Dissertações em Teoria e Pesquisa do Comportamento (Mestrado) - PPGTPC/NTPC
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2333
O Mestrado Acadêmico iniciou-se em 1987 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento (PPGTPC), que integra o Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento(NTPC) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Navegando Dissertações em Teoria e Pesquisa do Comportamento (Mestrado) - PPGTPC/NTPC por Orientadores "GAROTTI, Marilice Fernandes"
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) O cuidador como mediador no ensino de habilidade de engajamento conjunto para crianças com autismo(Universidade Federal do Pará, 2013-12-19) SANTOS, Adrine Carvalho dos; GAROTTI, Marilice Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2218504886013525Crianças com autismo são caracterizadas por significantes déficits para se engajar em comportamentos de atenção coordenada (AC). Os prejuízos de AC interferem no desenvolvimento dos estados de atenção da criança, que envolve o engajamento conjunto com o outro. Diante disto, o uso de intervenções baseadas no ensino dessa habilidade vem se tornando cada vez mais frequente. Resultados de vários estudos indicam que o treinamento de habilidades direcionadas aos pais está associado ao aumento de habilidades comunicativas e sociais de crianças com autismo. O presente estudo teve como objetivo investigar a efetividade do programa de intervenção com cuidadores, baseado no proposto por Kasari et al (2010), verificando a relação entre responsividade do cuidador e engajamento conjunto da atenção, e a manutenção do novo repertório três meses após a finalização do estudo (followup). Participaram do estudo sete cuidadoras e suas crianças com diagnóstico de autismo, com idade entre 47 e 67 meses. O programa de intervenção administrado com as cuidadoras teve duração de dois meses, sendo constituído de quatro encontros grupais e quatro monitoramentos individualizados. Filmagens de momentos de interação da criança com o cuidador foram realizadas em todas as fases do estudo para posterior análise, além disso, outras medidas foram administradas, são elas, Escala de Interação Social, Teste ABFW (linguagem pragmática) e Escala de Adesão ao Treinamento. Os resultados indicaram diferenças significativas na duração dos engajamentos conjuntos (p = 0.016) e não-conjuntos (p = 0,018) medidos antes e após a intervenção;o teste de Wilcoxon para medidas repetidas indicou diferenças significativas (p = 0,016) no comportamento das cuidadoras após a intervenção; não houve mudanças significativas na linguagem pragmática das crianças. Os dados indicaram que o curso promoveu mudanças no padrão de engajamento da criança com o cuidador e, também, promoveu aumento na responsividade das cuidadoras, e que esses ganhos foram mantidos durante a sessão de seguimento. Os achados foram relevantes para fortalecer a importância de se desenvolver programas de intervenção que capacitem os pais para promover melhoras nas habilidades sociocomunicativas de suas crianças com autismo.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Cuidados parentais e trajetórias de desenvolvimento: um estudo observacional de díades mãe-bebê de dois níveis socioeconômicos de Belém, Brasil(Universidade Federal do Pará, 2012-03-02) SILVA, Mariane Sarmento da; GAROTTI, Marilice Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2218504886013525Este estudo utilizou como referencia teórico o Modelo de Investimento Parental proposto por Heidi Keller, que indica seis sistemas parentais – cuidados primários, contato corporal, estimulação corporal, estimulação por objeto, troca face-a-face e envelope narrativo – e três mecanismos de interação – atenção, contingência e calor emocional, os quais são independentes entre si e a predominância de um ou outro dependerá da cultura e de características socioeconômicas. Os objetivos desse trabalho foram caracterizar o investimento parental de díades mãe-bebê pertencentes às classes socioeconômicas baixa (CEB) e média (CEM) da cidade de Belém e o estilo conversacional utilizado nas emissões verbais das mães quando em interação verbal com seus bebês. Participaram 20 mães, sendo nove da CEB e 11 da CEM. A média da idade das mães da CEB foi 24,5, a maioria tinha o nível de escolaridade fundamental (77,8%) e médio (22,2%), completos ou não, apresentaram renda mensal inferior que as mães do outro grupo e residiam em áreas periféricas. Quanto a CEM, a média da idade das mães foi 30,7, e a maioria tinha nível educacional superior (63,3%) e residiam no centro da cidade. Foram observadas e gravadas as interações mãe-bebê em sessões de banho e troca, na casa da díade, para posterior análise e transcrição do comportamento verbal com o aplicativo Transana 2.41. Os resultados indicaram que as mães da CEB priorizaram as práticas parentais que valorizam a interdependência durante suas interações, embora também tenham apresentado práticas distais, porém com menor frequência. As mães da CEM, apresentaram práticas parentais que valorizam tanto a autonomia quanto a relacionalidade. Quanto aos mecanismos de interação, observou-se que as mães de ambos os grupos foram mais contingentes aos sinais positivos do que aos negativos do bebê, característica própria de sociedades que priorizam a independência e autonomia do sujeito; e evidenciaram mais calor emocional ao responder aos sinais positivos em comparação com os negativos. Em relação ao estilo conversacional, as mães de CEB utilizaram com maior frequência o estilo diretivo, e as mães de CEM, utilizaram os dois estilos com freqências muito próximas. Os resultados deste estudo sugerem um perfil interdependente para o grupo CEB e um perfil autônomo-relacionado para a amostra de mães urbanas de classe média.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Habilidades metafonológicas e desenvolvimento de leitura e escrita recombinativas em crianças com diagnóstico de dislexia(Universidade Federal do Pará, 2007-09-25) ARAÚJO, Márcia Wilma Monteiro de; GAROTTI, Marilice Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2218504886013525; http://lattes.cnpq.br/2218504886013525O presente estudo objetivou a implementação de um modelo que integrasse o treino de consciência fonológica ao paradigma de equivalência de estímulos, utilizando-se de rede de relações condicionais, para produzir leitura e escrita recombinativas com compreensão em crianças e adolescentes com dislexia fonológica. Participaram desse estudo RP, 9 anos, 3 série e JR e LV, 12 e 15 anos, cursando a 6 e 7 séries, respectivamente, alunos de escolas públicas de Belém, diagnosticados como disléxicos por fonoaudiólogas e indicados pelas mesmas para participarem do projeto. O trabalho foi desenvolvido em 8 fases. Foram aplicados pré-testes para averiguar a existência dos requisitos básicos para alfabetização, e o repertório de entrada em equivalência, leitura em voz alta, ditado e consciência fonológica. Os treinos e testes de formação de classes de equivalência eram intercalados com os treinos de consciência fonológica (consciência de palavras e consciência de sílabas), gerando a possibilidade de averiguar o efeito de cada treino nos desempenhos dos participantes. Os resultados mostraram uma melhora significativa nas habilidades de leitura com compreensão e escrita de palavras e pseudopalavras, e de nome de figuras (ditado mudo), evidenciando a necessidade do ensino explícito de habilidades metafonológicas para o domínio de leitura competente e, especialmente da escrita indicando a eficiência deste modelo. Levantou, também, o questionamento de que uma explicação de causa apenas neurológica que se encontra em toda definição de dislexia seja insuficiente e inadequada, pois a exposição destes sujeitos a eventos ambientais, no caso, treinos específicos de discriminações condicionais, foram eficazes na melhora dos desempenhos.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Interações e relações sociais de macaco-prego (Sapajus apella) em cativeiro com isolamento do indivíduo durante a alimentação: um estudo descritivo(Universidade Federal do Pará, 2013-08-29) SIMÕES, Andrei de Souza; GAROTTI, Marilice Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2218504886013525O comportamento de grupos de Sapajus apella que vivem em ambiente natural, cativeiro e semi-cativeiro tem sido objeto de pesquisa científica. O termo cativeiro faz referência a condições ambientais planejadas com o propósito de assegurar a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos, como caixas individuais de alimentação, rotas de fuga em caso de ataques físicos, ausência de fêmeas em algumas gaiolas, e mesmo a retirada de filhotes para garantir sua sobrevivência. Considerando que essas restrições minimizam parâmetros relevantes envolvidos na compreensão da estrutura social do macaco-prego, tais como cuidado parental, reprodução, forrageamento e pressão intra e entre grupos, este estudo tem como objetivo identificar e descrever as interações e relações observadas em ambientes de cativeiro. Para isto, as relações em três gaiolas da Escola Experimental de Primatas (UFPA) entre quatro indivíduos residentes em cada uma delas foram filmadas e, de acordo com a literatura, categorizadas como não interativas, afiliativas e agonísticas. Os registros das categorias foram realizados com base em sujeito focal, que permitiu detectar as diferentes interações e relações desenvolvidas neste cativeiro, bem como a elaboração de matrizes relativas à troca de favores sociais. Em resumo, observou-se uma redução de comportamentos agonísticos entre os indivíduos nas gaiolas quando comparados com dados da literatura para a espécie em ambiente natural; em uma das gaiolas, contendo quatro indivíduos juvenis, houve maior frequência de dois comportamentos afiliativos, brincadeira turbulenta e brincadeira social; a catação, uma das principais interações afiliativas em primatas, foi observada em baixa frequência, principalmente na gaiolas com adultos; houve alta frequência de comportamentos estereotipado nas gaiolas de adultos, mas não na de juvenis; e as hierarquias sociais foram parciais nas gaiolas de adultos, o que é normalmente observado apenas para grupos com vários indivíduos na natureza. Conclui-se, portanto, que as relações estabelecidas ao longo do tempo nas gaiolas servem para evidenciar o bem-estar dos grupos de indivíduos e são essenciais de serem conhecidas quando se pretende estudar animais em cativeiro.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Interações e relações sociais entre pares em classes de inclusão(Universidade Federal do Pará, 2008-01-15) VITORINO, Inez da Costa; GAROTTI, Marilice Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2218504886013525Este estudo teve como objetivo observar as interações estabelecidas por alunos com necessidades especiais em duas classes de inclusão, descrever a freqüência das interações assim como a qualidade das interações através de seu conteúdo. Esses objetivos estão de acordo com a teoria de Hinde para o estudo do desenvolvimento humano que propõe a descrição e classificação das interações sociais como o primeiro passo estudo científico das relações sociais. Sendo a inclusão uma proposta relativamente nova nas escolas em Belém, percebe-se a necessidade de observar a natureza das interações ocorridas nesse contexto. Oito alunos com necessidades especiais foram observados (déficit cognitivo, déficit múltiplo, autista, síndrome de Down e paralisia cerebral) em duas classes de inclusão que funcionam em escolas públicas estaduais. Foram realizadas observações de três minutos para cada aluno, através da técnica de sujeito focal, quando procurou-se investigar a freqüência das interações neste grupo bem como o conteúdo das mesmas. Os resultados apontam que estes alunos podem estar experimentando o isolamento entre eles, pois registrou-se pouca freqüência de interação entre eles e seus colegas e algumas vezes a interação entre focais apenas. Esse fato expande-se para os alunos regulares que não interagem com muita freqüência. Todos os alunos observados parecem não ter desenvolvido vínculos já que não observou-se constância nas interações. Quanto à qualidade das interações, nota-se que as mesmas são compostas por interações positivas e negativas, a partir das conseqüências observadas em cada situação. Conclui-se que a freqüência de interações é baixa no grupo, há poucas evidências de relações na turma, já que houve apenas 28 registros de reciprocidade nas interações e 6 destas entre alunos com necessidades especiais, o que pode indicar a exclusão dentro de salas inclusivas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Investimento parental de mãe surda e mãe ouvinte e seus bebês ouvintes(Universidade Federal do Pará, 2009-12-03) ALBUQUERQUE, Raphaella Duarte Lopes de; GAROTTI, Marilice Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2218504886013525O bebê humano nasce prematuramente para o padrão dos primatas e essa imaturidade física gera um maior tempo de dependência dos adultos e uma intensificação dos cuidados parentais. Este estudo teve como referencial teórico o Modelo de Investimento Parental proposto por Heidi Keller, o qual indica seis sistemas parentais, evoluídos em resposta a problemas adaptativos enfrentados por nossos ancestrais e que representam investimentos parentais que diferem com relação à energia, tempo, atenção e tom emocional direcionados ao bebê. Os sistemas parentais propostos são: sistemas de cuidados, sistema de contato corporal, sistema de estimulação corporal, sistema de estimulação por objeto, sistema face-a-face e envelope narrativo. A predominância de um ou outro sistema dependerá da cultura. No entanto, as investigações realizadas até o momento contemplam díades típicas e, adicionalmente, não foram encontrados estudos longitudinais focalizando as características dos sistemas parentais desenvolvidos entre díades cujos canais sensoriais utilizados para trocas iniciais diferem, como no caso de mães surdas e seus bebês ouvintes. Este estudo investigou os sistemas parentais priorizados por uma mãe surda e uma mãe ouvinte com seus bebês ouvintes, bem como as características das instâncias de interação da díade mãe surda – bebê ouvinte. As mães eram primíparas, com nível educacional superior e suas idades eram 34 e 36 anos, residiam em Belém e seus bebês do sexo masculino. Foram realizadas filmagens nas residências maternas semanalmente até os três meses e quinzenalmente até os seis meses, nas situações de banho, troca, alimentação e, a partir dos três meses, brincadeira livre. Os sistemas parentais foram registrados por intervalo de dez segundos e, posteriormente, registrados os comportamentos gerais da mãe e do bebê por segundo nas instâncias de interação. Os resultados indicaram que a mãe surda priorizou a estimulação por objeto e o contato corporal. A mãe ouvinte priorizou a estimulação corporal, contato corporal e face-a-face. Além da diferença no tipo de estimulação priorizada por cada mãe, o contato corporal foi qualitativamente diferente entre elas. Os resultados sugerem o modelo autônomo-relacional para as díades. A análise das interações mãe surda – bebê ouvinte indicou que a mãe inicia a maioria das interações no período estudado e sugere que a díade apresentou modificações nas interações ao longo do desenvolvimento do bebê. No entanto, ressalta-se a necessidade de mais estudos para o conhecimento das peculiaridades em outras díades atípicas, como por exemplo, com a redefinição de categorias e a busca por novos sistemas parentais.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Responsividade materna e desenvolvimento sóciocomunicativo de prematuros durante o primeiro ano de vida(Universidade Federal do Pará, 2014-04-29) CALDAS, Ivete Furtado Ribeiro; CHERMONT, Aurimery Gomes; http://lattes.cnpq.br/4212769913736000; GAROTTI, Marilice Fernandes; http://lattes.cnpq.br/2218504886013525Neonatos prematuros com peso ao nascer (PN) ≤ 2500 gramas podem apresentar déficits decorrentes de comprometimentos neurológicos que alteram o desenvolvimento sóciocomunicativo. Interações iniciais mãe-bebê prematuro são importantes para avaliar esse processo de risco, verificado a partir de alterações na comunicação não verbal. A qualidade da responsividade materna durante essas interações são importantes para o desenvolvimento das habilidades sóciocomunicativas no primeiro ano de vida. Este estudo verificou a relação entre a responsividade materna e o desenvolvimento sóciocomunicativo de prematuros para cada grupo em quatro momentos do desenvolvimento. Participaram 18 díades com idade gestacional < 36 6/7 semanas e PN ≤ 2500 gramas. Elas foram distribuídas em três grupos, delimitados de acordo com suas características maternas e gestacionais. Para a coleta de dados foram utilizados uma ficha clínica, entrevista sociodemográfica, escala de interação social (EIS) e protocolo de observação mãe-criança. As sessões aconteceram aos três, seis, nove e doze meses de vida. Todas as sessões foram integralmente registradas em vídeo para posterior registro das habilidades e engajamentos. Os resultados mostraram que no grupo Não Gêmeos Primíparos (NGP) foram observadas diferenças significativas nos estados de Engajamento com Pessoa (EP) (x2= 11,00; p=0,012) com maior duração aos três meses (M=90,70; dp=16,10). E nos engajamentos com objeto e pessoa (EOP) também foram observadas diferenças significativas (x2= 10,35; p=0,01), verificando episódios triádicos aos seis meses (M=0,13; dp=0,32). Foi identificada correlação significativa positiva entre engajamento com objeto (EO) aos três meses e a pontuação total da Escala de Interação Social (EIS) aos seis meses (0,592; p<0,05). No grupo NGP o peso da criança ao nascer apresentou correlação positiva com EP (0,812; p<0,05) e negativa com EO aos três meses (-0,812; p<0,05). Portanto, os achados evidenciam que a qualidade das interações, fatores de risco e sociodemográficos interferem no desenvolvimento das habilidades sóciocomunicativas de crianças nascidas prematuras.
