conhecimento tradicional a respeito do uso de plantas medicinais em uma comunidade quilombola é o tema desta pesquisa, cujo objetivo principal é descrever o conhecimento etnobotânico de moradores da comunidade quilombola Itaboca, município de Inhangapi, região nordeste do estado do Pará, no contexto das relações socioculturais. O estudo foi desenvolvido a partir das abordagens metodológica qualitativa descritiva e quantitativa, com aplicação de questionários semiestruturados, entrevistas abertas e observação direta. Foram entrevistados 24 praticantes da medicina popular os quais foram selecionados por amostragem não aleatória, utilizando o método da bola de neve, indicadas por três pessoas da comunidade chamadas de sementes A, B e C. Foram entrevistados também, quatro representantes da comunidade por meio de entrevistas abertas. Os resultados revelam um conjunto de saberes e práticas com uso de plantas medicinais cultivadas pelas famílias. Contudo, em função da relação de parentesco, são as matriarcas e anciães da comunidade que concentram maior credibilidade para exercício da medicina popular, por apresentarem maiores conhecimentos e experiência empírica com plantas medicinais. Esses saberes interferem na organização social da comunidade, atravessando práticas de cura e modificando a paisagem do ambiente comunitário por meio de processos antrópicos de substituição da floral por espécies medicinais cultivadas nos quintais. No âmbito do conhecimento etnobotânico dos moradores de Itaboca, foram registradas 83 espécies, das quais 41 foram identificadas. As plantas mais citadas foram boldo (Plectranthus ornatus), hortelãzinho (Menta pulegium L.), erva-cidreira (Lippia alba (Mill).N.E.Br). O chá é a forma mais comum de preparação. O tratamento de complicações do aparelho digestivo é o mais indicado. Neste estudo, observou-se um sincretismo religioso de caráter curativo. A finalização do trabalho aponta para o risco de perdas culturais etnobotânicas decorrentes do pouco interesse das gerações mais jovens pela manutenção deste saber, o que requer políticas de incentivo a preservação de saberes culturais de populações tradicionais e leis efetivas que garantam reconhecimento e valorização do patrimônio cultural destas comunidades. Considera-se que os conhecimentos advindos desse universo, podem fornecer relevantes contribuições para a conservação das tradições culturais e biológicas de comunidade tradicionais, como também, prover subsídios teóricos/práticos aos debates culturais e pesquisas científicas laboratoriais na esfera acadêmica.
