Dissertações em Sociologia e Antropologia (Mestrado) - PPGSA/IFCH
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/6623
O Mestrado Acadêmico pertence ao Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia (PPGSA) é vinculado ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Dissertações em Sociologia e Antropologia (Mestrado) - PPGSA/IFCH por Orientadores "MORAES JÚNIOR, Manoel Ribeiro de"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Cidadãos do céu, e quilombolas na terra: um estudo sobre articulações entre crenças pentecostais e aspectos da territorialização de um quilombo amazônico.(Universidade Federal do Pará, 2021-03-19) SOUZA, Alef Monteiro de; MORAES JÚNIOR, Manoel Ribeiro de; http://lattes.cnpq.br/2429279552706202; https://orcid.org/0000-0001-6986-7671Este texto é uma etnografia que sintetiza parte dos resultados de uma pesquisa de campo realizada na comunidade quilombola São Pedro, em Castanhal, Pará, nos meses de março de 2020 a fevereiro de 2021. O objetivo é descrever conexões existentes entre crenças pentecostais e três aspectos da territorialização do Quilombo São Pedro, a saber: ocupação, identificação com o território e uso do território. Para tanto, foram realizadas pesquisa censitária, observação participante e realização de entrevistas. Os dados gerados em campo foram analisados sob uma perspectiva epistemológica descolonial. Os resultados da investigação apontam que Assembleia de Deus naturalizou o racismo e os problemas sociais da comunidade (expressões do genocídio do negro brasileiro e da necropolítica do Estado) os interpretando como sinais necessários da volta de Jesus. Um elemento fundamental da resposta imaginária da igreja à situação escatológica que supõe existir é a identidade de “cidadãos do céu” que, na prática, consiste em viver de acordo com os princípios do pentecostalismo assembleiano, uma religião sincrética, mas, ao mesmo tempo, afeita ao espírito do capitalismo e ao racismo à brasileira e suas “máscaras brancas”. Por ora, a AD em São Pedro contribui com a situação de autofagia cultural e política que ao mesmo tempo enfraquece as fronteiras étnicas da comunidade e reforça a necropolítica que a vitima.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Curt Nimuendajú e as narrativas míticas tembé: Revisitando uma produção etnográfica(Universidade Federal do Pará, 2022-07-04) SANTOS, Glaucia Silva dos; MORAES JÚNIOR, Manoel Ribeiro de; http://lattes.cnpq.br/2429279552706202; https://orcid.org/0000-0001-6986-7671Revisitar uma etnografia de Curt Nimuendajú, que integra um repertório de narrativas míticas do grupo indígena Tembé Tenetehara, constitui a base de investigação desta dissertação. O etnógrafo Curt Nimuendajú, alemão que migrou para o Brasil em 1903 e se tornou, ao longo de quarenta anos, um exímio conhecedor de grupos indígenas, publicou em 1915 na Zeitschrift für Ethnologie o texto Sagen der Tembé-Indianer (Pará und Maranhão) no qual reuni dez narrativas míticas dos Tembé Tenetehara. Desse modo, a presente dissertação propôs saber sobre o contexto e as orientações metodológicas que permitiram a produção de tal etnografia naquele início do século XX. Assim, a pesquisa seguiu uma perspectiva biográfica de Curt Nimuendajú, que ajudou visualizar o percurso de sua formação inicial no campo de estudo sobre populações indígenas, permitindo saber o contexto do encontro etnográfico com os Tembé Tenetehara em dois momentos, sendo o primeiro nas mediações das políticas indigenistas do SPILTN, na região do Rio Gurupi, e o segundo nas dependências da missão religiosa dos capuchinhos lombardos no município paraense de Igarapé-Açú. Em ambos os contextos a agenda etnográfica de Nimuendajú se concentrou no conhecimento da língua e da cosmologia Tembé, empreendimentos de pesquisa que estavam alinhados com as orientações da etnologia alemã, em voga na época, pela via da etnografia de salvamento, que ele conheceu a partir dos trabalhos dos americanistas alemães que se encontram referendados em suas etnografias.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Peregrinos da fé na Amazônia urbana: faces do individualismo religioso(Universidade Federal do Pará, 2023-09-29) PINTO, Daniel Silva; MORAES JÚNIOR, Manoel Ribeiro de; http://lattes.cnpq.br/2429279552706202; https://orcid.org/0000-0001-6986-7671O estudo da dinâmica da religiosidade nos tempos hodiernos, especialmente sobre os processos de construção identitária individuais indicam investigações mais sistemáticas e de maior alcance sobre os efeitos do individualismo religioso moderno na configuração de campos religiosos nacionais; tal fenômeno afeta o tamanho e a mensuração de religiões tradicionais como a cristã e, principalmente, como a religião institucionalizada é afetada em sua capacidade de transmissão de sua memória ou herança religiosa autorizada. A análise de tal fenômeno no Brasil, em seu plano teórico, neste trabalho - o que poderia levar a produção de uma literatura sociológica da religião com menos foco nas instituições e mais no indivíduo em seu livre trânsito pelo imenso mercado simbólico-religioso nacional – está centrado no conceito de peregrino de Danielle Hervieu-Léger. A figura do peregrino seria o símbolo de uma nova religiosidade - ou poderíamos chamar de espiritualidade?- neste início de século, sempre em movimento e sem nenhuma vocação para a religiosidade tradicional, afeita à fronteiras simbólicas e rituais fixas. Na Amazônia, esta religiosidade mais fluida e desterritorializada pode ser melhor exemplificada e identificada em sua dimensão urbana e com mais intensidade nos grupos praticantes das genericamente classificadas como religiões de Nova Era em fusão ou hibridismo com práticas e cosmologias do imaginário religioso amazônico. Seus adeptos ou praticantes enfatizam mais uma religiosidade de busca pessoal ou de desenvolvimento espiritual em contraste com as tradicionais religiosidades de transcendência cristã. Por sua vez, cristãos, católicos e evangélicos, não deixam de manifestar práticas e crenças hibridizadas com outras matrizes simbólico-religiosas, e mesmo um intenso trânsito, seja interno ou endógeno, ou seja, entre a diversidade de denominações evangélicas, (pentecostais e neopentecostais), ou externo, exemplificadas pela duplas ou múltiplas pertenças de católicos.
