Dissertações em Sociologia e Antropologia (Mestrado) - PPGSA/IFCH
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/6623
O Mestrado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) é vinculado ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Dissertações em Sociologia e Antropologia (Mestrado) - PPGSA/IFCH por Orientadores "CONRADO, Mônica Prates"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Sujeitos na loucura em conflito com a lei: vivências egressas das medidas de segurança no estado do Pará(Universidade Federal do Pará, 2021-12-15) MARQUES, João Vinicius; SILVA, Érica Quinaglia; http://lattes.cnpq.br/7125713612136155; https://orcid.org/0000-0001-9526-7522; CONRADO, Mônica Prates; http://lattes.cnpq.br/6141735247260273A medida de segurança é a sanção penal aos sujeitos considerados loucos que cometeram crimes. Este trabalho resulta do acompanhamento etnográfico no estado do Pará de sujeitos com transtorno mental egressos do manicômio judiciário local, isto é, daqueles que já cumpriram suas medidas de segurança e, recém-egressos, se encontram em um equipamento de acolhimento transitório chamado República Terapêutica de Passagem (RTP). Pensando a partir das cifras majoritariamente negras nas estatísticas da população prisional no Brasil, este trabalho toma por interlocução referências críticas a que designo como pensamentos negros. Deparado com novas questões e provocações no curso desta pesquisa, me proponho a retomar algumas histórias e interrogações aos estudos e estratégias políticas de atenção e liberdade das pessoas egressas das medidas de segurança ao longo desta pesquisa de abordagem antropológica, tendo por interface os debates em saúde mental e racismo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Trajetórias docentes e formação continuada em relações etnicorracias na Amazônia paraense(Universidade Federal do Pará, 2021-04-30) FIGUEIREDO, Evillys Martins de; CONRADO, Mônica Prates; http://lattes.cnpq.br/6141735247260273O âmbito educacional brasileiro, nos anos 2000, foi marcado pelo avanço de políticas públicas para a população afro-brasileira. Dentre elas, está a lei 10.639/03 que tornou obrigatório o en-sino de história e cultura africana e afro-brasileira no ensino básico; a partir dela, documentos oficiais do Conselho Nacional de Educação (CNE) ressaltaram a necessidade da formação con-tinuada de professores como um dos principais meios de se efetivar o que demanda a referida lei. Nessa perspectiva, o presente trabalho utilizou a metodologia de trajetórias sociais baseadas em biografias (BOURDIEU, 2006; COSTA, 2015; LEVI, 2006; SCHWARCZ, 2013) junto à técnica de entrevista não diretiva (MICHELAT, 1987) com o objetivo de compreender como docentes da educação básica, que cursaram uma especialização em relações etnicorraciais, fo-ram afetados por tal formação continuada e como a percebem enquanto parte de suas vivências objetivadas em trajetórias sociais na Amazônia paraense. A pesquisa contou com três interlo-cutores identificados pelos codinomes Ayòbámi Adébáyò, Onyebuchi Emecheta e Édouard Glissant, os quais são egressos da “Especialização UNIAFRO: Política de Promoção da Igual-dade Racial na Escola; III Curso de Especialização Saberes Africanos e Afro-brasileiros na Amazônia; Implementação da Lei 10.639/03”, promovido pelo Grupo de Estudos Afroamazô-nico (GEAM/UFPA) sob financiamento do Ministério da Educação. Para compreender as tra-jetórias desses docentes, analiso seus relatos biográficos a partir dos conceitos de raça, racismo, gênero, morenidade e preconceito contra a origem geográfica e de lugar, pois os relatos de suas vivências, durante e depois da especialização, foram em torno do conflito no aprendizado sobre as particularidades das relações etnicorraciais, em especial na região amazônica, visto que é um lugar marcado por uma produção de conhecimento exógena e homogeneizadora que a fixou na imagem de “floresta” e “vazio demográfico”, invisibilizando suas populações, sobretudo negros e negras, diante do eixo nacional. Assim, foi possível entender que durante a formação conti-nuada, com as disciplinas e debates, os docentes interlocutores conseguiram acumular novos conhecimentos que pudessem levar para suas salas de aula; durante e após o curso, percebem que os sujeitos na escola ainda enxergam o racismo como comportamento individual isolado, ideia na qual buscaram intervir no sentido de se apropriar do conhecimento da especialização para repensar em conjunto as estruturas de opressão presentes no cotidiano e na escola. Esse aprendizado sobre relações etnicorraciais também afetou suas vidas pessoais, mudando ou man-tendo seus entendimentos sobre suas trajetórias sociais no âmbito do reconhecimento das opres-sões e resistências que vivenciaram. Também foi possível compreender que a transposição dos conhecimentos desses docentes interlocutores para a sala de aula foi um processo trabalhoso, mas no qual, segundo eles, conseguiram certo êxito em chamar a atenção dos seus estudantes durante as discussões e atividades em torno da temática relações etnicorraciais, algo que, mesmo em pequena escala, teve efeito na mentalidade dos alunos.
