Dissertações em Estudos Antrópicos na Amazônia (Mestrado) - PPGEAA/Castanhal
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Navegando Dissertações em Estudos Antrópicos na Amazônia (Mestrado) - PPGEAA/Castanhal por Orientadores "OLIVEIRA, Euzébio de"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Anemia ferropriva e o hábito alimentar das crianças ribeirinhas nas comunidades da Ilha do Combu, Pará(Universidade Federal do Pará, 2019-05-14) FREITAS, Rosilene Ilma Ribeiro de; OLIVEIRA, Euzébio de; http://lattes.cnpq.br/1807260041420782; https://orcid.org/0000-0001-8059-5902O presente estudo almejou caracterizar a população infantil ribeirinha da Ilha do Combu, de Zero (0) a 12 anos de idade, quanto à ocorrência de anemia ferropriva, identificando a prevalência e a possível interferência dos hábitos alimentares das crianças nesta condição clínica. O estudo se desenvolveu em três etapas e foi caracterizado como qualitativo e quantitativo de natureza descritiva epidemiológica, realizado na Estratégia de Saúde da Familia (ESF) na Ilha do Combu com as comunidades igarapé Combu e igarapé Piriquitaquara no período de outubro de 2018 a fevereiro de 2019 e incluiu 153 crianças. Os critérios investigativos foram avaliados por três medidas antropométricas: peso, idade e estatura, utilizando-se a referência antropométrica do WHO/MS e diagnóstico da anemia que foi realizado em duas etapas: 1) coleta de hemoglobina de polpa digital, 2) por meio da determinação da concentração de hemoglobina e da concentração de ferro sérico e ferritina sérica. Foram consideradas crianças anêmicas aquelas que apresentaram concentração de hemoglobina conforme o consenso da Sociedade Brasileira de Pediatria e Ministério da Saúde, RN*até 15dias (17.0 μg/L), 16 dias a 11 meses (9,5. a 14.1 μg/L); 1 a 2 anos (8.9 a 13.5μg/L); 3 a 9 anos (10 a 14.8μg/L); 10 a 12 anos (11.1 a 15.7 μg/L). Informações sobre anemia na gravidez da mãe, suplementação de ferro oral, uso de remédio caseiro para anemia, uso de medicamentos contendo ferro e práticas alimentares, também foram estudadas. A amostra abrangeu a faixa etária de 19 dias a 12 anos de idade, sendo que 4% dos lactentes tinham menos de 12 meses. A prevalência de anemia ferropriva encontrada neste estudo foi de 10%, sendo que a classificação da gravidade dos anêmicos ficou entre leve (Hb=9,5g/dl) e moderada (Hb=7,2g/dl), e nenhum caso de anemia grave (Hb < 7g/dl) nem muito grave (Hb <4g/dl). Ressalta-se que 44% das crianças avaliadas recebiam suplementação com sais de ferro no momento da pesquisa. Referente aos alimentos consumidos no café da manhã constatou-se que todos os grupos etários, com a predominância do grupo de 5 a 6 anos, consomem café/pão/leite, ou seja, com baixa biodisponibilidade em ferro, quanto ao almoço e jantar, constatou-se que o alimento mais consumido por 98% das crianças, é a bebida açaí, como alimento principal no almoço e jantar e também por algumas crianças em forma de mingau no café da manhã e no jantar. Há grande controvérsia na literatura quanto à biodisponibilidade de ferro havendo diferença de 8,1 mg/100g. Por fim, as crianças consomem ferro animal (ferro heme) no almoço (93%) e no jantar (74%), acompanhados de ferro vegetal (ferro não heme), no almoço (95%) e jantar (92%) ambos fundamentais para a formação do indivíduo, pois o ferro faz parte do transporte de oxigênio, produção de energia, metabolismo de substâncias externas, síntese imune, formação do sangue. O ferro vegetal necessita de acompanhamento de vitamina C (ácido ascórbico) para ser transportado para dentro da célula, porém, ambos são fundamentais para o equilíbrio orgânico. Conclui-se então, que a prevalência de anemia ferropriva nas crianças ribeirinhas do estudo, foi relativamente menor a perspectiva da pesquisa, provavelmente pelo fato das crianças terem acesso ao protocolo do Ministério da saúde com suplementação de ferro e adaptação orgânica ao hábito alimentar.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Caracterização socioepidemiológica em comunidades quilombolas do nordeste do Pará-Amazônia, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2019-12-19) RAMOS, Noêmia Maria José Maia; NASSAR, Sérgio Eduardo; http://lattes.cnpq.br/3066738195459439; OLIVEIRA, Euzébio de; http://lattes.cnpq.br/1807260041420782; https://orcid.org/0000-0001-8059-5902A trajetória da população negra no contexto histórico brasileiro deu origem as Comunidades quilombolas, as quais se consolidaram em espaços de resistência contra à escravidão a partir de suas relações sociais, econômicas e culturais. Este contexto gerou significativas consequências para os negros, como as grandes desigualdades socioeconômicas e ambientais, os quais contribuem com o processo de mortalidade para as doenças ligadas as precárias condições de vida na qual estão submetidas essas populações. O objetivo desta pesquisa foi caracterizar os principais problemas socioambientais e epidemiológicos de origem antrópica existentes nas comunidades quilombolas de Taperinha e Sauá-Mirim, no Município de São Domingos do Capim – PA, que contribuem para o processo de adoecimento. A pesquisa foi realizada apartis de um estudo quantitativo e descritivo, através de levantamentos bibliográficos, pesquisa de campo, com a utilização de um questionário aplicado às comunidades em estudo, com perguntas fechadas e abertas, (relacionadas com questões socioeconômicas, epidemiológicas, ambientais, etc.) e Chek-list. Após a coleta, os dados foram armazenados e tabulados para a elaboração de figuras e gráficos que serviram como meio de melhor visualização, apresentação e discussão dos resultados. Estes, mostraram que estas Comunidades apresentam um alto índice de pobreza, relacionado as questões socioeconômicas, culturais e ambientais, os quais são responsáveis pelas condições de desigualdades sociais. Bem como pela interferência no modo de vida dos quilombolas, reincidência de doenças infecciosas e incidências de doenças crônicas degenerativas, as quais tem se mostrado com importantes repercussões epidemiológicas quando refere- se ás Comunidades quilombolas. Por fim, cabe destacar que estes resultados serão disponibilizados para futuras publicações acadêmicas, afim de servirem como subsídios de novas pesquisas equiparadas com o Estudo em questão, assim como outros temas foco referente aos quilombolas, afim de que os resultados encontrados possam contribuir para o desenvolvimento de projetos e uma maior atenção do poder público em relação às Comunidades quilombolas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Desastre socioambiental em Barcarena: a percepção dos moradores de Vila do Conde sobre o naufrágio Haidar(Universidade Federal do Pará, 2019-05-14) MACÊDO, Jucimeire Rocha; CUNHA, Janice Muriel Fernandes Lima da; http://lattes.cnpq.br/4027012189701116; OLIVEIRA, Euzébio de; http://lattes.cnpq.br/1807260041420782; https://orcid.org/0000-0001-8059-5902Esta pesquisa possui como delimitação temática o estudo acerca dos desastres socioambientais na região da Amazônia, e traz como proposta central de investigação compreender os efeitos socioambientais gerados pelo naufrágio da embarcação Haidar aos moradores de Vila do Conde – comunidade costeira da Amazônia brasileira. O desastre socioambiental ocorreu no dia 06 de outubro de 2015, no qual um navio cargueiro de bandeira libanesa carregado com, aproximadamente, 5 mil bois vivos afundou no Porto de Vila do Conde, ocasionando a morte dos animais mediante intenso sofrimento, o derramamento de 700 toneladas de óleo combustível no Rio Pará, 90 toneladas de fardo de feno e 50 toneladas de fardos de arroz destinados à alimentação dos animais durante a viagem. O objetivo geral que norteou o estudo buscou compreender os efeitos socioambientais e na saúde dos moradores de Vila do Conde, gerados pelo naufrágio Haidar. Os objetivos específicos foram pautados em: 1) Caracterizar como se constituía o modo de vida dos moradores de Vila do Conde, em um breve recorte histórico; 2) Analisar os efeitos socioambientais decorrentes do desastre; 3) Investigar os efeitos na saúde dos moradores, a partir do naufrágio Haidar. O caminho trilhado para compreender o fenômeno possui referências teóricas embasadas em autores como: Artaxo (2014), sobre as transformações planetárias; Victor Marchezini (2018), atuante no tema sobre desastres socioambientais, que evocam reflexões a respeito da legitimidade para as questões ambientais e desigualdade social; Rita Barata (2009) e Ribeiro (2004), que exemplificam a compreensão sobre a saúde ambiental e também sobre o resultado das desigualdades sociais e ambientais no âmbito da saúde humana e Nascimento (2010), que elucida os desastres socioambientais ocorrentes e recorrentes no município de Barcarena. Compreendendo a complexidade do objeto de estudo, a abordagem utilizada foi a Pesquisa quanti-qualitativa. Quanto aos procedimentos optou-se pela pesquisa de campo. As técnicas aplicadas para a coleta de dados foram entrevistas semiestruturadas, aplicação de questionários elaborados com questões abertas e fechadas e registros no diário de campo. Os dados recolhidos foram organizados, categorizados e analisados por meio da análise de conteúdo, em um recorte temporal, antes e após o desastre. As considerações finais demostraram que o desastre socioambiental acarretou uma série de desequilíbrios no tocante à saúde, ao lazer, a economia e a reorganização sociocultural. Em relação à saúde foi quantificado 603 atendimentos médicos, sendo que os sintomas mais recorrentes foram: enjoo, dor de cabeça, mal-estar e vômito. As práticas de lazer foram comprometidas, já que a praia foi interditada. As atividades econômicas concentradas no lazer, turismo e pesca foram gravemente prejudicadas com a interdição da praia. A saída dos moradores de suas residências, localizadas na praia de Vila do Conde, marca assim, a reorganização social após o desastre.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Fitoterapia tradicional por meio do uso da planta “insulina” (Cissus Verticillata), no tratamento do diabetes mellitus, em uma comunidade costeira do nordeste do Pará (Amazônia, Brasil)(Universidade Federal do Pará, 2020-07-30) MORAES, Jones Souza; SILVA, Iracely Rodrigues da; http://lattes.cnpq.br/5393264898435715; OLIVEIRA, Euzébio de; http://lattes.cnpq.br/1807260041420782; https://orcid.org/0000-0001-8059-5902A Bacia do Rio Caeté, localizada no Norte do Brasil, pertencente à região da Amazônia Brasileira, Nordeste do Estado do Pará, apresenta um grande número de espécies vegetais com variadas propriedades medicinais, muito utilizadas pelos moradores das populações tradicionais da região, em destaque neste caso, para as populações tradicionais ribeirinhos/costeiros que ali vivem. Apesar disso, muitas destas plantas ainda não foram identificadas ou tiveram registrados os seus usos medicinais de formas tradicionais. O presente trabalho objetivou analisar os usos terapêuticos/medicinais da etnoespécie da planta Cissus verticillata, conhecida popularmente como “Insulina”, no tratamento do Diabetes Mellitus, na Comunidade ribeirinha/costeira de Ponta de Urumajó NE do Pará. A pesquisa possui abordagem metodológica qualitativa, realizada por meio da pesquisa de campo, utilizando-se como instrumentos de coleta de dados, a aplicação de free listing, entrevistas com informantes-chaves, aplicação de formulários, coleta de amostras vegetais, observação, gravação de áudio/vídeo e fotografias. Resultados apontam que a comunidade da Ponta do Urumajó demonstra grande arcabouço de saberes sobre plantas medicinais, utilizando-as das mais diversas formas, além é claro, de conhecer, com muita propriedade, as práticas empregadas para o uso das plantas medicinais, que são utilizadas para o cuidado em saúde, que neste caso é a Cissus verticillata, que é utilizada para o tratamento do Diabetes Mellitus. A comunidade tem empregado o uso da “Insulina” amplamente, desconhecendo, porém, se esta planta apresenta algum efeito tóxico e ou perigo de reações adversas. Nesse intuito, a conclusão deste trabalho tende a contribuir com o reconhecimento e valorização dos saberes e práticas locais de populações tradicionais ribeirinhos/costeiros da Amazônia brasileira, em relação ao uso de plantas medicinais, bem como buscou uma maior integração entre os conhecimentos científicos e os tradicionais para a consolidação de práticas de conservação da espécie, tais como o seu uso medicinal de forma segura, dando qualidade de vida aos pacientes diabéticos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Situação de vulnerabilidade socioeconômica e ambiental como fator de incidência das doenças tropicais negligenciadas no município de São Domingos do Capim-PA(Universidade Federal do Pará, 2023-12-08) SILVA, Leidiane Araújo; OLIVEIRA, Euzébio de; http://lattes.cnpq.br/1807260041420782; https://orcid.org/0000-0001-8059-5902No Pará, novos casos agudos de Doenças Tropicais Negligenciadas (DTN’s) vêm sendo notificados de forma crescente, razão pela qual os serviços de vigilância epidemiológica estão cada vez mais em alerta. Dessa forma, o objetivo desse estudo é analisar a incidência das DTN’s no município de São Domingos do Capim – Pará, com destaque para a Doença de Chagas (DC), a Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) e Leishmaniose Visceral (LV). Trata-se de um estudo do tipo documental, descritivo e exploratório a partir da coleta de dados epidemiológicos de leishmaniose tegumentar e visceral e Doença de Chagas obtidos no banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), oriundos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) entre o período de 2015 a 2022. Quanto aos casos de Leishmaniose, foram notificados 23.763 casos de LTA no estado do Pará e 2.727 casos de LV. O perfil epidemiológico dos casos de LTA foi predominante em indivíduos do sexo masculino (n= 12; 75%), com faixa etária de 35 a 49 anos, com ensino fundamental incompleto, raça parda e em produtores agrícolas polivalente. Na LV, o perfil foi predominantemente no sexo masculino, faixa etária < 10 anos, nível de escolaridade sem informação, raça parda e que tem os estudos como ocupação. Foi evidenciado maior número de casos de DC em 2017, tanto no estado do Pará, quanto no município de São Domingos do Capim. A soma total dos casos referiu as comunidades Sagrada Família e Rua Marcílio Dias como maiores responsáveis pelas notificações de DC no município estudado. Além disso, foi observado maior predisposição dos casos no sexo masculino, faixa etária de 20 a 34 anos, raça parda e estudantes. Quanto à análise espacial, observou-se uma distribuição heterogênea, com maior concentração de casos, principalmente, ao centro-norte do município. Dessa forma, a elevada ocorrência de doenças negligenciadas em regiões de alta vulnerabilidade socioambiental reforça a importância de investimentos públicos para a realização de projetos viáveis e eficazes que ofereçam serviços constantes de saneamento básico, água potável e educação em saúde para esta população.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O uso da planta “pata–de–vaca” (Bauhinia Forficata) no tratamento do diabetes mellitus: um estudo na feira do Ver–o–Peso em Belém–Pará, Amazônia, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2021-12-14) SILVA, Bruna Leticia Rosário da; SILVA, Iracely Rodrigues da; http://lattes.cnpq.br/5393264898435715; OLIVEIRA, Euzébio de; http://lattes.cnpq.br/1807260041420782; https://orcid.org/0000-0001-8059-5902A feira do Ver–o–Peso, localizada em Belém do Pará, é considerada a maior feira livre da América Latina. Nela encontra–se à venda um grande número de espécies vegetais com variadas propriedades medicinais, sendo utilizadas pelos moradores da cidade de Belém e região metropolitana para o tratamento de inúmeras doenças. Apesar disso, muitas plantas ainda não tiveram identificados/registrados ou patenteados cientificamente pela indústria farmacêutica os seus variados usos e propriedades medicinais, que vem sendo usados, muitas vezes a séculos, por meio dos conhecimentos e formas tradicionais. Este trabalho objetiva caracterizar as formas dos usos terapêuticos/medicinais da espécie da planta conhecida como “pata–de–vaca” (Bauhinia Forficata), no tratamento do Diabetes Mellitus, na região urbana da cidade de Belém do Pará, verificando ainda, quais são os princípios ativos desta espécie vegetal que influenciam na sua eficácia para o tratamento desta doença. A pesquisa possui abordagem metodológica qualitativa, realizada por meio da pesquisa de campo, utilizando–se como instrumentos de coleta de dados, a aplicação de free listing, entrevistas com informantes chaves, aplicação de formulários/questionários, observação direta, gravação de áudio dos entrevistados e registros fotográficos da planta estudada. Os resultados desta pesquisa apontam que a região urbana da cidade de Belém do Pará possui grande arcabouço de saberes tradicionais sobre plantas medicinais e conhecem com muita propriedade as práticas empregadas para o uso das plantas medicinais que são utilizadas para o cuidado em saúde. Com isso, a conclusão deste trabalho que neste caso o foco da pesquisa foi a Bauhinia Forficata, mostrou que esta planta apresenta grande comercialização e relevada eficácia quando utilizada para o tratamento do Diabetes Mellitus. Os achados contribuíram ainda com o reconhecimento e valorização dos saberes e práticas locais sobre a “pata–de–vaca” (Bauhinia Forficata) que estão presentes na região urbana, e estão sendo aplicados/utilizados para o tratamento e consequente promoção da qualidade de vida dos pacientes diabéticos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) O uso de plantas medicinais no tratamento de leshimaniose tegumentar no município de São Domingos do Capim, Pará(Universidade Federal do Pará, 2024-03-28) LEAL, Helen Betânia Lobato; OLIVEIRA, Euzébio de; http://lattes.cnpq.br/1807260041420782; https://orcid.org/0000-0001-8059-5902Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) referem-se a um grupo de doenças que afetam principalmente áreas de extrema pobreza. Muitas vezes essas não recebem a devida atenção e investimento em pesquisa, prevenção e tratamento. A região Norte do Brasil é responsável pelo maior número de casos notificados, em especial o município de São Domingos do Capim/PA. O que motivou a necessidade de compreender quais os meios terapêuticos naturais usados no tratamento das DTNs, em especial a Leishmaniose Tegumentar (LT) neste município. Este estudo teve como objetivo avaliar o número de casos positivos da doença em estudo, durante os últimos 5 anos no município, bem como, identificar o uso de plantas medicinais que são mais usadas para o tratamento da LT em indivíduos portadores da doença. Trata-se de um estudo descritivo, transversal e observacional, qualitativo e quantitativo realizado com base na aplicação de questionários para avaliar as condições socioeconômicas e estruturais além do conteúdo envolvendo o uso de plantas medicinais da amostra estudada. Após informações serem fornecidas pelo setor de Vigilância em Saúde do Município, encontrou-se o total de 06 pessoas positivadas nos últimos 5 anos para LT. Este estudo mostra que os números de pessoas notificadas como positivas para LT no Município de São Domingos do Capim entre 2019 a 2023 são menores quando comparados com outros municípios da região norte, apesar disso o Pará ainda permanece no ranque de um dos maiores estados que mais notificam LT no Brasil. Após, notou-se que quatro pessoas (04) relataram não ter utilizado nenhuma planta medicinal como medida terapêutica, e apenas duas (02) pessoas relataram ter usado alguma planta medicinal no início do tratamento da doença, no entanto as mesmas ainda referiram não usarem mais que uma semana, haja vista que não obtiveram bons resultados, e que além disso as plantas utilizadas colaboraram para o agravo dos sintomas. Este estudo mostra que apesar de o Município de São Domingos do Capim ainda contar com um sistema de saneamento básico precário, e alta vulnerabilidade social dentre outros fatores agravantes, a LT teve uma queda significativa em casos notificados pela Vigilância do local. É importante mencionar que, a maioria dos participantes referiram ser muito bem assistidos por esse setor, com tratamentos medicamentosos adequados a doença. Por isso, a utilização de plantas medicinais como uma alternativa de cura ou tratamento a essa doença foi considerada algo pouco utilizado, sendo considerada neste estudo uma prática pouco eficaz pelos portadores de LT neste município.
