Dissertações em Sociologia e Antropologia (Mestrado) - PPGSA/IFCH
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/6623
O Mestrado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) é vinculado ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Dissertações em Sociologia e Antropologia (Mestrado) - PPGSA/IFCH por Orientadores "CAÑETE, Voyner Ravena"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Estratégias de permanência de indígenas estudantes na Universidade Federal do Pará: desafios e resistência(Universidade Federal do Pará, 2024-02-23) ARAYA, Ignacio Gabriel San Martin; CAÑETE, Voyner Ravena; http://lattes.cnpq.br/9961199993740323; https://orcid.org/0000-0001-8528-3086A Universidade Federal do Pará – UFPA é conhecida como uma das instituições públicas que mais recebe discentes indígenas e quilombolas, por meio do Processo Seletivo Especial-IQ. Embora, ela seja conhecida como uma das pioneiras a reservar vagas para indígenas discentes, conforme o Relatório divulgado no Seminário IQ, nota-se um número expressivo de desistências nos cursos. Dessa forma, a presente dissertação tem como objetivo geral identificar e descrever as estratégias de resistência para a permanência de indígenas estudantes na UFPA. Para alcançar tal objetivo, durante a pesquisa de campo, entre 2021 e 2023, tomei uso dos pressupostos teóricos e metodológicos da etnografia multisituada e digital, antropologia visual e o enfoque biográfico, esta pesquisa traz as narrativas de trajetória de vida e de luta de indígenas estudantes, bem como as ferramentas que foram criadas a partir da pressão dessas estudantes. Como considerações, concluo que embora a universidade reserve vagas para as e os indígenas estudantes na UFPA, ainda há muito caminho a percorrer para combater o racismo existente na instituição, bem como, a melhoria e ampliação nas políticas para a permanências dos e das indígenas na universidade. Pois, foi possível notar desafios enfrentados por eles, como a adaptação à escrita acadêmica, mudança de cidade e de qualidade de vida, além do enfrentamento do racismo. Concluo esta pesquisa apontando duas questões: a primeira, os processos de transformação na universidade se devem a pressões realizadas pelos próprios indígenas discentes, que compõem a Associação dos Povos Indígenas Estudantes da Universidade Federal do Pará, assim como, as ações realizadas em conjunto com professoras; nesse sentido, a UFPA precisa criar uma política institucional eficiente contra a evasão de indígenas estudantes, através da ampliação de quantidade de bolsas de auxílio permanência e moradia, por exemplo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Quando o pesquisador e o sujeito da pesquisa são um: reflexividade quilombola sobre pesca, conflito e disputa na RESEX Ipaú-Anilzinho e TQ de Joana Peres (PA)(Universidade Federal do Pará, 2024-02-26) RIBEIRO FILHO, Manoel Machado; CAÑETE, Voyner Ravena; http://lattes.cnpq.br/9961199993740323; https://orcid.org/0000-0001-8528-3086Ao considerar os olhares cheios de significados nos quais me atravessam, pois sou quilombola, nascido, criado no quilombo e hoje atuando em um lugar de liderança, de uma minoria que busca se comunicar com a sociedade hegemônica em uma relação sem hierarquias, trago minha fala nesta escrita. Ao trazer a minha fala neste texto, as minhas memórias, meu pertencimento e vivências estão presentes do início ao fim desta dissertação. Pensada e escrita assim, este estudo compreende uma autoetnografia, que para Miranda (2022, p. 71) é compreendida “como uma análise cultural elaborada por meio da narrativa pessoal, onde é possível desenvolver uma lente crítica em uma práxis dentro-fora, de modo a entender quem somos nas nossas comunidades”. Neste contexto, venho dissertar sobre as tensões que desenham novas relações no processo de nova delimitação do território no contexto da Reserva Extrativistas (RESEX) e Território Quilombola (TQ), em cenários de conflito que vieram a se estabelecer e marcam essa relação, particularmente considerando a atividade pesqueira e a comunidade de Anilzinho. Joana Peres e Anilzinho são as únicas comunidades quilombolas, das seis que compõem a RESEX, criada em 14 junho de 2005. Dois territórios quilombolas, pré-definidos ao longo do tempo por lideranças e pescadores, sendo unidas ao mesmo território da RESEX, a partir de sua criação. Enquanto o território da comunidade Anilzinho foi inserido em sua totalidade na RESEX, no que diz respeito ao meu quilombo vila de Joana Peres, a RESEX dividiu o seu território, parte da área da comunidade está no interior da RESEX, a outra não, que vai para além do entorno da unidade.
