Dissertações em Teoria e Pesquisa do Comportamento (Mestrado) - PPGTPC/NTPC
URI Permanente para esta coleçãohttps://repositorio.ufpa.br/handle/2011/2333
O Mestrado Acadêmico iniciou-se em 1987 e pertence ao Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento (PPGTPC), que integra o Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento(NTPC) da Universidade Federal do Pará (UFPA).
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Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adesão ao tratamento anti-retroviral por cuidadores de crianças e adolescentes soropositivos de uma Unidade de Saúde do Estado do Pará(Universidade Federal do Pará, 2007-02) BRANCO, Caroline Mota; FERREIRA, Eleonora Arnaud Pereira; http://lattes.cnpq.br/6600933695027723O tema da adesão ao tratamento tem recebido muita atenção dentro da Psicologia da Saúde nos últimos anos. Estudos nessa área revelam que os pacientes que não aderem ao tratamento podem não se beneficiar dos ganhos trazidos pela intervenção terapêutica. A literatura sobre adesão ao tratamento anti-retroviral revela que é o cuidador que geralmente assume a responsabilidade pelo gerenciamento do tratamento de crianças e adolescentes soropositivos. O objetivo principal do presente estudo foi descrever o padrão de adesão ao tratamento de cuidadores de crianças e adolescentes soropositivos que vivem no Estado do Pará, identificando as variáveis que interferem na adesão. Buscou-se, ainda, revelar os tipos de estratégias de enfrentamento utilizadas para lidar com as condições adversas trazidas pela soropositividade. Para tanto, realizou-se um estudo descritivo, de corte transversal, com 30 cuidadores, matriculados na Unidade de Referência Materno-Infantil e Adolescente do Estado do Pará (UREMIA), utilizando como instrumentos de coleta de dados, junto aos cuidadores, um roteiro de entrevista que investigava aspectos sociodemográficos, clínicos e psicossociais das crianças e adolescentes e a Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP). Em relação à adesão pelos cuidadores, observou-se que algumas condições facilitaram o seguimento do tratamento. Essas condições estiveram relacionadas a variáveis de organização familiar (como o número de pessoas que moravam na residência), à história de interrupção do tratamento e ao auto-relato dos cuidadores sobre o padrão de desempenho a ser emitido mediante o sucesso (ou insucesso) da adesão. A influência dessas variáveis demonstrou a influência do controle do comportamento mediante regras, pois os cuidadores emitiram o desempenho classificado como adesão para evitar entrar em contato com as conseqüências aversivas do não seguimento do tratamento. Em relação às estratégias de enfrentamento, foi demonstrada maior média para o Fator 3, demonstrando a ênfase no uso de estratégias focalizadas em práticas religiosas e/ou pensamentos fantasiosos. Este trabalho propôs que os cuidadores da amostra lidaram com o problema da soropositividade de maneira a esquivar-se de pensar no problema do modo como ele realmente se constituiu diante dos mesmos, utilizando pensamentos religiosos ou mágicos para continuar lidando com a rotina diária de enfrentamento das questões que envolviam a condição de soropositividade da criança e/ou do adolescente. A partir dos dados encontrados, indica-se a realização de estudos que investiguem questões relacionadas ao papel exercido por contingências sociais sobre o comportamento dos cuidadores de crianças e adolescentes que vivem no Pará, bem como a investigação sobre aspectos relacionados à revelação do diagnóstico.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adesão ao tratamento em adolescentes com diabetes tipo 1: dois estudos de caso(Universidade Federal do Pará, 2011-04-01) SILVA, Ingrid Ferreira Soares da; FERREIRA, Eleonora Arnaud Pereira; http://lattes.cnpq.br/6600933695027723O diabetes mellitus Tipo 1 (DM1) é uma doença crônico-degenerativa de grande impacto na qualidade de vida de crianças e adolescentes. O DM1 acomete, predominantemente, crianças e adultos jovens com menos de 30 anos de idade, com pico de incidência dos 10 aos 14 anos. Como uma doença crônica, envolve mudança nos hábitos cotidianos, sendo o seguimento de regras um dos principais comportamentos para se alcançar tais mudanças. Esta pesquisa teve por objetivo analisar fatores que interferem no comportamento de seguir as regras prescritas para o tratamento em adolescentes com diagnóstico de DM1. Tais regras dizem respeito, mais especificamente, à mensuração da glicemia, utilização do plano alimentar na escolha do cardápio e aplicação de insulina. Participaram do estudo dois adolescentes com idades de 14 e 17 anos, diagnosticados com DM1, que apresentavam dificuldades para o controle da doença de acordo com avaliação médica. Também foram incluídos como participantes, os responsáveis de cada adolescente. Foram utilizados os seguintes instrumentos: 1) Roteiro de entrevista com os pais; 2) Inventário de estilos parentais; 3) Questionário de avaliação da qualidade de vida de adolescentes com DM1; 4) Roteiro de entrevista com o adolescente; 5) Inventário de apoio familiar ao tratamento; e 6) Formulários para Auto-registro de Comportamentos de Adesão ao Tratamento. A coleta de dados foi realizada no domicílio dos adolescentes. O procedimento seguiu as seguintes etapas: 1) Seleção dos participantes; 2) Entrevistas individuais com os pais/responsáveis; e 3) Entrevistas individuais com os adolescentes, incluindo aplicação de inventário sobre sua rede de apoio; caracterização da linha de base dos comportamentos de mensuração da glicemia, de seguimento do plano alimentar, e de aplicação de insulina; entrevistas com feedback positivo; e entrevista final. Os resultados obtidos a partir da análise dos comportamentos de adesão e das variáveis ambientais relatados por cada participante ao longo da pesquisa, permitiu identificar que o participante que emitia comportamentos de adesão de forma adequada tinha uma boa qualidade de vida, um bom nível de conhecimento sobre DM1, seus pais possuíam estilo parental positivo, percebia o apoio fornecido pela família, além de ter uma condição social satisfatória para suprir as necessidades da família. Por outro lado, o participante com uma baixa adesão, apesar de demonstrar ter uma boa qualidade de vida, seus pais faziam uso de muitas práticas negativas, apesar de seu estilo parental ser também positivo, o apoio familiar percebido pelo participante era inconstante e sua condição social não era suficiente para prover todos os instrumentos necessários a sua adesão ao tratamento. Assim, foi possível analisar os fatores que influenciam na adesão ao tratamento, entretanto novas pesquisas devem ser realizadas utilizando um número maior de participantes e que tenham um caráter longitudinal, com acompanhamento em longo prazo para verificar os efeitos das variáveis descritas na pesquisa ao longo da vida dos participantes.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adesão ao tratamento por cuidadores de crianças com hipotireoidismo congênito(Universidade Federal do Pará, 2005-06-03) OLIVEIRA, Fabiana Pereira Sabino de; FERREIRA, Eleonora Arnaud Pereira; http://lattes.cnpq.br/6600933695027723As doenças crônicas requerem atenção e avaliações continuas e têm despertado a atenção de profissionais da área da saúde, especialmente aqueles que se dedicam à Psicologia Pediátrica, campo de aplicação que se dedica ao estudo do desenvolvimento da criança, bem como das relações entre saúde e doença e as interferências na qualidade de vida da criança e de seus familiares. Esta pesquisa teve como objetivo principal realizar um estudo descritivo, a fim de identificar variáveis que estivessem facilitando ou dificultando a adesão ao tratamento por cuidadores de crianças com Hipotireoidismo Congênito atendidas em um centro de referência no Estado do Pará. Participaram deste estudo 50 cuidadores principais, com idade entre 17 a 55 anos, com diferentes graus de parentesco com a criança. As variáveis relacionadas à adesão foram identificadas por meio de entrevistas estruturadas com os cuidadores. Características do Programa foram analisadas por meio de entrevistas realizadas com os profissionais da equipe. A análise dos relatos dos cuidadores mostrou que algumas exigências para a adesão ao tratamento não estão sendo fornecidas. Informações sobre características da doença, etiologia, diagnóstico, tratamento e prognóstico não fazem parte do repertório da maioria dos cuidadores, independente da idade, escolaridade, grau de parentesco e tempo em que a criança está no Programa de Triagem Neonatal. Diferenças significativas foram encontradas quanto ao tempo adequado para a realização do exame, o que demonstrou atraso no inicio do tratamento, As dificuldades descritas pelos profissionais quanto à adesão ao tratamento pelo cuidador foram atribuídas tanto a problemas apresentados pela própria estrutura do Programa como por falta de interesse do cuidador. O estudo traz implicações relevantes para a implantação de programas de prevenção mais efetivos e eficazes que atendam os cuidadores e promovam o adequado desenvolvimento da criança.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adesão ao tratamento por pacientes portadores de diabetes tipo 1 e tipo 2: efeitos do treino de discriminação de dicas internas e externas(Universidade Federal do Pará, 2003-03-01) BRANDÃO, Washington Luiz de Oliveira; FERREIRA, Eleonora Arnaud Pereira; http://lattes.cnpq.br/6600933695027723; TOURINHO, Emmanuel Zagury; http://lattes.cnpq.br/5960137946576592O presente trabalho pretende comparar resultados de treinos de discriminação de sintomas e de ações relativas ao tratamento do diabetes Tipo 1 e Tipo 2, avaliando a eficácia desses treinos para a estimativa do índice glicêmico e para a promoção de adesão ao tratamento. Inúmeras pesquisas realizadas na área de psicologia da saúde têm o objetivo de proporcionar a melhora no tratamento ao paciente diabético. Parte dessas pesquisas utiliza um procedimento denominado de- automonitoração, a qual consiste em habilidades de observação, aferição e registro de aspectos relevantes no tratamento do diabetes. como: (a) índice glicêmico (IG) (b) sintomas (dicas internas -DI); e (c) ações envolvidas no tratamento nas áreas da medicação, alimentação e atividade física (dicas externas -DE). Estudos têm demonstrado que com a automonitoração o paciente diabético melhora o nível de discriminação das alterações glicêmicas. Essa.literatura não é clara em definir qual o melhor tipo de dica para melhorar a discriminação dos estados glicêmicos e afirm que o desenvolvimento desta habilidade não favorece a melhora na adesão ao tratamento. Esse estudo compreendeu três fases: (a) Entrevista inicial e de linha de Base; (b ) Entrevistas de Treino e (c) Entrevista Final e Devolutiva. A fase de treino está dividida em duas etapas Dicas Internas (DI) e Dicas Externas (DE). Nas etapas de treino os participantes estimaram e atribuíram causa para taxa de glicose sangüínea medida por um reflectômetro em cada entrevista. Na etapa DE. os participantes também recebiam feedback do pesquisador acerca do relato de seguimento das orientações, com base nas orientações recebidas em consulta e compiladas do prontuário do paciente. Foi calculado o índice de adesão (IA) nas duas primeiras fases. As entrevistas da fase de treino foram realizadas na residência do participante, em intervalos de três dias, nos quais o participante registrava a ocorrência de eventos correspondentes a etapa que estava realizando. Os resultados demonstram que independente do tipo de treino realizado os participantes estimaram os seus estados glicêmicos com base em dicas externas. Os sintomas' relatados na etapa DI nem sempre estavam associados ao Ia medido. Os participantes portadores de diabetes. Tipo 1 alcançaram maior precisão nas estimativas no treino de DE. A maioria dos participantes alcançaram melhor adesão quando iniciaram o treino por DE. Os resultados sugerem que: (a) relatos de sintomas não são os melhores indicadores para avaliar o estado glicêmico e a adesão ao tratamento (b) o melhor tipo de treino para promoção da adesão ao tratamento é o que envolve as dicas externas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adoção de crianças e adolescentes com necessidades especiais: aspectos psicossociais envolvidos(Universidade Federal do Pará, 2013-03-06) SILVA, Fabíola Helena Oliveira Brandão da; CAVALCANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735Este trabalho teve por objetivo compreender e descrever aspectos psicossociais da adoção de crianças e adolescentes com necessidades especiais desde a criação do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), em abril de 2008. Para tanto, foram estipulados objetivos que motivaram a realização dos três estudos constituintes da dissertação. O primeiro descreveu as características sociofamiliares e demográficas dos pretendentes a pais por adoção de crianças com e sem desenvolvimento típico. Além disso, traçou um perfil das crianças e adolescentes considerados aptos para adoção, inscritos no CNA. O segundo estudo objetivou investigar fatores de risco e de proteção para o desenvolvimento de três crianças adotadas que possuem necessidades especiais, analisando aspectos comuns e únicos de suas trajetórias de vida, desde a condição psicossocial dos pais biológicos até o processo de inserção e convivência na família substituta. O terceiro envolveu três famílias que adotaram crianças com necessidades especiais, que tinham conhecimento prévio desta condição infantil, com o objetivo de descrever as rotinas familiares. A partir dos resultados obtidos pelos três estudos foi possível conhecer as características sociodemográficas e aspectos da estrutura e dinâmica familiar que marcam de forma geral, e nos casos estudados em particular, as demandas geradas por crianças com necessidades especiais e como pretendentes e pais por adoção têm se proposto a respondê-las. Conclui-se que tanto os pretendentes à adoção de crianças com necessidades especiais, quanto os seus pais adotivos aparentaram privilegiar o atendimento das demandas infantis, em especial proporcionar a convivência familiar a essas crianças em situação de vulnerabilidade.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adoção tardia de gêmeos: estudo de caso de uma família adotante(Universidade Federal do Pará, 2013-03-06) OLIVEIRA, Márcia Luzia Silva de; PEDROSO, Janari da Silva; http://lattes.cnpq.br/4096274367867186; MAGALHÃES, Celina Maria Colino; http://lattes.cnpq.br/1695449937472051A pesquisa descreve a transição da conjugalidade para parentalidade adotiva de gêmeos tardios, na faixa etária de três anos e meio. Com base na teoria estrutural sistêmica teve como objetivo analisar a relação de um casal na faixa etária de 50 a 63 anos de idade, assim, identificar os motivos, rotina e mudanças após a adoção. Foram realizadas entrevistas semiestruturada, entrevistas de genograma, inventário de rotina e diário de campo. A partir dos relatos foram extraídos os eixos temáticos: “O casal: características e funcionamento” e “A família adotante: rotina do casal e cuidado com os gêmeos”. Os principais resultados apontaram que, desde o inicio da relação, o casal já vivenciava diversas transições. Constata-se que após a adoção, o papel da parentalidade gera um período de conflitos, crises, dificuldade em orientar, educar, estabelecer regras e limites as crianças que viveram institucionalizadas desde os sete meses de vida. Percebe-se no papel da esposa uma sobrecarga nos cuidados com as crianças, a família conta com o apoio de uma colaboradora nas tarefas domésticas e cuidados infantis. Além disso, o casal enfrenta alguns preconceitos da sociedade em geral, e pessoas mais próximas em relação à decisão de adotarem crianças maiores. Destaca-se que é necessário suporte psicológico as famílias adotantes durante e após o processo de adoção tardia e a importância de um estudo longitudinal.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Adultos e adolescentes autores de agressão sexual: características biopsicossociais e suas percepções sobre infância, adolescência e violência(Universidade Federal do Pará, 2021-09-10) SILVEIRA, Víviam da Silva; REIS, Daniela Castro dos; http://lattes.cnpq.br/8805305887566391; https://orcid.org/0000-0002-9505-4516; CALVACANTE, Lília Iêda Chaves; http://lattes.cnpq.br/4743726124254735; https://orcid.org/0000-0003-3154-0651A violência sexual abrange todas as sociedades, e se manifesta de diversas formas em seus diferentes contextos. Este fenômeno se faz presente ao longo da trajetória da vida de muitas crianças e adolescentes, seja na condição de vítimas ou autores da agressão sexual perpetrada. Com a proposta de investigação desse fenômeno, esta dissertação apresenta uma pesquisa com delineamento de natureza empírico-descritiva e análise quantitativa-qualitativa dos dados. A pesquisa buscou investigar percepções de adultos (+ 18 anos) e adolescentes (12 a 18 anos) autores de agressão sexual contra crianças e adolescentes sobre infância, adolescência e violência sexual relacionando-as às características biopsicossociais que definem os dois grupos etários envolvidos na pesquisa. Para tanto, realizaram-se dois estudos com características metodológicas semelhantes, tematicamente interligados, mas com indivíduos de dois grupos etários diferentes. O Estudo I buscou investigar a relação entre percepções de adultos autores de agressão sexual contra crianças e adolescentes sobre infância, adolescência e violência sexual e as características biopsicossociais deste grupo etário (+ 18 anos), que inclui homens sentenciados por crime de violência sexual em unidades prisionais. Foram selecionadas dez (N=10) entrevistas realizadas e transcritas entre 2015 e 2016 para análise de conteúdo pela Classificação Hierárquica Descendente (CHD) com apoio do Software Iramuteq. Os resultados apontaram que 90% destes adultos possuíam idade superior a 30 anos; quanto à escolaridade, 50% não concluíram o ensino fundamental; 10% cursaram o ensino médio incompleto e 30% conseguiram completar o ensino médio, destes participantes apenas 10% teve acesso ao ensino superior incompleto. Todos os participantes vivenciaram situações de violência ao longo das suas trajetórias de vida, e quanto ao grau de severidade da agressão sexual cometida, 40% dos autores assumiram a prática com hands on; 40% não assumiram tal agressão, e 20% destes declararam não se recordar o ato pelo qual cumpre pena. A percepção destes adultos sobre infância, adolescência e violência sexual aparece diretamente ligada às vivências destes participantes nas diferentes fases do seu desenvolvimento, além de não a disassociarem essa forma de agressão ao uso da força física. O Estudo II objetivou investigar a relação entre percepções de adolescentes autores de agressão sexual contra crianças e adolescentes sobre infância, adolescência e violência sexual e as características biopsicossociais deste grupo etário (12 a 18 anos), que reúne adolescentes que respondem judicialmente por ato infracional análogo ao estupro de vulnerável e que estavam em cumprimento de medida socioeducativa. Foram alcançados quatro (N=4) participantes para análise de conteúdo das entrevistas transcritas por meio da CHD do Iramuteq. Os resultados apontaram que os adolescentes possuíam idade superior a 15 anos. Na escolaridade, 2 (50%) possuíam o ensino fundamental incompleto, 1 (25%) o ensino médio incompleto, e 1 (25%) participante sem esta informação. Quanto às violências sofridas observou-se que todos os participantes vivenciaram situações de violência. No que se refere ao grau de severidade do ato praticado nenhum dos participantes assumiu a sua prática em hands on. A percepção destes adolescentes sobre infância, adolescência e violência sexual aparece como reflexo da construção destas categorias ao longo da trajetória de vida desses indivíduos, destacando a violência sexual vinculada ao uso da força física. Por conseguinte, mediante os dois estudos, levou-se em conta a hipótese de haver um maior número de semelhanças do que de diferenças nos relatos desses indivíduos (adultos e adolescentes) sobre as percepções da violência sexual. É possível apontar a relação entre as características biopsicossociais dos dois grupos etários de autores de agressão sexual, e formas particulares de lidar com as experiências presentes em suas trajetórias de vida. É possível afirmar que autores adolescentes e adultos apesar de se encontrarem em grupos diferentes provavelmente foram socializados em sistemas culturais e de crenças muito semelhantes, que podem influenciar e direcionar a construção de percepções próximas entre si. Entretanto, autores adultos tendem a se reportar à violência como capítulos à parte de sua trajetória de vida, e em direção oposta, adolescentes tendem a manifestar relação direta entre a violência sexual com as questões vivenciadas ao longo das suas fases do desenvolvimento anteriores.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise comparativa da ansiedade relatada em surdos e ouvintes(Universidade Federal do Pará, 2012-09-01) COSTA, Edilane Lourenço da; GOUVEIA JR, Amauri; http://lattes.cnpq.br/1417327467050274O grupo de pessoas surdas no Brasil é considerado expressivo. A Surdez pode gerar disfunções emocionais, dentre elas a ansiedade. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi mensurar a ansiedade relatada entre surdos e ouvintes, com a aplicação da Escala Analógica de Humor (EAH) padrão e a adaptada para LIBRAS. A amostra foi composta por 62 participantes, divididos em grupo ouvinte (n=31) e grupo surdo (n=31), com idades médias de 31(±7,53) e 31(±7,69) anos, respectivamente, de ambos os sexos, pareados por idade, sexo, renda e grau de instrução. A aplicação da EAH foi realizada individualmente e os dados obtidos foram analisados em termos dos fatores: ansiedade, sedação física, sedação mental, outros sentimentos e índice total da escala. O tratamento dos dados foi precedido da aplicação do teste de normalidade (Kolmogorov-Smirnov) e teste de igualdade de variância. Para os dados que atendiam a esses testes, utilizou-se o teste t de Student para comparar os fatores da EAH; entre os grupos; entre feminino e masculino, dentro dos grupos e entre os grupos; nos diferentes níveis de renda, dentro dos grupos e entre os grupos; nos diversos anos de estudo, dentro dos grupos e entre os grupos. Quando não foi possível satisfazer aos critérios de normalidade e homogeneidade da variância foi utilizado o teste não-paramétrico Mann-Whitney (U). Foi adotado o nível de significância p ≤ 0,05. Analisou-se também a correlação nas variáveis, renda, grau de instrução e idade com cada um dos fatores que compõem a escala, no grupo ouvinte e no grupo surdo. Os resultados obtidos apresentaram diferença estatisticamente significativa entre os grupos no índice da sedação física, sendo menor no grupo surdo que no grupo ouvinte. Na análise entre os grupos, ouvinte e surdo, distribuídos por sexo, foi expressa diferença estatisticamente significativa no fator outros sentimentos, sendo maior no grupo surdo, tanto no sexo feminino quanto masculino, em relação ao grupo ouvinte do sexo masculino. Ocorreu diferença estatística significativa nas variáveis renda e grau de instrução nos componentes da EAH, ansiedade, sedação física e sedação mental, entre e dentre os grupos. Na análise de correlação, no grupo ouvinte, foi verificada correlação positiva na variável renda e escolaridade versus sedação física e correlação positiva na variável idade versus ansiedade. No grupo surdo foi encontrada correlação positiva na variável idade versus sedação física. Concluímos que, a utilização de escalas para avaliar a ansiedade é importante e valiosa para pesquisas de campo, e a EAH adaptada em LIBRAS mostrou-se sensível para avaliação da ansiedade em surdos, isso facilita a inclusão diagnóstica dessa população específica, que às vezes é subdiagnosticada.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise da adesão ao tratamento em mulheres com lúpus eritematoso sistêmico(Universidade Federal do Pará, 2009-08-14) NEDER, Patrícia Regina Bastos; CARNEIRO, José Ronaldo Matos; http://lattes.cnpq.br/0859417913316803; FERREIRA, Eleonora Arnaud Pereira; http://lattes.cnpq.br/6600933695027723O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença inflamatória crônica do tecido conjuntivo, de caráter auto-imune e natureza multissistêmica, podendo afetar diversos órgãos e sistemas. Há predomínio no sexo feminino e apresenta períodos de remissão e exacerbação. Embora de etiologia ainda desconhecida, vários fatores contribuem para o desenvolvimento da doença, dentre eles os fatores hormonais, ambientais, genéticos e imunológicos. Algumas manifestações clínicas têm desafiado os especialistas, como é o caso da associação do LES com estados depressivos. Este estudo teve como objetivo identificar variáveis relacionadas à adesão ao tratamento em mulheres com diagnóstico de LES. Foram feitas correlações entre características sociodemográficas, níveis de depressão, qualidade de vida, estratégias de enfrentamento e comportamentos de adesão ao tratamento. Foram usados os instrumentos: Roteiros de entrevista, Escalas Beck, International Quality of Life Assessment Project (SF-36), Escala Modos de Enfrentamento de Problemas (EMEP) e Inventário de Qualidade de Vida (WHOQOL-Breve). As participantes integravam um grupo de trinta pacientes assistidas no ambulatório de reumatologia de um hospital público. Foram distribuídas em dois grupos, de acordo com o uso ou não de medidas orientadas pelo médico: Adesão (n=17) e Não Adesão (n=13). O grupo Adesão, independentemente da idade e do tempo de diagnóstico, apresentou menores níveis de depressão se comparado com o grupo Não Adesão. Os resultados sugerem que, em ambos os grupos, nos primeiros cinco meses de convivência da paciente com o LES, o aspecto físico, a dor e o estado geral de saúde são percebidos como fatores difíceis de lidar. Entretanto, é possível afirmar que, nesse mesmo período, se o paciente não adere às prescrições médicas, o desconforto em relação aos fatores citados é intensificado. A correlação entre o domínio Vitalidade, o domínio Aspectos sociais (medidos pelo SF-36) e a adesão ao tratamento apresentou-se válida, pois as participantes do grupo Adesão também relataram que se sentiam amparadas, tanto pelo seu grupo social quanto pela equipe de saúde. Os resultados sugerem que o comportamento depressivo pode ocorrer pelo longo tempo de convivência dessas pacientes com a incontrolabilidade dos sintomas da doença, e também por conta das seqüelas do LES, que as atinge severamente, comprometendo órgãos vitais como rins, coração, pulmões, prejudicando a qualidade de vida das mesmas. Discutem-se as vantagens e limitações do uso de instrumentos para identificação de variáveis relevantes no estudo da adesão ao tratamento em doenças crônicas. Sugere-se a realização de estudos longitudinais, com delineamento do sujeito como seu próprio controle para investigar a relação entre estados depressivos, controle de sintomas e adesão ao tratamento.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise da comunicação sonora do Curió Oryzoborus angolensis (Aves, Passeriformes, Emberizidae)(Universidade Federal do Pará, 2011-06-29) LOPES, João dos Prazeres; SILVA, Maria Luisa da; http://lattes.cnpq.br/2101884291102108O Curió Oryzoborus angolensis (Aves, Passeriformes, Oscines, Emberizinae) é uma espécie Neotropical muito conhecida e apreciada entre os criadores de pássaros no Brasil, por possuir canto melodioso e variado. O canto tem como função biológica o reconhecimento específico. A presença de repertórios vocais longos, variações populacionais e individuais pode ser um indicativo de aprendizagem vocal, que é o caso do Oryzoborus angolensis. O repertório representa os diferentes tipos de unidades que constituem o canto, as notas, emitidas durante a vocalização. No caso do canto do Curió a frase pode ser caracterizada como uma sequência de notas que se repetem. Analisamos as amostras de gravações de 26 indivíduos, sendo dezesseis de cativeiro e dez selvagens provenientes de diversas localidades do país. Identificamos e denominamos cada uma das 2414 notas gravadas com uma letra do alfabeto. As medidas dos parâmetros físicos das notas (duração, intervalo entre as notas, ritmo, frequência máxima e frequência mínima) apresentaram diferenças globais significativas, podendo ser um dos caracteres responsáveis pela função de reconhecimento específico. Observamos que as notas são constituídas principalmente por sons puros e amplamente moduladas, distribuídas de forma homogênea na amostra. Descrevemos a estrutura do canto, com a análise do repertório dos indivíduos de cativeiro e selvagem, apresentado diferenças estatisticamente significativas entre si. Considerando a distribuição dos diferentes tipos de notas emitidas por indivíduos,calculamos a entropia informacional, que forneceu um índice que correspondente à previsibilidade do canto individual.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise da escolha individual na distribuição livre ideal: comparando diferenças e razões(Universidade Federal do Pará, 2016-01-13) SILVA, Thaís Tavares da; TONNEAU, François Jacques; http://lattes.cnpq.br/2917023797307669A Teoria do Forrageamento Ótimo, enquanto compreensão do comportamento de forragear em nível individual, fornece alicerce à Teoria da Distribuição Livre Ideal, que busca explicar as escolhas dos sujeitos sob a condição de competição em grupo. Contudo, apesar de muitos experimentos terem sido realizados com vistas a avaliar a Teoria da Distribuição Livre Ideal (DLI), desvios têm sido observados em relação a suas previsões, tanto em animais de outras espécies quanto em humanos. Assim, Sokolowski et al (1999) propuseram uma explicação para tais desvios em termos de igualar as diferenças (NG – WG) – ( NR – WR) no lugar das razões (WG/NG – WR/NR). Acreditando que o tema merece uma avaliação mais detalhada, propusemos um experimento em que indivíduos realizaram escolhas individuais por meio de um software que apresentava situações fictícias, simulando as escolhas de um grupo de sujeitos. Tal software foi desenvolvido com a finalidade de clarificar o papel das equações (razão e diferença) ou estratégias de escolhas em cada sujeito, utilizando para a análise dos dados o ajustamento por meio de uma função sigmoldal. A variável dependente foi a escolha de cada sujeito individual diante da apresentação das situações artificiais. Os resultados apontaram sujeitos realizando suas escolhas tanto sob controle das duas estratégias previstas, como de mais estratégias. Este estudo trouxe relevantes contribuições para o estudo das escolhas individuais, além de propiciar dados que merecem ser analisados mais detalhadamente por pesquisas posteriores.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise da investigação dos determinantes do comportamento homossexual humano(Universidade Federal do Pará, 2005-07-21) MENEZES, Aline Beckmann de Castro; CARVALHO NETO, Marcus Bentes de; http://lattes.cnpq.br/7613198431695463O debate sobre os determinantes do comportamento perdura desde a Antiguidade, sendo usualmente estruturado dicotomicamente. A tendência atual de compreensão de determinação comportamental direciona-se para o interacionismo, analisando as influências genéticas, biológicas e ambientais sobre o produto final. Várias pesquisas empíricas têm sido conduzidas para identificar a quais fatores se deve a emissão de um comportamento específico. Em virtude da impossibilidade de estudar por completo os determinantes do comportamento humano, optou-se pelo recorte de um padrão específico o comportamento homossexual. Desde a antiguidade até a atualidade, os determinantes do comportamento homossexual têm sido alvo de debates. Além disso, este é um tema relacionado a um número expressivo de indivíduos na população e possui implicações sociais importantes a partir dos achados científicos na área. O presente trabalho objetivou analisar quais as evidências empíricas existentes acerca da determinação do comportamento homossexual, a partir de três etapas gerais: (1) a evolução histórica do debate sobre a determinação do comportamento, destacando as principais metodologias empregadas nessa trajetória; (2) apresentação e discussão das principais linhas de pesquisa sobre determinação do comportamento homossexual, enfatizando a análise crítica dos dados obtidos; (3) discussão das implicações das pesquisas apresentadas e possíveis encaminhamentos empíricos. Foi realizado um amplo levantamento bibliográfico, com ênfase em trabalhos empíricos abordando os determinantes do comportamento homossexual. Foram identificadas seis linhas de pesquisa principais, categorizadas como: medidas hormonais, efeitos hormonais, genética, funcionamento cerebral, modelos animais e efeitos ambientais. A metodologia e os resultados de cada pesquisa apresentada foram analisados. A partir da análise realizada, pôde-se discutir as influências políticas na pesquisa científica, as implicações éticas da divulgação dos resultados e organizar os dados existentes em uma proposta de compreensão do fenômeno. Espera-se contribuir para uma descrição do panorama geral do estudo dos determinantes do comportamento homossexual bem como para uma postura crítica frente às metodologias utilizadas e as conclusões veiculadas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise do comportamento de crianças seus acompanhantes e auxiliares de enfermagem durante a punção venosa em sessão de quimioterapia ambulatorial(Universidade Federal do Pará, 2007-03-29) LEMOS, Isabela Porpino; FERREIRA, Eleonora Arnaud Pereira; http://lattes.cnpq.br/6600933695027723A punção venosa para a administração de quimioterapia é um dos procedimentos invasivos mais comuns no tratamento do câncer em crianças. É frequente que nessa situação o paciente apresente reações comportamentais e fisiológicas condicionadas de dor e/ou ansiedade, como choro, gritos e rigidez muscular, as quais são denominadas de distresse comportamental. A literatura aponta que os comportamentos apresentados pelos adultos (acompanhante e auxiliar de enfermagem) durante o procedimento invasivo podem desencadear na criança comportamentos indicativos de distresse comportamental ou, então, comportamentos de colaboração; no entanto, não especifica de forma clara que comportamentos são esses. Considerando a carência de estudos que abordem essa temática, a presente pesquisa propôs-se a caracterizar o repertório comportamental exibido por pacientes pediátricos com câncer, por seus acompanhantes e pelos auxiliares de enfermagem durante um procedimento invasivo de punção venosa para administração de quimioterapia em ambulatório. A amostra incluiu catorze pacientes pediátricos com diagnóstico de câncer, com idade entre 4 e 12 anos, que estavam em quimioterapia em ambulatório no Hospital Ofir Loyola (PA) há menos de um ano, bem como seus respectivos acompanhantes e auxiliares de enfermagem. A coleta de dados foi realizada através da observação direta do comportamento dos participantes, da aplicação do Inventário de Ansiedade de Beck (IAB), de uma Escala Facial e de uma entrevista semi-estruturada. Os comportamentos típicos emitidos pelos acompanhantes, pelos pacientes e auxiliares de enfermagem foram definidos operacionalmente, categorizados e agrupados em classes. Os resultados mostraram que os pacientes pré-escolares e escolares não apresentaram um padrão de comportamentos diferenciado durante o procedimento invasivo, porém as interações que os acompanhantes desenvolveram com os mesmos nesse contexto variaram conforme a faixa etária da criança, com acompanhantes de crianças mais novas tendo um maior número de interações com o paciente do que acompanhantes de crianças mais velhas. Observou-se, também, que os comportamentos apresentados pelos acompanhantes e auxiliares de enfermagem durante o procedimento invasivo constituíram uma contingência ambiental que ajudou a manter comportamentos concorrentes no repertório comportamental do paciente, bem como contribuíam para a ocorrência de comportamentos não concorrentes no paciente. O nível de ansiedade apresentado pelo acompanhante no IAB não mostrou correspondência com o nível de distresse exibido pelo paciente durante a punção venosa, assim como o auto-relato de dor do paciente não correspondeu com o distresse observado nele nesse momento e com o relato do acompanhante sobre a dor sentida pelo paciente durante a punção venosa. Sendo assim, os resultados da atual pesquisa sugerem a importância de se realizar estudos que investiguem o efeito do treinamento de acompanhantes e auxiliares de enfermagem em técnicas cognitivas e comportamentais de manejo do distresse sobre o repertório apresentado pelo paciente da oncologia pediátrica durante a punção venosa para a administração de quimioterapia, tendo em vista a relevância clínica do planejamento de intervenções psicológicas sistemáticas que visem a instalar e fortalecer comportamentos de colaboração e de participação ativa no tratamento nessa população.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise do efeito de histórias experimentais e de consequências relatadas na regra sobre o comportamento de seguir regras(Universidade Federal do Pará, 2012-12-17) CARVALHO, Nayra Cristine Alves de; PARACAMPO, Carla Cristina Paiva; http://lattes.cnpq.br/9018003546303132O presente estudo objetivou comparar os efeitos da apresentação de uma regra que especificava consequências imediatas, de menor magnitude (RI), com os efeitos da apresentação de uma regra que especificava consequências atrasadas, de maior magnitude (RA), manipulando a ordem de apresentação dessas regras, sua forma de apresentação (isoladamente ou concorrentemente), a forma de distribuição de pontos obtidos no estudo e o intervalo de tempo para a troca desses pontos por dinheiro. Participaram da pesquisa 32 universitários, distribuídos igualmente em dois experimentos, que diferiram apenas quanto a forma de distribuição de pontos obtidos e o intervalo de tempo para a troca desses pontos por dinheiro. Cada experimento foi constituído de quatro condições. Foi utilizado um procedimento de escolha de acordo com o modelo. A tarefa consistia em apontar para cada um de três estímulos de comparação, em uma determinada sequência. Em ambos os experimentos, as Condições 1 e 3 eram compostas de quatro sessões experimentais. Nas Sessões 1 e 3 as regras eram apresentadas isoladamente e nas Sessões 2 e 4 concorrentemente. As Condições 2 e 4 eram compostas de três sessões. Nas Sessões 1 e 3 as regras eram apresentadas concorrentemente e na Sessão 2 isoladamente. A ordem de apresentação das regras foi manipulada em cada condição. Na Condição 1 a ordem de apresentação foi - RI / RIRA / RI / RIRA; na Condição 2 - RIRA / RI / RIRA; na Condição 3 - RA/ RARI / RA / RARI e, na Condição 4 - RARI / RA / RARI. No Experimento I o atraso de reforço era limitado a distribuição de pontos durante a sessão, o seguimento de RI produzia pontos durante as sessões e o seguimento de RA produzia pontos apenas no final da pesquisa, sendo os pontos trocados por dinheiro no final da pesquisa. No Experimento II, tanto o seguimento de RI quanto de RA produziam pontos durante as sessões, mas o seguimento de RI implicava que a troca dos pontos por dinheiro ocorreria no final da pesquisa e o seguimento de RA que a troca de pontos ocorreria uma semana depois. No Experimento I, 15 dos 16 participantes e no Experimento II 13 dos 16 participantes seguiram RA, independente da construção de uma história de reforço prévia para o seguimento de RI e independente de RI produzir pontos imediatamente, trocados por dinheiro no final da pesquisa. Os resultados dos dois experimentos indicam que o controle pela regra que descrevia consequências de maior magnitude, mas atrasadas (RA), prevaleceu sobre o controle pela regra que descrevia consequências de menor magnitude, mas imediatas (RI), mesmo quando a troca de pontos obtidos nas sessões por dinheiro foi adiada por uma semana. Estes resultados sugerem que a probabilidade do seguir regras vir a ocorrer pode depender, em parte, do tipo de consequência relatada na regra, isto é, das propriedades formais da regra, e não exclusivamente da história de reforço do comportamento de seguir regras.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise dos comportamentos de aproximação e retraimento de pré-termos de risco evidenciados em uma unidade de terapia intensiva neonatal(Universidade Federal do Pará, 2006-02-17) FARIAS, Gabriela Ribeiro Barros de; AGUIAR, Maria Socorro dos Santos; http://lattes.cnpq.br/6149887780782216Os cuidados em neonatologia têm se intensificado nos últimos anos no que tange as condições de prematuridade e do baixo peso ao nascimento, especialmente em relação à saúde, crescimento e desenvolvimento das crianças submetidas a esta condição de risco. Um dos pontos relevantes das pesquisas em neonatologia condiz à observação comportamental dos sinais emitidos pelo funcionamento do organismo do prematuro, que possivelmente revelam o nível de organização ou de desorganização do seu organismo como um todo, tornando possível predizer futuros déficits. Desde 1978, uma pesquisadora americana, Heidelise Als, juntamente com um grupo de colaboradores, iniciaram diversas pesquisas sobre o comportamento e assistência ao prematuro de baixo peso, as quais enfatizam uma prática diferenciada de cuidados para o desenvolvimento utilizando como base a Teoria Síncrono Ativa do Desenvolvimento (TSAD), que permitiu o registro e elaboração de cuidados individualizados para promoção do desenvolvimento de bebês prematuro, refletindo em ganhos para um desenvolvimento efetivo das diferentes funções do organismo, em particular as áreas cognitivo-motora e comportamental. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo quantificar os comportamentos que são mais evidentes no contexto de uma UTIN, e quais os mecanismos ambientais que favorecem a manifestação dos mesmos, a fim de traçar os cuidados para o desenvolvimento de acordo com a realidade apresentada na UTIN. A pesquisa foi planejada a partir de um pré-projeto, o qual possibilitou o registro em 19 amostras de crianças para 30 sessões de observação, sendo desenvolvida no período de abril à julho de 2005. A coleta de dados foi realizada em bebês prematuros com baixo peso ao nascimento e com idade gestacional entre 26 a 37 semanas. A mesma utilizou um etograma padrão, baseado na observação comportamental de H. Als, assinalando os eventos ambientais que promoviam determinados comportamentos. A observação foi realizada em um período de 15 minutos por sujeito de cada sessão. Os dados tabulados resultaram em: dados gerais, que constituem as variáveis maternas e dos bebês, e dados específicos, referindo os comportamentos e as interferências ambientais observados. Os dados gerais mantiveram a similaridade com outras pesquisas, apontando as condições sociais desfavoráveis e a predisposição materna a infecções como possíveis fatores predisponentes ao parto prematuro, assim como a situação de prematuridade como agravante da condição de saúde e bem-estar do bebê. Entre os dados específicos, foi possível registrar uma prevalência dos comportamentos de retraimento, que revelam a desorganização do bebê, mediante aos excessos de interferências ambientais, como ruído, manipulação e luminosidade, muito comuns em UTIN. Mediante estes fatos, sugerimos nesta pesquisa as possíveis soluções para amenizar o excesso de manifestações comportamentais desorganizadoras, buscando priorizar os cuidados para o desenvolvimento por meio de práticas utilizadas por H. Als e sua equipe.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Análise dos efeitos de um treino parental sobre comportamentos de crianças com TDAH: comparação entre setting terapêutico e ambiente domiciliar(Universidade Federal do Pará, 2008-08) NEVES, Maria Elizabete Coelho das; FERREIRA, Eleonora Arnaud Pereira; http://lattes.cnpq.br/6600933695027723Esse estudo foi realizado com o objetivo de contribuir com a avaliação dos efeitos de uma intervenção comportamental direcionada a pais/responsáveis de crianças com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade-TDAH, investigando os efeitos desse modelo de treino parental em duas condições, setting terapêutico (Condição 1) e ambiente domiciliar (Condição 2), sobre a ocorrência de comportamentos de hiperatividade versus autocontrole. Os participantes foram pais de quatro crianças, na faixa etária entre cinco e nove anos. Utilizaram-se como instrumentos: Termo de Consentimento Livre e Esclarecido-TCLE, Inventário de Estilos Parentais-IEP, Lista de Verificação Comportamental para Crianças e Adolescentes-CBCL/TRF, Escala do TDAH versão para professor, Roteiro de Entrevista Inicial, Roteiro de Entrevista de Avaliação, Roteiro de Entrevista Final, Critério de Classificação Econômica Brasil-CCEB. O procedimento de pesquisa consistiu em: (a) contato com neuropediatra; (b) triagem e convite aos participantes; (c) distribuição de dois participantes para cada condição de intervenção; (d) avaliação inicial, incluindo entrevista com os responsáveis, aplicações do TCLE, IEP e CBCL; (e) visita à escola e aplicações do TCLE, da Escala do TDAH e do TRF, versões para professor; (f) realização de cinco sessões de intervenção, gravadas em áudio e vídeo, duas de linha de base, uma de habituação às regras e duas de manutenção das regras e instalação de comportamento de auto-observação, que envolveram situações de interação em jogos de regras, com participação da terapeuta-pesquisadora, da mãe e da criança; (g) realização de entrevista de avaliação da primeira fase; (h) reversão de contextos para os participantes e (i) avaliação final, realizada por meio de entrevista com os responsáveis e re-aplicação dos instrumentais padronizados com pais e professores, utilizados anteriormente, mais o CCEB. Os dados obtidos por meio dos instrumentos padronizados receberam o tratamento indicado nos manuais. Dois sistemas de categorias de análise do comportamento foram utilizados, um para descrever os comportamentos das mães e outro para comportamentos observados nas crianças. Os principais resultados sugerem que as crianças em ambiente de consultório tiveram maior ocorrência de emissão de comportamentos de autocontrole do que as em ambiente de domicílio, as quais, por sua vez, tiveram prevalência de comportamentos de hiperatividade/impulsividade. Do mesmo modo, as mães em ambiente de consultório obtiveram maiores escores em práticas educativas positivas e menos em negativas, comparadas às mães do grupo de domicílio. Houve aumento de práticas educativas positivas para a maioria das mães. Discute-se o contexto de consultório enquanto um ambiente eficaz de intervenção, embora se reconheça que as dificuldades de controle de comportamentos inadequados são maiores para os pais em ambiente domiciliar, por isso, intervenções em ambiente natural devem ser consideradas no processo terapêutico. Por outro lado, o treino parental demonstrou ser efetivo na aquisição, fortalecimento e manutenção de práticas educativas positivas em todas as mães, o que pode influenciar beneficamente os comportamentos das crianças com TDAH.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Analise paramétrica do comportamento do zebrafish no labirinto em cruz com rampa(Universidade Federal do Pará, 2020-03-20) MOTTA, Carla Mendes da; JUNIOR, Amauri Gouveia; http://lattes.cnpq.br/1417327467050274Os modelos animais não humanos têm sido uma ferramenta útil na compreensão da ansiedade e no desenvolvimento de tratamentos para esta psicopatologia. Estudos paramétricos ajudam a garantir e aumentar a validade destes modelos, na medida em que identificam quais parâmetros são relevantes na produção dos comportamentos ansiosos. O Labirinto em Cruz com Rampa (LCR) é uma proposta de modelo animal de ansiedade para peixes, adaptado a partir do Labirinto em Cruz Elevado. O presente estudo consistiu em uma análise paramétrica da resposta do zebrafish no LCR, avaliando o efeito do sexo dos animais e da manipulação dos parâmetros inclinação da rampa, nível de luz e largura dos braços do aparato. Os resultados mostraram que os animais têm preferência pelos braços planos em detrimento dos braços com rampa, independente do sexo, inclinação, luz ou largura, que o nível de iluminação em 700 lux aumenta a atividade exploratória geral, e que a inclinação da rampa em 34,43º aumenta o número de entradas nos braços planos. O LCR parece ser um modelo válido para o estudo da ansiedade com zebrafish e as medidas padrão do aparato parecem adequadas.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Um análogo experimental de uma prática cultural: efeitos de um produto agregado contingente, mas não contíguo, sobre uma contigência de reforçamento entrelaçada(Universidade Federal do Pará, 2010-04) LOPES, Eduardo Barbosa; TOURINHO, Emmanuel Zagury; http://lattes.cnpq.br/5960137946576592De acordo com o modo causal de seleção por consequências proposto por Skinner, o comportamento humano é o produto de processos seletivos em três níveis: filogênese, ontogênese e cultura. Investigações empíricas que se ocupem do terceiro nível apenas começam a ser realizadas na análise do comportamento. No campo teórico, Glenn introduziu o conceito de Metacontingência para enfocar relações funcionais entre contingências de reforçamento entrelaçadas e um produto agregado que seleciona o próprio entrelaçamento. Um trabalho pioneiro na reprodução em laboratório de uma metacontingência foi produzido por Vichi, a partir da adaptação de um método usado em estudos experimentais na sociologia. O estudo de Vichi sugere que o entrelaçamento dos comportamentos das pessoas de um pequeno grupo pôde ser modificado por produtos agregados que estes entrelaçamentos produziam, caracterizando uma Metacontingência. O presente trabalho consistiu de uma replicação do estudo de Vichi, com o objetivo de verificar se contingências comportamentais entrelaçadas podem de fato ser selecionadas e mantidas por um produto agregado contingente aos comportamentos dos membros de um pequeno grupo em uma microcultura de laboratório. Participaram da pesquisa oito alunos universitários, divididos em dois grupos de quatro, que realizaram uma tarefa em grupo. A tarefa consistiu em resolver um problema, escolhendo uma linha de uma matriz de 8 colunas por 8 fileiras, com sinais positivos e negativos. Os participantes escolhiam as linhas e o experimentador escolhia as colunas. Um sinal positivo na interseção das duas escolhas resultava em ganho para o grupo; um sinal negativo, em perda. A escolha da coluna pelo experimentador não foi aleatória, mas contingente ao modo de distribuição (igualitária ou desigual) dos ganhos pelo grupo na tentativa imediatamente anterior. Na condição experimental A, o acerto era contingente a distribuições igualitárias, já na condição experimental B, o acerto era contingente a distribuições desiguais. Os resultados mostram que o grupo 1 acertou 43% das jogadas (dividiu os recursos de acordo com a condição experimental que estava em vigor) e o grupo 2 acertou 19% das jogadas. Os resultados indicam que o fato do procedimento utilizar consequências (acertos ou erros) contingentes, porém não contíguas ao entrelaçamento do grupo, dificultou a seleção de tal entrelaçamento. Entretanto, contingências de reforçamento entrelaçadas foram selecionadas por seus produtos agregados sob controle de variáveis não controladas no experimento. Caracteriza-se este fenômeno enquanto um análogo experimental de uma metacontingência. Discute-se o procedimento utilizado, possíveis aprimoramentos deste e a complexidade da tarefa experimental, além, também, de discutir alguns padrões de regras supersticiosas que emergiram durante o experimento.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aplicação de tentativas discretas por cuidadores para o ensino de habilidades verbais a crianças diagnosticadas com autismo(Universidade Federal do Pará, 2015-08-25) SILVA, Álvaro Júnior Melo e; BARROS, Romariz da Silva; http://lattes.cnpq.br/7231331062174024Os casos de Transtorno do Espectro Autista (TEA) são caracterizados por déficits persistentes na comunicação e interação social em múltiplos contextos. O diagnóstico de TEA também inclui presença de padrões de comportamentos repetitivos e interesses restritos. Considerando a necessidade de intervenção e a escassez de profissionais qualificados para intervenção a crianças com autismo, o objetivo do presente estudo foi verificar o efeito da aplicação de programas de ensino por pais/cuidadores (VI) sobre o desempenho das crianças (VD) nos mesmos programas. Participaram do estudo três crianças com diagnóstico de autismo e seus respectivos cuidadores. Através de um delineamento de sondas múltiplas, a VI foi inserida seletivamente em cada um dos programas de ensino. Os cuidadores conduziram a intervenção em casa e tiveram seus desempenhos e das crianças avaliados por meio de sessões realizadas na sala do Projeto Aprende/UFPA. O desempenho nos programas foi acompanhado a cada sessão. Foram selecionados dois ou mais programas para cada criança. O desempenho do Participante 1 atingiu critério de precisão nos programas “Tato de Ações”, “Mando com Autoclítico” e “Intraverbal de Informações Pessoais” após 7, 13, 19 sessões, respectivamente. O Participantes 2 precisou de 24 a 48 sessões e o Participante 3 de 5 a 38 sessões para atingir precisão de desempenho nos programas para eles selecionados. A partir dos dados, pode-se concluir que a intervenção via cuidador, orientada por um analista do comportamento, pode ser efetiva e apropriada ao contexto sócio-econômico brasileiro, que carece de programas governamentais e de profissionais qualificados para conduzir uma intervenção direta.Dissertação Acesso aberto (Open Access) Aprendizagem observacional em crianças com autismo: efeitos do ensino de respostas de monitoramento via videomodelação(Universidade Federal do Pará, 2015-07-22) BRASILIENSE, Izabel Cristina da Silva; SOUZA, Carlos Barbosa Alves de; http://lattes.cnpq.br/1264063598919201Tem sido apontado que a videomodelação pode favorecer a aprendizagem observacional em pessoas com autismo, inclusive de repertórios verbais. No entanto, pessoas com autismo frequentemente apresentam dificuldade em aprender por observação das ações de outros. Uma das formas de favorecer a aprendizagem observacional é o treino prévio de monitoramento das ações de pares. No entanto, os estudos que treinam o monitoramento têm sido realizados ao vivo, tornando-os mais custosos e desfavorecendo o controle experimental. O presente estudo investigou a possibilidade de estabelecer repertórios de monitoramento via videomodelação. Além disso, investigou-se se a aquisição do repertório de monitoramento favoreceria a aprendizagem observacional de tatos e textuais. Participaram duas crianças com autismo. Foram realizados testes de aprendizagem observacional via videomodelação. Depois, foi realizado o treino de monitoramento da acuidade do repertório de tato via videomodelação em três etapas: (1) instalação do repertório de monitoramento; (2) desenvolvimento de controle do responder do participante pelo responder do modelo e (3) controle do responder do participante pela consequência para o modelo. Posteriormente, foram feitos novos testes de aprendizagem observacional via videomodelação. As duas crianças adquiriram o repertório de monitoramento em quatro sessões, sugerindo que o treino de videomodelação pode ser uma alternativa eficaz e econômica para o ensino de repertórios de monitoramento. A aquisição do repertório de monitoramento ainda beneficiou a aquisição de tatos e textuais por aprendizagem obervacional para um dos participantes. Discute-se o potencial da videomodelação parax treinar comportamentos precorrentes necessários para a aprendizagem observacional e a necessidade de a continuidade dos estudos nesta linha de pesquisa para melhor compreensão das variáveis que influenciam a aquisição da aprendizagem observacional.
